Forgive Me. escrita por MartaTata


Capítulo 2
2. Orgulho e Sentimentos


Notas iniciais do capítulo

T.T



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Acordei na manhã seguinte, encarando o teto. Eram cerca de 2:37h da tarde. Virei- me, o Xtransceiver ao meu lado, na minha mesinha ao lado da cama.

Peguei com cuidado, observando os meus contactos. Fui descendo, procurando alguém para encarando contar a grande novidade de ser o novo campeão de Unova e Sinnoh.

–Que tal… Bianca? -Perguntei- me em voz alta, ligando. Liguei cerca de sete vezes, e a chamada acabou por cair. Ou seja, ela estava ocupada a ajudar a Professora Juniper nas pesquisas- Entendi… -Continuando, observei Cheren- Já sei!! -Liguei novamente, porém, inutilmente- Ocupado com o ginásio…

E isto aconteceu todas as vezes. Até chegar ao último nome da lista por ordem alfabética.

“White”

–Isso!! A White precisa de sabe- Fui interrompido quando voltei a lembrar- me. O meu sorriso sumiu, e logo entendi a falta que, a cada dia, aquela garota me causava. Ela sempre, sempre sempre, era a primeira que eu contava tudo. Era a única que sabia de tudo sobre mim. Foi ela que sempre me ajudou e apoiou nos momentos maus e difíceis, e, o que eu fiz? Disse para ela sumir da minha vida.

E, com este peso, ficou pior quando observei algo que menos queria ver.

A opção de ligar para o número dela, desapareceu, ou seja…

...Ela bloqueou- me.

Tudo o que fiz foi deixar cair o Xtransceiver no meu colo, e chorar. Nunca havia chorado daquela forma, para dizer a verdade. Mas eu estava farto. Eu nunca podia chorar, por causa dos meus Pokémons; nunca podia desabafar porque não tinha ninguém, e, com certeza, Cheren e Bianca têm mais que fazer do que me ouvir; Por isso, a merda do sorriso forçado sempre reina nos meus lábios.

Por isso, deixei- me, pela primeira vez, desabafar. Sozinho.

–O que eu… F-Fiz…?!

****

–Tepig… -Bubu seguia os meus passos tristes, enquanto eu ficava em silêncio. Apenas olhava para baixo, com esperanças de encontrar alguém naquele momento que me fizesse sorrir.

–...- Ainda em silêncio, ainda na Rote 3, tinha a opção de cortar o longo caminho que, com certeza, iria demorar séculos para chegar a Stration, ou, entrar na gruta de Wellspring, que cortava mais de metade do caminho. Sorri bastante forçadamente para Bubu, retornando- a.

Segui o caminho todo completamente sozinha e em silêncio. Nem um único treinador se encontrava em Wellspring, o que me facilitou o trabalho daquelas lutinhas chatas, que eu não estava nem com saco que me aparece- se um Zubat que fosse tentando me atacar.

Observei o meu Xtransceiver. Era agora 2:35h da tarde. Encarei o nome “Black” na tela, e as lágrimas tomaram a minha dor, deixando- a sair dos meus olhos.

Ao observar o nome, apenas cliquei num pequeno botão escrito “Bloquear”.

–Desculpe… -Murmurei em choro. Porque eu pedia desculpas? Ele me odiava. Nem valia a pena ele estar ali mais. O único contacto que eu agora tinha.

Bianca havia se tornado uma ótima assistente da Professora Juniper, e eu sempre lhe ligo, mas ela ou ignora ou sempre diz três minutos depois “Tenho de ir” e inventa uma desculpa.

Cheren é um líder de ginásio de Nacrene, a cidade onde estava. Ele substituiu a Lenora por rasões médicas, e tentei ir visitá- lo, mas levei um completo fora, quando ele disse que tinha “Demasiado trabalho”, e falou que não tinha tempo para falar comigo.

Por isso, como disse, estou sozinha.


“Desde aquele dia, que ele jamais voltou a falar comigo. Eu estou sozinha, e ele está feliz. Ele conseguiu o seu sonho, e eu, perdi o meu... Estou sozinha, num beco sem saída”.

***

Saí do Centro Pokémon, e uma multidão cercou- me, mal saí. Todos gritavam o meu nome e pediam fotos, autógrafos… E tudo o que fiz foi sorrir e deixar. Eu gostava de me sentir o campeão e de pensar que eu era o mais forte de toda a Unova e toda a Sinnoh. Sério que gostava!

Mas… Eu sempre achei que faltava, naquele momento, alguém que me fala- se “Estou orgulhosa de você Black!”. Mas ela… Não está mais comigo.

Tentando esquecer um pouco o assunto, decidi tirar o dia para mim. Eu queria ficar o menos possível em Nacrene City, já que White iria sair de lá, e não me iria querer ver.

–O que Undella Town tem para fazer… -Murmurei para mim mesmo, observando por todos os lugares. Era uma cidade calma, porém, não tinha muita coisa para se fazer alí.

Eram agora 3:27h da tarde, e a minha barriga protestou de fome. Decidi ir para algum restaurante perto do local onde eu estava, e acabei por encontrar um local pequeno, porém acolhedor. Ao sentar- me, vieram oferecer- me milhões de pratos e bebidas, e tudo o imaginário.

Esta seria a minha nova vida de campeão. Era engraçado observar as pessoas completamente sem saberem o que fazer quando me viam. E, ontem, era apenas um garoto normal, que vim neste mesmo restaurante e eles nem me falaram nada; Hoje querem que coma de tudo!

–Estou orgulhosa de você Black… -Disse uma voz feminina. Com esperanças, olhei para trás, mas os meus olhos foram enganados quando observei Cinthya.

–Olá… -Murmure, olhando para baixo. Cinthya suspirou, sentando- se ao meu lado, na mesma mesa.

–Escute Black. Eu lamento imenso sobre… Ontem. -Cinthya encarou- me com um olhar de preocupação, mas eu apenas me deixei levar pela conversa.

–Eu sei. A culpa não é sua. Da última vez que me viu, eu estava com ela, e você nos viu brigar, e tentou logo nos juntar. -Suspirei uma vez mais- Por vezes, a vida não é um conto de fadas, em que existe maus da fita. Aqui, os únicos maus da fita são as próprias personagens principais que são boas ao mesmo tempo! Nesta história, tudo roda em torno do orgulho, que destruiu a melhor amizade que podia existir neste mundo. E, como pode ver, o final desta história já está decidido.

Cinthya ficou calada, porém, libertou um ligeiro sorriso.

–As coisas não são bem assim Black. -Começou- Por vezes é verdade que a vida dá voltas, e os amigos vão e vêm. Mas, o final ainda não está decidido. Ele mal começou! -Ela sorriu mais, e me fez olhar nos olhos dela- E porque você está aí parado, em vez de ir atrás dela?

Paralisei durante uns minutos. Porque eu, Black Hilbert, haveria de ir atrás dela, White Hilda, que agora mal consegue encarar- me sem começar a gritar e a chorar? E eu já não a vejo faz três anos! Mal sei como está o cabelo dela ou o seu rosto, ou até mesmo o corpo dela!! São três anos!! Três anos pode acontecer muita coisa!

–Mas Cinthya, ela mesma disse que… -Fui interrompido pela loira.

–Black… -Murmurou- Você pensa mesmo que a White te odeia? Depois de tudo o que passaram juntos?!

Novamente um silêncio tenso se fez.

–Mesmo assim… Ela já não está em Nacrene City. Pode estar em qualquer lugar!- Afirmei, tentando me defender- E porque tenho de ir eu atrás dela, ao invés de ser ela atrás de mim!?

–E novamente repito: Vai deixar o orgulho separar- vos?!

Mais uma vez, uns segundos a escutar o profundo som dos mares de Undella.

–Mas…

–BLACK! -Berrou a loira meio alto, e eu a encarei com os olhos desfeitos de tristeza- Ela saiu em viajem à 12h. Ela só pode ter ido ou para Castelia ou para Stration. Você tem 50% das chances de acertar, e, se errar, perdeu- a para sempre!! -Estas palavras eram duras, porém, tinha de aceitar a realidade- Esta é a última oportunidade de a encontrar Black!! Ela te bloqueou no Xtransceiver correto?! -Afirmei positivamente com a cabeça- Resumindo: Você nunca mais a vai ver se não for atrás dela agora e acertar na cidade que ela está a ir!!

Uns tensos minutos de puro silêncio a escutar as ondas a baterem nas rochas.

Muito bem, tenho duas opções: Ou deixar a White, e Game Over; Ou ir atrás dela. Se for atrás dela, tenho 50% das chances de acertar, ou falhar. Se acertar, sou o cara mais sortudo do mundo, embora nem sei se ela me vai dar um fora ou uma tampa no meio da cara né? Se errar…

Acabou.

–...CERTO! -Berrei, levantando- me da mesa- Muito obrigada Cinthya!!

A mulher sorriu docemente, e eu libertei o meu Brivary, saltando nas costas dele.

–Muito bem… -Pensei alto- Se eu fosse ela, e soube- se que o meu suposto “amigo” vinha para a cidade onde estou, eu iria tomar o caminho mais pequeno, para ele não me encontrar e eu chegar rapidamente a uma cidade certo…? -Arregalei os olhos- STRATION CITY BRAV!!

***

Ao chegar à cidade, cheirei o doce cheiro de Stration. Era uma cidade calma, mas não tanto como Nacrene. Observei algumas crianças saírem da escola Pokémon, com um sorriso. O Day Care, onde você deixa os Pokémons lá para tomarem conta, ficava bem no início da própria cidade. Eu sempre gostei deste lugar, sério.

–Foi aqui onde tudo começou! -Afirmei com um sorriso, libertando novamente a Bubu.- Centro Pokémon Bubu! -Ela sorriu, e corri com ela até chegar lá, e falar com a Enfermeira Joy para alugar um quarto.

Com isto, subi para o quarto, instalando- me lá. Era nada mais nada menos que um simples quarto, com um sofá e uma Tv grande. O banheiro era do tamanho razoável, e tinha duas camas, uma em cima e outra em baixo, azuis. Possuía um pequeno frigorífico com algumas bebidas para Pokémons e humanos, juntamente com duas ou três Oran Berry’s.

Joguei- me na camade baixo , de barriga para cima, encarando o teto. A minha Bubu fez exatamente o mesmo, em cima da minha barriga, e eu a acarenciei com um sorriso doce.

–Pelo menos tenho você… -Murmurei com um sorriso, minutos antes de adormecer.

***

Era noite. Cerca de 9h47 da noite.

–Brav, melhor descansar- mos… -Murmurei, fazendo o meu Pokémon, exausto, aterrar na Skyarrow Bridge. Retornei- o e observei a paisagem da ponte.

O mar enorme era iluminado pelas inúmeras estrelas da noite, juntamente com a lua. Sorri, e fiquei a encarar o céu estrelado, tão brilhante quando os olhos azuis dela. Fiquei a observar, até piscar os olhos e avistar uma pequena estrela cadente.

Rapidamente, fechei os olhos e murmurei um desejo:

“Quero voltar a rever a White”.

Abri os olhos sorrindo, colocando a mala nas minhas costas e fazendo viagem rumo a Nacrene, e, de seguida, a Stration!

–Hey… -Alguém cutucou as minhas costas e eu olhei- ...Black?

***

Acordei do meu “cochilo”, e observei que eram 9h35 da noite. Com a minha barriga a protestar, decidi levar a Bubu comigo e comer algo, pois naquele dia não havia comido nada.

Desci as longas escadas do Centro Pokémon, pois eu estava no último andar, onde apenas tinha três quartos, e eu era a única que estava agora lá. Pedi recomendações à Enfermeira Joy para algum restaurante bom naquele local, e ela respondeu- me que havia dois apenas naquela cidade. O Gym, que era também um ótimo restaurante, e um outro na esquina, perto da Dreamyard. Decidi ir para o restaurante perto da Dreamyard, pois, naquela hora, tudo o que menos queria era envolver- me com algo a certa de Ginásios e o Black.

Peguei um Sushi para o meu jantar, já que era um restaurante de Sushi. Corri para o meu quarto, e lá, partilhei a comida com a Bubu, vendo televisão, e acabei por adormecer com a Bubu.

Mal eu sabia que a minha vida iria dar uma volta de 360º...


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Notas finais do capítulo

Mais três comentários e continuo u.u