Forgive Me. escrita por MartaTata


Capítulo 19
19. Ideias e Verdades! A oração do divino poder!


Notas iniciais do capítulo

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A verdade é que Reshiram estava do meu lado e do lado de Zekrom. Kyurem, mesmo sem querer, teria de estar do lado de N e apoiá- lo. Reshiram conseguia mostrar- me tudo o que iria acontecer se eu segui- se uma opção e outra. Resumindo: Eu tinha as respostas certas e tudo mais para ganhar este jogo.

O problema era que N era imprevisível: Eu nunca sabia as jogadas dele. E o mais provável, é ele saber as minhas.

*****

Abri os olhos lentamente. Novamente o mesmo teto estava sobre o meu olhar dos meus olhos azuis. Suspirei, e sentei- me novamente na cama.

Desviei o meu olhar cansativo para a janela que estava novamente fechada com as grades. Procurei Rosa pelo quarto, mas sem vestígios da garota.

–Droga… -Murmurei, trincando os dentes. Não consegui protegê- la.

Simplesmente, N jamais a mataria, e isso me deixava aliviada; Pois eles foram já grandes amigos, e também porque Rosa é das mais fortes da Team Plasma. Derrota qualquer um com a sua Serperior.

Abracei as minhas pernas, encarando a porta de ferro gelada. Eu queria sair dalí; Mandar N para um local qualquer, longe de mim e do Black; Queria poder beijar mais uma vez o garoto que amo; Queria dormir abraçada a ele como da última vez.

Mas aí lembrei: Ele me odeia. Depois daquela briga, ele quer que eu morra.

Ele não me vem salvar. –Concluí mentalmente, enquanto algumas lágrimas escorriam pelo meu rosto.

Encarei o meu Xtransceiver e observei que eram 7:32 da noite. Suspirei, e voltei a encarar a porta de fe-

EU TENHO O MEU XTRANSCEIVER!!–Berrei mentalmente. Eu ia jurar que N tinha- me retirado!!

–Espera…–Murmurei, ao lembrar que Rosa havia colocado algo no meu pulso, enquanto fugíamos. Com certeza, fora ela que me devolveu o Xtrasnceiver.

Rapidamente, desbloqueei o número do Black. Levantei- me da cama, e sentei- me no canto, atrás da jarra grande de flores. Se alguém entrar, seria possível escondei o Xtransceiver sem ser apanhada.

Liguei, sem fazer barulho, pois o guarda continuava à minha porta. Fechei a janelinha antes de ligar, óbvio, e voltei a sentar- me no local, esperando ter rede no local para efectuar a chamada.

Passado uns dois minutos de ligar, desesperei. Ele não deve estar nem aí para mim.

–P- Por favor Black…–Murmurei baixinho, ligando vezes sem conta- D- Desculpe p-por tudo mas… Apenas me ajude…!!

Era inútil. Era a décima vez que lhe ligava.

Num desespero, decidi ligar pela última vez, já em lágrimas. Encarei o chão, um minuto depois de chamar o número do garoto.

–W -WHITE?!–Berrou uma voz baixa, pois eu havia diminuído o som do aparelho. Rapidamente encarei a tela e observei Black, supostamente, a voar em cima do seu War.

–Black! -Falei murmurando, encarando o garoto, limpando as lágrimas. Fora um alívio o garoto atender.

–White…–Murmurou com um sorriso de alívio, enquanto sorri de volta- Onde você está?



Eu fiz uma cara de confusa, que deu para entender que não sabia.

–Muito bem. Mostre a localização do seu quarto. Tem uma janela?–Olhei para uma delas, a que estava mais perto e acenei um “sim” com a cabeça- Ótimo. Mostre o local.

Mostrei a paisagem pela câmara do Xtransceiver, e Black soube mais ou menos o local onde estava.

–Sabia que estava aí!–Ele sorriu de orelha a orelha.

E um silêncio surgiu na chamada. Black desviou o olhar para o horizonte, suspirando.

–Desculpe Prez…–Murmurou baixinho, e eu me surpreendi. Nunca pensei que Black Hilbert iria deixar o famoso orgulho de lado tão facilmente.

– … -Fiquei no doce silêncio da ignorância. E sempre achei que Black fosse orgulhoso demais para admitir os seus erros. E era muito. E também, junto com o meu orgulho, que nos separou por três anos.

E pelos vistos, ele não deixou isso mais acontecer. Pelos vistos, ele gosta mesmo de mim e jamais me queria perder.

–Desculpe White. Por favor…–Murmurou encarando a tela do Xtransceiver. Suspirei e sorri docemente para o garoto.

–Claro que te perdoo baka. -Murmurei para não me ouvirem, e ele sorriu igual a mim. Ficá- mos olhando um para o outro. Nesse momento, a porta de ferro do meu quarto começou a

Larguei o Xtransceiver no chão, atrás da porta, e corri para me sentar na cama. E adivinhem quem era?

–Oi White! -Disse N alegremente, embora com um sorriso malicioso. Encarei- o com raiva, e olhei para o Xtransceiver, me arrependendo profundamente.

Black não havia desligado a chamada. O que significa que ele está a ver tudo agora.

Paralisei e fiquei branca. O que eu podia fazer? Com certeza, depois disto, ele irá matar N, mas eu não posso deixar.

Simplesmente… Existe algo que ninguém sabe que só eu sei. E, por agora, deixarei em branco. N não pode morrer.



–H- Hey… -Murmurei meia nervosa, porém, em tom de desprezo. Ele riu um pouco, e eu triqei os dentes.

–Vamos… Só vou perguntar uma vez: Cadê a Pokébola do Zekrom?

Nesse momento, desviei o olhar para o Xtransceiver, vendo a cara que Black fez. Pronto, com certeza, ele havia descoberto tudo sobre a lenda, e agora, sabe que sou um discípulo de Zekrom. O que eu podia fazer?

Porém, para grande espanto, ele ficou calado. Provavelmente, N iria retirar- me o Xtransceiver se Black fala- se. Por isso, observei que ele se segurava para não matar o garoto.

–Já disse que eu a escondi num local em que, nem mesmo eu, posso ir pegar. Por isso, esqueça essa ideia idiota!! -Disse séria, levantando- me da cama e enfrentando N. A troca de olhares mortais realizou- se num espaço de uns longos segundos. Por fim, ele fechou os olhos rindo um pouco.

–Tem dois dias.–Murmurou, e eu o olhei confusa- Dentro de dois dias, eu virei novamente, e virei com um único objetivo: Saber onde está a Pokébola de Zekrom. Se não…

Se não o que?–Interrompi olhando- o com desprezo, e com raiva na minha própria voz. Foi nesse preciso momento que ele se aproximou e pousou levemente nos meus lábios. Arregalei os olhos, fazendo toda a força do mundo para o empurrar.

Com sorte, consegui fazê- lo afastar- se de mim. Ele me olhou com desprezo, e apenas disse.

–Lembra do que disse à três dias atrás? Quando Black apareceu no meu do meu “divertimento”?–Trinquei os dentes, enquanto Black apenas ouvia tudo e toda a conversa- Eu disse que iria matar o Black se você não me deixa- se divertir certo?

Olhei uma vez mais o Xtransceiver. A cara que Black fez foi algo que nunca tinha visto: Arrependimento, dor e tristeza. Ele entendeu que eu tinha deixado tudo de lado por ele; Que eu o amava mais que tudo.

Sorri ligeiramente, sem N notar, e logo encarei N novamente.

–Como disse: Não quero saber o que acontece comigo. Só quero proteger Zekrom, a Bubu e Black no momento. Por isso, faça o que quer comigo, porque eu não me irei importar. Apenas te peço para não me matar, pois a minha vida está ligada a Zekrom, à Bubu e ao Black. Não é que eu me importe comigo mesma, mas… -Cerrei o punho- A Bubu nunca iria aguentar uma vida sem mim; Zekrom iria morrer e… O Black…

Fiz um longo silêncio. N começou a rir baixinho.

–O Black o quê? -Perguntou N rindo- Ele é um falhado; Ele nunca te iria amar White!! Ele está brincando com você! Ele é um idiota, que mal sabe o que é amor à vida! Ele jamais t-

O som de uma tapa na cara de N surgiu. Black arregalou os olhos, sem acreditar. Eu, a menina “indefesa” tinha acabado de assinar a minha sentença de morte, por completo.

–Retire imediatamente o que disse. -Afirmei, olhando- o com raiva. Ele me olhou bastante surpreso, colocando a mão no local da tapa.

–...O quê?–Perguntou ele em tom de desprezo, e eu repeti.

–Retire. O que disse. Agora!–Disse com raiva na voz. Nesse momento, não sei o que aconteceu, pois eu comecei a observar tudo escuro. Fechei os olhos com força, e quando os voltei a abrir, surgiram imensas informações.

...Ou melhor, ideias de como fugir daqui, e todas as soluções para os meus problemas.

Pelos vistos, eu havia ficado com o poder de Zekrom: Ideias. Conseguia resolver tudo com apenas um estalar dos dedos naquele momento.

Quando retornei à realidade, senti o meu pulso ser agarrado por N, com força, que me fez queixar de dor.

–Você acabou de se ferrar garotinha. -Afirmou bravo. Eu apenas sorri de lado, enquanto puxei o meu braço para mim, e ele me olhou.

–Discípulo de Zekrom, filha de Arceus, irmã de Keldeo. Poder das ideias e das realidades; Zekrom, pai das tempestades e filho do grande e divino poder, peço a você, que me recriou neste mundo: Me empreste o seu poder!–E mal disse isto, consegui fazer N perder os sentidos. Novamente, imensas ideias apareceram na minha mente, de como me livrar de tudo aquilo. Sorri de lado: Eu era invencível agora. Coloquei N fora do meu quarto, pegando novamente no Xtransceiver, onde estava Black, paralisado e me olhando.

–Venha me buscar. Estou esperando você! –Afirmei com um sorriso.


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