Forgive Me. escrita por MartaTata


Capítulo 10
10. O sofrimento de White...




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Mal Cinthya falou aquela frase gelei completamente. Paralisada, igualmente como a Bubu, a minha respiração parou por uns momentos, juntamente com a minha vontade de viver. Black estava morto. Verdade seja dita.

Impossível... Não. Não pode ser...NÃO! O Black não... Não!! Não não, recuso- me a acreditar que, Black Hilbert, está... Morto!!

Não pode. Eu não acredito. Jamais. NUNCA!

Não acredito... Não consigo dizer outra coisa...

Sinceramente, não quero acreditar.

–Im...Possível… -Murmurei, olhando para o nada. As lágrimas caíam dos meus olhos, juntamente com as de Cinthya e Bubu. Mesmo antes de elas me tentarem abraçar, corri com todas as minhas forças para o Centro Pokémon.

Não... Não não não NÃO NÃO NÃÃOO!!

PORQUÊ?! NÃO!! NÃO PODE SER!!

POR FAVOR, TUDO MENOS O BLACK!! IMPLORO: ARCEUS, RESHIRAM, ZEKROM, KYUREM, KELDEO, VIRIZION, TERRAKION, COBALION, MELOETTA!! Quem estiver aí, pelo amor de Deus, apenas peço isso na vida:

Quero o Black!!

Não. Impossível! Black jamais iria morrer com um acidente... Impossível. Não acredito; Não quero acreditar.

Black jamais morreria sem eu o perdoar... Ele jamais me...

...Deixaria?

Eu corria rapidamente. As minhas lágrimas voavam, enquanto as minhas pernas doíam, mas eu desobedeci; Não parei. Ignorei o facto do meu Cap cair no meio do chão de Stration, enquanto todos me olhavam.

Provávelmente, devia ter ido pegá- lo, mas eu ignorei. Entrei como uma louca no Centro Pokémon, ignorando, novamente, os olhares reprovadores que as pessoas me davam, pura e simplesmente por estar deixando cair lágrimas absurdamente grossas.

Além disso, muitas pessoas tentavam entrar no quarto onde o campeão estava, mas eu as ignorei. Elas choravam ainda mais que eu; Pois eu queria aguentar as pesadas lágrimas que o meu coração queria deixar cair, mas a minha mente negava- se a acreditar.

Elas não mereciam chorar. Porque elas estavam a chorar?! Black, só porque é campeão, tem de ter pessoas a chorarem por ele!? Por favor, eles não sabem se quer como ele é; Eu conheço- o mais do que qualquer pessoa deste corredor. Eles jamais terão o direito de chorar pelo Black.

Muitos seguranças me deteriam se eu tenta- se entrar no quarto de Black. E assim foi: Fui detida por cinco seguranças, enquanto tentava me soltar deles, simplesmente para ver. Empurrei- os, tentando, de uma vez, poder ver com os meus próprios olhos a realidade. Só acredito se vir.

Só irei acreditar que o novo campeão de Unova e Sinnoh está morto, quando eu observar o seu rosto pálido e gelado, e pegar no seu pulso sem circulação. Aí sim, eu irei chorar; Aí sim, eu nunca o perdoaria.

Que droga. É essa a porcaria de preço a pagar por não o perdoar? Por nunca falar que o amava?!

Só iria acreditar se visse.

–ME LARGUEM!! -Berrei, chutando uns seguranças que me prendiam os braços- ME DEIXEM VER O BLACK!!

Fora inútil. Eles eram cinco e eu era uma.

Eles me arrastaram para fora daquele local, mas eu fiz de tudo para permanecer, pelo menos, no corredor de visitas.

–Deixem- na entrar. -Disse uma voz feminina e séria. Todos ficaram calados ao observarem Cinthya a murmurar tais palavras sériamente e com voz fria. As lágrimas invadiram o rosto da loira.

–M-Mas ela… -Um dos seguranças afirmou, e Cinthya ficou brava.

–Só irei dizer mais uma vez: Deixem- na entrar! Agora!–Ela, desta vez, falou mais alto, com Bubu ao seu lado. Bubu correu para mim, mal me largaram, saltado nos meus braços.

Sorri. Era fraco, mas sorri para Cinthya, que assentiu com a cabeça, com um sorriso, limpando o resto das lágrimas em seu rosto. Corri com Bubu no meu ombro direito, enquanto ouvi a loira murmurar:

–Boa sorte...

Deixaram- me entrar no quarto dele. Ao entrar, consegui sentir o gelo que aquele local estava. As luzes apagadas, e uma cama no fundo do quarto. Ao entrar, fechei a porta atrás de mim, ligando a luz do quarto.

Andei lentamente, seguida de Bubu. Ao chegar à cama onde o meu (ex) melhor amigo se encontrava, sentei- me na cadeira do lado.

Uns minutos de silêncio surgiram. Depois, decidi tocar no seu rosto, para o acariciar. Notando na sua pele gelada, arrepiei.

–Está frio… -Murmurei baixinho. Estas foram as primeiras palavras que disse ao entrar naquele quarto. Coloquei mais uma coberta nele, para ficar mais quente. Sorri um pouquinho ao observar o rosto dele calmo e pálido. Na verdade, parecia que estava dormindo.

Peguei na mão dele, sempre ao lado dele. Pude sentir o seu corpo ficar cada vez mais gelado.

–V-Vamos Black… -Murmurei deixando cair umas lágrimas- Acorde… E-Está na hora de acordar…

Tentei acordá- lo mas nada aconteceu. Ele continuou parado; sem vida.

–P-Por favor… -Sorri e lágrimas grossas caíram do meus rosto, batendo nas mãos geladas dele- Acor...de…

Repeti a mesma palavra diversas vezes, com cada vez menos esperança e mais dor na voz. Bubu estava sentada no chão, me olhando: Com certeza, entendeu que aquela não era a hora de me tentar animar.

–V-Vamos acorde Black!! -Comecei a falar mais alto, tentando dar leves tapas na testa dele- Acorde por favor!! BLACK!! -Comecei a falar cada vez mais alto, com cada vez mais lágrimas a caírem- me do rosto, o nome do garoto inúmeras vezes.- BLACK ACORDE!!

Naquele momento eu entendi e acreditei nas palavras que Cinthya falara. Consegui observar com os meus próprios olhos a dor que eu menos queria sentir; Consegui sentir com o meu próprio coração a dor de perder alguém que era verdadeiramente importante para mim.

Comecei a implorar mentalmente a alguém que estivesse ali, para o fazer acordar. Naquele momento, quis nada mais nada menos que observar o Black a acordar, com aquele seu famosos sorriso bobo, falando: “Bom dia Prez!”.

Desesperei. Era verdade... Era verdade. Não. Não quero acreditar. O meu coração esta´defeito; A minha mente está em branco...

Eu nunca mais iria escutar a voz dele; Nunca mais iria observar o seu sorriso doce como o mel e brilhante como a lua; Nunca mais iria observar aqueles olhos castanhos e sorridentes que me encaravam com alegria;

Dói. Só sei isso. Uma sensação de perda estranha. Não sei mais o que falar ou pensar. Estou perdida e sozinha; Num mundo escuro e cruel. Sozinha a enfrentar tudo e todos; Pois perdi quem eu mais amava.

–Peço d-desculpa… -Murmurei, caindo num choro sem fim. Soluços altos, lágrimas grossas e várias palavras faladas sem sentido ecoavam naquele quarto.- Eu n… Nunca disse… Q- Que te amava…



****

Ao observar a forte luz que invadia os meus olhos, pude escutar umas últimas palavras que Reshiram murmurava para mim:

– “Jamais desista do seu verdadeiro sonho Black”.

Com aquela luz forte, abri os olhos. Consegui observar, meio tonto e desfocado, o teto do Centro Pokémon, com a luz acesa.

Aos poucos, fui recuperando os sentidos. Conseguia ouvir um choro baixo, com algumas palavras ditas, que eu não conseguia perceber bem.

Desviei o olhar para a minha mão, que estava a ser segurada por alguém. Ao observar a dona do choro e quem segurava a minha mão, paralisei completamente.

“Porque ela está aqui? Porque ela está chorando!? Ela me odeia!!” -Era isto que eu murmurava mentalmente. Com certeza, Zekrom tinha rasão: Ela estava apenas magoada comigo, mas sempre me perdoo.

Sorri docemente, sentando- me na cama, encarando a garota que chorava cada vez mais, abraçada à minha mão gelada. Acariciei levemente a bochecha dela, tentando limpar algumas lágrimas que se observavam. Senti o choro dela parar, e levantar o olhar para mim, enquanto lançava um sorriso bobo:

“Bom dia Prez!”–Sorri ao falar a frase, e, sem ao menos esperar a resposta, a garota abraçou o meu pescoço com toda a força que tinha.

–SEU IDIOTA!! -Berrou numa voz tão chorosa e magoada, como nunca havia escutado. Começou a socar o meu peito levemente, e foi perdendo a força à medida que chorava cada vez mais- NUNCA MAIS ME ASSUSTE ASSIM!! TE ODEIO!! SEU IDIOTA!!

Fiquei parado por uns momentos, e abracei a pequena garota de volta, enquanto ela berrava frases.

–Hey… -Murmurei, calando a garota com um abraço mais forte- Não chore. Estou aqui…

Aos poucos, ela se acalmou, tentando parar de soluçar; era inútil. Provavelmente, havia causado um grande susto à garota que mais amava.

–Xiii… -Murmurava, observando a garota já bem mais calma, ainda abraçada a mim- Está tudo bem…

–Eu tive… T-Tanto medo.. -Murmurou, soluçando um pouco.

–Mas eu estou aqui…! Estou são e salvo, como pode ver. -Sorri mais, deixando- a no meu peito. Pude entender que a garota começou a ficar com sono.

Ela deu um leve sorriso, fechando os olhos, ouvindo o bater do meu coração. Deitei- me, abraçado à garota que estava prestes a adormecer.

– “Eu jamais te deixaria White… Porque eu te amo”.






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Notas finais do capítulo

K-Y-A-H c':