Pov. Austin

Estava esperando Ally chegar quando uma menina loirinha tropeça e cai encima de mim, seus livros voaram no chão, ela se levantou corada e me estendeu a mão, a peguei e me ergui.

–Oh, me desculpe, me desculpe. –Ela disse com um sotaque americano, se abaixou e eu a imitei para ajuda-la.

–Não foi nada. –Peguei seu livro com os olhos fixados na capa “Como lidar com o gato da escola” corei ligeiramente e entreguei o livro para ela.

–Eu estava distraída, desculpe mesmo. –Ela deu uma pausa. –Ei, Austin né? Que respondeu a última questão de matemática ontem!?

–Isso mesmo. –Sorri doce. –E você é?

–Pathy Holanda. –Sorri, não era um nome comum. Ally chegou e entramos na sala.

Na hora do intervalo segurei na mão de Ally e lhe dei um beijo na testa. Meio de recanto vi a loira Pathy com cara de ciúmes enquanto olhava para mim. Comecei a rir.

–O que foi Austin? –Ally parecia curiosa e sorria junto a mim.

–Olha para a novata loira. –Eu disse sussurrando. –Discretamente.

Depois de uns segundos Ally olhou e pareceu não gostar. Ela arqueou as sobrancelhas e me olhou curiosa. Me arrependi de ter mostrado, mas meu coração só tinha espaço para um amor, e ela era a morena mais linda que eu conhecera.

Pov. Ally

Olhei para traz o avistei uma musa olhando para meu querido Austin, ergui minhas sobrancelha com raiva. Como ele poderia olhar para ela? Mas claro, ela era perfeita, seus olhos eram bem desenhados e azuis, e seu cabelo cacheado loiro puro, fiquei vermelha de raiva.

–Idiota. –Disse com raiva. Ele não parecia ter entendido.

–Ah, Ally, sabe que você fica mais linda ainda com ciúmes? –Ele falou no pé do meu ouvido. –Juro, tenho até como ele provar! –Ele riu meio safado e eu lhe dei um beijo na bochecha, aquele garoto não tinha jeito mesmo.

“Sem você, sou caçador sem caça

–Sem você, a solidão me abraça

–Sem você, sou menos que a metade

–Sou a incapacidade, sem você”

–Austin. –Disse ao seu ouvido. –Que tal cantarmos aquela última música que nós compomos, para todos ouvirem. Ainda temos trinta minutos.

–Sei que é por ciúmes, mas eu adoro quando canta para mim. Vou pegar meu violão. –Ele pegou na sala de aula e voltou, seu violão era lindo, um azul marinho com enfeites amarelos na frente e atrás uma declaração “Sabe o Sol, a maior estrela do céu? Ele é muito menor que meu amor por você”

Ele começou a tocar e já havia uma roda ao nosso redor, algumas caras feias e outras animadas. Comecei a cantar olhando para Austin e mexendo em seu cabelo desarrumado. Quando terminamos eu lhe dei um abraço, não sabia que ele ia cantar também fazendo um dueto, e me emocionou.

–Eu te amo Austin Moon, por favor, nunca me deixe. –Sussurrei ao seu ouvido.

–Eu também te amo Ally Dawson.

Depois de tudo, no turno da tarde, Trish, Dez e Austin foram para a loja. Nós conversamos, brincávamos e ríamos com as bobeiras de Dez.

–Gente. –Comecei falando. –Nós mal aproveitamos as férias, que tal nessa sexta-feira irmos para a praia após a aula? Nós vamos, alugamos uma casinha por lá e voltamos no domingo atarde.

–Para a praia? –Todos pareceram animados. –Que ótima ideia Ally.

Os dias foram passando e minhas malas estavam prontas, apenas uma pequena maletinha com intimidades e uma mochila com biquínis, e roupas leves. Todos nós nos encontramos na MM e pegamos um táxi, ao chegarmos, Dez e Trish correram para a praia, eu e Austin ficamos para desfazermos as nossas malas.

–Ally, você não precisa ficar com ciúmes amor, vi como olhou para a Pathy hoje, confie em mim. –Ele se aproximou de meu ouvido. –Eu amo minha morena.

–Desculpe, é que eu... Não sei, sinto algo de errado com ela. O jeito como ela olha para você. –Baixei a cabeça envergonhada.

Eu ia dividir o quarto com o Austin e Dez ia dividir o quarto com a Trish, achei bom, pois a Trish parece um trator e eu sempre passava a noite em claro. Austin me abraçava e beijava de leve meu pescoço.

–Eu te amo. –Ele continuava a beijar meu pescoço, o que me fez arrepiar.

–Te amo. –Depositei um beijo demorado em seu maxilar. –Vamos para a praia?

Coloquei um biquíni verde e Austin colocou uma bermuda azul, aquele tanquinho exposto, aiai.

Pov. Austin

Saí do banheiro e avistei Ally me aguardando. Uau, Uau!!! Nossa, quanta beleza em uma pessoa só. Admirei seu corpo escultural até ser tirado de meus devaneios.

–Estão tão feia assim? –Ela disse colocando um mini short.

–Na verdade, se estivesse feia, nós não estaríamos felizes. –Calei minha boca com a besteira que disse. Ally não pareceu ligar muito, porém vi suas bochechas corarem intensamente. –Minha morena.

–Meu loiro! –Ela foi possessiva e eu gostei do ato, sorri torto e juntos fomos para a praia.