Será Amor? escrita por Taory


Capítulo 18
Capítulo 18 - A mulher que modificou minha vida


Notas iniciais do capítulo

Olha aquiiiii o capítulo fervendoooo rsrs... Até o próximo capítulo (ou até os comentários)
Boa leitura!



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Pov. Ally

Olhava preocupada para Trish, minhas mãos ainda estavam tremulas e estava suando de preocupação.

–Anda Trish. Desembucha! –Disse não aguentando mais esperar.

–Sim Ally, a resposta é sim. O teste deu positivo! –Era como se minha visão ficasse negra. Sim, aquilo não era uma notícia ruim, mas também não era a hora adequada para um bebê. Principalmente porque ainda estava noiva. Me segurei no braço de Trish e continuei a fitar o nada, tinha impressão que alguém falava comigo muito distante.

–Não pode acontecer. –Eu sussurrei para mim mesma. Sentei-me lentamente no chão e pisquei algumas vezes. Depois de pouco tempo piscando, minha visão voltou ao normal. Olhei para Trish.

–Quer que eu cancele o show Ally? –Neguei com a cabeça e me ergui.

–Não, só peço para que não fale para o Austin ainda. Vou esperar um pouco. –Raciocinei, uma gravidez poderia atrapalhar seus shows.

–Como queira, mas então. Vamos? Eu tenho que te levar. Austin me daria uma bronca se deixasse você se atrasar.

Entrei no táxi e Trish sentou ao meu lado.

–Estou preocupada. –Disse baixo apenas para Trish ouvir.

–Com oque? –Ela realmente demonstrava-se preocupada.

–Quando Austin me ligou, a dois dias atrás, ouvi ao fundo uma voz feminina. Ela o chamou, naquele dia ele não tinha show a fazer, ele nem me disse “te amo” na verdade desligou sem dizer thau, sem me deixar dizer isso. –Olhei para o banco cinza, estava realmente preocupada.

–Não deve ser nada Ally. –Ela parou por um minuto. –Se fosse, ele não deixaria você participar do show. Ou te trataria diferente, tipo, não ligaria para você como fez esse dia.

–Ér. –Tentei me convencer. –Deve ser.

O táxi parou o carro em um semáforo vermelho. Parecia que o tempo passava lentamente, eu não conseguia falar nada, e para piorar, a tagarela da Trish ficou calada. Eu estava ficando aterrorizada com aquilo, aquele silêncio. Tentei me acalmar, estava indo ver o Austin, meu anjinho, minha vida. Após uns minutos, que na verdade pareceram horas, chegamos ao aeroporto.

–Então, é assim Trish. –Afirmei. –Estou indo, e queria agradecer por ser essa amiga tão boa para mim.

–Até parece que nunca mais nos veremos! –Trish comentou enquanto eu a abraçava. –Tudo vai ficar bem.

Após a viajem

Estava procurando minha mala. As pessoas não me deixavam ver as malas passando e eu comecei a pular igual a uma doida, a avistei vindo lentamente.

–Licença. –Disse em alto e bom tom. Eles me cederam uma pequena brecha e eu peguei minha mala. Saí pela porta de vidro a procura de meu loiro.

Olhando ao meu redor, avistei um homem alto, ele usava um terno preto e segurava um pequeno cartaz.

[Ally Moon]

Sorri e andei em direção ao homem.

–A senhorita é Ally Moon? Noiva do senhor Moon? –Sorri.

–Sim, sou eu.

–Me acompanhe por favor. –Ele pegou minha mala e a levou. Na entrada avistei dois seguranças e uma limusine. Entrei desorientada. Em seu interior estava tudo escuro, cruzei as pernas desconfortável e desacostumada com aquilo, aquela luxúria toda.

–Ally? –Ouvi do outro lado do carro. -Fale algo, não quero acender a luz, mas quero te achar.

–Austin? –Perguntei alegre. –Não acredito que você veio.

–Te achei. –Ele disse encostando em meus joelhos. –Se acender a luz, quem está fora da limusine nos verá, e não quero que me vejam, quero aproveitar meu tempo com você.

–Tudo bem. –Eu o abracei. –Senti tanta falta sua.

–Também senti meu amor. –Ele alisou meu rosto, isso me fez arrepiar.

Foi como se fosse nosso primeiro beijo, tanto tempo um longe do outro que eu já não me lembrava como era beijar aquela boca macia e experiente. Ele se arrumou ao meu lado e acabou me pondo no colo, minha mão desceu até seu abdômen e me forcei a parar, tinha a consciência que ali não era local apropriado e que poderia prejudicar meu filho, mesmo ele tendo apenas dois meses. As borboletas se agitaram em meu estômago e eu arfei. Nos separamos para pegar ar e eu ri em seu pescoço que continha o melhor cheiro do mundo. Aproveitei o momento por pouco tempo, o carro logo parou e precisamos sair. Quando o motorista abriu a porta, ouvi os gritos pelo nome de Austin, olhei ao redor e sorri. Ele saiu logo atrás de mim e foi como se me apaixonasse novamente, seu sorriso era sincero e seus olhos brilhavam. Rodeou minha cintura com seu braço e com a outra mão deu chauzinho para as fãs.

Andamos sorridentes até um homem com uma câmera nos parar. Tive vontade de revirar os olhos e sair, mas fiquei, fiquei pelo Austin.

Finalmente conseguimos falar com o casal. Ally, para você, como é namorar um astro? Com todas fãs querendo-o e fazendo de tudo para que ele as possuam? –Me surpreendi com suas palavras, mas fui educada.

Na verdade, eu confio no Austin, ele sempre foi fiel a mim. Bom, namorar com ele é a melhor coisa do mundo, simplesmente por reconhecer que ele é realmente é o meu amor.

E quais são seus interesses com esse namoro? –Fiquei com raiva claro, percebi que Austin também ficou, quando eu ia responder ele tomou o microfone do entrevistador.

Para falar a verdade, e digo isso em mídia, Ally foi a mulher que modificou minha vida, se não fosse por ela eu não estaria onde estou. Ela é minha compositora e me entregou a fama de mãos beijadas. Não achei justo, o maior trabalho foi dela, a única coisa que eu tenho é o dom vocal e beleza. O que é a mesma coisa que ela. Tenho certeza também que ela não tem interesse pelo que eu ganho, eu a amo e por isso que ela tem esse brilhante em seu dedo.

Devolvendo o microfone, ele me puxou para dentro do hotel. Ao abrir a porta, me assustei com a beleza daquele local, ele tinha enfeites de ouro e paredes incrivelmente brancas. No centro tinha um enorme lustre de diamantes. Uma porta de madeira clara.

Percebi que nos aproximávamos daquela porta. Austin apertou em um botão e esperou.

–Desculpe, aquela pergunta foi totalmente inapropriada. –Ele me pediu triste. –Eles são assim, acham que tudo tem que ser por interesse, ganancia, dinheiro.

–Tudo bem. –Eu disse baixo e vi a porta se abrir.

–Boa noite Sr. Moon, Srta. Moon. –Entramos no elevador.

–Boa noite. –Dissemos juntos.

Subimos os andares e começamos a andar por um corredor que levava a uma porta com uma enorme placa VIP. Ele colocou o cartão no identificador e a porta destrancou.

–Escolhi esse quarto por você! –Ele afirmou e abriu a porta.

Entrei receosa e percebi como o local era lindo, um enorme tapete vermelho colocava cor na sala, tinha encima dele um sofá branco e uma poltrona da mesma cor. Dei alguns passos a frente e vi um enorme piano branco. Automaticamente corri para ele e abri com delicadeza sua tampa. Toquei algo calmo, me relaxou completamente. Vi que Austin tinha se sentado ao meu lado e começou a cantar baixinho, sorri e o acompanhei.

–Que local lindo. –Fechei os olhos e senti sua mão tocar a minha.

–Ainda tem mais. –Ele me levou para a sacada e eu avistei lindas luzes, dava para ver a cidade quase toda do local. O vento frio levava meu cabelo com suavidade, da mesma forma Austin passava as mãos por minha cintura e depois barriga. Estremeci enquanto me arrepiava e me virei para ele.

–Você é a melhor pessoa que alguém poderia conhecer. É perfeito meu amor. –Eu o beijei com luxúria.

Austin me puxava para dentro e eu o acompanhava sem me separar.

–Eu te amo tanto minha querida. –Ele parou um minuto e se afastou um pouco. –Temos que ensaiar.

Ele me disse meio triste.

–Eu sei. –Disse baixo. –Vou tomar um banho e depois poderemos começar. Pode ser?

–Só se eu poder ir com você? –Ele fez biquinho e eu sorri vencida.

–Você sempre consegue em. –Ele me guiou até o quarto suíte. Peguei em minha mala uma roupa normal e simples. Comecei a me despir e para não bagunçar, dobrava minha roupa e a colocava no cesto.

–Que péssima ideia. –Ele disse e se aproximou de mim apenas de cueca box, o que me provocou, pois ela era branca e meio transparente. –Horrível.

–Concordo. –O abracei e com os polegares desci sua cueca. –Vamos.

Entramos na banheira de espumas e me arrepiei novamente quando ele me abraçou.

–Estava com tanta saudade de seus arrepios. –Ele disse e passou as mãos pelos meus braços. –Dá para sentir facilmente em sua pele.

–Estava com saudades desse negocio duro em minhas costas. –Comecei a rir. –Nossa, isso fez falta.

–Sei. –Ele segurou com firmeza em minha cintura e me puxou um pouco para cima. –Devemos?

–Ah, como devemos. –No momento esqueci perigosamente da minha gravidez.

Ele foi delicado, como se fosse nossa primeira noite juntos, suas mãos hábeis brincavam com meus seios e eu sentia sua respiração ofegante em meu ombro. Deixei minha cabeça cair ao lado da sua e aproveitei o sentimento luxuoso de ter Austin Moon, e um Austin Junior dentro de mim. Nos dois sentidos é claro!

–Eu te amo. –Disse enquanto sua respiração acelerou ainda mais.

–Ally, você me tira do estado mental correto. –Ele sussurrou para mim ainda ofegante do amor feito.

–E adoro fazer isso. –Me de frente com ele, ainda em seu colo o beijei.

–Eu te amo. –Após o beijo ele me respondeu. –E quero que se case comigo o quanto antes.

–Quando? –Perguntei animada.

–Daqui a três meses?!

–Não posso. –Respondi atenta, estava na hora.

–Não pode se casar? –Ele disse meio assustado.

–Tenho algo a te dizer. –Me afastei para ver com perfeição seu rosto. –Bom, na última noite sua na MM, nos amamos com todo o coração.

Parei para pensar em palavras adequadas.

–E? –Ele me incentivou. –O amor acabou?

Ele se assustou.

–Pelo contrário. –Neguei. –Ele aumentou, ele cresceu tanto, mas tanto, que não coube em nossos corpos, assim ele precisou de um novo corpo para que o amor coubesse por completo.

Ele passou um minuto sem entender e, do nada, olhou para mim com os olhos arregalados.

–Quer dizer que está grávida? –Ele disse passando as duas mão na cabeça, levando o cabelo para trás.

–Isso mesmo. –Disse preocupada.

Pov. Austin

Grávida? Grávida? Quer dizer que Ally Dawson estava Grávida? E eu Austin Moon era o pai? Que reação devo ter? E se eu não souber ser pai? Ou ficar ausente demais? E se as pessoas me olhassem feio com o fato? E se? E se? E se?

Quanto “E se?” no meu diálogo mental. Respirei fundo tentando raciocinar melhor.

–Tem certeza? –Perguntei para Ally enquanto a abraçava preocupado.

–Sim, Trish me forçou a me fazer o teste. –Pensei um pouco.

–E quando você descobriu?

–Na verdade. –Sua voz estava rouca e chorosa. –Hoje de manhã.

Senti um líquido quente descer pelo meu peito.

–Ally. –A afastei de mim um pouco e vi a cor cristal de suas lágrimas mudas. –Não chore, um bebê será uma ótima forma de dizer que te amo ainda mais.

–Sério? –Ela deu um leve sorriso e enxugou as lágrimas.

–Sim, será muito amado por nós. –Toquei em sua barriga com delicadeza. –Será muito amado, sendo um garotão, ou uma princesa. Estaremos sempre de braços abertos para receber nosso pequeno e delicado bebê.

Eu disse, mas ainda tinha medo, medo de ser pai, não tinha como garantir sua presença na vida da criança, e isso atormentava sua cabeça.

Saímos do banheiro já vestido e fomos ensaiar. Falei exatamente como seria todo o show e o que ela faria em cada música. Após um tempo, resolvemos dormir. Ainda deitados, um olhando para o outro, resolvi quebrar o silêncio.

–Amanhã, minha assistente a levará para comprar roupas adequadas para o show. Nada de formal, somos jovens e não precisamos de terno e gravata. –Sorri. Depois de uma pequena pausa ela respondeu.

–Quem foi aquela mulher que lhe chamou a dois dias atrás enquanto nos falávamos ao telefone? –Ela disse em um tom ciumento.

–Minha assistente.

–Mas naquela noite você não tinha nenhum show.

–Sim, mas naquela noite eu tinha mascado perguntas e respostas com as fãs. E desculpe pela grosseria dela, ela que desligou meu celular. Leva a sério demais minhas obrigações. –Ela parou. Pensei que havia dormido mas ela se aproximou e se abraçou a mim.

–Qual o nome dela?

–Hazel Ruens. É até uma boa pessoa.

E foi depois dessas palavras, que a percebi dormindo em meu peito. Dormia tão tranquila, com a respiração tão exata que me deu sono, e logo após, eu estava dormindo abraçado a ela.


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