Será Amor? escrita por Taory


Capítulo 13
Capítulo 13 - Então, a beijei


Notas iniciais do capítulo

Disse que não postaria ontem rsrs, mas não disse a que horas postaria hoje, boa leitura para vocês ;3



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Pov. Austin

Abri os olhos e me surpreendi, onde eu estava? Hum, parecia um tipo de quarto hospitalar, tudo era branco, chegava até a doer nos olhos. Tentei mover minhas pernas, mas senti algo queimar, e sem poder me contentar, arfei. O único ponto que tirava aquele quarto do branco, era um botão vermelho, que o qual não hesitei a apertar. Consequentemente alguém entrou no quarto sorrido.

–Austin Moon, bom, você passou por uma cirurgia no pé e devo prepara-lo para a surpresa, bom, tivemos que retirar alguns cacos de vidro de seu pé. –Analisei o que ele falava.

–O que aconteceu? –Disse ainda confuso, literalmente, não lembrava!

–Bom, para ser sincero, a equipe de medicina acha que a toxina que você é alérgico tenha afetado seu cérebro, quero que responda algumas perguntas, pode ser? –Assenti ainda confuso.

–Nome completo? –Ele começou.

–Austin Drake Moon.

–Idade?

–18.

–Com quem mora?

–Com o Dez... Aliás, onde ele está? –Perguntei querendo a presença de meu melhor amigo.

–Está acalmando o pessoal da escola. Que ano faz?

–Último ano.

–Tudo bem, tenho que trocar suas ataduras agora. Vai doer um pouco.

Ele pegou no meu pé com delicadeza, mas senti dor, deixei os braços tensos e fechei os olhos. Ouvi a porta abrir, mas ainda assim, sentia dor, então continuei a expressão. Após a dor cessar um pouco, abri os olhos lentamente.

–Oi Trish. –Eu disse sorrindo e ela quase pulando de alegria. –A quanto tempo está aqui?

–Des que vieram para cá! –Ela revirou os olhos, a morena, que aparentava ser a morena mais bonita sorria, sentou-se na maca.

–Viemos? –Perguntei olhando para a linda morena.

–Sim, você e a Ally. –Ela disse revirando os olhos. –Não se faça de bobo Austin.

–Mas QUEM é Ally? –Essa pergunta pareceu afetar a morena, ela enrugou a testa e abriu um pouco a boca. E perguntei olhando para a morena. –Seria você?

–Sim. –Ela disse com a voz trêmula, aquilo pareceu me atingir, mas deixei de lado. –Não lembra mesmo Austin?

–Não. –Ela tinha feito a pergunta esperançosa, mas depois lágrimas desceram pela maçã de sua bochecha.

–Isso é ruim. –O doutor disse fazendo uma mini careta. –Preciso chamar o psiquiatra, ele talvez possa ajudar.

–Mas como assim? –A morena, chamada Ally perguntou.

–Desculpe Ally, as toxinas que haviam na garrafa afetou o cérebro dele, talvez ele recupere a memória, você mais que ninguém que vai ajuda-lo. Se foi a você que ele esqueceu, você vai ter que faze-lo lembrar. –Ally se sentou no sofá branco e começou a chorar. Me senti culpado daquilo, eu realmente não lembrava dela, que desperdício Austin, você foi logo esquecer dela, dessa linda morena!? O doutor saiu e ficamos apenas nós três.

–Bom, alguém pode me explicar como vim parar aqui? –Perguntei ainda preocupado com a morena, que não tinha mudado de posição.

–A gente estava em uma casa de praia. –Trish começou. –Lembra de lá?

–Sim, lembro. –E eu lembrava mesmo, lembrava que tinha comido cereal e me arrependido, por que me arrependi? Disso não lembro, lembro que o cereal não estava mole nem estragado, eu adoro cereal, por que me arrependi? Minha cabeça ardeu e Trish continuou.

–Você foi para um passeio romântico com Ally. –Corei, passei romântico com aquela linda morena que começou a prestar atenção na história. –Ela tinha esquecido a sandália dela e você foi lá procura-la, mas não achou. Começamos a procurar pela Ally separadamente e você a acabou achando, seu pai a tinha sequestrado.

–Eu lembro do meu pai. –Minha cabeça doeu novamente, como se me forçasse a lembrar. –Eu... O matei.

–Não, você não o matou. –Estremeci. –Ele está hospitalizado no andar de cima, mas continuando, depois você pisou em caco de vidro, e no vidro tinha alguma toxina que te fez uma reação alérgica... Por isso está aqui... E ai, lembrou?

–Do que você me disse sim. –Ela pareceu triste e foi confortar a morena.

Alguns doutores entraram e começaram a discutir, Trish e Ally foram tiradas da sala e eu acabei apagando novamente.

Pov. Ally

Sentei ao lado de Trish e voltei a chorar, toda nossas aventuras, seu pedido de namoro, nossa noite...

–Calma Ally, ele vai lembrar, eu sei que vai.

Não respondia a nada que Trish falava, apenas chorava mais, como se aquilo fosse tirar toda dor de mim, mas não, não tirou nenhuma dor de mim, apenas piorou. Limpei as lágrimas e tentei me controlar, depois de alguns minutos, consegui clarear um pouco a mente. Eu estava pronta! Faria o que fosse preciso, nem se eu precisasse fazer com que ele se apaixonasse por mim novamente.

Após de passar uma noite inteira no hospital, o horário de visita abrira novamente, e fomos para lá. Ao abrir a porta, lá estava a quenga novamente, dando uma guitarrinha de uns vinte centímetros para ele.

–Pera, pera! –Ela disse com os olhos brilhando. –Quer dizer que ela é de ouro? Assim, ouro de verdade?

–Sim. –Ela parecia superfeliz e a abraçou, o que me fez ficar vermelha de raiva.

–Tire os braços dele senhorita Pathy! –Gritei para eles, Austin automaticamente deu um pulo.

–Ah, Ally, pelo que fiquei sabendo, ele não te pertence mais, aliás. Ele nem te conhece. –Ela provocou e alisou o cabelo de Austin, quando eu ia avançar nela Trish me segurou.

–Me solta Trish. –Gritei com lágrimas nos olhos.

–Ah, tinha certeza que todo cão ou cadela mordia. –Ela riu irônica o que me deu muita mais raiva. Dois guardas me seguraram e me tiraram do hospital, o que me fez chorar.

–Como podem me expulsar!? Austin precisa de mim. –Eu implorava. Avistei o doutor que me atendeu correndo até a saída.

–Deixem ela comigo, ela é essencial para um caso. –Ele me puxou e saiu sussurrando. –Tem que se comportar Ally, Austin precisa de você sóbria.

–Mas é tão difícil, passamos tantas coisas juntos e ele se esquece de tudo. –Deixei uma lágrima cair. –Isto me deixa deprimida.

–Ei. –Ele chamou minha atenção. –Não pode se desesperar na hora que ele mais precisa de você! Se concentra Ally.

Pov. Austin

Senti que a morena tinha um pouco de razão, que tinha algo errado dentro da sala. Mas Pathy também tinha razão, eu não a conhecia, pelo menos não lembrava de ter a conhecido.

–Então Austin. –Pathy fazia um leve cafuné na minha cabeça, o que arrepiou meu corpo. –Nós somos amigos certo?

–Claro Pathy, a partir daquele dia que esbarrou em mim. –Ela sorriu orgulhasa.

–Tenho que admitir que sinto mais que amizade por você. –Ela confessou, o que me fez corar e sorrir. Pathy era uma menina bonita, os olhos azuis cristal e uma pele branquinha. Seu cheiro ocupava o quarto inteiro, cheiro de morango.

–É a primeira menina que se declara para mim. –Pensei alto e ela sorriu novamente. –Ai Pathy.

–Austin, quer conhecer minha casa? –Assenti. –Então, você aceita assim que sair do hospital vir comigo?

–É uma ótima ideia. –Seus olhos brilhavam, o que me fez sorrir. Estava feliz.

...

Mais um dia se passou e o doutor me deu alta, como prometi, fui diretamente para casa de Pathy. Na saída do hospital, eu via Ally se desesperando e seus olhos marejados. Eu tentava lembrar da linda morena, mas não conseguia, simplesmente tinha algo bloqueando.

–Austin. –A ouvi gritar e correr até o táxi que estava parado.

–Espere só um minuto! –Pedi e me virei para Ally.

–Só não se esqueça disso. –Ela me deu um abraço, senti um cheiro de chocolate e respirei fundo, e após o abraço, ela me deu um beijo na bochecha. Isso me fez corar muito, e a ela também. –Agora pode ir.

Entrei no carro e Pathy puxou conversa. Chegamos em uma enorme casa. Pathy sorriu, pagou o táxi e me puxou para dentro. Lá me apresentou para sua mãe e seus dois pequenos irmãos.

–Venha. –Ainda me puxando, me levou para o primeiro andar da casa. –Esse é quase um esconderijo, eu deixo meus irmãos usarem, mas apenas as vezes, não sabem onde escondo a chave.

Ao abrir o quarto, vi que era uma sala apenas de música, tinha alguns instrumentos guardados.

–Você toca? –Ela assentiu e pegou um chaveiro. Trancou a porta do quarto e abriu outra, que ia para uma enorme varanda. –Lugar secreto? –Disse quase com ironia.

–Calma lindinho. –Corei e esperei. Acompanhei seus quatro passos até uma porta mais baixa, ela abriu e disse: -Taraaaam!

–Nossa, isso sim é um lugar secreto. Juro que não tinha visto a porta. –Sorri e entrei depois dela, que trancou a porta novamente e me fez corar, tinha plena consciência que tinha três portas trancadas pelo lado de dentro nos separando do mundo.

Sentei em uma poltrona ao lado dela, depois de um tempo, após ela me contar uma história triste e uma lágrima cair de seu rosto, a quis reconfortar e a abracei. Após o abraço, ficamos cara-a-cara. Juro que eu não sabia o por quê estava fazendo aquilo, apenas beijei-a.


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