Pequenos contos de Terror escrita por juao


Capítulo 4
O palhaço


Notas iniciais do capítulo

Leia com atenção.
Enjoy!



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Eu sempre tive muito medo de palhaços, mas como minha mãe sempre amou espetáculos de circos, eu sempre a acompanhava!

Havia um circo na cidade naquela época, e eu já estava com os nervos a flor da pele, eu sabia o que estava por vir!

O grande dia chegou e eu estava ainda mais nervosa, porém, amo muito minha mãe, e o fato de ela estar animada, me tira um pouco esse nervosismo, acho que minha mãe gosta tanto de circos, pois a faz lembrar da infância, a época mais feliz da vida dela, por mais que ela tenha tido sempre uma vida feliz, isto é, até papai morrer.

Logo depois que saímos de casa, começa uma forte chuva, daquelas que me dão medo, mas minha mãe insiste em continuar.

Chegamos ao circo e nos sentamos nos lugares mais próximos do palco, o que me deixa aterrorizada.

O espetáculo começa.

Tudo estava indo muito bem, só os velhos e bobos palhaços de sempre, até que uma coisa muito estranha me pega de surpresa: havia um palhaço, medonho, me encarando, dos fundos do palco, olhando diretamente para mim, com um olhar mais que penetrante, eu pude sentir na alma.

Logo fiquei inquieta, e minha mãe logo percebeu o que se passava, mas posso dizer que contornei a situação e me mantive no controle.

O espetáculo acabou.

A chuva ainda continuava, e como o circo estava instalado em um lugar alto, minha mãe estava com receio de dirigir rápido.

Seguimos na estrada com o rádio ligado, e a chuva caindo forte lá fora.

Estava indo tudo bem, mas como eu estava sentindo, algo fora do comum aconteceu: eis que na estrada surge a imagem do palhaço, o mesmo que estava me encarando dos fundos do palco.

Minha mãe freia bruscamente, não foi só eu que o vi.

O que eu pensei que fosse uma visão de relance, fica lá, parado, encarando o carro com olhos observadores, não se mexe, apenas fica lá, imóvel.

Ele some.

Assim que o palhaço some, o pedaço de asfalto que estava a nossa frente, cede a um desmoronamento de terra.

Meu pai morreu em um desmoronamento de terra.

Até hoje, nunca mais tornei a ver o palhaço que salvou minha vida.

Nunca mais frequentei um circo.


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