Sesshoumaru voava pelo reino de fogo, refazendo um caminho que outrora a própria Kagura lhe ensinara. Entrou numa pequena cratera e pousou seus pés ao chão da caverna.

Ainda de longe, avistou as duas estátuas gigantescas que guardavam a entrada para o cemitério dos Yokais. Aproximou-se delas e as estátuas se moveram.

– Quer passar?

Disse-lhe uma das estátuas. Sesshoumaru já sabia o que fazer então não tardou a desembainhar a Tensseiga, mostrando que ele podia entrar sem que morre-se para tal.

As duas estátuas se prostraram e logo as portas da divisa deste mundo com o outro foram abertas mostrando uma luz ofuscante. Sesshoumaru não tardou a entrar e logo se deparou com a carcaça de seu pai, o general InuTaisho.

Olhou a paisagem em volta. As carcaças de pequenos e grandes Yokais cobria todo o cemitério e não se podia ver o chão pois este estava coberto por ossos, o que fazia Sesshoumaru pensar no tipo de Yokai vivia ali.

Andou até avistar uma grande pedra que lhe chamara a atenção. Nela havia uma bela Yokai de cabelos intensamente dourados que parecia adormecida. Ela estava presa a pedra por uma garra de Yokai e também por um feitiço que não a deixava morrer.

– InuTaisho...

Ela sussurrou sonolenta e abriu os olhos acinzentados lentamente. A curiosidade de Sesshoumaru só aumentou ao ouvi-la pronunciar o nome de seu pai. Ela semicerrou os olhos, ainda sonolenta e o fitou.

– Você... Tem o cheiro... De InuTaisho... Mas sei que... Não é ele...

Sua voz era fraca e entrecortada, não parecia ter força alguma, o que fazia Sesshoumaru duvidar da informação de sua mãe. A bela Yokai nem tinha forças para falar, como poderia ajuda-lo?

– Sesshoumaru... Filho de Satori... Com o grade general... InuTaisho.

Ela deu um sorriso fraco, porém malicioso.

– A quem... Quer reviver...?

Sesshoumaru, ainda duvidando da Yokai quase morta, virou-lhe as costas.

– Eu posso ver...Seu coração... Não me subestime... Sesshoumaru.

De repente, dentro de uma espécie de espelho, o corpo de Kagura apareceu, ela parecia dormir tranquilamente.

– Ela não esta morta... Ela apenas se misturou... Ao vento... Mas eu posso... Traze-la ao seu corpo físico... Novamente.

A Yokai fez o espelho desaparecer e continuou sua fala.

– Mas... Para isso... Você terá de pagar... Um preço.

– Diga o que quer e este Seshoumaru lhe concederá.

Disse Sesshoumaru. Porque uma Yokai tão bela esta lacrada aqui, neste local deserto? Tem algo estranho no ar! Pensou ele.

– Me dê... A Rin.

Sesshoumaru deu de ombros. Nunca daria Rin em troca de Kagura. Começou a andar quando a bela Yokai o chamou novamente.

– Ela é... Tão valiosa... Assim? Então... Te farei... Outra proposta.

Ele parou, sem se virar para ela, esperando-a fazer sua segunda proposta.

– Não é... Nada demais... Apenas... Me dê... um pouco de sua... Energia demoníaca.

Ele se virou para ela e, sem dizer nada, colocou um dedo da mão direita na lua em sua testa e um dedo da mão esquerda na testa dela, transferindo um pouco de sua energia demoníaca para a bela Yokai.

Assim que acabou, Sesshoumaru notou que a Yokai parecia estar mais ativa depois que recebeu um pouco de sua energia.

– Este Sesshoumaru não gosta de ser enganado.

Advertiu Sesshoumaru.

– Não se preocupe, volte para a aldeia de seu irmão e ela estará lá.

Os olhos, a fala e tudo o mais no corpo da Yokai parecia ter se regenerado.

– Foi muito bom fazer negócios com o você, senhor Sesshoumaru.

E, com um sorrio malicioso, ela pareceu adormecer novamente. Sesshoumaru no fundo sabia que aquela bela Yokai era perigosa, mas se ela estava falando a verdade, Kagura estava na aldeia.