"Quem acredita sempre alcança."

– Renato Russo

"Seus cabelos claros, sua pele branca e seus lábios agora mais avermelhados do que o normal, chamava atenção.

Ela se sentou mais uma vez, e olhou a sua volta, estava tudo acabado, tudo destruído. Se levantou a procura de ajuda, mas segundos depois caíu de tão raca que estava. Se deitou no chão, e deixou seus fios de cabelo se juntarem com a neve, enquanto a mesma caía sem pressa alguma. Suspirou, já não aguentava mais, a dor só piorava, havia perdido muito sangue. Gemeu por causa da dor, e foi fechando aos poucos os olhos, com a sensação de que havia morrido."

Acordei suando. Todo dia a mesma coisa, o mesmo pesadelo. Já estava acostumada com isso, porém eu sempre me assustava mais e mais ainda.

Me levantei da cama e andei até o espelho, parando na frente do mesmo. Meus cabelos pretos estavam levemente bagunçados, eles batiam um pouco mais a baixo do meu ombro. Tenho pele clara, lábios avermelhados, e olhos castanhos. Não sou gorda, mas também não sou magra, digamos que eu sou "apresentável". Não sou alta, me considero baixinha, tenho mais ou menos 1,65...Deixei isso de lado e foquei nas terríveis olheiras que eu estava. Nem liguei mesmo, já que todo dia é a mesma coisa.

Voltei a me sentar na cama, e tentei me lembrar de alguma coisa relacionada ao meu passado, mas só resultou em dor de cabeça. Me deitei, e tentei dormir. Mas não conseguia. E se eu conseguisse, só dormiria uns dez minutos, quinze no máximo.

Dia vinte e nove de Julhoamanheceu gélido, como sempre. Quando me levantei, tomei banho, pus uma calça jeans, meu vans, uma blusa branca sem manga, e por cima pus meu casaco da "GAP". Deixei meus cabelos soltos, e desci as escadas indo direto para a cozinha. Bebi um copo de leite, peguei minha bolsa em cima do sofá e abri a porta de casa.

– Esta atrasado, idiota. -Falei seca enquanto atravessava a rua.

– Desculpe. -Respondeu meu irmão mais novo de 13 anos enquanto íamos em direção a sua escola.

O deixei lá, e fui para a minha escola. Ao chegar na minha sala, me sentei na cadeira mais afastada de todos, como sempre.

Uma garota de cabelos loiros e olhos castanhos chegou ao meu lado. Me olhou e falou com certa dúvida:

– Dianna? Dianna Riddle?

– Sim?

– Hm...isso daqui deve ser seu. Pode parecer estranho, mas uma coruja me entregou hoje enquanto estava vindo para a escola. Não se procupe, não li. Eu recebi uma igual hoje. -Falou me entregando uma carta.

Me mexi desconfortável quando vi a garota se sentar ao meu lado e continuar sorrindo para mim enquanto eu abria a carta.

"Prezada srta. Riddle,

Tenho o prazer de informar que a srta. tem uma vaga na escola de magia e bruxaria de Hogwarts. Estamos anexando uma lista dos livros e equipamentos necessários.

O ano letivo começa no dia primeiro de Setembro.

Atenciosamente,

Minerva Mcgonagall

(diretora)"

– Isso é um brincadeira por acaso? -Perguntei olhando para ela.

– Não, olhe, eu também recebi. -Falou tirando uma carta de dentro da sua bolsa, e a abrindo.

– Não deixa de ser uma brincadeira de mal gosto. -Falei, joguei a carta dentro da bolsa. Olhei para a garota, ela deu um sorriso sem graça, pegou sua bolsa, e foi se sentar em outro lugar.

Peguei meu celular, meus fones, conectei, e coloquei KeSha- Die Young, apoiei meus braços na mesa, e abaixei minha cabeça. Aos poucos meus olhos foram se fechando, e me permiti dormir.

Senti alguém tirar meu fone, me virei para a pessoa, e a professora me encarava.

– Oque pensa que estava fazendo?

– Ouvindo música, até você atrapalhar.

– Saia da minha sala. Agora.

Me levantei, peguei minha bolsa, e sai. Isso acontecia quase todos os dias, então nem liguei. Fui até o banheiro. Me olhei no espelho, e eu estava com aparencia cansada, muito cansada. Mas não podia mais dormir. Eu havia dormido na sala, e cá estou eu, que daqui a pouco tenho que ir para a sala da diretora. Mas antes, irei passar um tempo aqui, quem sabe isso ajuda a acabar com a minha dor de cabeça.

Encostei minhas costas na parede, e fui descendo levemente e quando vi, já estava sentada no chão.

– Meu Deus...-Murmurei assim que vi uma senhora parada na minha frente. Ela usava vestes verdes musgo, e um chapéu pontudo na cabeça. O olhar dela era calmo. E seus lábios estava formando um sorriso doce e sapeca. - Quem é você? -Perguntei já me levantando lentamente.

– Ah, me desculpe, sou Minerva McGonagall.