Glory days escrita por mikkaelinhah


Capítulo 2
Capítulo 1




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Eu jurava que com as facções a paz voltaria a reinar. Claro que fui enganada. O mundo nunca está em paz. Veja eu, juntando jovens que nem eu para levar para um guerra que eles nem sabem se vão sair vivos ou não. Uma guerra que talvez nem aconteça ou, se acontecer, possa destruir todo um século de esforço para transformar Chicago em uma cidade habitável.

Eu estava nervosa. Eu tinha praticamente a mesma idade deles, saberia lidar com eles, mas algo me dizia que a nossa convivência não ia ser lá tão perfeita.
Fico esperando-os na estação de trem, na audácia, facção de escolha para os treinamentos. Aos poucos eles chegam. O membro da amizade foi o primeiro, dava para ver de longe de onde veio. Com seu cabelo curto, Davi usava um conjunto de camiseta e calça amarela. Como ex-membro (ou não) da facção dos cordiais, eu estava acostumada com aquela cor.

Seguidos dele vem o Kallebe, com um belo cabelo ruivo médio e cacheado que fez parecer como se meus ondularias castanhos fossem artificiais. Depois uma jovem usando um vestido cinza chega, tímida, com seu coque um pouco desarrumado.

– Você pode soltar o cabelo. — Digo a Clary, a abnegada — Não precisa de prender tanto a sua antiga facção.

Ela sorri e acompanha os outros. Estava tão concentrada no trem que não noto os passos atrás de mim, a garota de cabelos roxo chegando ao meu lado.

— Vai esperar mesmo todos? Eles sabem andar!
Arrogância e coragem. Audácia, com certeza.

— Bem-vinda, Atacxa. E sim, vou esperar.

Atacxa revira os olhos e dar dr ombros, seguindo para a sede, onde começaria o treino.

Por ultimo mas não menos importante, chega o erudito, o filho da Karon. Como ele era parecido com ela. Andava com uma leveza e um porte idêntico ao dela. E as roupas azuis...sempre impecáveis. Só tinha um detalhe dr diferença, que era os óculos.

Ele estende a mão para mim e aperto.

— Seja bem vindo, Rilian.

— Muito obrigado, Edith. Minha mãe mandou um bilhete para você.

Rilian entrega o papel e segue caminho.

" Se por acaso meu filho der trabalho, já sabe o que fazer.
Brincadeira. Boa sorte, minha amiga, cuide bem deles. Nos vemos em breve. Sentimos sua falta."

Sorrio. O trabalho só estava começando.

***

— Quero que botem na cabeça de vocês o quão são poderosos para nós. Se estão aqui é porque são os melhores. Não tentem se rebaixar assim, ouviu, Davi?
Ele fecha a cara. Eram tantas dúvidas sobre o potencial deles logo de início que tinha que me controlar para não agarra-los pelo pescoço.

— Mas... — começa Kallebe, o franco.

Interrompo-o.

– Kallebe, eu irei dar as coordenadas, vocês vão escutar e depois tiram as dúvidas, esse era o combinado, não era? Então, por favor, silêncio.
Era difícil pedir para um membro da franqueza conter a boca, mas era necessário. Desde que chegamos no auditório da sede da audácia eles não param de perguntar. A ordem deve ser mantida.

— Como eu estava dizendo, mas fui interrompida. — fuzilo Kallebe com os olhos. — Vocês estão aqui para proteger o sistema de facções. Fora da cerca existe o caos e existe também pessoas contra esse sistema, pessoas essas chamadas de convergentes. Eles estão em guerra com o governo desde então e logo eles vão avançar contra nós. Eles estão se organizando e não sabemos quando será a real guerra, mas se eles podem se preparar, nós também podemos.

Olho para cada um deles, ambos realmente surpresos, mas somente Atacxa estava sem expressão. Bem típico.

— Cada um de vocês será o líder militar de sua facção, irão treinar soldados, assim como fazem aqui na audácia. Vão tornar a melhor qualidade de vocês um aliado e sei que têm ótimas qualidades.

A audaciosa cruza os braços e ergue uma sobrancelha.

— E quem garante que vamos obedece-la? Qual é, você tem nossa idade!
Esse era meu medo tomando forma.

— Idade não define ninguém e se sou líder é porque sei o que estou fazendo. Então, por gentileza, peço que me obedeçam e acreditem em mim quando eu falo o que deve ser feito.

— Ela está certa. — observa Rilian. Ele estava tão calado que tinha esquecido de sua presença. - A idade dela não vai mudar os fatos de que estamos em guerra.
Assinto para ele. Ter alguém concordando já era suficiente.

— Enfim, prossiga Am...Edith.

"Amanda", ele iria falar, não era mais meu nome. As trocas eram aceitáveis.

— O Treinamento já começa hoje, com um pequeno teste de aptidão, uma renovação de suas escolhas. Não que duvidamos delas. mas devemos confirmar se estão mesmo na liderança da facção certa.

— E como será isso? — Pergunta Clary, a abnegada — Será uma simulação de medo?

Sorrio. Pelo menos dessa vez eu quis que alguém falasse. Era uma altruista. Tímida visivelmente. O mínimo que falasse já era muito.

— Será uma simulação de medo sim, mas não dos seus medos. Cada um terá uma situação ligada a sua qualidade. Elas já esperam vocês. Há cinco portas à esquerda de vocês. Podem ir para lá e boa sorte.

— Mas se não passarmos no teste? — desabafa Kallebe. Ele já estava vermelho de tanto segurar a voz.

— Bem, lamento dizer, mas quem não passar será executado.


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