Schzophrenia escrita por Paperback Writer


Capítulo 1
Dennis's Alucination


Notas iniciais do capítulo

Hey you!
Bom... Mais uma short-fic, eu realmente espero que gostem!



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O pássaro emanava uma luz serena enquanto voava pelo apertado quarto do garoto, mas a ave parou seu majestoso voo quando a porta se abriu vagarosamente. De lá, saiu uma figura com o rosto coberto pela sombra da aba da cartola. O garoto loiro arregalou os olhos ao ver a figura e engatinhou até o canto do quarto, sentando e depois afundando seu rosto entre os joelhos ossudos.

-Vá embora. Agora. – O loiro ordenou.

-E se eu não for?

-Vou chamar a Ginger!

A risada histérica do homem ecoou pelo quarto, fazendo os pelos na nuca do rapaz se eriçarem como os de um gato.

-Sua mãe não acredita mais no que diz. Ela te acha louco, Dennis.

-Eu nãosou louco!

-Se você fosse normal, não me veria.

Dennis apertou os olhos com força, imaginando que tudo aquilo iria desaparecer, mas quando os abriu novamente, se provou errado.

Podia sentir o nariz do homem contra o seu. O rosto ainda coberto pela maldita sombra, as mãos cobertas por uma luva de cetim preta seguravam seus ombros. O único pedaço de pele visível do homem era o pulso pálido, mas logo o antebraço já era escondido pelo terno negro.

-Talvez seja bom não ser normal! – Tentou se defender, dizendo tais palavras com toda a coragem que reuniu.

-Você é louco, Dennis. Louco. Maluco. Insano. Está vendo aquela grade? – O homem apontou para a única janela do quarto, pequena e com uma fileira de ferros impedindo o garoto de socializar com qualquer outra pessoa fora de sua zona de segurança. Fora do belo muro construído por sua família altamente religiosa. – Sabe por que ele está lá? Porque você é uma aberração, Dennis Parker. E aberrações ficam escondidas.

-Eu não sou uma aberração! – O rapaz gritou, empurrando o homem, que por algum motivo, não emitiu nenhum som ao cair de costas no carpete de madeira. – Eu... Só vejo o que os outros ignoram.

-Pare de negar o óbvio, Dennis. Você não é como os outros! Acha que quando fizer 18 anos vai sair de casa e fazer uma faculdade? Acha que vai casar? Que vai ter filhos? Dennis, nem sua família e ama, por que uma desconhecida te amaria?

O loiro ficou mudo, suava frio. Odiava a proximidade do homem. Odiava o quarto pequeno. Odiava tudo naquela merda de lugar. Era como uma bad trip de qualquer droga alucinógena, só que durava eternamente.

-GINGER! GINGER! GINGEEEEEEER! – Dennis gritou, o homem tentou tampar sua boca, sem sucesso.

Uma loira abriu a porta com certo desespero no olhar. Mas ao ver o filho sozinho no quarto, relaxou um pouco.

-O que foi, meu amor? – Sua voz parecia doce. Bela ironia.

-Não fale sobre mim, Dennis. Ela vai te achar louco. – O homem sussurrou. – Desculpe, esqueci que você é normal e só vê o que os outros ignoram. Vamos ver se ainda concorda com isso...

Foi então que tudo girou. Dennis podia ver todo o tipo de criatura se arrastando até ele. Mãos sem donos, pés descalços, pulsos magros, vozes roucas. Cada vez tudo estava mais perto. Sentiu duas mãos o abraçarem, mas socou o dono (Ou dona) delas. Fechou os olhos e quando os abriu, a mãe segurava o braço flácido com força, seus dedos tinham sangue escorrendo entre eles.

Dennis segurava uma tesoura de ponta com um pouco de sangue.

Dês de quando segurava uma tesoura de ponta?

O homem riu.

-Gostou do presentinho, Dennis?

-NÃO! VAI EMBORA! AGORA! FORA!

A mãe o agarrou pela orelha, arrastando-o para fora do quarto.

-Zacharias! – Chamou pelo marido, que apareceu logo no corredor. – Eu desisto! Você resolveu manter o Dennis nessa casa. Mas eu não vou mais cuidar dele! Não vou!

-Querida... Se acalme. Solte o rapaz, por favor. – O homem calvo disse entre os dentes.

Ginger arremessou Dennis tão forte que sentiu sua cabeça quicar na parede. Apagando logo em seguida. (x)

Dennis sentiu a nuca pinicar um pouco, estava deitado num campo. O céu roxo acima dele. Agarrou um punhado de grama e levou até seu campo de visão, de uma maneira estranha, era laranja. Quando o rapaz se sentou, sentiu seu corpo afundar. Não conseguiu mexer os braços ou pernas até que a grama estava para cobrir seu queixo. Tudo se transformou em água laranja. Tomou ar e mergulhou até o fundo do local. Quando voltou à superfície, viu que estava rodeado por terra. Felizmente, a terra não tinha qualquer cor anormal. Nadou até lá e ouviu passos. Dando de cara com o homem da cartola novamente.

-Então, pequeno Dennis... Se divertindo muito?

-Quando você vai parar de me perseguir?!

-Hm... Talvez quando você morrer. Isso vai demorar, ainda só tem quinze anos, Dennis.

Ao dizer isso, o rapaz voltou para a água, e nadou até o fundo, ficou lá por mais um tempo até que o pulmão clamou por oxigênio. Então respirou. Sentiu a água entrando em seu pulmão, água saindo do seu pulão. Entrando. Saindo. Apenas isso. Ele não conseguia morrer!

E lá estava o homem da cartola, andando pelas algas azuis.

-Não seja idiota, Parker! Não se pode morrer em uma alucinação.

Dennis arregalou seus olhos azuis. Como assim não podia?!

Tudo girou.

Agora ele estava num quarto diferente do seu. Apenas a cama estava lá.

-Tudo bem, tudo bem, recebemos vários pacientes com esquizofrenia. Já estamos acostumados.

Ele desconhecia essa voz.

-Só peço que venham ao menos uma vez a cada dois meses. Apenas para visita-lo.

-Claro. – Agora era sua mãe.

O homem da cartola sentou-se na ponta da sua cama.

-Da onde você veio?! – Dennis sussurrou.

-Da sua mente. Então... Esquizofrênico, é?

Dennis fez uma careta confusa.

-Você é esquizofrênico, será que não percebeu isso ainda?

Dennis continuou confuso, fechando os olhos em seguida.

Um. Ele vai embora

Dois. Ah, ele vai embora.

Três. Ele já foi?

-Dennis! Escute a conversa! – O homem chamou.

A lobotomia é proibida por lei... O paciente pode morrer...”

“Eu pago o quanto vocês precisarem”

“Acho que a senhora não entendeu...”

“Entendi perfeitamente. Te ofereço o dobro, e então vocês fazem isso com ele.”

“Não senhora... Só podemos mantê-lo aqui. Por favor, não insista.”

-O que vão fazer comigo?! Eu quero ir embora! Por favor, me tire daqui! – O loiro implorou.

-É isso que fazem com aberrações. – O homem levantou um pouco a cartola. Agora seu sorriso torto e amarelado era visível. Foi desaparecendo aos poucos. Até por fim sobrar só o sorriso.

A porta se abriu e uma negra com vestes de enfermeira saiu do corredor, entrando no quarto.

-Oh! Vejo que o rapaz já acordou... – Ela comentou– Vamos deitar, vou lhe contar uma história.

-Qual o seu nome?

-Pattie.

-Você não é como ele, não é?

-Ele quem, meu anjo?

-Dennis, ela não me vê, sua aberração! - O homem da cartola falou, reaparecendo ao seu lado. – Aliás, não me chame de “ele”. Klaus, por favor.

-Klaus. – O loiro repetiu, parecendo meio confuso.

-Ele fala com você?

-Ele me perturba. Sempre.

A mulher fez uma careta de compreensão e passou a mão pelo cabelo claro do rapaz.

-Vamos ignora-lo um pouco, ok?

-Onde está Ginger?

-Sua mãe? Ela foi embora.

-Ela te abandonou, haha! – Klaus sussurrou no ouvido de Dennis.

-Ela me abandonou!

-Não. Ela... Só... Acha que é melhor você ficar aqui. Olha... Pode-se considerar em casa... Mas... Mudando de assunto... Vou te contar uma história, ok Dennis?

-Ok...


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Notas finais do capítulo

Hm... Faz um ano que eu entrei no Nyah!Fanfiction. É... Só queria dizer isso.
Mas e ai, o que achou da fic?
XXX



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