But You Won't escrita por Lecter


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Olá, fannibals - ou quem não é, enfim, leiam e assistam Hannibal.
Pequena one-shot de Hannibal :v Nem é por que eu shippo a Bedelia e o Hannis...

>> Não é algo verídico, apenas o relato de uma fã assídua de Hannibal
>> Gaspard Ulliel (Hannibal - A Origem do Mal) e Dianna Agron (Glee) na capa por representarem - para mim pelo menos - Hannibal e Bedelia mais novos.

Digam o que acharam e até lá embaixo.
Beijinhos,
Lecter.



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Capítulo Único

Os saltos estalavam em contato com a madeira lisa. Encaminhou-se para o balcão do bar, sentando-se logo em seguida em um dos bancos giratórios. Por acaso, o seu não girava. Ajeitou os cabelos loiros para trás da orelha e pediu uma dose para o garçom. Não estava em um dos seus melhores dias. Cruzou suas pernas, batendo por acidente a ponta dos saltos na canela do rapaz ao lado. Não era de seu feitio dialogar com estranhos – não que ela não quisesse, já que futuramente iria os avaliar psicologicamente -, mas não se importou quando o cavalheiro virou-se para olhá-la e permaneceu por alguns momentos a observando. Bedelia não o encarou diretamente, mas tinha noção de como ele possuía beleza.

Sua bebida fora entregue, seu olhar perdia-se na prateleira atrás do garçom. Já o olhar do homem ao seu lado estava completamente focado nela. Jogou seus cabelos por cima do ombro, virando-se logo em seguida.

- Algum problema? – sua voz saíra dura, não fora sua intenção.

- Não mais. Com exceção de sua rudeza. - seu tom não era de brincadeira, mas os olhos diziam outra coisa.

Estendeu a mão para Bedelia, a qual não repetiu o gesto. Com isso, ele apenas disse acenando formalmente com a cabeça:

- Hannibal Lecter.

Isso imediatamente atiçou um lado investigativo e avaliativo na moça, porém ela não deixou transparecer seu entusiasmo. Inclinou sua cabeça.

- Já ouvi falar de sua pessoa.

- Creio que todos já ouviram. – pensou por alguns instantes – Não que isso me incomode.

- Eu poderia sair por aí dizendo que Hannibal Lecter encontra-se aqui. Não seria má ideia.

- Mas você não vai.

- Não vou.

O Dr. Lecter sorriu. Bedelia por fim percebeu que ele possuía certo charme. Um psicopata perigoso e formal. Talvez fosse isso que enganasse suas presas, não que ela realmente tivesse certeza de que a cordialidade na hora de por suas habilidades em prática era aplicada. Um calafrio. Mesmo assim, retribuiu o sorriso.

Os minutos passavam-se enquanto os dois sentados lado a lado ficavam em silêncio. Bebericava sua bebida ás vezes. Ela queria sair dali, mas a incerteza de como Lecter reagiria ao seu ato deixava-a atormentada. A sensação incômoda a possuía.

- O que sua avaliação diz sobre mim? – Hannibal pegou-a desprevenida. Não poderia cometer o mesmo deslize novamente.

- Não sei do que está falando. – fez-se de desentendida.

- Ora, não precisa me responder. Faço alguma mínima ideia do que você concluiu, afinal já passei por várias antes: sou um psicopata sem coração, que irá te degolar assim que você terminar de dizer sua hipótese do porque coloco em prática meus elaborados projetos. – colocou as duas mãos em seu próprio peito de forma dramática.

- “Elaborados projetos”. Nada mal para alguém sem coração. – ergueu as sobrancelhas. – Na verdade, era exatamente isso que eu estava pensando. – um sorriso maquiavélico formou-se nos lábios do Dr. Lecter. – Mas, você não poderá me degolar, já que não pronunciei o que eu penso.

- Mas você confirmou minha tese, o que torna a mesma coisa.

- Claro que não!

- Não tente me fazer de bobo, Bedelia. – talvez fosse o modo como ele falava, até um pouco sarcástico, ou o fato de Hannibal saber seu nome que a assustou de tal maneira. Porém como anteriormente, ela não deixou transparecer.

- Nunca, Dr. Lecter.

Novamente os minutos em silêncio. Não a incomodava mais o fato de estar sentada ao lado de um assassino em série. Decidiu provocá-lo, até o ponto certo, e ver até onde o mesmo possuía o controle de seus atos.

- Eu poderia chamar o FBI. Poderia colocá-lo atrás das grades. – falou pensativa.

- Mas você não vai.

- Quem garante? Você? – riu com escárnio, mantendo seu olhar mais firme sobre ele.

- Sem dúvida alguma.

- Tudo bem. Alô? – a loira fingiu estar segurando um telefone – É do FBI? Eu poderia denunciar um canibal?

Isso atraiu atenção de alguns frequentadores do estabelecimento, já que havia dito alto demais. Nenhum fez nada.

- Provoque-me à vontade, querida. Mas você não vai.

- Não vou. – sorriu.

Naquele momento, apesar das provocações e de se conhecerem não mais do que 10 minutos, Dr. Lecter percebeu que ou Bedelia Du Maurier seria uma grande inimiga ou uma excelente aliada.


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Notas finais do capítulo

Estão a fim de mais uma one? Ou uma short?