Feriado Entre Amigos, ou Quase Isso escrita por Anwar Pike


Capítulo 11
Sorvete


Notas iniciais do capítulo

Hu-hu, mais um capitulo pra voces, e queria agradecer aos lindos comentarios que estou recebendo, gente, eu amo cada um deles :D
Bem, aproveitem a leitura



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Sorvete

Uma garotinha loira brincava com seu irmão, vestindo uma fantasia de fada perto dos pula-pulas. Rapunzel estava se divertindo muito com Coelhão. Ele era protetor, quase como um irmão mais velho e conseguiu mantê-la distraída com jogos de acertar a cabeça de esquilos com uma frigideira.

Ele estava surpreso com a habilidade da garota aparentemente delicada e frágil.

Em outro extremo da cidade, Flynn colocava algodoes na boca da namorada e os dois riam despreocupados. Bem, pelo menos ele estava.

Elsa por outro lado não podia deixar de ficar nervosa ao imaginar que Hans estava na festa. E quanto mais pensava mais raiva de si mesma ela sentia.

Musica animada tocava e logo casais, amigas ou ate mesmo trios começaram a dançar ao som de Centuries de Linkin Park, no que a jovem presumia ser o centro do festival.

A alegria era contagiante e ela podia sentir suas barreiras contra socialização baixando-se lentamente.

Estava observando as pessoas, quando, para seu enorme choque e surpresa, viu Merida dançando uma dança esquisita, muito animada e que envolvia muitos saltos com o garoto Dingwal. Teria que lembrar-se de irrita-la com isso mais tarde.

Jack conversava com Fada á um canto. Ela estava sentada no capô de um carro e ele, aparentemente, estava inclinado em direção á ela.

Elsa arregalou os olhos e agarrou o braço de Flynn na hora de apontar. Rapunzel não podia ver isso. Sentiu o instinto fraternal que tinha por Anna aflorar, mas antes que pudesse fazer qualquer coisa, uma figura alta nublou sua visão do casalzinho.

– Boa noite. – A voz fez arrepios correrem por sua pele, mesmo na noite abafada. – Me concede o prazer desta dança?

Flynn ergueu uma sobrancelha, claramente indignado. Elsa, por sua vez, não conseguia respirar ou pensar coerentemente. Aquilo era tão embaraçoso.

O moreno a olhava inquisitivo, assim como o ruivo.

Agora era oficial, a temperatura tinha baixado abruptamente e congelado as palavras em sua garganta. Mal conseguia manter o olhar desafiador para Hans.

– Não. – Ela disse simplesmente. E talvez, baixo demais, porque ele se inclinou para mais perto e perguntou de novo.

– Perdao?

Porem, antes que ela respondesse, uma comoção chamou a atenção das pessoas na festa. Jack estava parado, encharcado com liquido gelado de cor rosa, oh, espere. Era sorvete!

Fuzilava e berrava coisas como “loira maluca” “o que estava pensando, sua idiota?” Por um momento a de cabelos prateados imaginou que ele estivesse falando com Rapunzel, mas sua lucidez a avisou de que, por mais estupido que ele fosse, ele nunca insultaria sua prima.

Então Hans saiu da sua frente, aumentando seu campo de visão. O ruivo olhava a tudo, e soltou um assovio de admiração ao ver Astrid, muito zangada, batendo o pé contra o chão de paralelepípedos.

– E isso é para ver se toma vergonha na cara, picolé!

Esta bem, o que, exatamente estava acontecendo ali?

Astrid saiu pisando duro com Soluço vermelho e irritado em seus calcanhares.

A pequena aglomeração de pessoas se dispersou rapidamente e Elsa desistiu de ir atrás deles. Conversaria sobre o que acontecera mais tarde.

Olhou intrigada para o garoto pálido enquanto ele limpava o sorvete da camisa com a ajuda de Tooth, que parecia ligeiramente constrangida, e então voltou sua atenção para o homem á sua frente.

– Eu disse não Hans.

Rider respirou fundo ao seu lado, como se um alarme tivesse disparado em sua mente e ele estivesse tentando encontrar o botão de desligar.

O ruivo não pareceu se importar com a grosseria da ex e sorriu sedutor.

– Ora vamos lá, pelos velhos tempos minha rainha.

Foi a vez de Elsa prender a respiração. Flynn estava bufando ao seu lado. Ela segurou firme o braço forte do namorado, e, lançando um olhar afiado para o outro, saiu, sem dar explicações.

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– Que droga Astrid, por que fez isso?! – Soluço gritava exasperado, movendo as mãos acima da cabeça em total indignação.

– Por que ele estava sendo um canalha. Eu gosto da Punzie e detesto garotos que brincam com sentimentos de garotas.

Ele não sabia se aquilo fora uma indireta, mas resolveu fazer-se de desentendido.

– A vida pessoal deles é problema deles. – Ele suspirou tentando se acalmar. – Agora, vamos. Vamos voltar à festa. E tente não jogar sorvete na cabeça de mais ninguém, por favor.

A loira o olhou emburrada e o seguiu de volta para a multidão. O céu estrelado era tão bonito que competia acirradamente com a luz das lâmpadas.

Uma cabeleira ruiva emergiu da “pista de dança” ofegante e sorridente, apertando os joelhos com as mãos.

– Puxa, eu não esperava que fosse tão bom dançarino, magrelo... – Ela disse entre suspiros.

– Heh, ninguém imagina. – Ele sorriu torto e levou para tomar um milk-shake e descansar.

Soluço os observava de longe, os olhos verdes quase escondidos nas sobrancelhas grossas. Sentiu uma dor aguda no peito, mas tentou ignora-la. Como vinha fazendo há dias, pensou consigo.

Uma garota loira estava dançando agora, movendo os longos cabelos dourados de um lado á outro, e, pacientemente esperando um Coelhao muito desajeitado acompanha-la.

– Ah vamos lá Bunny, você não esta nem tentando! –Ela riu gostosamente.

– Eu já te disse, dança não é pra mim.

Ela fez que não ouviu e continuou tentando faze-lo dançar, nem mesmo reclamando dos pisoes que recebia nos pés.

Jack estava comendo uma esfiha quando viu os dois. E, vamos apenas dizer, ele não tinha o mesmo autocontrole de seu amigo das sardas.

Colocou-se de pé num rompante, deixando Fada sozinha na mesa. Não que ela tenha percebido. Estava entretida em uma conversão com uma garota de cabelos negros curtos, Mavis e Jhonny, seu namorado de cabelos arrepiados.

Rapunzel estava movendo os braços de Coelhão divertida quando Jack a chamou.

– Punzie.

A garota o ignorou totalmente.

E seu coração apertou e encolheu. Seu pior pesadelo, aquele que nunca contara a ninguém, nem mesmo á sua mãe. Ser ignorado ou esquecido. Chamou mais alto, mantendo certa distancia.

O moreno alto o ouviu, e começou a virar o rosto, mas parou á uma palavra da loira.

Ela o estava evitando de propósito. Ele sentiu o peito inflar dolorosamente.

Bunny sorriu discretamente. Ele não fora com a cara da Jack desde o inicio. E também havia o fato de ele estar ali com Tooth. Ele era secretamente apaixonado por ela, e, ainda que seu senso comum lhe dizia que a culpa não era de Frost, mesmo assim, era bom vê-lo sofrer o que ele estava sofrendo.

Aquilo foi o cúmulo. O garoto de cabelos brancos empurrou o moreno com força, afastando os dois com violência. Rapunzel parecia assustada pela atitude de Jack.

– O que você pensa que esta fazendo moleque? – Coelhão perguntou, se aproximando uma vez mais. Quando ele tentou chegar perto de Rapunzel, porem, Jack o empurrou de novo, colocando-se em frente da garota.

– Fique longe dela.

Sua voz estava baixa e sua expressão alertava perigo. Punzie ia falar algo para intervir, mas, tudo aconteceu muito rápido.

Bunny inclinou-se como se fosse beija-la, mas antes que ela pudesse sequer sentir seu hálito, duas mãos pálidas o arrancaram violentamente de perto dela e depois tudo o que viu foram punhos e chutes.

Jack havia dado um soco de chacoalhar os dentes no moreno, que por sua vez, cambaleando um pouco, partiu para cima do outro e o acertou no estomago, tentando derruba-lo no chão.

Pessoas começaram a se reunir em volta e Rapunzel sentiu um mal estar no estomago ao ver sangue escorrendo pelo nariz de Frost. Odiava brigas.

E sabia bem o suficiente que gritar que parassem não ia soar como nada mais que pedidos patéticos aos ouvidos dos garotos.

Bunny agarrou as pernas de Jack e o bateu contra o chão. Jack colocou-se de pé mais uma vez e acerou um chute na canela do outro.

Punzie já tivera o suficiente. Ao ver que mais uma saraivada de golpes ia começar, ela se interpôs entre os dois e gritou com á plenos pulmões:

– CHEGAAA!!

Os dois policiais que tinham chegado para deter os jovens pararam, estupefatos diante da reação da menina. Ela tinha agarrado os dois pelas orelhas e os arrastava para longe do publico “sedento por sangue”.

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Notas finais do capítulo

Coomentem, digam o que acharam do capitulo, o que precisa melhorar, enfim, até o proximo! :D