Made In NY escrita por Vinneys


Capítulo 60
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

E é com muita tristeza que anunciamos o ultimo cap dessa temporada. Estamos em prantos, e não poderia ser diferente. Essa demora tem uma resposta simples, a perfeição requer paciência.

Nossa gente isso é tao triste vcs não tem noção! Mas OK, segura esse forninho, prepara o core pro capitulo final dessa temporada. E vamo que vamo! A gente se vê la em baixo, temos muitos agradecimentos pra vcs. Não deixem de ler.

Boa Leitura!



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Pov. Chad

As garotas insistiram pra mim ficar esta noite ja que elas estavam cansadas demais pra passar mais uma noite com a Vick. Ja era tarde, umas onze horas da noite, quando eu finalmente peguei no sono.

Ja estava acostumado a dormir nesse sofa horrivel. Pra um cara de 20 anos, dormi quase um mês nesse sofa fez minha coluna ficar com uns 60 anos mais ou menos. Aposto que a coluna da minha avo deve estar melhor que a minha. Mas é por uma boa causa né.

Hoje era um tipico dia que eu não dormia direito com o barulho dessa chuva. Mas eu tava tao cansado, mas tao cansado, que senti meu corpo relaxar por umas duas horas ou mais. Escutei a enfermeira entrando no quarto e depois saindo mas não consegui abrir os olhos e depois voltei a dormir.

...

Acordei assustado quando escutei o som de vidro estilhaçando no chão. Me esforcei pra abrir os olhos e tombei a cabeça pro lado. Vick estava sentada lutando contra os cabos grudados no seu braço, observou o copo quebrado no chão e xingou baixinho, depois voltou sua mao pros curativos de um jeito desesperado.

Nos primeiros minutos com a boca aberta em surpresa eu pensei que ainda tivesse dormindo e minha mente estava me enganando com fantasias dela acordando de um jeito que provavelmente eu não tava preparado pra ver. Mas quando ela ouviu meu suspiro totalmente surpreso virou a cabeça na minha direção.

Ela tava com um rosto tao assustado que eu nem havia reparado. Apertou os olhos na minha direção como se ela mesma não acreditasse em me ver, os olhos arregalados, a boca aberta...

–Chad? - sussurrou com a voz fraca.

Aquilo foi como uma injeção de animo pra mim. Sua voz. Seus olhos me fitando. Se aquilo fosse realmente um sonho eu queria aproveitar cada segundo dele. Porque se fosse de verdade, logo, logo, eu iria acordar e tudo ia perder a graça.

–Ah meu Deus! - desci do sofa tao rapido que me atrapalhei no caminho, esbarrando na mesinha de centro e na minha bolsa. Não sei como cheguei vivo ate ela. Ela estava sorrindo fraco quando eu me aproximei, da minha cara com certeza - Voce voltou!

–Porque? Aonde... Eu tava? - ela me perguntou confusa e eu ri. Passei os dedos pelo seu rosto achando que tudo isso ainda era um sonho, tinha que ser um sonho.

–Muito, muito longe - respondi.

Por um segundo ela parou de me olhar e observou em volta. As maos foram parar de novo no seu braço que estava ligado a um aparelho que media sua pulsação. Ela fez força pra puxar o fio mais eu a contive.

–Não tire - Segurei sua mao com firmeza. Ela me encarou com a mesma expressão confusa.

–Onde eu estou?

–Pensei que ja tivesse deduzido - falei apontando pros aparelhos em volta dela. Ela balançou a cabeça e apertou minha mao com força.

–O que aconteceu? Porque eu to aqui? Porque... O que... - ela se embaralhou nas palavras. Eu segurei seu rosto, ela estava com os olhos cheio de lagrimas. Respirei fundo.

–Não se lembra? - Ela negou com a cabeça. Ah, isso não tinha como piorar. - Eu acho melhor chamar um medico.

–Não, espera. Me fala - ela segurou minha camisa com força quando fiz menção em levantar.

Eu não acredito que seria capaz de sobreviver caso ela me olhasse novamente daquela forma. Eu não estava preparado para isso.

Afaguei sua bochecha de forma delicada enquanto ela me olhava esperando uma resposta. Em vez disso eu a beijei. Sabe Deus quando ela deixaria eu fazer isso de novo e eu sonhei por muito tempo com esse momento. Mas não exatamente assim. Queria que ela me olhasse e dissesse que me perdoava, mas ela nem se quer se lembrava do que tinha acontecido...

Ela retribui o beijo agarrando com mais força minha camisa e me puxando pra mais perto. Eu a soltei quando me lembrei de que estávamos num hospital e a 10 minutos atras ela estava em coma.

Me levantei antes que ela pudesse me conter.

–Eu ja volto - disse todo apressado. Ela não disse nada, ficou sentada me observando sair do quarto.

Eu não acreditava que aquilo finalmente estava acontecendo. Que graças a Deus ela tinha acordado, estava feliz e um pouco desesperado. Ela não se lembrava e isso era um problema. Do que mais sera que ela não estava lembrando?

Sera que ela lembrava que eu era marido dela e estávamos passando por um divorcio?

[...]

Pov. Victoria

Nunca na minha vida eu jamais me sentira assim. Fora do ar! Estranha e inconsciente do que estava acontecendo a minha volta. Eu simplesmente me esforçava pra lembrar de alguma coisa pra eu não parecer tao patética a ponto de não saber o que aconteceu comigo mesma pra ter vindo parar num hospital. E eu precisava lembrar, ja que Chad não parecia disposto a me contar.

Ele voltou minutos depois, parecia acompanhado da metade dos médicos do hospital que me olhavam como se eu fosse um milagre ou coisa do tipo. Eles me examinaram de todas as formas possíveis enquanto Chad ficou ao fundo do quarto de braços cruzados observando tudo com cuidado. Depois o médico o chamou e o levou pra fora do quarto e eu pude ouvir alguns fragmentos da conversa do tipo:

–O que? - ouvi a voz do Chad se sobressaltar e me assustei - Ela acabou de acordar da droga de um coma de quase 2 meses e vocês querem dopa-la de novo? De jeito nenhum!

Coma?? 2 meses? O que??

–Sr. Drew, calma. É so para termos um exame mais completo para saber se esta tudo bem com ela. Se não, não irei poder dar alta a paciente - ouvi a voz paciente do medico - Ela vai ficar bem, eu te garanto!

Respirei fundo totalmente sem entender quando eles começaram a cochichar e eu não escutei mais nada do que diziam.

Não entendia porque mas eu ja estava chorando e tremia de tanto soluçar. Essa coisa de nao entender e não lembrar de nada tava me esgotando emocionalmente. Ninguém me dizer o que tava acontecendo também tava acabando comigo.

–Calma menina - disse a enfermeira me oferecendo um lenço. Eu aceitei e ela continuou o que tava fazendo. Me desprendendo dos aparelhos.

–Você, sabe me dizer o que aconteceu comigo? - ela estreitou os olhos na minha direção e demorou um tempo pra responder.

–Mantenha a calma - repetiu ela de novo, dessa vez afagou meu braço com um sorriso solidário. - Suas amigas já vão chegar!

Manter a calma. Bufei contrariada. Como manter a calma quando não me dizem o que esta acontecendo? Como ficar tranquila quando querem me sedar com a desculpa de que eu estava "agitada demais pra um exame em que eu devo ficar parada"? Queriam fuçar a minha cabeça como se ja não bastasse o restante do meu corpo em que avaliaram a dez minutos atras.

Eu respirei fundo mais uma vez observando Chad pela fresta da porta ao telefone. Parecia desesperado e falava com tanta pressa gesticulando pro nada. Ele parecia cansado, como se não dormisse a dias. Fitei o relógio e eram 4 horas da manha, ótima hora pra acordar, não?

–Então, victoria! - O médico voltou me fitando - Pronta para o exame?

Eu me encolhi e balancei a cabeça negando. Não queria fazer exame nenhum. Queria ir embora, queria entender o que estava acontecendo comigo. Queria acima de tudo sair daqui.

Chad pareceu sentir meu desespero interior e senti suas maos afagando minhas costas. Me virei para olha-lo e ele estava dando um sorriso encorajador pra mim.

–Vai ficar tudo bem - sussurrou no meu ouvido - Eu prometo!

Ele segurou minha mão enquanto a enfermeira começava a injetar um medicamento na minha veia. Senti minha cabeça tombar pra trás involuntariamente como se pesasse vinte quilos. Chad me pegou no colo e me deitou numa maca onde começaram a me tirar daquele quarto depressa, eu já não estava vendo mais nada. Meus olhos ja estavam fechados e a droga daquele remédio ja estava fazendo efeito. E então de repente foi como se eu tivesse sonhando e as vozes ao meu redor fossem apenas musicas de fundo.

[...]

Não senti quando me colocaram na ressonância. Não vi nem quando cheguei na sala cheia de médicos. Foi como se nada tivesse acontecido.

Apenas abri os olhos horas depois e ja estava em um quarto totalmente diferente, com paredes brancas e cortinas claras que a proposito estava mais clara ainda com o sol que saia do lado de fora. Me espreguicei naquela cama fitando novamente o relogio e agora eram 8:20 da manha. Olhei pelo quarto desesperada a procura de Chad mas não foi o que encontrei.

O que eu felizmente encontrei foi três figuras desesperadas socando roupas em uma mala e discutindo ao mesmo tempo. Não pareceram nem me ver acordar.

–Lucy Walker, aonde você enfiou aquele casaco dela? - cassie gritou fuçando entre os sofás.

–Ué, não sei nem porque você trouxe um casaco na mala dela, se ela não ia usar...

–Gente, vou levar esses shampoos e o condicionador também - Katy interrompeu Lucy voltando do banheiro e socando vários vidrinhos dentro de uma mala - São de erva doce, eu amo erva doce! Se eu pudesse comeria eles!

–Parece até que passa fome - Lucy revirou os olhos.

–A proposito, o café da manha sai as nove. Espero que eles dêem alta pra ela depois disso - Katy falou animada - Não deu tempo de comer antes de sair de casa - ela deu de ombros quando cassie olhou pra ela com o rosto incrédulo.

–Você não é uma paciente, eles não vão te alimentar de graça...

Eu interrompi a fala de Lucy quando acabei rindo daquela situação. Não existiria três pessoas na face dessa terra que teriam esse tipo de assunto num hospital.

Elas me encararam como se o tempo tivesse congelado. Katy deixou escorregar um vidrinho de condicionador no chão ao fitar meu rosto. Cassie foi a primeira a sair correndo.

Eu arregalei os olhos assustada quando as três começaram correr e gritar ao mesmo tempo. Fui sufocada por uns dois minutos num abraço apertado que poderia ter me matado com a falta de ar. Mas em vez de reclamar eu me aconcheguei nelas. Era tudo que eu precisava. Segurança. Respostas.

Elas diziam tanta coisa ao mesmo tempo que eu quase não entendia, coisas como: "Finalmente" "Não estava acreditando que realmente acordou" e "Vou morrer de felicidade". Eu sorria incapaz de conter aquela alegria.

–Antes que vocês digam qualquer outra coisa - eu falei examinando os olhos delas cheios de expectativas - Quero saber o que aconteceu. Ninguém me fala nada. Ninguém quer me explicar nada. Eu não aguento mais isso!

As três se entreolharam por um segundo. Cassie respirou fundo e sentou na cama ao meu lado.

–É muito bom ver você acordada sabia, não sabe a quanto tempo estamos esperando por isso - Ela sorriu tocando minha mao. E novamente eu não estava entendendo. - Jura que não se lembra mesmo?

Eu neguei com a cabeça. Não me lembrava e minha cabeça doía quando eu me esforçava demais.

–Qual é a ultima coisa de que se lembra - Katy perguntou.

–Hum... Acho que, na hora do parabéns na festa do Jason. Alguma coisa do tipo... - fiz careta tentando me esforçar mais um pouco mas nada saia.

–Bom, o medico disse que sua cabeça esta perfeitamente bem e que não vai ter sequela alguma. Você vai começar a se lembrar das coisas aos poucos - explicou Lucy, bem ao meu lado - Mas, já que quer saber tanto, eu conto. Pode ajudar a fazer você se lembrar...

E então ela começou a falar, calma e cuidadosamente avaliando cada expressão do meu rosto. Cassie me dava apoio segurando minha mao enquanto Katy ajudava a Lucy na historia completa.

Foi como um choque de realidade na minha cabeça. Enquanto elas falavam eu sentia como se tivesse voltado no tempo a dois meses atras e estivesse vivendo tudo aquilo novamente. Chad me dizendo que queria somente a mim enquanto estávamos sozinhos no quarto antes da festa. Depois Jullie dizendo aquelas coisas pra ele e eu não aguentei ouvir aquilo. Ninguém aguentaria, na verdade.

Aquele carro aparecendo do nada e antes mesmo de ele ter me atingido eu escutei ele gritar meu nome, não deu tempo de virar e ver seu rosto. Eu já estava arremessada no meio da rua inconsciente.

–Ah! Não chore - Murmurou Katy. Eu nem mesmo havia percebido que tinha começado a chorar.

Eu sequei as lagrimas de meu rosto rapidamente enquanto absorvia as informações que elas me davam. E que meu cérebro de repente resolveu me fazer lembrar.

–Ele me... Traiu? - perguntei com a voz um pouco engasgada.

–Não! - Katy se apressou em dizer - Não, claro que não. Ele te ama. Jullie tramou tudo aquilo, ela sabia que você estava ouvindo, por isso ela disse aquelas coisas.

–Não se preocupe, que o que é dela ta guardado! - Garantiu Lucy.

–Eu não entendo - balancei minha cabeça - Aonde ele esta?

–Foi pra casa depois que chegamos. Disse que não queria ver sua reação quando se lembrasse do que aconteceu. Ele se sente culpado Vick, esta péssimo - Contou Cassie de um modo melancólico - Ele até... Assinou o divorcio.

–Ele... O que? - Perguntei surpresa - Porque ele fez isso?

–Disse que você vai ser esperta o bastante pra entender e assinar também. Ele não quer atrapalhar sua vida!

–Ele disse isso? - Perguntei indignada e percebi que estava gritando. Cassie assentiu. - Porque ele não teve a coragem de falar isso na minha cara?

–Ele acha que você não vai mais querer olhar na cara dele! - Lucy voltou a dizer - Foi um período difícil Vick. Não existe pessoa que sofreu mais nesses meses do que ele. Ele passou cada dia aqui do seu lado, quer dizer, menos quando sua mae apareceu e eles brigaram mas...

–Minha mae esteve aqui?

–É claro. Assim que soube ela veio correndo pra Nova Iorque, mas teve que voltar por causa do seu pai. Ela e Chad discutiram por causa do seu casamento com ele em Vegas - Lucy suspirou.

Eu respirei fundo fechando os olhos com força. Era muita informação. Eu estava tao ferrada...

–Tem muitas coisas ainda que temos que colocar em pratos limpos, mas, adoraria se você fosse tomar um banho pra podermos ir embora desse hospital pra nunca mais voltar - Cassie disse com um sorriso de canto a canto - O médico ja te deu alta, lembra?

Eu concordei num estado de espirito não muito bom. Me esforcei pra me levantar, minhas pernas estavam fracas, ficar paradas por quase dois meses não fez muito bem a elas.

...

Eu fiquei imensamente surpresa quando cheguei em casa e os meninos tinham preparado uma recepção especial pra mim. Com uma facha enorme na entrada da sala escrito "Seja bem vinda de volta Vick". A casa tava enfeitada com rosas e mais um monte de flores e até o Vegas estava arrumado pra festinha com uma roupinha muito fofa e uma plaquinha no pescoço dizendo "Sentimos sua falta".

Todos eles me abraçaram animados. Chad também estava lá, mas mal nos falamos ele manteve distancia e fez questão de não manter contato comigo.

Mais a noite quando finalmente consegui ficar no meu quarto sozinha, eu também decidi que seria melhor assinar aquele maldito divorcio. Até porque foi um começo errado. Casar contra a minha vontade e contra a dele. Mesmo que esse sentimento tenha mudado depois. Mesmo que... Talvez eu o ame. Não foi um começo muito digno pra se levar a diante, então pensei melhor em acabar com toda essa historia. Se ele ja tinha assinado mesmo, eu é que não ia segura-lo para sempre num casamento falso.

[...]

1 mês depois...

Pov. Ryan

As coisas finalmente estavam seguindo um rumo mais normal. O primeiro ano de faculdade graças a Deus estava concluído e o fim do ano tinha chegado, e com ele aquele tempo frio e a neve também.

Aquele clima natalino de Nova Iorque era maravilhoso, a maioria de nos ja estava se preparando para viajar pra casa pra encontrar a familia nessa época do ano, mas eu por exemplo, estava mais ansioso para ver o resultado das provas e se eu tinha passado de ano ou não.

–Eu estou nervoso - murmurei impaciente. Respirei fundo tamborilando os dedos no volante do carro esperando o sinal abrir.

–Respire, Ryan - Cassie passou sua mao pelo meu ombro - Você estudou o ano todo pra isso. Não fique nervoso agora...

–Você não esta, nem um pouquinho?

–Talvez, um pouquinho! - ela sussurrou, senti sua mao tremendo no meu ombro.

Respirei fundo mais uma vez e dirigi direto pra faculdade. Tinha poucas pessoas lá, a neve estava tomando conta de todo o estacionamento e foi difícil achar uma vaga com aquele chão todo branco.

Eu e Cassie descemos do carro e ela pegou minha mao com firmeza. Parecia que estávamos caminhando pra um enterro ou pra nossa própria morte, o que era bem mais provável.

–Não sei se sou capaz de ver isso - soltei sua mao e cobri o rosto - Olha você!

Cassie riu da minha cara e foi caminhando até a parede do terror. Vi ela passando o dedo pela lista e olhando cautelosa cada nome, sua demora estava me deixando agoniado.

–Ah, meu Deus! - ela sussurrou baixinho.

–O que, que foi? - perguntei ansioso. Ela não se virou e eu me desesperei. - Fala logo Cassie!

–Ah... A gente passou! - Ela olhou pra mim com um sorriso rasgando a cara.

–Mentira - Passei por ela correndo ate a lista - Eu preciso ver isso!

Fui exatamente aonde ela estava vendo e procurei pelo meu nome onde estava escrito lindamente ao lado "Promovido". Se eu surtei de emoção? Ata, é claro que sim!

–A gente passou! - Cassie disse com uma alegria iminente. Começou a dar aqueles pulinhos histéricos.

Eu nem acreditava que finalmente tinha superado aquele ano de grandes provações. Esse pareceu o próprio purgatório, com tantas loucuras envolvendo nossas vidas... Eu mal conseguia acreditar que tinha conseguido me concentrar o bastante nas provas finais e passado de ano.

–Eu estava confiante desde do inicio. Sabia que passaríamos!

Cassie revirou os olhos rindo. Em seguida jogou seus braços envolta do meu pescoço me pegando de surpresa com um beijo. Eu retribui enlaçando sua cintura com firmeza. O jeito como ela se encaixa em mim me fez suspirar. Meu quadril apertando o seu quadril, seus braços finos apertando meu pescoço, ela sorrindo enquanto me beijava...

Nossa empolgação estava tao grande que nem percebemos que tínhamos plateia. Ouvi alguem bater palmas ao longe e afastei meu rosto do de Cassie.

–Quer tirar uma foto? - Perguntei mal humorado. Não precisava olhar pra saber quem era, mas mesmo assim eu olhei. David estava a dois passos de distancia, encostado num pilar nos observando.

–Não vou precisar, obrigado. Vamos nos ver bastante ano que vem, Drew! - Ele passou por nos piscando para Cassie e sumiu virando em um corredor.

Respirei fundo. Como eu gostaria de poder soca-lo agora.

–O que sera que ele quis dizer com aquilo? - Ela perguntou. Dei de ombros sem realmente me importar com aquele imbecil.

–Não sei, não quero saber e não quero pensar nisso agora! - Me voltei a ela de novo, passando os dedos pelo seu rosto - Aonde paramos mesmo?

[...]

Pov. Katy

Sabe quando bate aquela nostalgia? Enfim, eu sei que deveria estar animada por finalmente chegar o fim do ano (e eu estou, a proposito) mas não estava pronta pra abandonar minha casa agora e todas as loucuras que vivi esse ano. E principalmente... Tyler!

Explicando num resumo rápido: Meus pais vieram atras de mim por dias e dias apesar deu não estar a fim de papo com minha mae, ela veio pessoalmente dias atras me pedir desculpas e bom, eu não poderia xinga-la ou dizer apenas um não. Ela era minha mae, tínhamos nossas diferenças, mas eu a amava. E a perdoei por todo aquele episodio da briga e agora estava indo pra casa passar o natal.

Na verdade todos nos estávamos. Jason tinha partido mais cedo, três dias atras! Lucy, Vick e Cassie pegarão o avião daqui a algumas horas e eu vou para casa hoje. Somente os meninos vão ficar, pelo que eu entendi os pais deles vem pra cá passar algumas semanas e Tyler vai viajar amanha.

–Vai ser muito estranho voltar pra casa - murmurei com a cara no travesseiro.

–Relaxa, amor. Sua mae não parece muito decidida a brigar com você de novo - Tyler disse ao meu lado.

–Não é só isso.

–É o que, então?

–Não estou acostumado a ficar muito tempo longe de tudo isso. Vai ser estranho. Não sei se estou preparada, vou sentir falta do Vegas - Choraminguei.

Ele riu me puxando pela cintura de modo que me fez encaixar perfeitamente encima dele.

–Só do Vegas?

–Náo né. Dos nosso amigos, dessa casa, desse quarto e... - levantei a cabeça para encara-lo. Ele já me olhava com as sobrancelhas erguidas. - E de você, é claro. Eu tava pensando, no que você vai aprontar longe de mim quando estiver em Chicago?

–Ah nada demais - ele deu um sorriso malicioso - Talvez eu saia com uns primos meus pra algumas boates. Sei la, talvez algumas festas com muitas gatinhas!

–É. E talvez eu mate você!

Ele sorriu prevendo que ia bater nele e segurou meus braços me jogando em cima de seu peito. Passou a mao pelo meu cabelo me beijando enquanto sua outra mao fazia círculos em minhas costas delicadamente.

Quando ficamos sem ar, ele me afastou devagar olhando em meus olhos.

–Sera no maximo duas semana. Todos estarão de volta pro Ano Novo, vai passar tao rápido que você nem vai notar.

–Tomare!

Alguem rompeu nossa bolha batendo na porta.

–Estamos indo embora! - Lucy gritou.

Eu me apressei em levantar e arrastei Tyler junto comigo. Despedidas. Pior hora do dia pra mim. A sala estava abarrotada de malas e Cassie parecia que ia matar Ryan sufocado o garoto de tanto que eles estavam se abraçando e se beijando loucamente.

Aquilo já tinha passado de um namoro falso ja fazia muitooooo tempo!

–Não gosto de despedidas então... Feliz Natal pra todo mundo e a gente se vê no ano novo! Beijo, beijo, fui! - Lucy saiu acenando da porta enquanto o taxi buzinava.

Demorou meia hora pra Cassie largar o Ryan e Victoria parecia que estava indo a um enterro de tantas lagrimas.

Tudo bem. Duas semanas. Posso conviver com isso. Vou sobreviver a isso.

Depois que elas se foram, eu me apressei em subir para fazer as minhas malas.

[...]

Pov. Cassie

Chegamos no aeroporto bem em cima da hora. Estávamos esperando chamar nosso vôo para Califórnia. Calor, sol, gente bronzeada, familia. Isso parecia um pesadelo pra mim agora. Mas, afinal de tudo eu estava animada.

–To pensando em fugir de casa - Lucy disse distraída, eu a encarei pasma.

–Nem chegamos em Los Angeles ainda e você ja esta pensando numa fuga? - perguntei e ela deu de ombros.

–Meu pai ainda esta furioso pelo episodio do incêndio no prédio. Acredito que ou ele esta me esperando com uma viatura da policia pra me prender ou ele estará me esperando com uma ambulância de um sanatório. - ela balançou a cabeça pensando sozinha - E pior de tudo, vai fazer eu visitar minha mãe. Não tem castigo pior. Vou fugir.

–Então me leve junto - disse Vick - Porque se tem uma coisa que eu não quero, é ver meus pais depois de estar em coma e eles saberem que me casei e agora sou oficialmente divorciada.

–Me sinto na adolescência novamente! - Disse.

Todos esses problemas desapareceram no instante em que anunciaram nosso vôo.

A viagem foi rápida e eu agradeci assim que pisei em Los Angeles. Nao tinha percebido como tinha sentido falta daquele lugar, um ano em Nova Iorque, meu Deus eu teria tanta coisa para contar aos meus pais. Claro que eu iria editar cada loucura. Eles não precisavam se assustar a ponto de não me deixarem voltar.

Nossos parentes nos esperavam na saída do aeroporto. Meus pais, a mae da Vick e o pai de Lucy. Nos despedimos ali mesmo, apesar de saber que veria elas em breve.

Os dias se passaram voando, meus pais queriam saber cada detalhe sobre Nova Iorque, sobre a faculdade e a casa nova.

Nosso natal como sempre foi animado e cheio de gente. Parecia minha infância de novo, minha familia, a familia de Vick e a de Lucy. Mas passou tudo muito rápido e de repente ja faltava 2 dias pro ano novo. Minha mae estava inconsolável por eu não passar o réveillon com ela e meu pai. Mas o que eu podia fazer? Nada.

Eu estava tao ansiosa pra voltar pra casa que me peguei pensando que finalmente me desapeguei aqui de Los Angeles e já passei a pensar em NY como meu lar.

[...]

Pov. Lucy

As semanas na Califórnia passaram voando. Pra mim obviamente foi um martírio, mas graças a Deus acabou!

Tínhamos chegado de volta a Nova Iorque na manha do dia 31. Jason também ja tinha voltado, nossa casa estava de cabeça pra baixo quando chegamos e os meninos não estavam lá.

Pelo que entendi Tyler foi buscar Katy e os garotos tinham ido resolver detalhes do nosso réveillon. Jason nos passou as cordenadas que eles deram para ficarmos prontas as 21:00 que eles passariam para nos buscar. Eu não estava entendo nada e nem estava a fim de me esforçar pra entender. Estava cansada demais. Por isso corri pro meu quarto pra tirar um cochilo.

Só deu tempo de descansar um pouco até Cassie surtar e dizer que estávamos atrasadas. A casa ficou uma bagunça completa, com todas nos correndo pra se arrumar e nada dos meninos chegarem.

Eu ja estava começando a me preocupar com o que eles estavam aprontando! O que ocuparia eles o dia todo? Era só o Ano Novo!

Mas esqueci isso no momento em que a campainha tocou e o Vegas saiu correndo, também todo arrumadinho pra festa, com uma roupinha branca muito fofa. Aposto que isso foi ideia da Cassie.

–Vamos cambada, vamos curtir o ano novo! Rápido, rápido, rápido! - Gritou Ryan da porta.

Apareci na soleira da porta observando aquela cena.

Percebi que eles nem desceram do carro e um ja estava cheio com Katy, Tyler, Ryan, Chad e agora Jason dentro. Katy saltou do carro com um vestido lindo e veio saltitando até mim e me abraçou em seguida.

–Oiiii! - gritou no meu ouvido - Sera que você pode pegar a chave do carro de vocês. Os meninos querem saber se você podem ir seguindo eles?

–Pensei que fossemos ficar aqui.... Espera! O que eles estão aprontando?

–Eu não faço ideia! - ela deu de ombros.

Encarei eles dentro do carro e meu olhar encontrou o de Nicolas no volante que piscou pra mim.

–Tem como ser pra hoje? Quero chegar la antes da meia noite - ele gritou.

–Chegar na onde? - perguntei confusa.

Chad no banco de trás passou o braço pra frente tampando a boca de Nicolas antes que ele pudesse responder.

–É surpresa! - disse ele.

Assim que as meninas desceram eu peguei a chave do nosso carro e fechamos a casa.

Partimos pra sabe Deus aonde, seguindo os meninos o caminho todo sem ter noção nenhuma de para onde estávamos indo, eu tentava me manter quieta e concentrada na estrada. As garotas não paravam de falar e principalmente se perguntar pra onde estávamos indo. Eu principalmente, nunca tinha pegado aquela estrada. Pelo menos não que eu me lembrava.

–Tipo, ja vai fazer mais de uma hora que estamos nessa estrada! Isso é um sequestro? - Katy perguntou.

Era provável considerando que era eles que estavam nos guiando. Mais 20 minutos naquela estrada e eu fui invadida pela sensação de Déjà vu.

Do meu lado direito, se abriu um horizonte amplo com a vista pro mar. Eu fiquei fitando aquela imagem enquanto dirigia, mas não disse nada, só tive certeza mesmo quando seguimos mais alguns segundos depois.

Uma tenda enorme branca e iluminada com luzes douradas e decorada com flores estava montada bem no meio daquela praia.

–Ah - exclamei perdendo a fala ou realmente esquecendo o que eu ia falar.

–Não acredito nisso! - Disse Katy surpresa. Enfim, eu não parecia ser a única a reconhecer o lugar e ficar de queixo caido com a decoração e empenho dos garotos.

Eles estacionaram o carro segundos depois e eu parei bem atras deles. Eu respirei fundo antes de descer do carro totalmente maravilhada com aquela visão.

–Vocês realmente voltaram no tempo - disse Cassie tao boba quanto eu - Nossa praia deserta! Nem acredito que estamos aqui de novo!

–Eu adorei essa ideia - Katy se animou tirando os sapatos - Não teria lugar melhor pra passarmos o ano novo!

–Isso é verdade! - Chad concordou - Achamos que, seria ótimo terminar o ano onde basicamente tudo começou...

–E recomeçar mais uma vez juntos - Nicolas completou

–Isto é... Um pouco nostálgico - eu disse sentindo um no na garganta.

–Mesmo assim é maravilhoso! - Vick falou se atirando pelo que caminho que levava até a tenda que eles tinham montado.

Eu ainda estava meio abalada. Nunca fui muito boa em recordações e finais de ano me deixavam emotiva.

Todos foram animadissimos até a tenda e eu os segui. De perto era tao mais bonita! Eu nunca vou me cansar de pensar em como eles se empenharam em montar tudo isso nessa praia.

Tudo estava em perfeita harmonia. A ocasião! A decoração. E o fato de ser somente nos... Numa praia deserta que estava mais perfeita do que da primeira vez em que estivemos aqui. O céu limpo e aquela lua perfeita refletida no mar tava dando a melhor visão de todas.

Jason estava aproveitando sua primeira vez aqui enchendo a cara.

–Finalmente estou conhecendo esse lugar - Disse ele.

–Você não é o único! - Ryan apontou pro outro lado da praia rindo - O Vegas também ta aproveitando muito!

O cachorro tava rolando na areia e latindo pro nada. Depois levantou e saiu correndo sozinho abanando a lingua pra fora em satisfação.

–Nosso cachorro é louco! - Tyler disse.

Parei de prestar atenção quando Vick me ofereceu uma garrafa de bebida. Eu tomei da mao dela. Tirei meus sapatos deixando eles no canto da tenda.

Depois sai de fininho escapando sem ninguém me ver. Fui em direção ao mar, queria dar uma volta e encher a cara sozinha antes da meia noite, enquanto eu ainda estava sóbria. Sabe aquele momento um pouco antes do inicio do novo ano que vem o Flash back das merdas que você fez no ano todo? Enfim não deu tempo deu começar a pensar nisso, porque nesse exato momento eu senti uma mão me agarrar no cotovelo me assustando.

–Ai que droga Nicolas - Respirei fundo - Que susto!

Ele gargalhou. Como sempre fazia quando me assustava. Meu coração falhou algumas batida ao escutar o som da sua voz.

Foram duas longas semanas longe dele...

–Você nem falou comigo quando chegou - ele disse com um tom de voz tao ressentido que me sorrir.

–Ué, pensei que o ponto chave do nosso acordo fosse ser discreto!

Falei andando devagar até a beira do mar sentindo ele me seguir. Só parei quando senti a agua bater no meu pé, eu gostava muito dessa sensação.

–Humm - murmurou.

–O que? - me vire para olha-lo. Ele estava encarando a tenda. Eu segui seu olhar e percebi que a maioria dos meus amigos olhavam para nós descaradamente, quando eu os encarei de volta eles desviaram o olhar fingindo estar fazendo outra coisa. Bufei.

Isso não era bom. Me encolhi voltando a olhar Nicolas e agora ele esta concentrado em mim, estava tao tenso e... Estranho.

– O que foi?

–Se eu te perguntar uma coisa você me responde com sinceridade? - eu olhei confusa pra ele - É importante pra mim saber, antes que o ano acabe! Por favor!

–Ta bom.

Ele respirou fundo avançando um passo na minha direção.

–Eu consegui... Te provar "aquilo"?

–O que?

Ele não disse nada. Então eu tive que tentar entender a pergunta dele e depois de uns segundos ela começou a fazer sentido.

Hum. Las Vegas. Nosso acordo. Aquele papo dele querer me provar que ele era muito mais do que eu pensava.

–Ah! - eu disse quando tudo fez sentido, ele me olhou com expectativa.

Mas eu não sabia o que dizer.

–E então?

–Porque isso agora? - Eu perguntei agoniada enquanto remexia na garrafa em minhas maos.

Ele bufou tirando a garrafa da minha mao e me segurando pela cintura com um braço e com a outra mão segurou meu rosto me obrigando a olhar pra ele.

–Para com essa palhaçada de responder minha pergunta com outra pergunta pra tentar fugir da minha pergunta!

Isso era uma coisa natural minha. Quando ficava muito desesperada com um assunto eu tentava ao maximo fugir dele com qualquer brecha que eu tivesse.

–Ta me deixando confusa! - sussurrei

–Só me responde, ta!

Respirei fundo pensando a respeito. Mas não conseguia. Aonde ele queria chegar com isso? Eu conseguia sentir que todos estavam olhando pra nos nesse exato momento e eu queria acabar logo com isso.

–Sim e Não pra sua pergunta!

Ele cerrou os olhos mais confuso do que eu podia imaginar e sua mao na minha cintura tava começando a me apertar.

–Explique - ele pediu.

–Não, porque você não vale nada. E sim porque você me provou isso, literalmente! - Disse sorrindo e completei antes que ele desanimasse - Mas, eu também nunca vali nada e provavelmente nunca vou valer então... - dei de ombro sorrindo.

Não sei se era isso que ele queria ouvir porque ele só me olhava com os olhos cerrados. Depois respirou fundo mordendo os labios pensativo.

–Sabe, no fim das contas você tem razão. - ele sorriu animado, todo convencido - No caso, foi você que me provou algo e não eu a você.

–Como assim?

–Foi você quem me provou de que gosta de um cafajeste, que não vale nada. Porque no fundo eu sabia que eu era tudo isso então... - ele me imitou dando de ombros.

Eu não acredito que eu tava ouvindo aquilo. Eu me soltei dele indignada.

–Você só pode estar drogado. Não me venha com essa conversa, não Nicolas Drew!

–No começo eu ficava me perguntado "Como vou provar a ela que eu não sou um cara que não valia nada, sendo que eu sei que isso é verdade?". No fim das contas foi você que me provou que gosta desse meu lado obscuro.

Eu ri tentando ao maximo me controlar pra não afoga-lo ali mesmo naquela praia e deixa-lo como comida de tubarão. Joguei a cabeça pra trás respirando fundo varias vezes e ele gargalhou em êxtase.

–Ta se controlando pra não me bater, né? - ele perguntou achando graça.

–Ah, eu estou!

–Eu te ajudo, vem cá - E antes que eu pensasse em fugir do que ele pretendia, ele me beijou.

Ele fez tudo de um jeito que eu temia a tanto tempo, escancarado a quem quisesse ver que nos primeiros segundos eu me desesperei e tentei me soltar. Mas quando percebi que ele não ia me largar, aquele ditado soou na minha cabeça: " Já que esta no inferno, abrace o capeta". E eu abracei. E forte. Pra compensar duas semanas.

Mas eu odiava chamar atenção e ser o centro das atenções então quando ouvi gritos e assovios se aproximando de mim, eu aproveitei o maximo antes de ser interropida, porque eu sabia que ia ser pior que o furacão catrina quando eles chegassem!

Quando meus amigos barra escandalosos barra empolgados demais pela bebida, se aproximaram de onde estávamos. Nicolas não me soltou e eu escondi meu rosto no peito dele desejando estar com a cabeça enfiada em um buraco na areia.

–Finalmente! - Ouvi a voz empolgada de Ryan enquanto ele balançava o ombro do irmão.

–Caralhooo! Eu sabia! Sabia o tempo todo - Reconheci aquela voz, e imaginei que Katy estivesse pulando. - Eu sempre soube que todo esse ódio não passava de tesão reprimido! Seus safados!

Esse tipo de comentário indecente tinha que vim dela! Tinha!

–Que lindos! - Victoria suspirou bem atras de mim.

Eu virei o rosto pra olha-los e quis matar Katy por ela me lançar olhares inadequados.

–Da pra vocês pararem com isso, porra! - eu gritei

–Lucy eu estou realmente emocionado. Pensei que fosse morrer ao ver essa cena. - Ryan brincou - Ou sera que eu estou mesmo morto?

–Você ainda não esta, mas eu posso te ajuda nisso seu palhaço...

Nicolas gargalhou e me afastou dele me levantando pela cintura. De repente senti os braço de Jason em mim e Nicolas, e bom era evidente que ele já estava bêbado.

–Muito lindo esse momento... Mas vamos fazer um brinde antes de começar outro ano?

Faltava cinco minutos pro momento esperado. Ele distribui as taças que estavam na sua mão para todo nós e Tyler abriu um Champagne servindo a todos!

–Quero brindar a não estar passando o Ano Novo numa cama de hospital! - Disse Vick, começando abrir os votos.

–Quero brindar ao lindo casamento em Las Vegas que eu tive onde meus amigos foram meus padrinhos vestidos de Power Rangers e as meninas de princesa. - Chad disse rindo - Histórico!

–Quero brindar ao meu ex-psicopata que esta me perseguindo e ao Vegas por sempre comer minhas almofadas - Cassie falou erguendo sua taça emocionada.

–Ah OK! - Jason tomou a frente - Quero brindar a vagabunda da minha irma que sumiu e a minha Avó stripper. Familia é tudo!

–Já que familia é tudo - Foi minha vez de fazer meu brinde - Quero brindar ao meu pai que quis me internar num sanatório no Natal e a minha mãe alcoólatra! Eles merecem!

–Então vou brindar aos traficantes que não conseguiram manter Jason prisioneiro - Ryan gritou a ultima parte - Nunca vou perdoa-los por isso!

–Eu vou brindar ao tatuador desconhecido que colocou o nome da Lucy no meu pulso! - Nicolas disse - Quis me matar no dia, mas hoje posso conviver com isso.

–Eu agradeço ao Luke quando chamaram as meninas pra sair. Sem ele não teria tido coragem de pedir Katy em namoro! - Tyler falou sorrindo - Ah, um brinde a esse cara!

–E eu quero brindar ao fato de você terem comprado barracas separadas pra passarmos a noite - Katy gargalhou - Passei vontade na primeira vez que vim aqui! Não vou passar de novo.

Tyler murmurou alguma coisa no ouvido dela que bom, eu realmente não queria ouvir. E nem deu tempo.

Jason animado começou a contagem regressiva dos dez segundos. Nicolas pegou na minha mao enquanto eu olhava ansiosa pro céu.

5,4,3,2,1...

E foi uma explosão. Literalmente. O céu foi pintado de varias cores ao mesmo tempo e aquela visão foi mais que exclusiva. Foi perfeita. O inicio de ano mais perfeito que já tive, com as pessoas que eu mais amava. Não tinha como melhorar.

E que comece mais um ano!

[...]

Pov. David

Olhei no relógio mais uma vez, impaciente. Aquela garota só pode estar brincando comigo, em pleno Ano Novo me deixar plantado num bar qualquer. Ela me pagaria por isso se não aparecesse em 10 minutos.

A garçonete voltou me servindo de um café preto e depois sumiu. Eu fiquei enrolando um tempo, brincando com os guardanapos na mesa quando o som das portas duplas chamaram a minha atenção. Levantei o olhar e finalmente era ela.

Bufei quando ela sorriu pra mim. Se atirou na cadeira a minha frente tirando o casaco.

–Feliz Ano novo, Watson! - ela juntou as maos em baixo do queixo - Demorei muito?

Sínica. Me endireitei na cadeira respirando fundo.

–Eu já estava indo embora. O que você quer afinal?

–Ah, só um café, pode pedir pra mim?

–Não é disso que eu to falando - empurrei minha chicara pra ela - Pode ficar com o meu. Quero saber porque me chamou aqui?

–É ano novo David, é triste passar sozinho!

Ela me fez esperar quase uma hora por ela. Não queria ficar de papo furado num bar qualquer com essa idiota.

–Jullie, o que você quer? Fala logo, antes que eu vá embora.

–Tudo bem, sem enrolação então - ela descartou o cafe empurrando pro outro lado da mesa. - Temos interesses em comum David.

–Não sei do que ta falando.

–Sabe sim. Cassie! Não refresca sua memoria? - ela deu de ombros - Você quer a Cassie, eu quero o Chad. E a cima de tudo quero destruir aqueles idiotas. Aqueles amiguinhos felizes do meu irmão. Eu preciso de você e você precisa de mim!

Eu ri sarcatisco.

–Eu não preciso de ninguém, muito menos de você. Eu vou conseguir o que eu quero, sozinho, obrigada. - Tentei me levantar da mesa, mas ela me impediu segurando meu braço.

–Como pretende isso? Sendo o idiota de agora? Sabe aonde Cassie esta agora? Com Ryan e não com você, ela nem deve lembrar que você existe.

Eu serrei minhas maos em punho. Esse assunto tava me tirando do serio. E pior do que isso, pensar no que ela dizia e que talvez ela tinha razão tava me deixando louco.

Ela se levantou e sentou do meu lado pousando a mão em meu ombro.

–Já pensou que seria mais fácil se unissemos força? Eles são nove, e o que nos somos sozinhos? Nada, mas talvez juntos eu consiga o que quero e você também. - elas desceu as maos pelo meu peito abrindo um sorriso largo. - O que você acha?

Eu suspirei derrotado. Aquela desgraçada tinha razão.

–Suponha que eu dissesse sim, o que você iria propor?

Ela soltou um riso de satisfação e diminui o espaço entre nós colocando a boca no meu ouvido e sussurrando:

–Que tal resolvermos isso em outro lugar?


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Notas finais do capítulo

A primeira etapa da fanfic Made NY termina aqui. Foram 1 ano e Seis meses de muita luta pra conseguir escrever o melhor pra todos vcs. No começo era só uma brincadeira, nem achávamos que ia ficar tao serio e que vcs fossem realmente gostar. E agr estamos aqui no ultimo capítulo da fanfic graças a vcs.

Tivemos as melhores leitoras desse mundo, tenho certeza que outros autores do Nyah devem morrer de inveja de nós, pois vcs são as mais perfeitas. Mandaram DM com sugestões, com ameaças, mensagens fofas. Nos rimos e choramos com cada comentário de vcs e principalmente com as Recomendações que foram tipo, caralho, as mais perfeitas. Nem imaginavamos que íamos ter, e hoje já temos 11. Vcs são demais. Se pudéssemos abraçariamos cada uma de vcs, seus comentários no incentivaram a não desistir então vou morrer agradecendo a: Gabih, Nattyfics, Ashley Potter, Lúuh, Mrs Gluber, Gigi Lovers, Uma Menina Comum, Jack Torres, Paloma, Hermione Jackson Mellark, Vitoria, KLOL, Brenda Tuan, Pandinhaw, Bruninha Araujo, Pixie, Garota Desastrada, Yasmin Roos, Jade M. Lindaaas! Obrigada por fazerem parte dessa primeira temporada da fic. (Se faltou alguem, desculpe).

Então agr que eu consegui parar de chorar e agradecer. Comenta ai embaixo se gostaram desse final e vamos postar "Made In NY-Second Season" antes do fim de semana. Quem sabe amanha?? Me deixem terminar esse prologo ta.

Amamos vcs e obrigada novamente!!

Beijooos XoXo

PS: Nos marque como autor favorito, assim quando postarmos a continuaçao vai aparecer nas notificações de vcs! Nos vemos na próxima temporada!



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