Made In NY escrita por Vinneys


Capítulo 48
Dia dos namorados - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Heyyyy!

Depois de duas semana nem eu acredito que conseguimos terminar esse capitulo. Pra vcs que vão ler, parece fácil, mais foi complicado de escrever, viu.

Separamos o dia dos namorado em dois capítulos pra não fica cansativo nem pra vc nem pra nos. Nesse cap, vcs vão ver o dia da Katy e da Lucy. Então preparem os corações porque ta cheio de amor esse capítulo Kkk E ta muitooo grande pra compensa a demora!

Jack Torres! Vc esta sendo incriminada de quase matar quatro autoras do coração com sua recomendação kkkk' Menina ficou simplesmente perfeita. Eu e as meninas amamos muito. Obrigada linda. Dedicamos esse capítulo pra vc e pra todas que comentaram no cap passado.

Aproveitem!

Boa Leitura :-)



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Pov. Lucy

O dia dos namorados finalmente tinha chegado e a maioria do pessoal tava super animado. Se eu também tava? Definitivamente não. Já disse que odeio o dia dos namorados? Se disse, vou dizer de novo, eu odeio o dia dos namorados.

Estávamos eu e as meninas na rua com o Tyler há quase uma hora terminando os últimos ajustes pra surpresa de Katy.

–Acho que já arrumamos tudo. Já podemos voltar pra casa! - Cassie disse.

–Ótimo. Vai ser perfeito! - Tyler disse todo animado com um sorriso de canto a canto. - Vai ficar do jeito que eu quero!

–Eu realmente espero que ela não mate você! - Eu disse.

–Ou morra antes disso! - Vick acrescentou - O que é mais provável!

–Relaxa meninas. Eu sei o que to fazendo! - Ele disse todo seguro. Pena que eu não concordava!

–Da ultima vez que você disse isso, ficamos algemados um no outro por 24 horas! - Disse e ele riu provavelmente lembrando do episodio – Então não, você não sabe o que ta fazendo!

–Enfim, agora não da mais pra voltar atrás! Obrigado pela ajuda e não se esqueçam do plano. Liguem pra ela daqui duas horas! - Ele disse.

Despediu-se de nós e foi tramar o resto daquele dia dos namorados absurdo que ele tava planejando para Katy. Eu já previa o que ia acontecer. Deuses! Tyler é maluco.

Por fim, voltamos pra casa, eu tava muito cansada e tinha passado o dia inteiro na rua com eles. Assim que cheguei, meu apartamento tinha sido invadido por Jason e Nicolas. Respirei fundo.

–Boa tarde meninas - Jason saudou assim que entramos. - Desculpa a invasão, mas não tinha ninguém em casa!

–Sem problemas, já acostumei com isso! - Cassie falou se jogando no sofá e a vick foi com ela.

Eu não falava nem se quer “Bom dia” pro Nicolas depois daquele dia, ele não me procurou e nem eu a ele. Por isso os ignorei e fui direto pra cozinha escutando a conversa de lá. Demorei quase uns 10 minutos pra tomar um copo de água ate o Jason me gritar e eu me arrastar até a sala.

–O que foi?

–Estávamos combinando de ir numa boate hoje. Quer ir? - Ele disse, mas Cassie respondeu primeiro.

–Eu vou, acho que Ryan também vai!

–Eu vou sair com Chad hoje, então pode me descartar! - Vick avisou.

–Eu tenho um compromisso hoje, também não vou! - Nicolas falou com um sorriso e eu o encarei.

Ele tem um compromisso é? Como assim?

–Hmm... - Jason disse de forma maliciosa - Com uma garota?

–É claro! - Seu sorriso se alargou ao responder.

–Ela é bonita? - Jason se interessou.

–Ah, muito gata cara! Você precisa ver!

–Serio. Quem é?

–Não é da sua conta! - Ele soltou uma risada e Jason fez bico chateado.

As meninas nem prestaram atenção na conversa deles dois, estavam agitadas conversando sobre a surpresa que Tyler vai fazer pra Katy. Enquanto isso eu fuzilava Nicolas de corpo e alma. Então esse idiota tinha um encontro com uma garota bonita, não duvido nada que seja aquela escrota da Carolyne. Mas foda-se também, eu não ligo.

"Ah você liga sim". Minha mente gritou!

–E então Lucy, você vai?? - Jason perguntou de novo e eu neguei com a cabeça. - Por quê?

–Não to afim! - Disse seca.

Nicolas me encarou sorrindo, feliz com alguma coisa, revirei os olhos pegando minha bolsa. Corri pro quarto e me tranquei lá, queria morrer trancada lá.

Eu não vou chorar por causa desse imbecil. Eu me proíbo!

[...]

Pov. Katy

Eu tava jogada na minha cama, encarando o teto a cima da minha cabeça. Será que eu tenho algum problema? Será que sou uma péssima namorada?

Hoje é dia dos namorados, já são sete horas da noite e até agora meu namorado não deu um único sinal de vida. Ele nem me ligou nem nada, nem me mandou mensagem. Mas não, eu não vou atrás deles. Mas não posso deixar de ficar decepcionada e vagamente desesperada.

Não é possível que ele tenha esquecido que dia é hoje. Esse é o nosso primeiro dia dos namorados juntos. Não é possível isso meu Deus! Será que aconteceu alguma coisa?

De repente meu celular começou a tocar e eu atendi no terceiro toque. Era a Vick!

–Fala!

–Boa noite amor da minha vida! - Ela saudou com uma voz animada demais.

–O que você quer? - Falei bufando.

–Nossa, sua grossa! - Ela brincou rindo - Vem aqui me ver. To deprimida!

–Deprimida com o que?

–Com a vida! - Ela choramingou. - Preciso da minha amiga!

Não era ela que tava animada há alguns segundos atrás? Que louca!

–Vai procura o seu marido!

–O meu marido falso? Bom, ele ta ocupado.

–E a lucy? A Cassie?

–Cassie ta curtindo o dia dos namorados com o novo boy dela. E a Lucy parece ta depressiva com alguma coisa, porque ta trancada no quarto. - Ela deu uma pausa e respirou fundo - E de você que eu preciso!

–Ah Vick...

–Qual é, amigas são pra isso! Vem me ajudar...

–Ah droga! – Gemi rolando na cama - Tudo bem, já, já eu estou ai!

–Ain, obrigado!

–Espero que seja sério mesmo! – Falei e ela desligou sem me responder. Que estranha!

Bufei olhando o teto novamente e forcei minhas pernas pra levantarem. Tomei um banho demorado e coloquei um vestido.

Afinal, se Tyler não apareceu até agora, não vai aparecer tão cedo e nada melhor do que passar essa data com outra pessoa deprimida, pelo menos nos podemos compartilhar nossa dor! Não tem como meu dia dos namorados piorar!

Sai de casa sem avisar meus pais, pelo menos alguém tem que ter um dia dos namorados que preste né!

Já que eu tava sem carro decidi pegar um táxi até lá. Andei ate o outro lado da rua onde ficava o ponto de táxi e a rua tava meio deserta. Só tinha uns dois caras encostados na parede perto da onde eu tava. Sentei no banquinho e nada do táxi passar, já tava começando a ficar impaciente e opinando por um ônibus ou ir a pé mesmo. Não era tão longe assim!

Os caras do meu lado estavam me encarando. Um que tava fumando andou até o meu lado devagar e jogou o cigarro no chão pisando em cima. Encarou-me.

–Esperando o táxi? – Ele perguntou pra mim.

Não cara, to num ponto de táxi esperando uma carroça!

–Sim – Respondi. Ele sentou do meu lado e eu virei o rosto por causa daquele cheiro de tabaco que invadiu meu nariz.

–Acho que esse horário não passa mais táxi aqui! – Ele disse e eu encarei o relógio. Eram 7:35.

–Como não? Isso aqui é nova Iorque, como não passa táxi no ponto de táxi! – Me peguei gritando com o homem do meu lado. Sim, sempre tem como piorar meu dia.

–Dia dos namorados. Acho que os taxistas também namoram!

–Até eles tão aproveitando esse dia – Resmunguei ajeitando a bolsa no ombro e me levantando.

–O que disse?

–Nada!

Antes deu dar meia volta e ir a pé mesmo, senti a mão do homem apertando meu braço e me virei para encará-lo. Ele o outro do lado dele já estavam me encurralando e pra ajudar a rua estava deserta. Isso é serio senhor?

–Me solta! - Falei dando trancos no meu braço pra me soltar, mas ele não me largava. Fez sinal pro outro cara que entrou no único carro que tinha na rua.

–Ah desculpa bonitinha. Mas eu tenho planos pra você!

–Planos pra mim? - Perguntei assustada. Só pode ser brincadeira.

O outro cara parou o carro na nossa frente e ele abriu a porta do carona do carro tentando me enfiar lá dentro, mas eu resisti.

–Entra no carro.

–Não vou entra. Quem é você? O quer comigo? - Perguntei

–Ou você entra por bem ou eu vou te dopar. - Ele tirou um paninho do bolso e eu engoli em seco.

Mesmo protestando ele conseguiu me por dentro do carro e antes que eu tentasse fugir ele travou a porta pelo lado de fora. E que maravilha, eu to sendo seqüestrada no dia dos namorados.

Ele entrou no carro e começou a dirigir pegando uma estrada que eu nunca tinha visto antes.

–Pra onde você ta me levando? Quem é você?

–Na boa, só to fazendo o que me mandaram. Se você ficar quietinha, vai ficar tudo bem!

–Quem mandou você?

–Você já vai saber!

Eu sentia meu corpo todo gelado e minha respiração acelerada. Quem eram esses homens? Não pareciam ser o tipo de assassinos de novela. Um usava jeans escura, uma camisa preta e um boné de um time que eu nunca ouvi falar. O outro que nem se quer abriu a boca tava todo de preto mastigando um palito, parecia bem despreocupado ouvindo o radio enquanto dirigia.

–Vocês não vão me matar, vão? - Perguntei e ele riu.

–Não.

–Me estuprar?

–Também não!

Eu encarei a janela do lado de fora e eu não fazia idéia da onde eu tava. Tava começando a ficar assustada.

–Pra onde vocês estão me levando?

–Já estamos chegando!

Ele entrou num caminho de terra todo esquisito e parou numa rua deserta onde havia poucas casas. Ele estacionou numa casa enorme, ela era bonita, parecia aquelas casas de campo.

–Agora é com você! - Ele sorriu pegando no meu pulso e me tirando do carro.

Ele me colocou dentro da casa e trancou o portão com ele la fora. Eu tentei abrir a porta mas não dava mesmo, ele realmente tinha trancado. Eu tava sozinha, ali naquela casa, sabe deus aonde!

O pavor tava me dominando por dentro, e eu tava me segurando pra não desmaiar ou entrar e desespero e começar a chorar. Encarei aquele caminho de pedra e bom, não vou passar a noite inteira plantada na entrada dessa casa sozinha.

Caminhei ate a porta observando cada canto da casa pela lado de fora. Parei de frente pra porta e pensei em bater, mas enfim, quem bate na porta do seu seqüestrador? Ninguém.

Entrei na casa e fiquei uns 2 minutos encarando o local por dentro com o queixo caído. Mas...

–Eu. Não. Acredito. Nisso! - Falei entre dentes.

A casa tava toda decorada com pétalas de rosa e velas e essas porra toda que eu teria me emocionado muito, muito mesmo se não tivesse tão assustada. Tyler tava parado no meio da sala segurando uma garrafa de vinho todo gostoso.

–Feliz dia dos namorados! - Ele sorriu.

Eu puís a mão no peito não acreditando no que tava acontecendo. O encarei por mais alguns segundos só pra me certificar que eu realmente estava vivendo aquilo.

–Eu vou matar você! - As palavras saíram sozinhas enquanto eu observava meu namorado dar de ombros.

–Não, você não vai! - Ele falou despreocupado abrindo a garrafa.

Ele agia como se fizesse isso todos os dias, como se fosse à coisa mais normal do mundo mandar seqüestrar a própria namorada.

–Você tem noção de que mandou me seqüestrar? Eu podia ter morrido do coroação, eu poderia estar em pânico, desmaiada agora mesmo...

–Calma moça! - Ele colocou a garrafa em cima da mesa e veio ate mim sorrindo - Você não morreu do coração, não entrou em pânico, e não ta desmaiada agora. Você só ta com raiva, mas eu posso dar um jeito nisso!

Ele colocou suas mãos no meu rosto e me beijou calmamente. Eu tentei me soltar porque nem tinha começado minha seqüência de xingamentos ainda. Mas ele prendeu seus braços envolta da minha cintura e eu fui obrigada a beija-lo de volta, não que eu não quisesse. Eu sô queria que ele me deixa-se xingá-lo um pouco. Mas nem isso ele deixa. Minhas mãos envolveram seu pescoço enquanto ele continuou o beijo com urgência.

–Ta querendo me matar ainda? - Ele perguntou quando nos separamos. Eu neguei com a cabeça sorrindo igual uma idiota.

Ainda com os braços envolta do seu pescoço observei a casa. Tava tão linda e ela era tão grande. Tava tudo tão romântico, tantas flores, tantas velas que eu tinha medo da casa pegar fogo.

Ele tinha feito isso pra mim. Meu namorado, Tyler Beckendorf tinha feito aquilo só pra mim.

–Gostou? - Ele perguntou mantendo seus olhos em mim enquanto eu ainda observava cada espaço daquela sala.

–Nossa, claro. - Ele sorriu - Mas que casa é essa?

Eu o soltei e passei a andar pelo lugar curiosa. Eu nunca tinha vindo aqui antes, e sabia que a família dele tinha uma casa afastada do centro de Nova Iorque.

–Eu aluguei ela por uma noite! - Tyler disse me fazendo encara-lo.

–Serio?

–Sim!

–Ah meu Deus, essa casa é enorme. O que vamos fazer aqui a noite inteira?

–Quer que eu te diga mesmo? - Ele perguntou e eu sorri.

Corri pra abraçá-lo ainda não acreditando no que ele tava fazendo.

–Eu não acredito que fez tudo isso.

–O que? Te evitar o dia todo e depois mandar seqüestrá-la? Te trazer pra uma casa longe de todo mundo pra passar uma noite só comigo? É, eu sei, sou demais! - Ele sorriu convencido - Mas, não vou levar o mérito sozinho, tive meus ajudantes!

–Ate imagino quem foi!

–Bom, agora que já ta de bom humor, que tal jantarmos?

Eu consenti ansiosa pro meu primeiro dia dos namorados com Tyler.

[...]

Pov. Lucy

Acabei dormindo a tarde toda na intenção de ficar de fora dessa coisa de dia dos namorados. Eu ainda tava no meu quarto quando bateram na porta, levantei pra abrir e era a Cassie e a Vick vinha vindo logo atrás dela.

As duas arrumadas porque iam sair e as duas com um sorriso meio retardado na cara, Vick tinha uma caixa nas mãos.

–Que foi?

–Olha só o que acabaram de entregar na porta de casa! - Vick quase gritou com a caixa nas mãos. Troquei olhares pra caixa enorme embrulhada de vermelho pra ela e tentei sorrir.

–Que legal, uma caixa!

–Não é só uma caixa - Cassie revirou os olhos - É um presente e ele... É pra você!

–O que? - Perguntei encarando as duas.

As duas entraram no meu quarto me atropelando pelo caminho. Vick, pois a caixa na cama e nos três encaramos o pacote.

–Como assim um presente pra mim? - Perguntei de novo.

–Ué, o entregador veio e chamou pelo seu nome dizendo que tinha uma entrega pra você. Eu assinei e peguei o presente - Vick explicou.

–Tem um cartão! - Cassie me entregou o papel vermelho.

Ainda meio desconfiada abri o envelope: "Espero que goste!" era a única coisa escrita. Olhei o verso e nada de nomes ou mais alguma coisa que pudesse me interessar. Era só aquela única frase.

–Quem te mandou? - Cassie perguntou.

–Não sei, não tem nome!

Fechei o envelope e observei o embrulho retangular na minha cama com uma vontade de rasgar aquele pacote.

–Hmm... Admirador secreto? - Vick brincou e eu bufei.

A campainha tocou, mas as duas continuavam do meu lado esperando uma atitude minha. Eu as encarei.

–Deve ser o seu marido falso e o seu namorado de mentira! - Falei soltando um riso - Vão logo!

–O que? Não, pode abrir isso dai. Eu quero vê o que tem ai dentro! - Vick disse.

–É, eu também quero ver - Cassie alisou o laço do embrulho e eu dei um tapa na sua mão.

–Não vai vê nada, pode ser uma bomba, vai saber...

–Para com isso Lucy, deixa a gente ver - Vick fez biquinho e a campainha tocou mais uma vez e dessa vez eu escutei Chad e Ryan gritando do lado de fora da porta.

–Olha só, eles já tão fazendo barraco na porta de casa. Vão logo, depois eu mostro pra vocês! - Falei.

Elas ficaram relutantes em ir, mas com aqueles garotos lá fora gritando e tocando a campainha as duas finalmente foram. Certifiquei-me de que eles tinham mesmo ido embora e de que eu tava realmente sozinha em casa.

Corri de volta pro quarto. Eu tava muito tentada em abrir aquele presente, meu Deus eu preciso saber o que tem ali.

Rasguei o embrulho com vontade mesmo, deixando o chão todo vermelho. Meus olhos se arregalaram quando vi um vestido azul de seda. Meus dedos deslizaram pelo vestido e eu tava sem reação, aquele vestido era... Lindo demais e devia ter sido muito caro. Tirei-o do pacote e fiquei o observando, era do meu tamanho.

Mas quem será que mandou? Eu tenho quase certeza de que não é ninguém que eu conheça, porque todo mundo saiu. Então quem foi?

Dentro da caixa tinha um envelope preto do tamanho da minha mão. Eu o peguei com medo de abrir, mas a minha curiosidade tava maior.

Assim que abri, tinha um recado lá dentro: "Me encontre" e logo em baixo tinha um endereço. No verso do papel tava escrito:" Ps: Vá com o vestido"

Minhas mãos tremeram e deixei o cartão cair no chão.

Como assim, me encontre? Quem é esse ser humano que me da um vestido e vai me fazer encontrar com ele? Pode ser um maluco, bandido, estuprador, eu não deveria ir...

Mas por outro lado esse vestido era bonito demais pra ficar guardado. Eu não acredito que vou fazer isso.

Deus me perdoe por ser tão insana!

[...]

Nesse exato momento eu entrei num táxi entregando o endereço que tava no envelope. Eu tava me xingando por dentro, eu não deveria ter saído de casa, essa foi a idéia mais ridícula que eu já tive.

Mas pelo menos o vestido ficou perfeito. A seda azul corria ate o meio das minhas pernas. O vestido era apertado nos seios com um detalhe prata no meio. Eu com certeza não vou devolver se ele me pedir de volta.

20 minutos depois o táxi estacionou em frente a uma ponte que eu nunca tinha ido antes. Tava decorada pro dia dos namorados, na verdade Nova Iorque inteira estava decorada.

Paguei o táxi e fui andando em direção a ponte varrendo o lugar com os olhos pra ver se via alguém conhecido ou um possível alguém que tivesse me mandado esse vestido. Mas não... Só tinha uma senhora alimentando pombos num banquinho e um sorveteiro.

Debrucei-me sobre a ponte pra olhar a água em baixo e suspirei. Tinha outro envelope grudado ali.

Ta brincando comigo, só pode. Rasguei aquela merda de papel já com raiva dessa brincadeira idiota.

"Me encontre" era o que tava escrito de novo e eu quis gritar um: To tentando porra!

Mais uma vez atrás do envelope tinha um "Ps: Siga as rosas!"

Rosas?

Olhei pro chão e vi varias rosas colocadas delicadamente no chão uma na frente da outra fazendo um caminho que sabe Deus aonde dava. Quem quer que tenha feito isso, gastou muito tempo.

Eu tinha escolhas a não ser seguir aquele caminho? Tinha, mas eu prefiro pensar que não!

Comecei a caminhar seguindo cada rosa colocada no chão, atravessei a ponte e até droga de um bosque. O caminho de flores parou exatamente na frente de um antigo restaurante, mas parecia fechado porque as luzes estavam apagadas.

Na ultima rosa tinha outro cartão. Agachei-me e li o pedaço de papel. "Já que veio até aqui... Entre. PS: Me encontre!"

–Eu já to começando a ficar irritada! - Murmurei pra mim mesma amassando o papel.

Aquele lugar provavelmente tava fechado. Mas eu preciso saber quem ta brincando de caça o tesouro comigo numa hora dessas.

Encarei a entrada do lugar e não tinha nenhum sinal de vida ali, poderia ate dizer que tava abandonado e havia mendigos se abrigando lá dentro. Mas não... Logo que eu coloquei os pés na entrada um homem vestido de terno abriu a porta me assustando.

–Desculpe - Ele sorriu quando eu sobressaltei.

–Quem é você?

–Ninguém! - Ele apontou pra dentro - Entre.

Eu hesitei por um instante, mas respirei fundo e entrei. Assim que meus pés tocaram a parte de dentro as luzes se acenderam mostrando o lugar. Meus olhos se arregalaram com a visão. Sim, era um restaurante e estava completamente vazio, exceto pela decoração impecável. O homem de preto voltou com uma bandeja dourada em mãos.

–Eu vou servir à senhorita essa noite! -Ele colocou a bandeja na minha frente. - Isso é pra você.

Mais um envelope. Mais aquele era diferente, era maior é dourado.

Quando eu o abri, ele parecia uma carta de tão grande. Suspirei.

Eu não imaginei que você viria ate aqui. Tenho certeza que você ta irritada. Tenho certeza também que você deve ta pior do que na semana quando sentiu ciumes de mim. Estou certo?

Ps: Você ficou linda no vestido!"

–Ciúmes? - Eu me perguntei ainda encarando o papel na mão.

–Ué, vai dizer que aquela ceninha no banheiro por causa da Carolyne, não foi ciúmes!

Eu segui aquela maldita voz... Aquela voz. Ai meu Deus.

Então de repente ele entrou no meu campo de visão. Nicolas estava parado bem embaixo do lustre de cristal no centro do restaurante com uma rosa na mão.

Meu coração disparou só de vê-lo ali parado me olhando. Sim, eu tava muito surpresa. Eu imaginava qualquer pessoa menos ele, qualquer um mesmo, até o Jason. Nunca pensei que ele fosse capaz de fazer aquilo tudo, afinal, não éramos namorados.

–Não vai dizer nada? - Ele perguntou. Seu rosto com uma expressa meio ansiosa, meio apreensiva.

–Eu te odeio - Sussurrei mais pra mim do que pra ele e não sei se ele tinha ouvido. - Achei que você ia estar num encontro com uma garota muito gata, sabe!

–E eu não to? - Ele perguntou. Eu o encarei tentando não parecer surpresa com o que ele disse.

–Como tinha certeza de que eu viria?

–Não tinha, tava apostando na sua curiosidade!

Nenhum de nos tinha movido um só músculo desde então. Mas sabe, meio que me baixo à louca e eu corri na sua direção tacando minha bolsa nele e logo em seguida distribuindo tapas aonde eu conseguia, descontando toda a raiva que eu reprimi a semana inteira por ele te me evitado e... Sei lá, eu tava com raiva, só isso.

–Seu idiota! - Ele segurou meus braços. E eu já devia ta parecendo uma louca retardada.

–Ta bom, eu já esperava por isso! - Ele riu - Não seria você se não me batesse.

Eu tentava regularizar a minha respiração. Meu coração ainda tava muito acelerado.

–Pode me ouvir? - Ele perguntou e eu não respondi - Ok. Eu fui um idiota semana passada, eu sei. Mas, eu odeio quando você grita, você sabe disso...

–Eu queria gritar agora - Sussurrei o interrompendo.

–Mas não vai. Eu também tava com muita raiva de você porque o que você viu não foi minha culpa. O que eu podia fazer se aquela garota me alisou? Nada. Ai depois você ficou brava comigo por isso e depois de um tempo eu pensei... Lucy Walker tava com ciúmes de mim. Sim você tava!

–O que? Não! - Eu disse. Seu sorriso aumentou - Eu não sinto ciúmes!

–Ah não? O que foi aquilo então, aquela gritaria no banheiro por causa da Carolyne?

Eu engasguei com a minha própria saliva, meu coração acelerou de novo. Mas porque ele tem que fazer pergunta difícil?

–Aquilo foi... Bom, aquilo era, sei lá, eu... Ah Nicolas eu não senti ciúmes de você! - Eu bati o pé no chão e ele gargalhou.

–Das duas uma, ou você mente mal, ou você não admitiu pra você mesma! Mas eu sei, você sentiu ciúmes sim. E aquela demonstração de afeto foi incrível pra mim!

Eu cruzei os braços já cansada daquele maldito assunto. Ele me encarava sorrindo, como se eu fosse uma palhaça.

–Porque você fez isso tudo? Lembro bem que isso não era um namoro.

–As coisas mudaram - Seu rosto estava mais serio agora - Não é como se a gente estivesse em Las Vegas de ferias agora, sei lá, alguma coisa mudou...

Ele não pode ta falando serio. Eu odiava quando ele vinha com essas conversas sem nexo nenhum, eu já tinha uma mente meio lenta, quando ele falava assim então era que eu ficava confusa de vez.

Encarei de novo o restaurante completamente vazio a não ser por mim, Nicolas e o carinha lá atrás. Tava tudo tão arrumado, tão perfeito, meu Deus. Eu ainda não acreditava que ele tinha feito aquilo.

Quem diria que horas atrás eu tava querendo espancá-lo por saber que ele ia sair com outra garota, quando no fim essa garota era eu.

–Eu quero matar você!

–Não, você não quer! - Quando me virei percebei que seu rosto tava a centímetros do meu, eu nem se quer me movi. - Na verdade, você quer me beijar, não quer?

–Quero!

Foi só que eu disse, e saiu tão rápido que eu não pude conter as palavras. Deus sabia como eu queria beijá-lo agora. Deus sabia como eu tava feliz e como queria não estar sorrindo agora. E ele também sabia como queria poder odiá-lo de verdade.

Antes de Nicolas me tocar meus olhos já estavam fechados e só senti seus lábios segundos depois no meu como um beijo suave, mas isso foi só no começo. Porque depois suas mãos puxaram o leve pano do meu vestido ate meu corpo colar com o dele e ele me beijar de verdade.


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Notas finais do capítulo


Qual dos doís vcs acharam mais fofo? E qual deles vc gostaria que fizesse uma surpresa de dia dos namorados pra vc? O Tyler pra te sequestrar? Ou o Nick pra te fazer uma surpresa daquelas?

Bom, esperem ate o próximo. Temos o Chad e o Ryan ainda pra surpreender vcs e um David pra atrapalha tudo.

Espero que tenham gostado do capitulo!

Nattyfics, Jack Torres, Umapequenailudida, Gigi lovers, Gabih, Yasmin, Palominha e Hermione. Obrigada minhas lindas por comentarem. Vcs se superam sempre na arte da ameaça!

Enfim, boa semana e até o próximo! Beijooos!

By~Thatty