The Marks of Your Wings escrita por Sami chan, RoseStark


Capítulo 5
Marbas visits the Vampires


Notas iniciais do capítulo

Eaí, boa tarde, pessoas o/

Vai aí mais um capítulo prontinho pra vocês. Espero que gostem. :3



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Isabelle deixou que Rose ficasse no quarto de Emma, já prevendo que a garota teria dificuldades para dormir. E não deu outra. Nos dias que se passaram, vez ou outra a garota acordava suando frio, com lágrimas nos olhos. E o mais preocupante, porém esperado, foram as vezes que ela acordava nauseada. Como ela dormira de estômago vazio, não vomitou, mas claro que a sensação era incômoda.
Rose muitas vezes passava as noites em claro, preocupada com sua amiga. O que antes eram noites de sono profundo e bons sonhos para sua amiga, agora eram noites sem paz e cheia de pesadelos. Sua parabatai estava sendo cem por cento afetada pelo ocorrido. Quando comia, acabava por botar tudo pra fora depois, lembrando-se do estado do corpo moribundo de sua mãe. Quando caía no sono, pouco tempo depois acordava aflita pelos pesadelos. Seus treinos iam de mal a pior, mas ela insistia em dar continuidade aos mesmos, apesar dos pedidos de Rose para que ela pare.
A menina já estava desesperada. Nada que ela fazia ajudava sua amiga a melhorar. Tentou procurar algo nos livros que pudesse ajudar, perguntou a usa mãe, mas parece que tudo que ela encontrara não surtia um efeito a longo prazo. Suas conversas não duravam muito tempo, em especial sobre este assumto, já que Emma não gostava de falar disso, apesar dos constantes esforços de Rose.
Mas havia alguns momentos em que parecia que Emma ficava melhor, como quando ela tocava piano. Parecia que ela e aquele instrumento em especial tinham uma ligação que Rose jamais entenderia. Ela tocava para desabafar o que não conseguia dizer em palavras, e era por isso que Rosalyn adorava ouví-la. Seu talento para a música era incrível. Um dia, Rose a encontrou novamente sentada ao piano, totalmente concentrada em sua música. Apesar de cautelosa e silenciosamente se aproximar para ouví-la, ela viu sua amiga sorrir de canto.
– Se quer me ouvir, não precisa pensar que qualquer ruido vai me interromper, Rose. Vem cá, sente-se comigo.
Rose sentou-se em um banco próximo ao piano. O piano era de cauda, negro e bem lustrado, assemelhando-se à água de um lago de calmaria de noite. Emma dedilhava habilidosa e serenamente os dedos em suas teclas, trazendo a melodia e harmonia perfeitas de City of Angels, do 30 Seconds to Mars. Sua voz também era muito boa, suave e limpa, e Emma adorava de fato aquela música. Rose escorou o cotovelo no canto do piano, ouvindo e apreciando a música.
Infelizmente, esse momento foi interrompido. Rose nem precisou virar-se para saber quem era ao ouvir o som de saltos batendo contra o chão da sala se aproximando.
– Meninas, espero que não se importem se eu interromper.
Emma parou a musica e ergueu o olhar, e Rose virou-se.
– Oi, mãe.
– Izzi... Em que podemos ajudar?
– Em tudo. Parece que aqueles assassinatos não estão rolando somente entre os lycans. Raphael, o líder do clã dos vampiros, veio até mim hoje, pelo mesmo motivo. Preciso que vocês duas vão até lá para investigação.
Rose e Emma se entreolharam. Emma ainda não estava de fato muito bem, entretanto, não era seguro que Rose fosse sozinha, e ela não poderia desobedecer ordens de sua mãe.
– Certo, nós iremos. - Disseram em coro uníssono.
Elas então saíram para se preparar para a caçada, encontraram-se como sempre nos portões quando estavam prontas e saíram.

Dessa vez Rose e Emma tomaram um taxi até o hotel Dumort, a lua já estava alta e era lua cheia, pelo visto deviam ter ficado vários dias trancadas no Instituto. Emma se culpava por ter sido tão fraca, mas o pior nisso tudo foi seu pai pedir em uma carta para ela não se atrever a ir a Londres. Talvez isso tenha sido o que a fez tão doente.
O taxi fez uma curva brusca e Rose xingou baixo quando o traço da runa, que ela desenhava no braço da parabatai, deu uma leve tremida. Emma sorriu de canto para ela e tomou o braço da outra garota para fazer o mesmo, ao menos dessa vez elas iriam munidas de runas, como deveriam ter feito com os lobos.
Quando desceu do taxi e respirou o ar carregado do brooklyn Emma se sentiu finalmente bem, e viva, como sempre, matar alguns demônios a deixava de bom humor, ela só agradeceria se seu corpo se comportasse como sua mente. O cansaço era inevitável, depois de muitas noites mal dormidas.
Antes de tocarem a campainha do hotel, Raphael apareceu do lado delas, com os silenciosos e irritantes passos de sempre dos mortos vivos, indetectáveis se não é um deles ou um caçador de sombras.
–A rua é sempre deserta assim Raphael? –perguntou Emma olhando para ele e a pequena corja que formava-se a suas costas.
–Nas noites de lua cheia sim, costumam ter alguns combates de cães e gatos aqui.
–Refere-se ao seu bando como de gatos? –disse a garota loira levantando as sobrancelhas.
–Não.. –se enrolou o vampiro. –Esqueçam.
Com um apontar de dedos os vampiros atiraram o corpo a frente das garotas, que se afastaram por impulso.
–Há quanto tempo ele está morto e marcado? –perguntou Rose, enquanto Emma mantinha a mão fixa na lamina serafin presa ao cinto.
A presença demoníaca ficava cada vez mais forte, o sensor apitava com vontade no bolso da parabatai.
–Algumas horas, quase três se não me engano, o tempo não é algo importante para nós. –disse o vampiro dando um silencioso passo para o lado quando o garoto loiro ao seu lado foi abocanhado por um Drevak que saía do chão.
–Nojento! –exclamaram Emma e Rose antes de gritar o nome de suas laminas e partirem para cima do demônio.
Antes mesmo que o demônio pensasse em se mover Emma enterrou a lamina entre as juntas do que deveria ser a cabeça e o corpo, e a criatura engasgou-se no próprio sangue. Emma sentiu as garras do demônio arranharem seu rosto e a cauda a arremessar longe, mas não saiu ferida gravemente disso. Caiu de pé e olhou em volta. Rose estava cercada por dois demônios Raum, enquanto aniquilava um o outro mirava um golpe certeiro pelas costas, sem pensar muito no que fazia Emma alcançou uma adaga na perna e atirou no demônio, um tiro certeiro, onde ficaria o coração, seu pai tinha lhe ensinado direito, já que o demônio virou pó e gosma, juntamente com o que Rose destruía.
Emma vislumbrou pelo canto do olho o corpo do vampiro ter um espasmo, tudo que ela menos queria era ver agora mais pedaços de seres quase humanos, enquanto se afastava ela bateu de costas em algo solido e escamoso, se puniu mentalmente e foi capaz de ouvir seu pai lhe repreendendo. Jamais dê as costas a qualquer lado do campo de batalha. Nessa época ela sugeria que isso só seria possível se ela tivesse olhos nas costas. Alguns anos depois ela viu que era bem possível, quando se tinha o controle, o que não era o caso.
O demônio a lançou longe com um alto e estridente riso de desdém. Emma bateu com toda força na quina do hotel e sentiu suas costas saírem do lugar.
–Emma!! –foi capaz de ouvir Rose gritar em meio a névoa de dor, e nessa hora ela se culpou, se culpou por ter sido fraca e idiota, ao ponto de sair nesse estado e colocar em risco sua parabatai e a si mesma.
–Ora! Ora! As duas me são muito familiares. –disse o demônio com toda a sua voz melosa e sinistra, como se carregasse todo o inferno em suas palavras. –Marbas sempre reconhecerá um Herondale.
Emma sentiu o olhar da coisa asquerosa sobre ela e gemeu involuntariamente, enquanto traçava fortemente uma irtraze no braço. Demorou, não muito, mas bem mais do que ela poderia se dar ao luxo, para a nevoa deixar seus olhos e ela enxergar ao longe sua parabatai coberta de sangue segurando sozinha o demônio grande. O impedindo de se aproximar.
Levantou-se, ignorando a tontura, e correu até o local, bem a tempo de amparar o ferrão do demônio de acertar sua parabatai caída. Chutou forte as juntas do demônio, felizmente ele tinha forma vagamente humanoide, o que significava que ela tinha acertado algo importante. O demônio cambaleou para trás e ela puxou sua parabatai de pé, avaliando rapidamente seus danos. Ela nunca precisou olhar para saber o que Rose sentia, o elo das duas era forte o suficiente para ela mesma sentir.
Elas não tiveram muito tempo para se recuperarem o demônio atacou com tudo e ele parecia vagamente maior. Emma amparou um ataque usando sua lamina e uma adaga cruzadas em um perfeito X, Rose aproveitou isso e se moveu até a lateral do demônio, evitando sua cauda e desferiu um golpe diagonal, talhando sua pele escamada e lançando um jorro de gosma na parabatai. Emma praguejou baixo quando o sangue de demônio lhe queimou a pele e impulsionou o copo para frente, enterrando o lamina no pescoço da criatura, enquanto Rose se ocupava em cortar a cauda do demônio.
Não há forma melhor de definir isso, mas o demônio basicamente as soprou para longe e Emma sentiu sua enxaqueca voltando com toda força assim que bateu a cabeça no chão, mas não foi isso que a preocupou, quando se forçou a sentar quase gritou de dor. Não sabia o que era pior ver ou sentir, um espinho atravessava sua parabatai, no ombro, próximo demais do coração. Emma foi tomada pela raiva, viu de relance o corpo do vampiro tremer e o catou no ar, concentrou toda a energia da runa de força nos braços e atirou o corpo do vampiro no demônio, quando os dois se tocaram o garoto explodiu, lançando o Marbas no chão, tempo o suficiente para Emma arrancar lhe a cabeça com a lamina serafim.
O cansaço se abateu nela como sempre acontecia, ele era arrebatador, sempre se perguntava como o pai aguentava usar isso com tanta frequência, não tinha nada de proveitoso nesse “dom”. Balançou com força a cabeça e correu até a parabatai, não perdeu tempo em traçar uma runa bem feita de cura a cima do ferimento e sentou-se para esperar. Esperar ela acordar, esperar a tontura passar, talvez até mesmo esperar acordar, isso parecia um pesadelo.
Olhou para o próprio braço e desceu as mangas da blusa, o novo talho no seu braço não queria sair e ela sabia bem o por que. Veneno, o mesmo que corria no sangue de sua parabatai. Virou-se para Raphael e disse:
–Sei que tem uma divida com os caçadores de NY assim como tinha com minha mãe, contate o Instituto, fale que precisamos de ajuda. E agora.
Apagou antes que o vampiro pudesse dizer sua resposta.


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