The Marks of Your Wings escrita por Sami chan, RoseStark


Capítulo 2
Soo... Go to Fight


Notas iniciais do capítulo

Boa noite, povo /o/

Espero que estejam gostando. Segue enfim um pouquinho de ação pra vocês neste capítulo.

Enjoy :)



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Emma nunca tinha visto algo parecido com aquilo, exceto pelos livros da biblioteca os quais agora ela foleava com a maior veemência. Nunca gostou muito daqueles livros, eles eram bem velhos, muito enrugados e suas paginas tinham um aspecto viscoso, Emma tentava com toda força ignorar o nojo que sentia.
–Se quiser eu procuro. –falou Rose, que como sempre sabia claramente o que ela estava sentindo.
–Pensei que runas para ler a mente fossem proibidas. –disse sorrindo de canto, da forma que sempre fazia um musculo pular no pescoço da parabatai.
–Muito engraçadinha você.
Antes de fazer mais um comentário sarcástico, Emma encontrou o significado de uma das runas, logo ao fim da pagina e agora com toda certeza sabia que isso iria ser um grande problema.
–“Queimem em purgatia” –leu alto sentindo um frio na espinha, tinha certeza que isso era apenas a metade da frase.
–Muito animador. –disse Rose se aproximando e lendo por cima do ombro da outra. –Isso parece incompleto, não acha?
Emma se limitou a assentir e fechou imediatamente o livro, sentiu-se no controle de novo e suspirou aliviada. Odiava quando não sabia o que a aguardava.
–Bem, acho que devemos começar indo para o local do crime. –disse a morena empurrando a amiga para fora da biblioteca. –Nos vemos nos portões em dez minutos, pegue o necessário.
–Ok.
A facilidade de se vestir era algo que Emma possuía mais que todos, não demorou nada para estar em trajes de batalha e com algumas laminas serafins entubadas, ela nunca gostou muito de carregar armas aparentes, só quando saía a noite para caçar. Pegou uma pedra de bruxa e sua estela, quem carregava o sensor era a Rose.
Saiu do quarto ainda faltando cinco minutos para encontrar a Rose e passou rapidamente pela cozinha, desceu as escadas comendo sem pressa uma maça verde, fruta de sua preferencia, escorou na parede próxima ao elevador. Nessas horas sempre se perguntava o que o pai costumava fazer no Instituto, ele não falava muito de suas atividades lá dentro, apenas as fora do solo sagrado.
–Você deve dormir de roupa de batalha, para se vestir tão rápido. –começou uma voz familiar, a única que Emma não queria mais ouvir hoje.
–Bom dia para você também Gween, dormiu bem? – disse se virando para jogar fora o talo da maçã.
–Eu já vi você duas vezes hoje, não é mais hora para bom dia....
–E queria que eu dissesse o que?! Boa tarde pirralha?
A garota fez pose de ataque, mas antes que pudesse levar uma surra da mais velha Rose desce as escadas correndo e se xingando baixinho pela própria demora. Gween se virou e saiu correndo para o lado oposto e Emma suspirou aliviada, realmente não gostava muito dessa garota, não por opção.
–Vamos? –perguntou Rose segurando a porta do elevador e olhando a irmã que já havia sumido no corredor.
–Claro.
A descida do elevador era sempre aos trancos, mas nada muito incomodo, o que atrapalhava a concentração da Emma eram as pontadas fracas que já dominavam sua cabeça. Massageou inconscientemente as têmporas e só reparou nessa hora que Rose falava com ela:
– .... acredito que isso possa estar ligado não só aos bruxos, mas algo ainda mais perigoso, você também sentiu a pressão demoníaca que envolvia aquele cadáver. –virou-se para ela e a encarou, uma centelha de preocupação piscando ao canto dos olhos. –Você está bem?
–Estou, só uma dor de cabeça. –falou retirando as mãos da cabeça e abrindo as portas do elevador. –E sim, concordo com você, as coisas ainda vão mudar muito.
Caminharam pelas ruas sem muita pressa e tomaram o primeiro trem para o Brooklyn, apesar da runa de invisibilidade ela sempre sentia que alguém ali seria capaz de quebrar as barreiras e olhar diretamente para ela.
Como sempre o Brooklyn era tomado pelo cheiro pungente de seres do mundo de baixo e demônios, quente como o inferno, capaz de fazer Emma prender seu cabelo em um rabo, como o da Rose. Não foi nem um pouco difícil encontrar a rua do assassinato, a atividade demoníaca estava intensa lá e dobrando a esquina elas se tocaram de como isso estava fadado ao fracasso.
O demônio grande da Fome, junto com cinco Onis estavam cercando um bando de lyncans, mais dois corpos marcados estavam caídos inertes ao chão. Rose arfou baixo e alcançou uma lamina serafim no bolso, automaticamente Emma fez isso, se culpando por não ter feito mais marcas em si e na parabatai.
Encarando de longe o demônio maior ela teve que controlar a náusea, um obeso gigante e gosmento esverdeado, repleto de bocas deformadas engolindo tudo a sua frente e deixando uma gosma asquerosa por onde passava, não era a visão ideal para depois do café da manhã.
–Eu odeio essa merda do brooklyn, tão escuro que os demônios podem passear por aí durante o dia. –comentou enquanto tapava o nariz, tentando barrar o cheiro. –Vamos acabar logo com isso?
–Claro. –ela gritou alto o nome da lamina e em seguida Emma fez o mesmo e as duas partiram para cima dos demônios.

2 Aqueles demônios eram realmente terríveis e irritantes. Cada um dos Onis, malditos que mais pareciam macacos deformados, estavam armados com um porrete de madeira com pregos. Algo simples, mas que seria o suficiente pra causar um estraguinho. Eles foram os primeiros do lado inimigo a atacar, enquanto o gordo nojento comia tudo. Emma desviava de alguns e barrava os golpes com sua lâmina, enquanto Rose se ocupava com os demais.
Rose e Emma formavam uma boa dupla, em especial na hora de uma batalha. Vez ou outra se revezavam, cada uma cuidava de um grupo e depois trocavam. Eles não eram muito rápidos, além dos dois com os quais lutava, um terceiro resolveu espreitar-se por suas costas, não lhe dando chance de defesa e lhe acertou o porrete pela lateral. A dor foi lacinante, por causa dos pregos, e ela foi lançada pro lado. Emma que também estava ocupada com outros dois, sentiu a dor, o que foi o suficiente pra ela "despertar", dando um chute no queixo de um deles, retardando-o, e depois o executou, cravando a lâmina em seu tórax, reduzindo-o a um monte de pó e sangue nojento de demônio, desviando-se do outro e indo ao auxílio de Rose.
– Um já foi... - Disse Rose depois que Emma a ajudou a se levantar de novo.
– Agora só faltam cinco.
O gordão agora resolveu partir pra cima. Deve ter visto que a coisa ia desandar para o lado deles.
– Ele primeiro?
– Ele primeiro. Me dê cobertura, Rose.
– Claro.
As duas avançaram novamente, mas simplesmente desviaram dos Onis que vinham pra cima e correram em direção ao brutamontes gosmento. Rose ficava um pouco atrás, para segurar os Onis que vinham atrás. Emma desviava das milhares de bocas do demônio, e defendia suas patadas e tentativas de agarrá-la. Mais um Oni fora pulverizado quando Rose montara em suas costas e atravessara sua cabeça asquerosa com sua lâmina, e Emma conseguiu decepar uma das mãos do glutão, que guinchou e berrou alto, quase ensurdecedor. O sangue nojento dele espirrou por todos os lados, e enquanto o bicho se recuperava da dor, Emma voltou sua atenção a Rose e os Onis. Ambas as garotas mataram mais um empalando o bicho. Elas já arfavam e suavam com a luta, e a dor de cabeça de Emma e o ferimento nas costelas de Rose não cooperavam muito pras circunstâncias.
– Isso já está me tirando do sério... - Disse Rose, passando o antebraço na testa pra limpar umas gotinhas de suor que lhe molhavam o rosto.
– E lá vem eles de novo. - Disse Emma ao ver que os dois ultimos Onis e o obeso melequento vinham pra cima novamente. A preocupação maior delas era com o grandão, então finalizaram com os Onis rapidamente, e desviaram quando o bicho tentou abocanhá-las com suas bocas deformadas. Elas então partiram pra cima, cautelosamente desviavam de suas bocas e bloqueavam seus golpes com as lâminas, entretanto, Emma tropeçara em um dos porretes largados no chão dos Onis e levou um chute com o qual ouviu-se o estalar de alguns ossos se quebrando. Rose se curvou pra frente ao sentir a dor, e decepou uma das pernas do bicho para atrasá-lo o suficiente para que pudesse socorrer Emma.
Correu até ela e tirar sua estela para fazer runas de curas em Emma e nela mesma. Suas mãos tremiam, mas conseguiu mantê-las firmes o suficiente para desenhar as runas. Poucos minutos depois o gordo se recuperara, e elas também.
– Dessa vez matamos ele?
– Por Raziel, temos que matar... Isso já levou tempo demais.
Dessa vez cada uma atacou por um lado. O demônio já estava debilitado, então agora foi mais "fácil". Ainda tinha aquelas bocas com um baita mal hálito que desconcentravam totalmente, mas dessa vez elas conseguiram derrotá-lo, com Rose cravando sua lâmina pelas costas do bicho e Emma em seu peito, fazendo-o explodir em sangue de demônio por todos os lados, e então elas se sentaram no chão, cansadas da batalha.


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Notas finais do capítulo

E aí, pessoal o/

Tia Rose aqui. Críticas, sugestões e reviews são bem vindos o/



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