The Marks of Your Wings escrita por Sami chan, RoseStark


Capítulo 11
The collar


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde o/

Como vão? Enfim, mais um capitulo para vocês, agora as coisas vão esquentar na fic. :3



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Emma tinha que concordar com isso, aquele era realmente o ponto. O corpo já enegrecido, o cheiro de podridão, se aproximando da fonte era possível ver que não havia apenas o corpo pendurado, como muitos pedaços dentro da fonte, um dos gêmeos caminhava pelo beiral contando alto quantas marcas possuíam a fonte enquanto o outro percorria a praça, a morena ficou parada sorrindo como uma imbecil enquanto Rosalyn parou ao lado de Emma.

–Contei 20 marcas na fonte, mas não faço ideia de quantos corpos tem aqui. –falou o gêmeo 1.

–Não tem mais símbolos em torno da praça. –completou o gêmeo 2.

Emma acharia até bonitinha a forma como uma completava a fala do outro, quem sabe em outra época e com um clima mais limpo.

–Isso é muito legal, é um boneco? –perguntou Nicolle.

–Ah, por favor, cala a boca. –gritou Rose. –Pode ser? Ótimo.

Emma não pode conter a risada. Depois caminhou para a fonte, tentando disfarçar a recaída, pegou uma faca e soltou o corpo, os dois gêmeos o colocaram em um canto afastado da praça.

–Mantenham-se longe, eles costumam ter um final bem explosivo. –disse Rose apontando o corpo aos pés dos gêmeos.

Eles são espertos, já que se afastaram na hora. Entretanto a Nicolle não.

–Bem, o que quer que tenha acontecido aqui, parece ter acabado. –começou Emma esfregando a nuca, um leve arrepiar a incomodava como nunca. –Ideias?

–Poderíamos procurar um lugar alto e ver movimentações suspeitas, afinal o corpo ainda não explodiu, devem estar perto. –disse um dos gêmeos.

–Esperto, eu gostei Marcus?

–Sou o Andrew.

–Whatrevar. –Emma deu de ombros e desceu da fonte. –Alguém avise a Clave sobre esse sangue e pedaços de.... bem, precisa ser tirado daqui.

O outro gêmeo, Marcus, assentiu e seguiu até um canto para se encarregar disso.

–Eu vejo um grupo de vampiros marcando um beco... –começou Rose, que magicamente se segurava na beira de um prédio próximo. –Muito suspeito, pensei que....

Antes que ela pudesse terminar, foi interrompida por Emma gritando:

–Eu mandei sair daí sua idiota! –ela correu até Nicolle e a puxou para o chão, a protegendo com o corpo.

Emma não gritou quando sentiu o sangue de demônio lhe causticar a pele nua, mas não pode conter os gritos quando um demônio enorme a ergueu do chão pelo cabelo. Assim que se recuperou do susto e a nevoa de dor sumiu um pouco, foi capaz de ver todos os outros lutarem com inúmeros demônios, menos a Nicolle que estava desmaiada no chão, ilesa, parece que nem demônios querem um caçador inútil. Alcançou uma adaga com a mão livre, já que a outra o demônio virou com tanta força para trás que ela quebrou com um som nauseante.

Enterrou com força a adaga entre as escamas visíveis do demônio e sangue voou direto no seu rosto. Não gritou, mas sentiu a criatura rosnar revoltosa e sussurrar ao seu ouvido em língua demoníaca, às vezes não gostava muito que seu pai tivesse lhe ensinado tanto:

–Vamos ver como a caçadorazinha se vira com a minha marca.

O demônio segurou a mão dela com um outro braço, Emma era capaz de ver o olhar da Rose mudar de confusão para desespero, antes de sentir algo frio na garganta. A principio, quando o demônio a jogou no chão não sentiu nada além de uma dor aguda na cabeça, onde tinha batido no meio fio, mas então o mundo ficou de cabeça para baixo e sentiu perfeitamente o anel que havia sido colocado em sua garganta, ele queimava e a torturava por dentro, passando os dedos era capaz de feri-los com as runas invertidas, vozes estranhas das mais diversas sussurravam na sua mente e a runa parabatai no peito queimava como nunca antes foi possível.

O anel a apertou tanto que se tornou difícil respirar, sentiu veias e artérias rebentarem em seu pescoço e talvez até mais abaixo e começou a engasgar no próprio sangue.

Rose não sabia o que sentir. Dor, desespero, agonia e angústia tomaram conta dela. A runa parabatai em seu peito ardia como nunca ardeu antes nas brigas com Emma, como se arrancassem a ferro quente seu coração de seu peito. Ignorando totalmente Nicolle que apagara antes, aproveitou que os gêmeos limpavam os demônios que se aproximavam de Emma e se aproximou da mesma.
Rose não sabia o que doía mais, seu peito em chamas ou ver a parabatai morrendo. Há muito ela não chorava, ao menos, não desse jeito. A dor fazia com que ela não desse conta de fazer nada além de berrar e chorar, deixando-a além de tudo com a sensação de inutilidade. Por sorte os meninos deram cabo nos demônios que estavam ali, inclusive aquele que colocara a coleira em Emma, que Rose tentara retirar, mas queimara os dedos. Prata demoníaca, e as runas na coleira deviam ter colaborado pra esse efeito também.
Os meninos tentavam em vão tirar Rosalyn de perto de Emma, mas ela estava simplesmente agarrada na amiga, vendo a poça de sangue que ela cospia, berrando seu nome.
– Ei, Rosalyn! Calma, calma, nós vamos tirar vocês daqui!
– Rosalyn, solta! Precisamos levar vocês pro Instituto depressa!
A outra garota que não demonstrara nenhuma utilidade até agora, ao menos tentou fazer algo, e de certa forma conseguiu, ajudando Marcus a puxar Rosalyn de cima de Emma para que Andrew a pegasse com cuidado no colo.
– Anda, Marcus. Leva ela, vou ficar bem.
Ela não pareceu se importar quando Marcus a havia deixado falando sozinha para levar Rose em seus braços também. Rose também não estava lá em seu melhor nivel de utilidade, pois tudo o que fazia era esfregar freneticamente a marca parabatai e murmurar entre soluços o nome da amiga e palavras como "sinto muito".
Retornaram à estação e tomaram o primeiro metrô de volta. Quando finalmente chegaram ao Instituto, correram pra enfermaria, os visitantes gritando por Jace e Isabelle. Rosalyn já sabia como Jace reagiria, nem precisava olhar pra ele. Jace também tentara arrancar a coleira de Emma, mas o resultado foi o mesmo, então ele logo tratou de sair da enfermaria. Isabelle estava ao lado de Rosalyn, enxugava seu rosto molhado pelo suor e pelo choro.
– Vai ficar tudo bem, querida... Vai ficar tudo bem...
Rosalyn não tirava os olhos da amiga sofrendo ao leito ao lado.
– N-não vai não, mãe... Emma está... Ela vai morrer...
– Não se preocupe, vamos fazer de tudo, Jace foi chamar os Irmãos do Silêncio, eles vão fazer de tudo pra salvar Emma.
– Meu peito dói... Me ajude...
Isabelle gritou algo para um dos gêmeos. Poucos minutos depois, Rosalyn acabou apagando pela dor.
Na manhã seguinte, assim que Rosalyn recobrara a consciência reparou o quão seu corpo estava exausto. Tentou sentar-se mas acabou por desistir e ficou deitada. Ela então apenas olhou para seu lado. Emma dormia calmamente, respiração pesada e pele pálida pela perda de sangue. Mas vê-la ali viva trouxe um enorme alivio para Rosalyn.
– Enfim acordou.
Ela olhou pro outro lado. O grupo de visitantes não saíra de perto das meninas, parece que haviam todos madrugado por lá. Quem estava mais próximo era um dos gêmeos, que estava no leito à sua esquerda.
– O... O que fizeram com Emma?
– Não conseguiram tirar o colar. E os Irmãos do Silêncio não conseguiram fazer o serviço sozinho, precisaram da ajuda de Magnus Bane.
– Ah...
– Fizeram um medicamento que pode ajudar a manter Emma viva, o que nos vai dar um bom tempo pra descobrir como tirar aquela coleira de sua parabatai.
Rosalyn assentiu de leve. Então a ultima pessoa que ela queria ver hoje era a garota que causou a distração que resultou nessa circunstância. Mas ela chegou ao seu lado mesmo assim.
– Graças ao Anjo você está bem... Ficamos preocupados.
Rosalyn fechou os olhos e respirou fundo antes de replicar.
– É... Isso poderia ter sido evitado se tivesse seguido a ordem de se afastar do corpo. E se quer saber, não estou bem. Minha parabatai corre um risco de morrer caso não encontremos a solução para isso a tempo. E tudo graças à sua falta de noção.
Rosalyn falou como se falasse de coelhinhos, o que deu um susto na menina.
– Sinto muito...
Ela saiu de perto cabisbaixa. Marcus encarou Rosalyn.
– Uau. Você... É bem nervosa.
– Emma e eu somos parabatai desde os 14 anos... 3 anos é tempo mais que suficiente para que você se apegar a uma pessoa, ainda mais quando se é sua melhor amiga desde sempre graças à proximidade entre famílias. Poderia dizer que seria como a relação entre você e seu irmão Marcus.
– Ele é o Andrew. Eu sou Marcus.
– Tanto faz. Creio que entendeu meu ponto.
– Entendi. Então, devo presumir que você não vai sossegar até acharmos a solução, não é?
– Pode apostar sua vida nisso. E... Obrigada pela ajuda ontem. Sinto muito fazê-los passar por nossa pior fase.
– Tudo bem, acontece. Bom, irei tomar café... Deseja algo?
– Apenas um copo de água... Acho que vou dormir novamente.
– Certo. Até mais tarde, então.
Marcus dirigiu-se à saída da enfermaria, e Rosalyn virou de lado na cama, observando Emma, com um sentimento pesado em mente e engolindo o choro, até pegar no sono novamente.‏


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam? Comentarios pliss :3



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