Meu nome é Hope Blake. Digamos que eu passo por situações onde as pessoas passam geralmente por uma ou duas vezes a cada cinco anos, mas para mim acontece umas 10 vezes no ano! Mas, estou escrevendo isto para contar mais de mim e eu não comecei bem. - geralmente não conto para as pessoas que acabei de conhecer que eu sou azarada - Acho melhor começar de novo:

Oi! Meu nome é Hope Blake, mas me chamam de Hopey ou Hopper - só quando meus professores e meus pais que me chamam pelo meu nome completo quando estão bravos. Tenho 15 anos e moro em Manhattan, NY. Apesar da ideia "sem-noção" de eu querer morar sozinha - meus pais que falam isso, "sem - noção", já sou muito responsável! - eu moro com:

1- Minha mãe, Jackie.

2- Meu irmão mais velho que deveria estar morando sozinho mas não quer (ele usa a desculpa de "ai, deixa eu terminar a faculdade que aí eu vou morar sozinho!", até parece! Ele deve ter medo do escuro...), Hunter.

3- A menina mais fofa e agressiva do mundo, minha irmã, Pam.

4- E o cara mais chato do mundo, meu padrasto, Christopher.

Meu pai e minha mãe estavam viajando comigo (8 anos) e com Hunter (11 anos). Estávamos no nosso trailer com papai dirigindo e minha mãe ao seu lado, eu e Hunter estávamos jogando Trunfo (jogo de cartas). De repente meu pai começa a cochichar com a minha mãe, eu percebi que ela estava ficando brava e ele continuava falando. Queria parar com aquilo então fiz a desculpa mais esfarrapada para que eles parassem:

-Papai, mamãe, o refrigerante acabou, eu e Hunter estamos com sede, vocês podem parar!

Eu era inteligente (ainda sou) então falei uma frase com duplo sentido... Enfim, eles pararam o trailer no restaurante de estrada mais perto, ou seja, dali uns 5 km. Torcia para que eles ficassem quietos até lá, mas não. Minha mãe gritou: PARA ESTE CARRO! EU E AS CRIANÇAS VAMOS A PÉ! Naquele momento nunca tive mais medo dela. Por que ela estava gritando assim com meu pai? E a nossa viagem? E o casamento deles? E a nossa família? E o mais importante... E o meu refrigerante? Brincadeira, meu refrigerante não era o mais importante. Tudo isso foi por água abaixo!

Quando chegamos ao restaurante de estrada minha mãe pediu para comprar alguma coisa para nós comermos enquanto ela estava sentada na mesa. Enquanto Hunter falava o nosso pedido percebia que mamãe estava chorando discretamente. Naquela hora pensei "Oh, não! Droga" Não somos mais uma família!

Meus pais se divorciaram e eu ainda não sei porquê minha mãe e meu pai nunca quiseram conversar conosco por causa disso. Mas, já nem faço questão de saber a verdade!

Depois de alguns anos quando eu tinha 10 anos, aconteceu tudo tão rápido! Eu e Hunter fomos para um acampamento no verão e minha mãe foi viajar com as amigas. Eu esperando que quanto voltássemos ela iria dar uma camiseta ou um bicho de pelúcia de lembrança de onde ela foi, mas quando chegamos em casa, damos de cara com minha mãe e um homem se engolindo. Dei uma sutil tosse e olharam para nós, ela disse que tinha achado ele e que estavam namorando por algumas semanas desde que ela foi viajar. E no final do ano eles se casaram - sem o meu consentimento- e depois de dois anos minha mãe ficou grávida de Pam. A única coisa boa que veio disso tudo foi Pam.

Minha melhor amiga é Abby. Ela é demais! Engraçada e tudo de bom! Conheci ela no acampamento de verão e a grande coincidência era que ela estudava na mesma escola que eu, e ainda estuda. Confio muito nela! Confiei contar meu segredo: SOU MUITO AZARADA!!!

Também contei a ela de quem gosto... Sam William! Ele é lindo de morrer! Ele é muito legal! Engraçado! Bem-humorado! Descolado! Popular! Mas, só tem um lado mais ou menos: ele é irmão da Abby William, ou seja, ele é irmão da minha melhor amiga! Então você já imagina o quão difícil contar isso para ela!

Sobre eu ser azarada... Já aconteceu muita coisa comigo e eu aposto que ainda vai acontecer! Mas, se você está pensando que o meu tipo de azar é do tipo de eu estar andando e de repente cair um raio na minha cabeça, você está errado! O meu tipo de azar não é de dor - apesar de que já cai muitas vezes de cara no chão - o meu tipo de azar é o pior de todos: a vergonha alheia!

Ah! Então quer dizer que você está preparado para ouvir as minhas histórias constrangedoras?! OK, então aqui vai a primeira:

Abby é apenas alguns meses mais velha que eu, e eu fui convidada para a festa de aniversário de 16 anos. Ela pediu para eu ser uma daquelas garotas que dançam com cadetes. E ela foi tão boazinha comigo! Ela fez com que Sam dançasse comigo. YESS! Então chegou a hora de dançar. Não sou uma boa dançarina, então:

MUITAS PESSOAS + SAM WILLIAM + EVENTO ESPECIAL + DANÇA + EU

=

EU PASSANDO VERGONHA!!!!!!!!!!!

Eu estava dançando com Sam, e acho que o delicioso perfume dele me deixou meio grog e acho que minha cabeça entrou em transe, mas a música de repente - para mim - acelerou então acordei do meu sonho atordoada e comecei a dançar cruzando as pernas, pisando nos pés de Sam e... CABUM! A bomba de azar explodiu na minha cara e caí no chão. A música parou de tocar, Abby e todos os cadetes e convidados pararam de conversar e dançar e olharam para mim. Conseguia ver minha mãe e Chris cobrindo os rostos para parecer que não me conhecem! Mas, como se não bastasse percebi que tinha levado Sam para o chão quando caí, ele estava ao meu lado todo vermelho de vergonha! Ele levantou e saiu para a cozinha - já que não podia sair da festa - e nunca mais falei com ele, até hoje.

Abby me perdoou e fez com que a festa voltasse ao normal. Ela me fez prometer que não sairia da festa, mas eu não queria mais arriscar dançar então fiquei sentada observando o Sam morrer de vergonha voltando ao salão e me ignorando.

EU MEREÇO!