" O que mais preocupa não é nem o grito dos violentos, dos corruptos, dos desonestos, dos sem-caráter, dos sem-ética. O que mais me preocupa é o silêncio dos bons. " - Anna.

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Local : ???

Status : Dia nublado

Dia : 4 de maio

Hora : 08 : 14

Personagem : Anna

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Depois de ser capturada pelos homens de Décio , Anna acorda sentindo uma dor em seu braço esquerdo.

Depois de alguns momentos tentando despertar , Anna começa a sentir um frio extremo e depois de despertar pra vale ela se vê em uma espécie de caverna de gelo com várias rochas e pedras , a caverna parecia ser muito antiga.

Logo ao seu lado ela também vê Kristoff que estava desacordado.

– Lindo , não é ? – Disse um homem agasalhado e com um capuz.

Anna lentamente se levanta e encara o homem.

– Onde estou ? – Perguntou Anna.

– Digamos que...está em uma das masmorras mais antigas e cruéis já feitas até hoje. – Disse o homem.

Anna se assusta com a informação do homem.

– Do que você está falando ? – Perguntou Anna recuando assustada.

– Há muito tempo , os vikings usaram Anor Londo como uma base para seu exército. Quando eles capturavam traidores ou espiões eles os prendiam em cavernas como essas para que os culpados morressem de frio , e com muito mais sofrimento. – Disse o homem. – Mas isso foi há muito tempo , nada que tem hoje em Anor Londo existia naquela época , até que um grupo de mineradores encontraram essas cavernas.

– Mas...estamos presos aqui ? – Perguntou Anna muito assustada.

– Bom , só você e seu amigo ali. – Disse o homem apontando para Kristoff.

– Você está livre ?

– Sim , posso sair daqui a hora que eu quiser.

– Então nos ajude !

– Eu adoraria , mas... – Disse o homem retirando o capuz lentamente. – Vocês são um problema pra mim e para meus planos. – Disse Octávio sorrindo.

– Você que...está por trás disso tudo ? Você q...

– Sim , eu que capturei sua irmã , aquela criança que você acha que é sua filha e a família real de Terras Altas Da Escócia. E então ? Oque vai fazer a respeito princesa Anna ? – Disse Octávio.

Anna por um momento não pensa em reagir , mas com a imagem de Elsa e Sophia sofrendo por causa de Octávio ela rapidamente parte pra cima dele com a intenção de ataca-lo.

Octávio num movimento extremamente rápido acaba socando a barriga de Anna que sente o golpe , mas Octávio não a deixa cair no chão.

– Só isso que tem ? – Sussurrou Octávio.

Octávio então empurra Anna que cai no chão, mas rapidamente se levanta.

– Você...vai...pagar... – Disse Anna ainda sentindo o golpe na barriga.

Ela parte novamente pra cima de Octávio que desvia de todos os socos de Anna , fazendo ela ficar cansada e totalmente vulnerável a novos ataques.

Anna não sabia lutar , estava fazendo aquilo por impulso sem nenhum tipo de experiência , só pensava em vingar todos que Octávio fizera mal , incluindo Elsa e Sophia.

Depois de quase trinta golpes no ar , Octávio chuta a perna de Anna que acaba caindo com muita força no chão , chegando a rachar o gelo.

– Já acabou ? – Disse Octávio rindo. – Agora me diga , onde está seu marido e sua irmã quando você mais precisa ?

Quando Octávio pensa em chutar Anna , ele sente alguém o agarrando pelas costas.

– Serve eu ? – Disse Kristoff que acabara de despertar.

Kristoff tenta com toda sua força afastar Octávio de Anna que não conseguia se levantar de tão machucada que estava.

Eles se afastam de Anna e começam a lutar intensamente.

Octávio acerta várias vezes o rosto e o tronco de Kristoff que lutava para não cair.

Kristoff assim como Anna , erra vários golpes que Octávio desviava com uma facilidade absurda.

Octávio então pega um gelo com uma ponta bem afiada e fura a perna direita de Kristoff que cai no chão gritando de dor e sangrando muito.

– Você e sua noiva são fracos demais. – Disse Octávio pisando no ferimento de Kristoff que não parava de gritar.

Anna vendo Kristoff sofrer , faz esforço para se arrastar na direção de Kristoff.

– Bom...eu adoraria ficar e brincar mais um pouco , mas já está na minha hora e preciso ir. – Disse Octávio que se retirava da caverna , deixando Kristoff e Anna completamente machucados para morrerem de frio.

Anna ainda estava se arrastando com muita dificuldade na direção de Kristoff , naquele momento ela demonstra o seu interesse não por Kristoff mas sim pela saúde dele , para Anna não importava oque Kristoff fizera com ela , ela não queria a mal dele de maneira nenhuma.

– Kristoff... – Disse Anna com um tom muito baixo.

Kristoff mesmo machucado ainda estava consciente , quando ele vê Anna fazendo esforço para se arrastar ele rapidamente usa suas ultimas forças para se aproximar de Anna.

Ambos se arrastam na direção um do outro , lutavam para alcançar um ao outro.

– Anna... – Disse Kristoff se arrastando.

Até que depois de vários segundos se arrastando , eles conseguem alcançar um ao outro.

Kristoff que possuía mais energia do que Anna que estava quase desmaiando , ele segura Anna e a arrasta cuidadosamente para uma rocha.

Eles se apoiam na rocha e se abraçam para tentarem conter o frio.

Anna mesmo tendo em mente as ações de Kristoff em Arendelle , ela o abraça sem hesitar , pois era isso ou morrer para o frio.

– Frio...frio... – Disse Anna no tom muito baixo.

Kristoff mesmo com frio , retira seu casaco e cobre Anna com o mesmo.

– Pronto...isso...deve...ajudar. – Disse Kristoff com muito esforço.

– Mas e você ? – Disse Anna com o mesmo tom.

– Não se preocupe comigo , vou ficar bem.

Anna então olha a perna de Kristoff que não parava de sangrar.

– Kristoff...sua perna...

– Não há nada a fazer...só...deixe pra lá...

– Não , você vai sangrar até morrer.

– Anna...não tem oque fazer em relação a isso.

– Claro que tem...use o casaco como curativo para parar o sangramento.

– Ai você morre congelada.

– Se não fizer isso , você também morre.

– Então , eu preciso fazer uma coisa antes de ir embora.

– Não fale assim...nós vamos...conseguir...sair daqui , juntos.

– Anna...eu...

– Não quero ouvir Kristoff , cubra o ferimento...por favor , eles precisam de você mais do que a mim...

– Não fala isso.

– A quem eu estava querendo enganar ? Olha pra mim , oque eu estou fazendo em Anor Londo se eu sou uma...uma...

– Você não é uma fraca.

Anna ouvindo as palavras de Kristoff , começa a olhar fixamente para ele.

– Quer saber oque eu vejo ? – Disse Kristoff. – Eu vejo uma princesa que conseguiu superar as piores situações que alguém poderia vivenciar , eu vejo uma princesa que faz de tudo para salvar e proteger quem ela ama ,eu vejo a princesa mais divertida e otimista que já viveu nesse mundo , eu vejo uma princesa que...mesmo nos momentos de raiva...tem a razão nas coisas que fala.

– Eu...não...queria falar...nada...daquilo...

– Não se preocupe com isso , é passado.

– Mas...por que você beijo...aquela...mulher ?

– Anna...

Kristoff então segura o rosto de Anna com as duas mãos e a encara.

– Eu não quis beijar aquela mulher , eu nunca vi aquela mulher , eu nunca faria uma coisa dessas com você , eu não quis nada daquilo.

Anna até tenta dar uma leve desviada no olhar , mas é impedida pelas mãos de Kristoff.

– Anna...você acha mesmo que eu faria uma coisa dessas com você ?

Depois da pergunta de Kristoff , Anna começa a ter os mesmos flashbacks que tivera no castelo de Arendelle no dia do ocorrido , realmente ela não acreditava que Kristoff era capaz de fazer uma coisa daquelas.

Com as mãos no rosto de Anna , Kristoff acaba vendo o machucado que ele fizera em Anna em um momento de fúria no barco Lemúria.

– Eu...eu...eu não...sei... – Disse Anna.

– Certo , você não precisa acreditar em mim , só saiba que de um jeito ou de outro eu te peço perdão por tudo que aconteceu em Arendelle.

– Por que ? – Perguntou Anna.

– Porque eu te amo Anna , e sempre vou te amar , você gostando ou não.

As primeiras lágrimas já eram visíveis por ambos.

– Eu também te amo. – Disse Anna chorando.

Eles então lentamente se beijam e acariciam os cabelos um do outro.

E assim eles ficaram por horas , abraçados e esquecendo as magoas que haviam guardado um do outro.

Com as dores extremas e do frio intenso , ambos acabam desmaiando abraçados.

Anna estava agasalhada , mas a perna de Kristoff não parava de sangrar e ele sentia o dobro de frio que Anna estava sentindo.

Estavam presos para morrerem de frio. Não havia saída , não havia nenhum tipo de fonte de calor , não havia comida , não havia esperanças.

Eles só tinham um ou outro , nada mais do que isso.