Bela

– Quer ajuda, senhorita? - Alfred, o assistente feioso do meste feioso daqui da cidade me estende a mão, sorrindo malicioso

– Ajuda como a sua prefiro evitar - respondo friamente empurrando a mão dele

Eu não vou tratar bem alguém como ele, que se acha a rainha da cocada preta. Ele é tipo "Sou o Alfred, não quero saber o nomes de vocês porque não me interessa. Se o mestre dessa cidade de pobretões mal amados morrer eu que assumo o comando dessa budega. Ei, você! Finja que é ouro e brilhe pra mim!"

Além de que ele tem cara de estuprador, mano! Prefiro salvar minha pele linda e macia.

E esse cara que acha que samba na purpurina, vê se pode?! Esse não samba na purpurina nem nos próprios sonhos.

Alfred se aproxima de mim e se curva até ficar na altura do meu rosto.

– Certeza? - ele pergunta - Eu iria adorar lhe ajudar...

– Puta que pariu, cara! Que bafo do capeta! - faço uma careta - Não escova os dentes não?

– A educação realmente não é com você, não é mesmo? E meu halito cheira a flores perfumadas, saiba disso

– Perfumadas? Flores perfumadas com o que? Merda de vaca? Vou te recomendar um creme dental que é ótimo, se chama colgate e...

– Calada! - ele segura meus braços com força e me puxa pra cima me prensando em uma parede e interrompendo minha fala

A lição que aprendemos hoje é: Nunca tente ajudar uma pessoa a ter um sorriso mais brilhante.

– Me solta, filho de uma biscate mal comida! - grito me contorcendo, tentando me livrar dele

– Não. Quero fazer outra coisa agora - ele sorri cruelmente

Arregalo os olhos e chuto com força os documentos dele. Ele cai no chão se contorcendo e gritando de dor.

– TA ACHANDO QUE EU SOU SUAS NEGA, É? - grito revoltada

– SE TOCAR NA MINHA AMIGA DE NOVO ARRANCO SEU SACO FORA, DRAG QUEEN FILHO DE UM TRAVESTI DROGADO! - Ayla aparece gritando com uma vassoura na mão

– SOLTA ELA, SEU FEIOSO SEM BRILHO PRÓPRIO! TA ACHANDO QUE É DEMENTADOR PRA SUGAR O BRILHO DAS PESSOAS É?! - Tay também aparece, gritando

Meus amiguinhos lindos que queriam me matar até uns cinco minutos atras vieram me ajudar! LINDOOOOS!

Os anões vieram logo atras, Thorin se ajoelha ao lado de Alfred e o levanta pelo colarinho.

– Você realmente não tem moral nenhuma - diz sem expressão. Gelou até minha alma agora./medo

Alfred não responde, só cruza as pernas ainda gemendo de dor.

Começo a rir malignamente e todos começam a me encarar.

– Que foi? - pergunto

– Nada, nada... - Thorin responde soltando o feioso (lê-se Alfred)

Acho que eles esqueceram que estavam tentando me matar, hehe.

Saímos andando dali, mas não sem antes Ayla tacar a vassoura na cara de Alfred, e voltamos pra casa de Bard.

Ai, ai, minha divosidade é surpreendente não é? Isso não tem nada haver com o assunto, mas mesmo assim é legal falar.

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Passamos mais dois dias na casa de Bard, e quando acordamos no terceiro dia de manha os anões estavam se preparando para ir para Erebor.

– Ayla, Tay - sento no colchão no chão do quarto da Sisigred - Vamos seguir os anões, que tal?

– Porque? - Tay pergunta - Aqui esta ótimo!

Tay só diz isso porque aqui ele come de graça e o Bard ainda emprestou algumas roupas pra ele.

– Vamos ver se vai continuar ótimo quando a cidade for atacada pelo dragão e você virar churrasquinho

– DRAG...DRAGÃO?!

– Fala baixo! - Ayla tampa a boca de Tay com a mão - Mas Bela, e a batalha dos cinco exércitos?

– Quanto mais próximos da batalha mais seguros estamos - digo

– Isso não faz sentido, mas nada que você diz faz sentindo e... ACABEI DE TER UMA IDEIA GENIAL!

– O que?

– Seguimos os anões e entramos em Erebor com eles, escondidos claro. O que tem naquela montanha que o Thranduil quer acima de qualquer coisa?

– As gemas brancas! E se pegarmos elas podemos usar como moeda de troca pra ficar na Floresta das trevas! - concluo sorrindo

– Ele não vai negar. Ele mesmo disse que tem palavra, não que eu acredite, mas então não vai descumprir o acordo.

– To boiando aqui... - Tay diz confuso - E ainda quero saber sobre o dragão!

– Se você tivesse ido no cinema com a gente pra ver O Hobbit saberia do que estamos falando - digo

– Desculpe se eu preferir ir no zoológico pra tentar sequestrar meu pinguim a ir no cinema com vocês duas - responde ironico - Pobre Bicusso ainda esta preso naquele lugar horrível - choraminga

– Aquele pinguim não é seu Tay... - Ayla revira os olhos

– Mas sera! Guarde minhas palavras!

– Como se estamos presos aqui na Terra Média?

– Eu arrumo um jeito!

– Voltando ao assunto que importa - Esperamos um dia após os anões saírem e depois vamos atras, temos um mapa então chegar em Erebor vai ser fácil.

– Pra chegar la e o dragão já ter saído - falo

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Nos arrumamos e arrumamos nossas coisas, deixamos em um canto e fomos para a sala nos despedir dos anões.

– TCHAU TIOOO THORIN, KILI, FILI, GLOIN, BOMBUR E ETC, PORQUE TO COM PREGUIÇA DE FALAR O RESTO! - grito pulando em cima de cada um dos anões e os abraçando

– KIWIII, VOU SENTIR SUA FALTA! - Ayla pula em Kili

– BARBUDO LINDO DO MEU CORE! - Tay pula em Thorin

Temos que atuar bem, vai que desconfiam que vamos ir furtivamente atras deles.

Depois de algumas maldições e empurrões por parte do Thorin, ele e o resto da companhia saíram da casa do Badarquero.

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Esperamos um dia. Resolvemos sair de manha bem cedo, arrumamos nossas coisas (Ayla e Tay venderam alguns dos meus doces CONTRA A MINHA VONTADE pra comprar mair roupas pra nós) e fomos falar com Bard.

– Obrigada por nos deixar ficar aqui e por tudo que fez por nós - digo

Eu bem que poderia dizer "Ei, se o plano que estamos planejando, plano que você não precisa saber qual é, não der certo nos voltamos pra cá, ok? Guarda os colchões pra gente!"

– Não precisa agradecer - Bard sorri - São bem vindas caso queiram voltar

Bard arrumou pra gente comida e alguns cobertores. Guardamos tudo nas mochilas.

– QUERO FICAAAAR! - Tay pula em Bard - FICA COMIGO IMITAÇÃO DE APARÊNCIA DO WILL TURNER!

Will é mais gostoso, obvio.

– Larga o Bard! - Ayla puxa Tay tentando desgruda-lo do Bard

– NÃOOOO

– LARGA!

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Meia hora depois conseguimos arrastar Tay pra fora da casa.

– Temos que arranjar um barquinho - digo olhando em volta

– Que tal aquele ali? - Tay aponta pra um pequeno barquinho, meio velho e que parece estar abandonado

– Já que acho que não vamos conseguir coisa melhor esse vai ter que servir

Andamos ate o barco e jogamos nossas mochilas la dentro.

– Sera que isso aguenta nós três? - Ayla balança o barquinho com uma mão

– Todo mundo aqui sabe nadar né? - pergunto

– Se eu não soubesse nem teria entrado nessa cidade - Tay diz entrando com cuidado no barquinho, que quase vira

Eu e Ayla entramos com cuidado logo depois. O barco começa a balançar.

– Ahhhh calma barquinho calma! - seguro as laterais do barco com as mãos

– AHHH QUASE QUE MINHA MOCHILA SUPER STYLE CAI NA AGUA! - Tay grita agarrando a mochila nova dele

– Style? Esse mochila tem cor de bosta - Ayla diz

– Mas eu joguei purpurina nela, ai fico super style

– Não ficou não

– Ficou sim!

Sim, Tay anda com potinhos de purpurina. NÃO ME PERGUNTEM O POR QUE!

– Chega vocês dois! Quem é que vai remar? - pergunto

– O Tay! - Ayla grita - É mais que justo ele remar, porque nos duas estamos aqui na terra média a mais tempo, ou seja, sofremos mais tempo

– Concordo

– Okok - Tay revira os olhos - Se meus bracinhos caírem a culpa é de vocês! E outra coisa, porque não podíamos ter caído no filme dos ursinhos carinhosos? Seria tããão mais fácil

– E mais chato também - pego o remo que esta jogado em um canto do barquinho e entrego pra Tay - E o mais importante, sem Boys Magia pra gente admirar

– Verdade! Isso seria terrível!

– Da pra remar logo?! - Ayla se vira pra Tay - Temos um caminho muito longo pela frente. Temos que cruzar esse lago ate o outro lado que é a floresta, e depois seguir o caminho pelo mapa

Tay coloca o remo na água.

– E o que eu faço agora? - ele pergunta

– Puta que pariu, Tay! Tu ta pior que a Bela! - Ayla bate a mão na própria testa

– Ei! Não me envolva nisso! E só pra deixar claro, eu sou a inteligência em pessoa!

– Sim, sim, claro.

Vocês também sentiram o sarcasmo ou sou eu que estou imaginando coisas?

– É o seguinte, Tay - Ayla respira fundo - Mexa os braços pra frente e depois pra trás. Só isso, nada complicado

Tay ajeita o cabelinho e faz uma cara de profunda concentração.

– 1...2...3...e... já! - ele conta e começa remar