Os cinco reinos escrita por Heyger


Capítulo 1
1- Ódio


Notas iniciais do capítulo

Gostaria de agradecer, e muito, a Nico Robin por me ajudar! Obrigado mesmo!!!



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Em uma época como essa, como posso, eu, uma princesa das Cinco Cidades, ama um príncipe-comandante da corte inimiga... Como posso ter atirado todos os meus segredos de minha boca para um príncipe-comandante que nem ao menos teve o escrúpulo de odiar-me por ser uma rival do reino de seu pai... Mas sei como pude baixar-me a tal...

– O que pensas de mim, minha princesa? – Ele disse me tirando dos meus pensamentos

– Hum... Nada, caro príncipe...

Um sorriso irônico surgiu na face do jovem príncipe, ele se levantou e me fitou.

– Fale! – disse ele – Diga-me o que vós pensais de mim?

Com um sorriso, o encarei para ter certeza do que dizer.

– Bem, vós sois um belo príncipe-comandante, tens um sorriso belo, um ar de sábio, o primeiro que vejo possuir um tom de cabelos tão singular – disse pegando-lhe uma madeixa que pendia em sua testa – És mais belo que qualquer, que outrora, meus olhos tenha tocado. Mas por que, meu amado faça-me uma pergunta desta?

Com um ar misterioso ele olhava-me, um sorriso brotou-lhe no canto dos lábios.

– Bem, parece que vós esta a me corteja, mas do que a cortejo, minha dama. Mas por essa hora não irei duvidar-te de vossa palavra, pois muitas já me disseram que sou o mais belo dos cinco reinos.

Com um ar brincalhão, me lançou um sorriso maroto, o que me faz de imediato joga-lhe salpicos d água da fonte onde estávamos a sentar. De inicio até mesmo eu tremi ao toque da água fria, porem não tive nenhuma preocupação em atirar com toda a força o máximo que pude em suas roupas vitorianas, de pura seda. Esse, como um perfeito cavalheiro, não retornou o gesto abusado, porém agarrando-me pela cintura, me levou até seus lábios doces e gentis. Com um beijo profundo e perfeito, ele alisava meus cabelos negros com uma mão, enquanto com a outra mão me abraçava firmemente.

– Como te amo, minha princesa, como amo o toque de seus lábios, como amo o seu perfume adocicado, como me deleito em sua pele, como me perco em seus cabelos, que são tão escuros quanto a mais negra noite sem luar. Minha princesa Estelar...

Com um olhar triste pendi a cabeça para traz, ao ver minha crida, com um lampião nas mãos, já a aparecer para chamar-me, para dizer que já estavam a sentir minha falta. Curioso, meu príncipe olhou para trás, a procura do que me vez perde o rumo de seu poema que começara ao pé do meu ouvido, vendo do que se tratava, sua face ficou sombria.

– Já está a me tirar minha amada dos braços... - desse ele – Estou a cada dia mais a odiar isso

– Amanhã estarei de volta meu amado.

– Senhora- disse uma voz que hesitava – Já estão a...

Minha magra e obediente empregada, Sara, estava de olhos baixos, a olhar um laço solto na ponta do seu vestido simples.

– Sim, já estou a ir – disse sem deixar que terminasse de falar.

– Sim senhora – disse ela se afastando

– Minha amada Estelar – disse meu amado, me chamando a atenção.

– Meu amado Lysandre

Dissemos ao mesmo tempo, enquanto com um beijo longo e amável, nós despedíamos um do outro.

Ao ver-lhe subir em seu cavalo negro, tão negro quanto à noite que estava a fazer no pátio mais distante do palácio de meu pai.

Sara me esperava ansiosa e a tremer de frio, frio esse que se intensificou com a madrugada. Tocamos um sorriso de comprimento, pois sabíamos o risco que ambas corriam, mas mesmo assim ela decidiu ajudar-me a me encontra com meu amado, a enviar-lhe e a trazer-me cartas apaixonadas. Sem demora nós colocamos a andar, dando tempo somente de olha para trás, para ver o ultimo olhar que meu Príncipe-Comandante lançava em minha direção, agora já longe para poder ver sua face com clareza, longe das muralhas do palácio, com um companheiro de exercito a se juntar a meu amado com um cavalo branco.

– Princesa, não parece bem descansada – disse Castiel – pareces demasiadamente cansada, acaso tem sido salteada por sonhos maus?

O tom de preocupação irônica dele me dava nojo, seu cabelo ruivo parecia um mar de sangue a escorrer por sua cabeça, seu olhar cromático me fazia girar de raiva, raiva por saber que ele iria casar-se comigo.

– Não, caro príncipe- disse solenemente.

– Como esta os nossos guerreiro, Castiel? – disse meu pai, o Rei das Cinco Cidades – Ouvi dizer que nossos inimigos nos estão a dar trabalho.

Meu pai, como quase todos os cinco reis das cidades douradas, era gordo! Com braços roliços, olhos claros e cabelos quase brancos, sempre vestido da mais pura seda, pele e ouro meu pai encarava meu noivo “amado”, que por acaso era O comandante do exercito principal do reino.

– Bem, meu rei – começou ele – Não tem que se preocupar com nada, nossos exércitos são tão numerosos quanto os dos nossos inimigos, o reino do norte logo cairá aos nossos pés.

– Agrado-me muito de seu trabalho, ainda mais que logo, logo serás de minha família, não é mesmo Estelar?

Com um sorriso longo e gentil, meu pai estava a olhar-me com carinho, sendo eu a única filha que teve com sua primeira, e bem amada, rainha, era eu a filha bem amada, superando até mesmo os homens que vivera antes de mim, com suas concubinas.

– Ouvir disser que os comandantes dos nossos inimigos são por sua vez muito fortes e se formos forçados a lutar, perderemos e os primeiros a morrer, como manda a tradição, são os nossos comandantes, então talvez não, meu rei – disse com a língua afiada – ou talvez venha a morrer de uma doença...

–Se acaso estiver doente, eu irei procurar a cura – disse rapidamente o Príncipe Comandante – ou será que é tão repulsivo assim pensar em casar-se comigo a ponto que querer-me morto?

O sorriso que brotou no rosto do meu noivo vez com me arrepiasse e não foi só a mim. Metade da mesa, que tomava o desjejum ficou paralisada com tal pergunta: Dês da rainha que estava a fritar-me com tanta força a ponto de fazer-me pensar que os olhos sairiam da orbita aos príncipes e princesas e até mesmo aos servos que tiravam e recolocavam a mesa, parando agora só para olhar meu rosto.

– Com um sorriso, coloquei-me a dizer:

Acaso, se fosse voz a ser obrigado a casar, não preferirias morrer?

– Se acaso o príncipe fosse vós, princesa, casaria com tanto prazer quanto meu corpo fosse capas de agüentar – Castiel disse olhando-me intensamente – gosto muito de voz, sei que poderás me amar, porem gosto do seu ódio, seu jeito de dizer que não é a mim que escolher como amante, porem nossos pais se gostam muito a ponto de dar-nos-ei em casamento um ao outro, então...

Seus olhos me faziam arde de raiva, parecia que estava a dispor da vontade de me atormentar a ponto de casar-se comigo para fazer isso. Como um homem poderia alguma vez ser tão odiavel quanto ele.

– Ainda não entendo o porquê ela.... - disse baixo uma de minhas irmãs que estava ao meu lado

– Bem, diga-nos mais do exercito, caro irmão – disse outro comandante, querendo acabar com o clima pesado que se estalou na mesa – soube que o rei da cidade Safira nomeou um de seus filhos como comandante, o príncipe Lysandre.

O simples mencionar o nome do meu amado me fez ficar paralisada, depois de uma súbita volta a realidade, todos os príncipes e até mesmo as princesas queriam saber mais do novo príncipe comandante.

– Ouvi dizer que esse príncipe é o mesmo que convenceu a todos os outros reinos do norte a ficarem ao lado do pai – disse uma voz de qualquer príncipe que estava ali.

– Ouvi dizer que esse príncipe é o mais belos de todos os reinos- disse uma princesa.

– Não é o mesmo que visitou o nosso reino há alguns meses com proposta de paz?- perguntou a rainha, a olhar seu rei com curiosidade.

– Sim, é esse mesmo – Disse por fim Castiel – foi ele que queria que distribuíssemos nossos tesouros a todos os reinos do norte, ao contrario do que fizemos até os tempos memoráveis, vivêssemos em igualdade com pobres, que não seguíssemos as leis de ajuntar riquezas para nossos filhos e os filhos de nossos filhos, ele queria que andássemos por ais a distribuir ouro.

Uma idéia dessas, só por ser mencionada, vez com que a mesa inteira tremesse de desprezo.

Somente o rei e eu ficamos quietos, a ponderar tal idéia. Meu pai me olhos, um olhar que já a muito conhecia, o olhar de compreensão que era disposto somente a mim.

Com muitos debates e até mesmo pequenas brigas, o pequeno desjejum logo chegou ao vim, essa era a única refeição que não precisávamos ser cordiais, o que sempre fazia com que saíssemos em brigas.

Logo ao sair da mesa recebi olhares de reprovações quando nem ao menos dei ao trabalho de me despedi de meu tão odiado noivo. Não era esse príncipe-comandante que queria para minha vida!

Tão logo me aprecei a sair daquele atormentado estábulos de egocêntricos e carniceiros que não percebi que estava a ser seguida, mas na primeira curva que fiz, em direção aos meus aposentos, algo me agarrou pelo braço e me puxou para um lugar escuro.

– Princesa Estelar – uma voz conhecida me fez sair do estado de medo que entrei - espero que não tenha se esquecido do nosso acordo.

– Claro que não caro guerreiro, mas quem és tu para puxar uma princesa dessa forma? – disse com raiva

– Sou o único que faz a guarda do canto leste do castelo, cujo qual sabe de suas traições ao rei, seu pai.

– Quanto queres dessa vez?

– Quinhentas moedas de rubi

– Esteja no mesmo lugar ao cair da madrugada que ganharas o que pede – disse enojada

– Sim, princesa traidora - aquele maldito homem se virou e se foi, desaparecendo na escuridão.

Ainda irei mostrar a todos, ainda ei de vê-los em farrapos como porcos são.


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Notas finais do capítulo

Essa é minha primeira historia, dicas, criticas, e etc eu adorarei receber.
Obrigado por ler...



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