Uma outra história - 2ª temporada escrita por Sorvete de Limão


Capítulo 13
Amnesia


Notas iniciais do capítulo

Oi oi tortinhas de limão *----*
Fiquei muito feliz com o tanto de comentários que a nossa fic querida recebeu, podia ser assim sempre né? Kkkkk, sem pressão.
Capítulo especial wiiiiii escrito com a Risurn *----*. Ficou muito legal *-----*, vamos ler?
Boa Leitura!!!



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Sometimes I start to wonder / Was it just a lie? / If what we had was real
How could you be fine?

P.O.V. Annabeth

Devo deixar claro que estou surpresa. Eu não tinha a menor noção de como aqui em casa tinha tanto sorvete, também não sabia como minha barriga não estava congelada ou algo do tipo porque eu estava no meu terceiro pote e logo partiria para o quarto. Quem liga se eu vou ficar uma baleia com diabetes e colesterol alto depois disso?

Estava sentada no sofá assistindo algum filme que eu esqueci o nome em que um doutor vira uma mosca gigante e toda essa história de amor. Uma coberta me envolvia e apesar do filme não ser tão triste estava chorando que nem uma condenada.

Kat tinha ido comprar mais sorvete para mim (eu não ia me contentar com o quarto pote), e minha mãe também estava enrolada em um cobertor. Agora, dividíamos o sorvete.

– Filha... Não fica assim. – Ela disse chegando mais perto e me abraçando. Ginger estava do outro lado do sofá com outro pote de sorvete e chorando mais do que eu.

– Porque ele virou uma mosca gigante?! É tão injusto! – ela gritou. E se pôs a chorar mais.

– Porque a Ginger está chorando tanto? – minha mãe perguntou. Suspirei e contei-a a história de Ginger. Acontece que esse cara de Vegas com quem ela estava do nada terminou com ela e depois Ginger o viu com outra garota e aí estava ela, chorando por ele. Por incrível que pareça todo esse drama durou dois dias.

– Ah o amor adolescente.

– Sério mãe?

– Tá bom eu não tenho ninguém ainda, porém estou pensando seriamente em criar um perfil na internet. – Dei uma risada. O que fez Ginger rir também e depois continuar a chorar. Ela tinha o estranho hábito de rir quando as pessoas riam também, para ela a felicidade dos outros era extremamente gratificante. – Ok, que tal continuarmos nossa maratona do Harry Potter? – a garota murmurou alguma coisa e eu acenei a cabeça. – Ok! Eu faço a pipoca. – Me arrastei para o lado dela. – Ginger! – a cutuquei. Ela murmurou outra coisa de novo. – Ginger! Levanta mulher. – Ela se levantou, olhou para mim seus olhos estavam inchados, mas não podia falar nada os meus deviam estar do mesmo jeito, e me abraçou.

– Annie! É tão triste ele virou uma mosca gigante e eles se amavam, e agora ela não pode namorar uma mosca gigante! Por que é tão difícil?!

– Hey! Calma! – tentei consolá-la. – Vamos assistir Harry Potter onde as coisas são mais fáceis.

– Ah, claro. – ela rolou os olhos – Porque ter todo um mundo bruxo te classificando como “o indesejável número 1” e ter o Lorde das Trevas querendo te matar por sete livros e oito filmes é coisa fácil!

– Para de reclamar mulher e vai fazer brigadeiro!

Então, ela pareceu esquecer que estava chorando e discutindo comigo a um segundo atrás. A menção de qualquer coisa que envolvesse chocolate era demais para que ela aguentasse. Só pude vê-la pulando em direção à cozinha com o cabelo saltitando de um lado para o outro. Rolei os olhos rindo.

Depois de assistirmos os filmes de Harry Potter de onde tínhamos parado Ginger e minha mãe adormeceram, desliguei a TV e decidi parar com todo esse drama. Já fazia um mês que eu estava aqui e minha mãe já havia melhorado. Ginger iria voltar para São Francisco em uma semana e eu iria com ela. Já havia decidido.

~~~~~~~~~~~*~~~~~~~~~~~

POV Piper

Olhei ao redor encantada, era a primeira vez que ia ao Tavern on the Green, Jason me olhava sorridente, com um braço pousado na minha cintura me deixando estranhamente confortável. O recepcionista confere a reserva e nos encaminha para nossos lugares. Sentamo-nos a mesa.

– O restaurante é bem bonito né? – pergunta Jason.

– Sim, é muito bonito. – Fica evidente o nosso desconforto, sem saber o que falar.

Era estranho estar ali com ele. Minhas mãos soavam e ele parecia pouco a vontade. Não que eu me sentisse pouco a vontade com Jason, mas as circunstâncias eram outras. Um encontro, finalmente! Ou algo próximo disso. A história era mais comprida e complicada do que eu gostaria.

– Pips? - ele murmurou me acordando dos devaneios. Pisquei para me adaptar a realidade.

– Hum?

– Nada, é só que você parece estar distraída.

– Não, não é nada disso. É só que eu não sei bem o que fazer.

– Por quê? - Bufei, revirando os olhos. Ele não percebe mesmo ou se faz de sonso?

Talvez eu possa entrar no jogo dele.

– Por nada. Bobeira a minha. E então, o que te levou a me convidar para sair?

Ele pareceu engasgar com o que estava bebendo e então seu sorriso vacilou.

– Convidar para sair? Tipo um encontro? Quem disse que eu convidei para sair? - O garçom então nos entrega o menu e se posta ao lado da mesa, não dando espaço para continuar a conversa. E anotando o pedido logo em seguida.

– Jason. Nós estamos aqui. Fora de casa. Até me pedir para ir até o corredor ou no hall do meu apartamento é me convidar para sair.

Ele pareceu envergonhado.

– Ah. Você falava desse sair.

Pisquei novamente, me fazendo de desentendida.

– De qual outro sair eu falaria?

– Daquele que...

Ele foi interrompido pelo garçom que surgiu subitamente.

– Aqui está o pedido. - E então depositou nossos pratos na frente de cada um. Sorri. O cheiro era ótimo.

– Então qual era o outro sair? – Jason corou e continuou comendo sem me olhar.

– Humm, nada, nada. Uma coisa boba. Então, como está o jantar? – Olhei para o prato e o analisei. Uma bolinha de comida bem ao centro do prato. Aquilo ali não alimentava nem passarinho. Não entendia como tão pouca coisa custava tão caro. Dou uma risada.

– Bom, espero que do mesmo jeito que o seu. Pouca coisa. – Ele ri também. Rir de piadas sem graça fazia parte de um encontro. Olhei para ele, enquanto dava uma garfada. Ambos sorríamos e eu sentia o ar ficando mais leve a cada piadinha sem graça contada, e, pelo jeito, ele também.

~~~~~~~~~~~*~~~~~~~~~~~

POV Ginger

Acordei com o sol batendo na minha cara, porque ninguém teve a decência de fechar a cortina da sala. Pelo menos me jogaram um cobertor. Como o sol estava forte, presumi que já estava tarde.

– Ginger, você está acordada? – pergunta Annabeth.

– Não! – Gemo.

– Olha é sério.

– Nada é mais sério do que dormir agora, vai ser feliz e volta pra sua cama.

– Ginger quando você for para São Francisco eu vou com você. – Tentei levar na brincadeira.

– Ah não vai não, só comprei uma passagem.

– Eu sei. Por isso eu comprei a minha.

Abri os olhos prestando mais atenção às palavras dela. Ela estava falando mesmo sério? Ah. Não está não.

– Annie. Para de zoeira e vai dormir porque não se acorda ninguém a essa hora da madrugada!

De repente tudo ficou em silêncio e achei que ela tivesse me ouvido. Sorri. Cinco segundos depois eu estava jogada no chão com o sol vindo em direção ao meu rosto.

– Não! Meus olhos! O sol! – gritei.

– Mulher, eu só te tirei do sofá. Você não é um vampiro nem nada do tipo. Sentai ai e me ouve.

– Não. – murmurei – Agora estou magoada.

– Ginger! Deixa de drama que a dramática aqui sou eu.

Ponderei. Ela tinha razão.

– Tá. O que foi?

– Eu já falei o que foi.

– Espera. Você está falando mesmo sério? E como fica todo o plano maluco de reconquistar o Percy e o escambau?

Ela suspirou.

– Ele não quer saber de mim. Você não entende isso?

– E dai? Não é por isso que o plano existe? Você sabe. Ele não quer saber de você, você quer que ele saiba... Essas coisas.

– Ginger, não viaja. Eu já decidi. Vou ir embora semana que vem, com ou sem você.

E então ela levantou saindo da sala, me deixando sozinha. Se ela achava que eu ia deixar isso ficar assim, estava muito enganada.

***

Liguei imediatamente para a única pessoa que podia me ajudar: Silena.

Silena? Eu preciso de ajuda! Vem aqui agora! SOS! Mayday!

– O que foi menina? – ela parecia sonolenta, como se tivesse acabado de acordar, o que devia ser verdade.

– Ajudaaaa!

– Ah não, você vai esperar porque eu acabei de acordar e...Ai meu Deus!

– O que?

– A Piper! Ai meu Deus! A Piper!

– O que tem a Piper?

– Ela não está em casa! – Bufei, Silena a Dramática.

– Ela deve ter ido comprar pão.

– Não! Não! Não! Ela saiu ontem e até agora não voltou.

– Com quem mulher? Com quem? Eu preciso de respostas!

– COM O JASON!

– Com o Jason?

– COM O JASON!

– Ai calma! Vem logo pra cá.

– Eu só vou depois que ela voltar!

– Vem logo praga! Eu vou ligar pra ela! – e desliguei. De dramática já basta eu.

Liguei para Piper mais de 10 vezes e ela não atendia. O encontro deve ter se prolongado a noite toda porque né? Piper toda puritana era só um disfarce aquela danada.

Bufei, não acredito nisso. Já que ela não me atende, vou apelar: Thalia.

Quando eu estava prestes a desligar, ela atendeu.

Me dê um bom motivo pra me ligar a essa hora da madrugada.

Olhei o relógio. Uma e meia da tarde.

– Emergência! Estado de calamidade! Crise econômica!

– O que foi? Alguém morreu?

– Ainda não! Mas vai.

Quem...?

O doido do seu irmão sequestrou a Piper!

Sequestrou? Como assim?

– É. Mais ou menos. Ela foi de livre e espontânea vontade ontem a noite, mas ainda não voltou. Então ele deve ter sequestrado ela e levado pra algum lugar onde vão traficar mulheres! Ai meu deus! A Piper é muito bonita pra ser traficada!

Como assim ainda não voltaram? Aquele retardado acha que eu quero ser tia? A essa altura da vida?

– É. É. Resolve a crise familiar ai e traz a Piper aqui pra casa. A Si já tá vindo. Anda logo. É uma emergência. Tem a ver com a Annie.

E desliguei. Sabia que Thalia odiava receber ordens, mas se tratando de Annabeth eu sei que ela fará qualquer coisa.

POV Thalia

Dirigi a toda em direção a casa de Jason, que, na verdade é a casa dos meus pais. Vai entender.

Estacionei o carro e entrei na casa à toda velocidade, espumando. Ele me fez levantar da cama cedo. Depois eu ia dar uma surra nele que o mesmo nunca esqueceria.

Ao chegar na cozinha, tive vontade de bater com a cabeça dos dois na parede.

– Meu deus! Aqui é a casa dos meus pais! Eles são, tipo, idosos, tenham respeito. Pornografia em outro lugar, por favor.

Piper estava sentada em cima da bancada, vestindo apenas uma camisa de Jason, enquanto o mesmo a beijava. Afastaram-se, enquanto Piper ficava roxa.

– Thalia eu... eu...

– Silêncio. Sem explicações. Sem detalhes. Eu não quero saber. Vista-se, com algo que seja seu, de preferência. Anda logo. Vai, vai!

Ela pulou de cima da bancada e correu eu direção ao segundo andar. Ri internamente, eu sabia que um dia isso ia acontecer.

– Thalia eu...

– Não quero nem ouvir Jason.

– Certo. – ele olhou para baixo, se calando.

Continuei o observando, até que o vi sorrir.

– Foi bom? – perguntei.

– Foi ótimo. – ri, e ele também.

– Viu? E você com esse medo estupido o tempo todo. – revirei os olhos.

– Quem estava com o que o tempo todo? – perguntou Piper, descendo as escadas enquanto tentava calçar um sapato.

– Nada. Vamos? Anda logo. Emergência.

– Emergência de que?

– Não sei, a Ginger não falou.

Piper andou até Jason, lhe dando um beijo para correr para fora logo em seguida.

– Melhor correr mesmo! Que pouca vergonha é essa nessa casa? – gritei, saindo atrás da mesma.

– Ei, Thalia! – Jason chamou-me.

– Oi?

– Um garoto, Nico, se não me engano, disse que estava louco para ver você. Se você quisesse vê-lo também era pra ir até o Starbucks perto da casa da Annie. As... dezoito, não, dezessete horas. Hoje. Tudo bem?

Corei. A mera menção ao seu nome já me deixava nervosa. Eu não iria, é obvio.

– Tudo bem. – e então sai.

POV Annie

Eu estava sentada no sofá vendo alguma coisa na Internet quando minha campainha é bombardeada com dedos. Como minha mãe não estava em casa porque essa mulher não para mais, e Ginger estava sabe-se lá aonde dentro de casa eu fiz o imenso esforço de me levantar e abrir a porta. Para falar a verdade eu estava ali só vegetando e pensando na minha curta e infeliz vida, se eu estivesse com um cigarro aqui estaria em um clipe de Lana del Rey.

Abri a porta e minha casa é invadida por um monte de garotas, vulgo Thalia, Piper e Silena. Piper estava toda bagunçada como se tivesse acabado de acordar, suas roupas estavam amassadas e seu cabelo bagunçado. Thalia estava arrumada, mas estava com um ar indignado. E Silena estava... Silena. As duas logo trataram de me bombardear com perguntas e exclamações, estava nem conseguindo respirar direito.

– Ginger me contou que era urgente alguém morreu? – Thalia perguntou, as três pareciam que tinham corrido uma maratona, ambas ofegantes e se apoiando nos joelhos.

Estava tão atordoada que fiquei paralisada com a boca aberta.

– E aí? Não vai explicar não é? – disse Thalia. A única coisa que eu consegui pensar foi: Ginger boca grande. Com um timing perfeito Ginger chegou.

– Quem atacou a campainha?

– Ginger Huber Blainey!

– Eu!

– Porque você contou para elas que eu ia embora?

– O que? Você vai embora? – perguntou Piper.

– Ah meu Deus! Você acabou de chegar e já quer ir embora de novo? Você não para não? – perguntou Thalia.

– Viu o que você fez? – Apontei para Ginger acusadoramente.

– Tá nos excluindo agora é? – disse Silena.

– Porque eu não diria?

– Porque eu disse que não era para contar.

– Não disse nada!

– Disse sim!

– O importante é dizer que a Piper foi para um encontro com o Jason e eles passaram a noite juntos! – exclamou Silena.

– O que? – Eu e Ginger perguntamos ao mesmo tempo.

– Hummm. – disse Ginger com um sorriso malicioso. – E a gente que sempre pensou que você era toda inocentinha, danadinha!

– Olha só...

– Gente! Vocês estão desviando do assunto! – Thalia disse.

– E a Thalia teve o episódio do café com o Nico e o Luke! – gritou Silena, ignorando tudo o que Thalia havia falado. Porque ela estava gritando eu não sabia e porque ela estava contando tudo isso eu também não sabia.

– Café? – eu disse. Foram tomar café e não me chamaram, pensei. Deve ser porque você está mais gordinha né? Disse minha consciência.

– Nico e Luke? – disse Ginger, de novo com uma expressão maliciosa. – Pegando os dois;

Nem preciso dizer que a discussão se estendeu até altas horas se não fosse Silena.

– Não quero nem saber, você não vai e pronto! – disse Silena.

– Si...

– Não, não, não, não! – E Silena começou a chorar.

– Si, olha.

– Não estou te ouvindo! – Colocou as mãos nos ouvidos e fechou os olhos. – Lálálálálá. – Olhei para as outras meninas, impotente.

– Silena, ei! Calma! – disse Piper a abraçando. Thalia me puxou de encontro a ela e Ginger.

– Olhe, eu realmente não quero que você vá, mas se você achar melhor assim...

– Eu acho.

– Certo. Tudo bem. Mas não seja tão dura em relação a tudo isso. Se dê chances. Não cometa os mesmos erros.

Assenti a ela, sem realmente prestar atenção, me ajoelhei ao lado de Silena e a abracei.


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Notas finais do capítulo

Amnesia - 5 Seconds Of Summer
Êêêêêêêê! Gostaram? Amaram? *----*. Queria agradecer a Risurn que me ajudou a escrever esse capítulo, a maioria das coisas foi ela *---*.
E para as outras tortinhas de limão: Se acalmem, haverá mais concursos.
E outra coisa: Dia 19 eu posto o outro ok?
Beijos e cócegas,
Sorvete de Limão.



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