Really Don't Care

–Amerika Nicoly Wagner Holt, tu prometes que serás Ericka Holt, A Garota, até a morte te impedir de continuar a te atirares sempre de cabeça?- Parker me pergunta sério e ri-o e oiço o mesmo atrás de mim.

Ponho minha mão no álbum de fotografias que ele segurava.

–Aceito.

–Então eu proclamo por ti.

–Nós proclamamos por ti.- OS encapuzados dizem juntos.

Tudo aquilo tinha um aspecto sombrio mas mesmo assim não conseguia parar de sorrir. Quando eles acabaram a frase algo explodiu e funo vermelho espalhou-se pelo local.

–Porreiro.- Digo olhando em volta.

–Como teu companheiro desde sempre e para sempre, te dou o que é teu por direito.- Parker diz e dá o álbum a Amanda antes de se virar para mim e me por o medalhão em forma de H que já era meu mas… bom, espectáculo é espectáculo.

–Bem-vinda de volta.- Eles dizem e então sinto algo molhado cair em cima de mim me encharcando e os olhos com os olhos cerrados enquanto eles riem.

–Ides pagar por isto!- Prometo e então me abraçam todos de uma vez.

–Anda cá garotas.- Blanck diz e me pega apertando-me.

–Oh deus, Blanck! Raios ta partam!- Gemo enquanto ele ri e me beija na testa.

–Esperem, esperem. Ainda falta uma coisa.- Andros diz e o olhamos.- Falta a melhor parte do dia.

O seguimos até pararmos perto da falésia onde pete e Caleb acabavam de preparar as coisas. Não para escalarmos mas para alto muito melhor.

–Bungee Jumping.- Andros acaba sorrindo como o louco que era e eu sorri-o de volta.

–Estava a ver que não havia nada divertido.- Brinco e Parker me rodeia os ombros com um braço.

–O que achas, E? Estás pronta para cair de cabeça? Literalmente.

–Eu estou sempre pronta.- Ele ri assentindo e vou até Caleb.- EI, Cab.

–Amy, de novo por aqui.- Me sorri e dou de ombros.

–O que posso dizer? E ai? Já nos pudemos atirar?

–Claro. Deixa-me preparar-te.

Assinto e ele fica me prendendo e me viro para meus amigos. O meu gangue já se estava a preparar também o que não é de se esperar. Tirando Olive que tinha medo de alturas.

–Alguém quer experimentar?

Vejo seus olhos arregalarem-se e ri-o.

–Não. Obrigado. -Li diz se afastando.

–Não me apetece morrer hoje.- Alexy diz e assinto dando de ombros.

–A mim também não. Apenas… me vou atirar. Estas cordas aguentam por voltas dos 4000 K. Acho que passamos todos.- Digo olhando cada um.- Não? Nada? Ninguém? Desiludistes-me. – Digo amuada.

–Eu topo.- Jaime diz e sorri-o animada.- Sou espero não vomitar tudo.

Rimos e o olho negando com a cabeça.

–Podes escolher fazer o salto preso pela cintura o que te fará parar numa posição sentada. Nós vamos saltar presos pelos pés e ficaremos de cabeça para baixo, o que não é tanto confortável mas é mais emocionante porque ficas a olhar para o chão e podes gritar em todos os pulmões “AINDA NÃO FOI DESTAS PANASCAS!”

Eles riem e olho para Caleb.

–Despacha-te, Cab!

–Calma, garota.- Ri enquanto eu fico saltando com a adrenalina me preenchendo.

–Não consigo! Mexe-te lá com isso!

Eles riem mas eu não estava a brincar. Havia tanto entusiamos dentro de mim. Apenas ficaria satisfeita quando me atira-se.

–Há algo de diferente em ti.- Kim diz e a olho.

–Sim?- Digo ofegante.

–Sim!

–É a adrenalina. Está a roendo por dentro.- Parker diz e ri.

–Mas já? Não deveria aparecer no final?- Ken pergunta curioso.

–Já experimentas-te ficar á beira de um penhasco e saber que te vais atirar lá para baixo?- Lhe pergunto.

–Não.- Diz com uma careta e rimos.

–Quando experimentares me diz alguma coisa. Por falar nisso, não queres tentar?

–Eu… não me parece.

O olho com um beicinho e olho para L-Jay.

–L-Jay. Não queres vir comigo?

–Desculpa, maninha. Uma coisa é escalar o penhasco outra muito diferente é atiraste lá para baixo.- Diz e eles riem de novo enquanto eu reviro os olhos.

–Eu quero experimentar.- Kim diz e grito animada.

–Finalmente!

–Mas, eu vou presa pela cintura. Não me apetece olhar para o chão.

–Como queiras.- Digo e olho em volta para meus amigos. Do bando de Jaime apenas ele, Gray, Gina e Vince se estavam a preparar.- Cab?

–Só mais um pouco.

–Ok, eu também vou.- Ken diz decidido e íris o olha com medo.

–De certeza?

Ken a olha e sorri pegando-lhe na mão.

–Absoluta.

–Ele fica bem, Íris. – Prometo e ela assente mas ainda há medo nos seus olhos.

Ken deve reparar nisso porque lhe segura no rosto e a beija com força fazendo-nos a todos apoiá-lo.

–Eu fico bem.- Garantiu-lhe e ela sorriu como uma bobinha feliz.

–Isso é amor!- Digo rindo e Caleb se levanta.

–Prontinha.

–FINALMNETE! – O abraço e beijo sua bochecha.- Obrigado, Cab.

–Sem problemas.

Vou para a prancha de ferro sem pensar duas vezes e me viro de costas para o precipício olhando meus amigos.

–Ei, Parker! Queres apostar que vou chegar lá em baixo primeiro que tu?

Eles riem e o loiro me olha divertido.

–Desta vez passo.

Dou de ombros e sorri-o fazendo continência.

–Vemo-nos lá em baixo.

E então faço uma pirueta para trás e me deixo ir com a gravidade. Meu coração dá um solavanco mas de felicidade. Os primeiros segundos podem assustarem mas então tu a sentes. A liberdade.

Apenas tu e ela contra o mundo.

Enquanto vais a cair todos os teus problemas desaparecem. Parece haver solução para tudo e a adrenalina é o que nos faz encher de prazer.

São apenas segundos de prazer mas a liberdade ainda dura por um longo tempo.

Quando paro vejo meus amigos se atirarem e sorri-o tocando no chão e baloiçando-me. Quando Parker pára ao meu lado o empurro e ele ri vindo me empurra de volta.

–ADORO ISTO!- Grita e eu ri-o.

–PARKER É UM IDIOTA! – Grito de volta e ele me olha chocado me empurrando me fazendo ir contra Blanck.

–Hello, baby.- Me diz e sorri-o o olhando.

–Hello, Blanck. Como estás tu?

–De cabeça para baixo.- Diz e rimos juntos. Antes que eu desse por isso ele me beija e reviro os olhos o empurrando rindo.

–Idiota.

–Tu me amas, boneca.- Me pisca o olho e suspiro.

O que se pode fazer?

Olho para o lado á procura de Kim e Ken e os encontro rindo com meus amigos. Sorri-o os olhando. Eu sabia que eles não me iam desiludir.

Faço uma manobra e seguro meu cabo ficando sentada.

–Ken, Kim!- Os chamo e eles me olham.- Podeis ir pela escada ou escalar o cabo.

–Acho que desta vez vamos pela escada.- Ken me diz e Kim concorda.

–Boa subida.- Lhe digo sorrindo e começo a subir o cabo.

Normalmente isto não se faz mas quem manda aqui sou eu. Não precisava olhar para baixo para saber que apenas Parker estava a fazer o mesmo que eu.

Quando cheguei lá a cima Caleb me ajudou a subir e levantei-me sorrindo.

–Obrigado, Cab.

–Sempre garotas.- Diz rindo e prepara-se para ajudar Parker.

–Vocês os dois sois idiotas.- Jane me diz sorrindo e a abraço.

–Obrigado, Jane.

–Que tal agora nada muito perigoso?- Olive diz.

–Temos pranchas de Kit surf.- Pete avisa e todos parecem concordar.

Enquanto eles vão para o lago eu vou com Parker refrescar as mãos que estão ardendo como um inferno.

–Devias termos trazido as lutas.- Diz deitando água nas suas mãos pela mangueira.

–Agora é tarde.- Digo fazendo o mesmo.- Mas valeu a pena.- Digo sorrindo e o vejo me encarar.- O quê?

–Valeu mesmo apenas por esse sorriso.

Dou de ombros e bato meu ombro no dele sorrindo. Vemos Dajan sentado sozinho olhando os nossos amigos no lago rindo. Olho Parker que o olha atentamente e lhe bato com meus quadris.

–Vai lá.

–Hem?

–Não te faças de desentendido. Vai.- O empurro para a direcção de Dajan e volto para a mangueira mais um pouco.

Enxugo minhas mãos nos meus calções e vou até á mesa da comida. Meu estomago roncava necessitado.

Peguei na bandeja com profiteroles recheados e me sentei no chão olhando meus amigos. Alguns rapazes faziam kit surf outros BMX ou andavam de canoa. As raparigas estavam dançando seguidas por Kelsey. Apenas Kim e Violette estavam mais afastadas conversando as duas.

Sem saber porquê procurei por Castiel mas não o vi com nenhum deles. Ia a levantar-me quando uma mão rouba um dos meus profiteroles e Castiel se senta ao meu lado.

–Ei! Isso é meu!

–Agora está na minha boca.- Diz divertido e reviro os olhos comendo mais um.

–Onde te enfiaste?- Pergunto sem o olhar.

–Por ai.

–Hm.

Olho para meus amigos odiando o clima tenso entre nós dois. Aqui está uma coisa que nunca me habituaria. Este clima. Não me agrada.

–Ainda me odeias?- Pergunta acabando o silêncio e olho os profiteroles.

–Não sei.

Por mais que experimentasse fechar os olhos imaginava-o com Debrah e isso dava cabo de mim. Tinha medo que tudo acontecesse de novo.

–Ame, Amerika, Ericka… eu já nem sei do que te chamar.

–É igual. Chama-me do que quiseres.- Dou de ombros chupando meu dedo coberto por chocolate.

–Amor.

–Tudo menos isso.- Retroco com meu coração acelerado.

–Ame,…- Ele segura meu queixo e o vira para el delicadamente.-… me perdoa. Por favor. Não vás embora.

Afastei meu rosto dele e continuei comendo olhando em frente.

–Eu preciso ir.

–Porquê?!

–Porque sim.

–Iso não é resposta.

–É a única que vais ter.- Digo e me levanto voltando para a mesa dos comes e bebes.

Peguei uma fatia de tarte de morango e peguei numa garrafa de sumo.

–Ainda ficas doente a comer assim.- O oiço falar e reviro os olhos.

–É comida. É impossível ficar doente.

–Ame, por favor, me perdoa. Eu não consigo assim. Isto está a tornar-se insuportável! Eu preciso de ti!

Olhei a tarte e a deixei de lado perdendo o apetite. Senti meus olhos ficarem molhados e mordi meu lábio inferior.

–Eu preciso… de ti.- Sussurrou perto do meu ouvido e me arrepiei sem querer.

–É muito cedo.- Sussurro de volta.

–Prometes voltar?- Pergunta depois de um tempo com a voz vacilando.

–Prometo.

Era a única coisa que podia dar-lhe por agora. Kolt teve a ideia de jogar-mos Paintball e ficámos 3 equipas de 8 ficando 13 em cada. Eu fiquei com Parker, Amanda, Jane, Samy, Kim, Cristian, Emma, Armin, Alex, Jaime, Jass e o Castiel, mesmo que não o tenha perdoado eu quero ganhar.

Eramos nós contra a equipa de Blanck onde faziam parte Olive, Dajan, Mike, Kolt, Roger, July, Lys, Alec, Ken, Jason, Gray e Fin.

E a última equipa era a de L-Jay com Jade, Paul, Gina, Den, Vince, Kali, Kelsey, Jonathan, Nath, Andros e Dallas.

Os restantes, que eram só meninas, não quiseram jogar o que não me surpreendeu. Minha equipa era a vermelha, claro. Blanck tinha a cor azul e L-Jay a verde.

–Todos prontos?- Cristian pergunta e todos assentem menos eu que estou mais interessava em olhar meus adversários e neste caso é Blanck que estava me provocando dizendo que ia vencer.

–Amy?- Jass me pergunta e os olhos.

–Eu fico com Blanck. Aquele idiota vai engolir minha tinta.- Digo e destravo a arma andando para o campo ao som das risadas deles.

Me escondo com Jane atrás de uma placa de alumino enquanto os outros ficam espalhados por lá. Me levanto mal o sinal toca e preparo-me para acertar nos atrasados e fintar Blanck.

O filho da mãe se escondeu bem. Mas ele vai ver.

Corro para fora dali quando Dallas nos encontra e Jane o mata me fazendo sorrir. Corro para trás de uma das árvores e vejo Castiel fazer o mesmo na árvore ao meu lado.

O olho e ele me olha de volta.

Assentimos e ambos nos afastamos da árvore atirando em quem aparecesse á frente. Quando as monições de tinta acabam nos sentamos encostados às nossas respectivas árvores. Recarrego a minha enquanto ri-o.

Isto é de loucos.

Uma bola de tinta explode em cima da minha cabeça e me abaixo rapidamente me ditando no chão.

–Merda.- Xingo ainda rindo.

Castiel o acerta e eu rolo para o lado parando ao lado dele. Levanto minha cabeça o encarando. Ele sorri divertido e eu ri-o encostando minha testa no chão.

–Vamos embora daqui.- Digo rindo e me levanto.

Corremos pela trilha até encontrarmos um carro e nos escondermos atrás dele.

–O santo.- Suspiro encostando a arma a mim.

–O que te está a dar?- Castiel me pergunta sorrindo e o olho.

–Eu não sei!

Deito minha cabeça para trás rindo e ele me acompanha.

–Eu gosto de te ver assim.- O olho ainda recuperando do riso.- Teus olhos… há muito tempo que queria descobrir porque apenas brilhavam algumas vezes. E agora já sei.

–Ai, sabes?

–Sei. Tu precisas disto. Tudo isto!- Diz olhando em redor e de volta para mim sorrindo.- E eu gosto do que isto te faz. O brilho que provoca em ti. Mesmo que á pouco me tenhas dado um susto de merda com aquele salto.

Ri-o um pouco mais olhando o chão e me sinto corar.

–Ninguém pode tirar aquilo que és, Ame.- O olho e ele dá de ombros sorrindo.- Nem mesmo eu.

Lambo meus lábios secos e ia olhar para o chão de novo mas ele levanta meu queixo para o olhar.

–Eu te amo, Ame. Mesmo que nem chegues a perdoar-me, eu te amo. E isso nunca irá mudar. Mesmo que não possamos ficar juntos… eu prefiro tua amizade a não ter nada. Será que isso é impossível?

Pego a sua mão que tocava meu queixo e a olho antes de o olhar a ele.

–Podemos tentar.

Ele sorri um pouco mais aliviado e encosta sua testa á minha.

–Obrigado, Ame.

Ficamos nos olhando e o sinto se aproximar ao som de meu coração. Isto estava a contradizer tudo o que tínhamos dito.

Até sentir uma dor quase nada dolorosa e nos separamos assustados olhamos nossas barrigas cobertas de tinta.

–Quem manda ficarem a namorar em vez de jogar?- Blanck diz e corre para longe rindo.

–BLANCK SEU IDIOTA! QUANDO TE APANHAR ESTÁS FEITO COMIGO!- Grito olhando-o correr para longe. Suspiro e me encosto ao carro, carrancuda.- Perdi. Odeio esta sensação.

–É… eu também.

O olho e espero que ele esteja a falar sobre o mesmo que eu mas pelo olhar nos olhos dele não me pareceu.

Pouco depois ouvimos o grito de vitória de Blanck o que me faz rosnar frustrada para o céu.

–Perdemos.

–É apena um jogo, Ame.

–Não é apenas um jogo, Castiel.- Digo o olhando.- É O jogo.

Ele ergue as sobrancelhas divertido e suspiro.

–Eu não perco. Nunca! E agora Blanck vai ficar zoando da minha cara.

Ele abre a boca para falar mas se arrepende e olha para o lado antes de me olhar de volta.

–O que tu tens com ele?

–Nada.- Digo confusa me levantando.

–Ele beijou-te, Ame. Isso de certeza foi alguma coisa.- Diz irritado e o olho quando ele não me vê a fazê-lo.

–Viste isso, hem? É apenas Blanck sendo Blanck.- Dou de ombros.

–O quê? Então ele beija quem quiser sempre que lhe apetece?- Diz levantando-se e me olhando.

–Sim, basicamente é isso.

–Talvez um dia ele tenha azar e se meta com a garota errada.- Diz ao passar por mim.- E talvez isso seja daqui a 5 minutos.- O oiço sussurrar mas deixo para lá porque não era suposto eu ouvir.

O sigo de volta para o pé de nossos amigos e como eu estava a adivinhar, Blank não perdeu oportunidade de zoar comigo o resto do dia.

Nem quando estávamos lanchando.

Nem quando estavas arrumando tudo.

Nem quando chegámos a casa de minha mãe.

Nem quando eu o mandei calar 10002 vezes.

Mas ele se calou quando mandei para a piscina. Sorri e dei meia-volta indo para o lado de Rose enquanto meus amigos riam.

–Foi bom o banhinho?- Pergunto quando ele vem até nós pingando por todos os lados.

Meus amigos apenas riem mais e ele me olha com os olhos cerrados.

–Que tal uma musiquinha?- Kali diz estragando o momento de puro pensamento de Blanck para me humilhar de novo.

–Eu topo.- Jane levanta a mão.

–E?- Kali me chama e a olho.- Cantas?

–Porque não?- Dou de ombros e L-Jay aparece com duas guitarras de algum sitio qualquer e as dá a Alexy e Castiel.

–Really Don´t Care de Demi.- Rose me pediu e lhe pisco o olho.

–É para já loira.

Alexy e Castiel começam e me então eu entro puxando Rose para dançar comigo em cima da espreguiçadeira.

Fico cantando e dançando e ainda rindo ao mesmo tempo enquanto meus amigos gritam qualquer coisa que eu não entendo.

Oh-ooo-oh-ooo-oh-ooo
I really don't care
Oh-ooo-oh-ooo-oh-ooo
I really don't care

Eles cantam comigo o refrão todas as vezes e aquilo torna-se mais uma gritaria que a uma música. No último verso desço da espreguiçadeira e acabo ficando frente a frente com Castiel e é assim que acabo o último verso da música.

Minha respiração estava ofegante assim como a dele. E provavelmente eu estava toda despenteada e suada, com um aspecto mesmo ridículo.

Mas ele estava ali então… eu realmente não me importava.

Na manhã seguinte era hora de voltar para Boston. Rose dormiu comigo no meu quarto e neste momento estava chorando enquanto me abraçava. De todos que conheci, ela era a que mais agradecia ter encontrado.

–Rose, eu já prometi que voltava.

–Eu sei mas não é o mesmo.- Reviro os olhos e a abraço mesmo assim.

–Loira chata.- Digo ao seu ouvido e ela ri um pouco.- Voltarei mais cedo do que tu esperas.- Lhe beijo na testa e me afasto dela pondo minha mala na mala do carro de Mike.

Eu esperava partir sem despedidas mas não foi isso quando aconteceu quando ás 8 da manhã estavam todos parados á frente da mansão.

–Porta-te bem garota.- Jass diz me despenteado e lhe sorri-o o beijando no rosto.

–Irei, Jass.- Vou até Marina e a abraço.- Eu prometo que volto para o teu casamento.

–Acho bom se não interrompo o casamento e vou até lá puxar-te pelas orelhas.

Ri-o e a abraço mais uma vez antes de abraçar meus irmãozinhos.

–Volta, Amy?- Rosy me pergunta chorando e as enxugo com um pequeno sorriso.

–Claro que sim pequena. Serei o vosso pior pesadelo. Apenas vou tirar umas férias, sim?

Eles assentem e beijo o rosto de cada um.

Suspiro e me levanto indo até Parker e sua moto. Ele me dá um sorriso e retribuo sentindo-me livre e pesada ao mesmo tempo.

Eu ia voltar apenas precisava de um tempo.

–Espera!

Me viro para trás e Castiel vem até mim nervoso.

–Não posso mesmo fazer nada para que fiques?- Me pergunta vacilando e nego com a cabeça. Ele assente e tira algo do bolso das calças e me o dá.- É teu.

Sinto o anel na minha mão mas não o olho visto que estavas mais interessada em decorar o rosto á minha frente.

–Eu não preciso dele.

Eu tinha dito a Dajan para lhe entregar os anéis e o colar no dia que o gangue chegou. Não era suposto eu voltar a vê-los.

–Cast…

–Fica com ele, Ame. Não me faz falta.

Assinto e o guardo no meu bolso antes de sentir seus braços á minha volta me cercando.

–Desculpa mas eu precisava.- O oiço falar no meu pescoço e fecho os olhos aproveitando a sensação.- Eu te amo e não me importa nada esperar por ti quanto tempo for preciso. Mas volta depressa. Por favor.

O abraço de volta apertado antes de me afastar dele e subir na moto de Parker e ir. Tiro meu anel de bolso enquanto Parker conduz e o aperto deixando as lágrimas cair.

Eu te amo, Castiel e não me importo nada de o fazer.