More Than Super Heroes escrita por Captain


Capítulo 12
Revivendo Demônios.


Notas iniciais do capítulo

Oii pessoal
Desculpe-me por mais um atraso... Culpado. Rsrs
Lindas(o) gostaríamos de agradecer a todas(o) pelos comentários do capitulo anterior e mesmo aos que não comentam nos agradecemos de coração por acompanharem e gostarem da historia. São vocês que nos fazem continuar *-*
Bem finalmente aqui esta o capitulo, e espero que gostem.
Boa leitura ^^
Ps: Viram a nova capa? O que acharam? Foi a B Carter com seu talento que faz todas as capas e ela arrebenta :3
Obs: Antes de tudo gostaria de pedir carinhosamente para lerem as notas finais aqui em baixo após o capitulo I
I
V
É um pouco mais a baixo kkkk Sorry, parei. Vejo vocês lá em baixo.



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Presenciar a cena que estava na minha frente, me fazia ver o quanto a humanidade podia ser perigosa para si mesma. Mas perigosa até que qualquer vida alienígena.

Tivemos uma missão urgente, mas chegamos tarde demais. Uma pequena vila mineradora da Síria havia sido atacada por terroristas, que suspeitávamos ser da HIDRA.

Tudo ao redor estava destruído, as pessoas ajudavam os feridos e choravam pelos mortos. O local estava cercado por fumaça e cheirava mal. Aquelas pobres pessoas não tinham como se defender e mesmo assim foram atacadas com explosivos.

O que eu me perguntava era o porquê daquilo tudo. Andei pela terra seca, sem um rumo certo. Quando acordei do gelo, esperava nunca mais ver cenários assim. Esperava que meus esforços, dos meus companheiros e de outros militares pudessem ter feito alguma diferença ao meu país ou ao mundo. Nunca lutávamos apenas por nós, lutávamos pelas gerações futuras.

Meus pensamentos foram interrompidos ao perceber que Stark pousava ao meu lado com sua armadura. O olhei esperando boas notícias, mas ele levantou a parte da frente do seu capacete e balançou a cabeça negativamente.

— Nada. — Soltei um suspiro de frustração ao escutar aquilo. — Seja quem for ele é bom. Não deixou nenhum sinal.

— Era aquela estranha radiação novamente no radar que nos trouxe aqui e quando estávamos próximos do alvo, ela desaparece. — Relembrei o momento que voltou a se repetir. — O que será isso?

— Parece ser do tipo de coisa que da muita dor de cabeça.

Tive que concordar com Stark. Não era a primeira vez que aquilo acontecia.

Olhávamos juntos em silêncio a destruição que nos cercava.

— Ajudarei essas pessoas a reconstruir o lar e os darei alguma ajuda financeira. — Stark disse, em um de seus raros momentos de seriedade. Ele aparentava estar tão frustrado como eu, por tamanha covardia.

— No momento, dinheiro é o de menos pra essas pessoas.

Ele me olhou de canto por um momento, mas nada disse.

A nossa frente, Barton se aproximava.

— Onde estão os outros? — Tony andou em passos curtos até Barton, que parou em sua frente.

— Banner está cuidado dos feridos, Thor ficou para ajudar a levantar alguns escombros em busca de sobreviventes e Tasha está recolhendo informações, como o Capitão pediu. — Clint após responder Tony se encaminhou até mim, entregando-me uma capsula de bala.

— Não parece ser da HIDRA — ele disse e eu concordei.

Observando a capsula, notei como era diferente das usadas pelos agentes na base de treinamento da HIDRA.

— Sabe o que é mais curioso? — Barton voltou a falar e eu o encarei a espera da continuação — Eu encontrei essas capsulas perto de cinco corpos carbonizados de possíveis agentes da HIDRA, pelo que eu pude observar.

Stark e eu ficamos surpresos pela informação. Aquelas pessoas, até onde sabíamos, não usavam armas. Então quem poderia ter feito aquilo? Tentei bolar teorias em minha mente, quando a voz de Stark me trouxe de volta a realidade.

— Então alguém salvou essas pessoas pela HIDRA? — Stark perguntou intrigado.

— Não foi bem assim. — Romanoff se aproximou de nós, atraindo ligeiramente minha atenção. — Pelo que descobri, essa vila trabalha para HIDRA com extração de um raro mineral que só é encontrado aqui. Eles trabalham e entregam uma vez por mês os minerais, em troca disso ganhavam comida, água e proteção. Alguns moradores acabaram virando agentes.

— HIDRA ganhando trabalhadores em troca de servicinhos comunitários... que fofos. —Stark ironizou.

— Eles não tinham escolha — Natasha voltou a falar — Eles sofriam muito nas mãos da HIDRA, mas como toda guerra civil no país, era o único meio de viverem em paz.

— Como os agentes morreram? — Ao fazer minha pergunta, notei que ela evitava me encarar. Porém não hesitou em responder.

— Eles vieram em um quinjet recolher os minerais como sempre, mas eis que do céu surgiu outro quinjet com uma equipe de seis homens, todos vestidos como mercenários. Segundo as vítimas, os agentes da HIDRA conversaram com eles por um tempo, mas em uma ação rápida, os mercenários mataram todos os agentes. — Romanoff manteve seu olhar em Clint e Stark, mas nunca em mim.

Sabia que não era certo trazer problemas pessoais para a missão, mas aquilo era horrível. Como as coisas mudaram tão rapidamente entre a gente? Em um dia, tinha seu sorriso e no outro sua raiva e suas acusações sem nexo. Não quis brigar com ela. Depois de tanto tempo construindo aquela amizade... que até tinha me feito pensar em levar a outro patamar, veio aquilo. Eu gostaria muito de falar com ela de cabeça fria e esclarecer as coisas.

Eu nunca imaginei que sofreria tanto por ter brigado com ela, mas Natasha quem havia procurado. Se ela quis que nossa relação fosse profissional, seria assim.

— Devemos agradecer esses possíveis mercenários pelo serviço prestado? — Tony questionou.

E eu o olhei rapidamente. Só assim, pude perceber que ainda encarava Natasha, pois ela me olhou incomodada. Eu não deveria perder meu foco, havia coisas que necessitavam de minha atenção.

— Provavelmente não, Stark. Esses homens pegaram o quinjet da HIDRA e junto de seu quinjet eles bombardearam toda a aldeia. Algumas pessoas se esconderam, a maioria na mina, mas ela foi um dos principais alvos deles. Fizeram um estrago considerável. — Romanoff rebateu o comentário anterior de Stark.

— Resumindo. Eles acabaram com o maior ‘tesouro’ dessas pessoas. — Clint comentou, olhando para a entrada da mina.

Quando também olhei para a mina, notei que um grupo de pessoas se formava na entrada. Essas pessoas com certeza, não percebiam o perigo.

Andei até lá. Stark me chamou, mas ignorei. Não porque eu queria, mas sim, porque minha atenção estava naquelas pelas que estavam prestes a correr perigo.

Coloquei-me na frente da entrada e eles me olharam assustados.

— O que pensam que estão fazendo? — Perguntei sério, na língua nativa, mas ninguém me respondeu. Era um povo assustado.

— Iremos salvar minha família. — Um jovem que aparentava ser adolescente, tomou a frente.

— Essa mina irá desabar a qualquer hora — disse sério. — Tem certeza que estão aqui?

— Sim. Nós nos escondemos dentro da mina na hora do bombardeio. No primeiro desabamento corremos, mas nos perdemos no meio da confusão. Não os encontrei em parte alguma. Creio que eles ainda estejam ai — disse o jovem com desespero. E eu o entendia muito bem.

— Desculpe falar isso, garoto, mas sua família pode te sido morta no primeiro desabamento. — Clint e os outros chegaram perto de onde eu estava.

— Só saberei se vir com meus próprios olhos — o garoto falou determinado.

Um estrondo dentro da mina pôde ser ouvido para desespero do jovem.

— Não vou perder mais tempo. — Ele tentou avançar, mas um homem o segurou.

— Por favor, sobrinho. Não vá, fique comigo e com sua tia. É perigoso.

— Se acalme, filho. — disse para ele, colocando uma mão em seu ombro. — Eu entro. Me espere aqui.

— Steve... — Stark me chamou.

— Ninguém mais entra. Me esperem aqui. — Avisei antes de entrar na escuridão da mina.

Dentro da mina, algumas luzes fracas me fizeram companhia, mas piscavam incessantemente. Gritava em busca de alguém, mas o silencio é que se fazia presente. Temi o pior, mas não deixaria o garoto se arriscar. Corri adentrando mais a mina, até encontrar uma pilha de pedras no caminho. Porém mais uma vez escutei um tremor. Não poderia perder mais tempo.

Tirei todas as pedras e pude ver uma garotinha que chorava assustada, segurando a mão de seus pais. Seus pais estavam esmagados pelas pedras, tendo somente a parte de cima do tronco a vista. O pai da garota aparentava ter morrido há algum tempo, já a mãe mesmo fraca, ainda estava viva.

— Irei tirar vocês daqui — falei me recuperando do choque da cena.

— Apenas leve ela logo — a mãe da garotinha falou com dificuldade. — Essa mina não vai aguentar por muito tempo, por favor, tire ela daqui.

Atendendo ao seu pedido, avancei para pegar a pequena, que recuou.

— Filha, não tenha medo. Vá com ele — a mãe incentivou. — Estarei logo atrás, pequena.

Mesmo sem força, a mulher sorriu para a filha. Aquilo doeu em mim.

— Vem comigo. — Ergui minha mão chamando a pequena. — Sairemos desse lugar horroroso, tudo bem? — Sorri enquanto ela caminhava até mim, lentamente.

Peguei a garotinha em meus braços, e a abracei conta meu peito.

— Obrigada, seja você quem for — disse se referindo a mim. — Eu te amo, pequena.

Essas foram suas ultimas palavras.

Abracei ainda mais a garotinha, ao escutar um novo barulho. Corri para a saída, nos protegendo com o escudo. Atrás de mim tudo desmoronava. A saída estava bloqueada, então eu me jogo sobre as pedras.

Levanto-me sobre o olhar de todos, ainda com a pequena em meus braços.

—Está tudo bem — disse a ela em consolo, levando-a até o jovem que sorria aflito. — Creio que seja sua irmã.

Ele a pegou e a abraçou sorrindo, mas mudou o semblante para preocupação. Perguntou pelos pais, assim como eu temia.

— Sinto muito... — foi o máximo que consegui dizer. Odiava dar aquela notícia as pessoas.

Seu olhar se perdeu em meio a lágrimas que se formavam em seus olhos, deu um forte abraço na irmã. Pois eles só teriam um ao outro.

— Vamos ao médico ver se está tudo bem com a garotinha. — Romanoff se aproximou dos irmãos, para minha surpresa.

Ela olhou para Natasha por alguns segundo e depois pra mim.

— Você vem? — perguntou sem entender muito bem a situação.

— Não. Vá com sua nova amiga. Ela e o Dr. Banner cuidarão muito bem de você. — Tentei sorrir para ela e para Romanoff, que também sorriu rapidamente, disfarçando nosso desentendimento. Afinal a criança nada tinha a ver com aquilo.

— Tudo bem, mas pede pro papai e a mamãe não demorar — Ela sorriu inocente. Aquilo acabou comigo.

Sorri de volta, mas estava totalmente quebrado por dentro.

Aos poucos os moradores que estavam em volta da mina se dissiparam, indo cuidar da sua própria dor. Só ficaram Clint e Stark.

— Você foi bem doido, Cap — ele disse, e caminhou para onde as pessoas estavam indo.

— Você não vem? — Clint me chamou, quando já estava seguindo Stark.

— Sim... Já estou indo.

Fiquei sozinho, perdido em minha própria mente. Em lembranças que me atormentavam. Lembranças duras que eu achei terem ficado em um passado distante, mas que voltavam a me atormentar.

— Quando crescer, eu serei a melhor bailarina do mundo — disse a pequena alegre enquanto rodopiava — Dançarei no ballet de Moscou.

— Uma bailarina da Alemanha dançando em Moscou? — Ele riu da pequena a irritando profundamente — Acho meio difícil.

— Cala a boca, eu ainda estarei entre as melhores e não será essa guerra que vai me impedir — ela gritou a plenos pulmões demonstrando tamanha era a sua determinação.

—Para com isso, Bucky — me intrometi na conversa entre risos. — Ela será sim uma grande bailarina, e eu verei sua apresentação em Moscou. — Sorri abertamente para ela que retribuiu com uma imensa felicidade.

Deu língua ao Barnes e voltou a rodopiar sorridente com uma boneca de pano nos braços.

O orgulho de seus pais era notável.

— Promete que sairemos daqui? Se não conseguirmos, pelo menos salve a nossa filha. — O pai suplicou a mim.

— Eu prometo, todos irão viver.

Eu havia prometido... Dei a minha palavra. Os gritos de desespero daquela família ainda eram difíceis de esquecer.

— Socorro nos tire daqui. Salve-nos... Salve nossa filha...Salve nossos filhos.

—Eu vou ficar bem? — A voz antes tão alegre era tão triste e vaga.

Eu falhei.

Não foi culpa sua, Steve — Bucky pôs suas mãos em meus ombros.

Foi... Minha culpa... — Ajoelhei-me.

A sensação de ter aquele pequeno corpo sem vida em meus braços se fez presente. Aquela garotinha não mais dançaria alegremente.

— Desculpe-me... Desculpe-me... Desculpe-me... — eu suplicava desculpas aquela corpo que não podia mais me ouvir.

Os fantasmas da Segunda Guerra voltaram a me perseguir, me trazendo meu pior pesadelo e me mostrando uma das minhas maiores falhas. Eu falhei com ela e com todos.

(...)

Ainda fardado e sentado no chão frio de meu quarto eu olhava atentamente para meu capacete e meu escudo. Não sei quanto tempo fiquei assim, mas desde voltei para torre sinto-me em um abismo. Sinto me afundando novamente na guerra, lembranças vinham a toda hora, e novamente eu era obrigado a viver aquilo, algumas mais nítidas que outras... e algumas que talvez nem eram reais.

Não sabia como tinha nem entrado em meu quarto de tão perdido que estava. Tive que encarar uma reunião pós-missão onde estava muito perdido. Depois tentei treinar e socar alguns sacos como sempre, além de quebrar a maioria não conseguir fazer nenhum progresso. Não pensei em dormir, pois em meus sonhos eu estaria mais frágil.

Eu sempre fui uma espécie de pessoa a qual os outros poderiam contar nas piores horas, uma pessoa de sabedoria dos anos 40 ou algo assim, mas agora eu percebia que eu não tinha alguém para contar e falar tudo aquilo que me enforcava.

Eu estava sozinho...

Meu celular tocou em cima do criado mudo e sem olhar quem era, eu apenas atendi. E para minha surpresa, era alguém que eu não falava há um tempo. Ele me chamou para ir ao Village Vanguard, um clube de Blues em Manhattan. Eu realmente precisava esfriar a cabeça, não recusaria o convite.

Tomei um banho e tentei distrair minha cabeça com outras coisas até a hora de sair. Peguei alguns livros, e confesso que ajudaram muito.

Próximo ao horário combinado me arrumei para sair. Peguei uma camiseta xadrez azul de botões, uma calça jeans e uma jaqueta preta pra completar. Penteei os cabelos e com a chave da moto, fui até a garagem.

Tive um pouco de dificuldade, mas achei o lugar. Estacionei a moto em frente ao estabelecimento e entrei. Era um lugar bonito com um tom clássico, algo que me lembrava dos anos 40. Havia pequenas mesas com bastante gente sentada e bebendo. Soube que pela manha o lugar funcionava como uma cafeteria. Eu poderia voltar mais vezes, já que o ambiente era muito agradável.

Cheguei a pensar se ela gostaria do lugar, mas me repreendi por tal pensamento idiota.

Comecei a procurar meu amigo e logo o vejo. Lá estava Matthew Murdock, com seu típico terno cinza e seus óculos vermelhos que escondiam sua “deficiência”.

Pela manhã era advogado. À noite, um vigilante. Quem o via, jamais diria que ele era vigilante. Ele era cego e infelizmente as pessoas subestimam pessoas assim. Conheci Matt em uma missão pela SHIELD. Teria que prender alguns vigilantes que atuavam em NY. Mas fiz o contrario do que foi pretendido por Fury. Não iria parar esses vigilantes que ajudavam outras pessoas. Com o tempo passei a fazer amizade com eles, inclusive com Matt, o demolidor.

Caminhei até ele, em silencio me sentando ao seu lado.

— Atrasado, Capitão — ele me disse.

Algumas vezes eu duvidada da cegueira de Matt.

— Desculpe Matt. Foi um dia ruim. E acabei tendo dificuldades em achar o lugar.

— Sem problemas. — Ele se virou para mim, estendendo sua mão, e eu a peguei para dar um aperto firme. — Andou sumido... Bem, se quiser falar sobre seus problemas eu posso escutar ainda. — sorriu.

Demolidor era sério. Mas com um tempo de convivência ele se tornava uma pessoa mais simpática fora da roupa.

— Bom te ver Matt, mas você me chamou aqui para relaxarmos em relação a nossa segunda vida, certo? Então vamos relaxar.

— De todo modo, eu sou todo ouvidos. Mas você está certo. Daqui a pouco iremos presenciar um ótimo show. Será um dos melhores da sua vida. — Ele olhou para o palco.

Mais uma vez surgiu a dúvida.

— Tive problemas pessoais hoje na missão e briguei com uma pessoa que gosto muito. — disse pra desabafar mesmo. Após falar relaxei, deixando meus ombros caírem.

— O dinheiro falou mais alto hoje e mais um estuprador está de volta as ruas. — ele também desabafou, suspirando pesado em seguida.

Peguei uma garrava que estava sobre a mesa e enchi uma taça para brindarmos.

— A nós! — dissemos juntos.

Conversarmos sobre tudo que havia nos acontecido desde a ultima vez que nos encontramos, foram assuntos ruins e bons. Depois do brinde, não bebemos mais álcool, pois Matt ainda iria trabalhar naquela noite. 

As luzes se escureceram e as dos palcos se acenderam. Matt pediu silencio a mim, e pude ver o quanto ele gostava daquele show.

Uma moça de aparência jovem subiu no palco e se sentou no banco em frente ao piano, começando os primeiros acordes da musica.

— Ela é incrível — Matt falou baixo — É uma boa pessoa, te apresento após o show. Depois de um dia difícil, gosto de vir aqui e escutá-la cantar para depois sair para mais um dia de vigília. Sua musica acalma meu coração, já que sua voz vem do coração também. Agora apenas escute.

Impressionei-me com aquelas palavras, resolvi apenas escutá-la.

Ao decorrer de sua musica ela me prendia mais e mais. E no segundo verso da musica que eu reconheci ser I’d Rather Go Blind eu já estava preso em sua voz. Pelo visto Matt não exagerou.

Eu preferiria, eu preferiria ficar cega, garoto

I would rather, I would rather go blind, boy

Do que vê-lo se afastar de mim, gatinho

Than to see you, walk away from me, chile

Veja, eu te amo tanto

See you, I love you so much

Que eu não quero ver você partir baby

That I don’t want to watch you leave me baby

Acima de tudo, eu não, eu não quero ser livre não

Most of all, I just don’t want to be free no

A emoção que ela cantou a terceira estrofe me tocou. E eu pude ver que algumas lágrimas caíram de seus olhos.

Eu estava sentada aqui pensando

I was just sitting here thinking

Nos seus beijos e seu caloroso abraço

Of your kisses and your warm embrace

Quando o reflexo no vidro

When the reflectionin the glass

Que eu seguro nos meus lábios agora

That I held to my lips now

Revelaram as lágrimas que estavam na minha cara

Revealed the tears that were on my face

 

E aquela foi apenas a primeira musica de muitas que me encantaram durante o resto da noite. Ouvi-la fez meu coração ficar mais leve e eu pude compreender todos os elogios que Matt teceu a jovem cantora.

No final ela foi aplaudida e agradeceu a todos, educadamente. Ela veio sorridente em nossa direção, ficando parada ao lado de Matt.

— Senhorita Campbell? — Matthew perguntou e ela sorriu e respondeu:

— Acertou. Como consegue Matt?

— Seu perfume... — ele respondeu sorridente. De uma maneira definitivamente estranha, mas sorriu.

Senti-me até um pouco perdido e sem jeito no meio dos dois.

—Belle, eu quero te apresentar um amigo — ele falou se virando pra mim e eu levantei pra poder cumprimenta-la. — Esse é o ...

Meu celular tocou.

— Perdão, apenas um minuto — sorri sem jeito deixando os dois sozinhos, me afastando um pouco.

— Alô? — Falei educado e a pessoa do outro lado começou a falar.

Gelei. A noticia que eu recebi me derrubou. Achei que o dia poderia melhorar, mas não foi bem assim. O que eu acabara de escutar foi algo que nunca desejei. Mesmo que fosse algo esperado, eu não estava psicologicamente preparado para aquilo.

— Senhor... — o homem me chamou do outro lado da linha me despertando. O homem me chama do outro lado da linha me despertando.

— Obrigado — apenas agradeci e desliguei o celular, me virando para Matt. — Perdão, mas eu preciso ir.

— Sem problemas. — Ele compreendeu na hora e não me fez perguntas. Agradeci e fui até minha moto.

Eu não sabia o que fazer, para onde ir. Era apenas aquilo que faltava para me desabar.

Chovia. O céu estava triste como eu.

Eu havia perdido meu primeiro amor. Peggy havia falecido.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? :3
Pessoas antes de mais nada gostaríamos de encomendar a vocês as belíssimas Fics. de Natasha Rogers que são: Who are the monsters (http://fanfiction.com.br/historia/594049/Who_are_the_monsters/) And F.r.i.e.n.d.s. (http://fanfiction.com.br/historia/606274/Friends/)
Eu por experiencia própria recomendo *-* São perfeitas, e ainda tem mais de onde vieram essas. :)
Se vocês tiverem fics. Romanogers ou do gênero para me recomendarem eu irei adorar ler, e caso queiram que divulguemos aqui eu e B não teremos problemas em fazer. ^^

Pelo que pude notar nos comentários anteriores vocês estão interessados pela noite de Steve e Nat apagada kkkkk Pois fiquem tranquilos que eu e B já estamos trabalhando no capitulo dessa memoria, desde o fim da dança ao Ap do Rogers. Então aguardem que logo vem Rsrs afinal vocês também fazem parte dessa historia. ^^

Bjs para todos, e nos vemos no próximo capitulo :)