7 Lifes, Mangetsu no Neko no Curse escrita por Miki_chan


Capítulo 8
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Depois de tanto tempo com Nyah! fora do ar, só fui saber hoje que tinha voltado... haha. tudo bem...



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[Nyanta pov]

-Então...? – encarei questionando Yamashita e Keiichiro que me encaravam assustadoramente sérios. – Querem que eu dê a resposta sobre a transformação de Keiichiro? – os dois fazem um sinal afirmativo com a cabeça – Terei que desapontá-los. Mas pode ser que encontre algo na biblioteca... – achando extremamente estranho Keiichiro continuar a me encarar sério, sem dizer uma palavra, arqueei uma sobrancelha – Já tentou falar? Esta não é uma transformação comum, então pode ser que algumas habilidades que te foram privadas na transformação noturna não sejam nessas e vice-versa sabe?

-Verdade...? Ah! Eu posso falar! – surpresos, os dois se olham alegres pela nova descoberta. – Por quanto tempo acha que vou ficar desse jeito? Não estou doente para que meu corpo se transforme sozinho...

-Hum... – pensei um pouco a respeito, notando o olhar disfarçado de desconfiança de Yamashita sobre mim. Ora essa, esse rapaz também possui uma boa intuição. Suprimindo um sorriso, respondi. – Quem sabe se você se acalmar...? Talvez seu organismo esteja reagindo a algo... Desespero não irá nos ajudar... – enquanto Keiichiro fechava os olhos para se acalmar, fiquei encarando Yamashita que ao constatar que ao se acalmar Keiichiro começou a retornar à sua forma original, me encarou de volta. Ele abriu a boca para dizer algo, porém ao perceber o aviso em meu olhar, deteve-se. Eu irei ouvi-lo sim, entretanto não este momento...

-Ah! Voltei! Nyanta funcionou!

-Fico feliz com isso, mesmo assim insisto que procure saber a razão disso. Talvez Shigeaki possa te ajudar. A curiosidade e dedicação dele são grandes, creio que você conseguiria achar a sua resposta mais rápido assim.

-É verdade! Shige também vai ficar curioso com isso! – sua animação ao mencioná-lo era tanta que Yamashita nada sabendo a respeito de Shigeaki, fechou a cara e me pareceu levemente emburrado...? Interessante. Nada mais satisfador que esta informação. E de quebra ainda o distrai um pouco de mim.

-Keiichiro, creio que ainda não apresentou Shigeaki à Yamashita.

-Ah, é verdade! É que agora ele está um pouco ocupado com a faculdade, mas quando vocês dois tiverem uma folga, eu apresento vocês! Se você quiser, é claro. – com um sorriso um pouco forçado em resposta que Keiichiro considerou como um ‘sim’, continuou animado – Acho que vocês dois se darão bem. Assim como você, Shige também é esforçado, sabe? Em época de provas eu sempre tenho que ligar para ele e forçá-lo a dormir, senão ele passa a noite em claro estudando desesperado os assuntos que ele já sabe de cor. – o orgulho com que menciona Shige chega ser até palpável...

-Muita informação em pouco tempo Keiichiro. Como está tarde, acho melhor os dois irem dormir. Amanhã vocês continuam a conversa.

-Né Yamapi. – um murmúrio de Yamashita o encoraja a continuar – Amanhã... Será que posso ir com você lá na agência? – recebendo um olhar surpreso, ele explica – É que... Como agora posso sair, eu queria conhecer seu trabalho. Tegoshi e Massu estão sempre comentando sobre aquele lugar e você sabe como não é bom deixar um gato curioso... – pela primeira vez desde a volta de Keiichiro eu vejo Yamashita sorrir alegre, verdadeiramente.

-Claro que sim. Esteja pronto amanhã, ok?

Observando as duas pessoas trocando sorrisos, me retirei para descansar. É... Falta pouco para saberem a verdadeira razão da lenda...

[Koyama pov]

Acordei meio tonto. Sentei na cama e levei uma mão à testa. Meus olhos pesados estavam quase fechando de novo. Grunhi. Nunca achei que apenas uma noite fora de casa faria tanta diferença assim... Respirei fundo e pude sentir aquele perfume familiar até no cobertor! Droga de perfume viciante... Acho que deveria proibir Yamapi de dormir aqui, ou eu é que não durmo mais! Ainda incomodado por ter meu sono perturbado pelo cheiro dele, me dirigi ao banheiro, jurando que eu devo ter me transformado em gato pelo menos quatro vezes em uma noite sem lua cheia.

-Kei? – pulei de susto ao ouvir sua voz me chamando – está acordado? – somente neste momento percebi que fiquei enrolando demais no banheiro me arrumando.

-Ah, sim! Desculpa! Já saio e vou preparar o bentou.

-Errado. Quando sair, vem tomar café. Hoje tava pensando em almoçar fora, para comemorar que você está livre agora... – abri a porta, encarando Yamapi surpreso e recebendo um sorriso de satisfação em resposta. – Vou entender isso como um ‘sim’. Ah, não pense que estou fazendo isso porque não quero comer o que você prepara, porque é exatamente o contrário! Só queria te dar uma folga hoje...

[~*~]

-Kei-chan! – duas vozes gritaram, atraindo atenção de todos, me fazendo ficar com um pouco de vergonha – Você voltou!


-É... Só tinha isso para minha antiga casa pegar algumas coisas...

-Você demorou. – ri do bico que Tegoshi faz reclamando – eu esperei até a hora do almoço!

-Desculpa... – sorri sem graça – Perdi a hora conversando com um amigo... – mal terminei de falar e TegoMass se entreolham antes de perguntarem algo me deixando constrangido.

-Um amigo? Por acaso ele é seu namorado?

-Hein? Namorado? Haha... C-claro que não! Que idéia Tego... Por que será que ultimamente todos querem me arranjar alguém? Será que estou ficando encalhado? – ri nervosamente, balançando a cabeça. – Yamapi? Está tudo bem ficarmos aqui? Você não tinha uma reunião agora? – quando Yamapi ia dizer algo, Tego me puxa e Massu me empurra para o lado oposto de Yamapi, que não tem tempo nem de abrir a boca.

-Pode deixar que a gente ta livre! Depois a gente te devolve o Kei-chan, Pi! – com isso fui forçado a me separar dele, dando uma rápida olhada antes de começar a acompanhar meus dois “filhos”. Engraçado... Impressão minha ou Yamapi me pareceu ficar de mau humor de novo...?

[YamaP pov]

-Ok... Alguma coisa aconteceu. De novo... – ouço um suspiro e alguém sentando ao meu lado no sofá. – Problemas com o “gato” de novo? – apenas acenei com a cabeça, sabendo que minha companhia franziu o cenho sem nem ao menos olhar – O que aconteceu dessa vez?

-Não sei. – passei a mão no cabelo – Ele some por um dia inteiro, passa a noite fora sem avisar e agora quando volta diz que estava na casa de um amigo... – fechei minha mão com força ao lembrar essa última parte.

-...E você está morrendo de ciúmes principalmente porque não conhece esse suposto amigo dele.

-Eu não estou com ciúmes! – bufei – Achei que você me conhecia melhor. Como é que eu poderia estar com ciúmes se nem ao menos estou apaixonado? Que idéia... Só estou... Irritado porque ele não me avisou e nem deixou recado, me preocupando a toa. Só isso... É, só isso.

Toma me olhou com descrença, que respondi com um olhar mortal. Rolando os olhos, ele levantou as mãos em sinal de paz, mas seus olhos ainda diziam que não acreditava no que eu disse.

-Ok. Mudando de assunto. O que foi a comoção de hoje de manhã? Nunca vi seus filhos tão animados...

-Ah... Kei veio hoje fazer um tour pela agência.

-Sério? Ele está aqui? Acho que vou fazer uma visita aos seus amados filhos! – com um tom alegre demais para o meu gosto, Toma estava quase pulando do sofá e indo atrás dos dois, ou melhor, três.

-O que você pretende com Kei? – olhei desconfiado e pude sentir um breve sentimento de raiva me preencher, para minha própria surpresa. Mas pensando bem, só estou cuidando de Kei, não é? Não tem nada demais ser superprotetor, tem?

-Calma aí Pi... Calminha aí cara. Eu não quero nada não, só quero conhecer esse famoso gato que você tanto menciona. – senti um alívio, e quando voltava a relaxar, Toma sorri maroto e continua, apenas para me provocar, me deixando com raiva de novo – Mas quem sabe? Se ele for meu tipo... – dando risada por sua provocação dar certo, ele se retira correndo, não me deixando acertar um soco nele.

-Idiota... – murmuro, tentando me controlar para não ir atrás dele já que a sessão de fotos ia começar em breve.

-Yamashita-san? – o assistente do fotógrafo me chama, e ao perceber meu mau humor, recua alguns passos – Er... Ibata-san me mandou perguntar se você já estava pronto, mas... Eu posso pedir para ele esperar mais alguns minut...

-Oh! Mas que beleza! Exatamente o que eu queria! – ah, é só mencioná-lo que ele aparece? Encarei Ibata, o fotógrafo, que cortando a fala de seu assistente agora me admirava com os olhos brilhando, me admirando por todos os lados, deixando meu sangue ferver mais ainda, obrigando seu assistente a praticamente fugir da sala correndo. – Não sei o que te deixou nesse estado, mas é ótimo para a sessão de hoje! Vamos! Se apronte! Pro tema de hoje eu quer ver seu lado mais selvagem, e nada melhor que esse olhar de fera predadora faminta à espreita de sua caça! – suspirei enquanto me dirigia ao cenário com o fotógrafo sem um pingo de massa cinzenta. Bom, pelo menos meu mau humor estava servindo para algo, não é?

Parei meus movimentos uns instantes ao ver minhas roupas (ou a falta delas): calça jeans e a roupa de baixo. Ao lembrar que estava prestes a fazer propaganda de uma marca de calça jeans, dei de ombros. Não é como se fosse a primeira vez, mas por algum motivo acho que todas as propagandas são feitas do mesmo jeito. Poderiam até reusar minha antiga foto que ia dar no mesmo, com a única diferença do corte de cabelo, só.

Caminhei descalço, usando apenas a calça, com calma enquanto os últimos ajustes no cenário e câmera eram feitos. Ainda bem que não estava frio senão a gripe que eu pegaria depois não ia ser fácil. Sentei em uma das poltronas por perto e aguardei até ser chamado para ficar em frente à câmera, o que não demorou muito. Recebi algumas pequenas instruções ao mesmo tempo em que a maquiadora dava seus últimos retoques. De calça jeans escura, com o zíper aberto, deixando uma mão no lado esquerdo a puxando para baixo fazendo com que a cueca azul ficasse um pouco mais a mostra, e com um olhar sério, com um pouco de descaso, o photoshoot começou.

-Vamos, entre! Não tenha vergonha! – esperei a foto ser tirada para depois me virar para a porta, ajeitando uma das várias almofadas espalhadas no chão à mina volta, sendo surpreendido pelas visitas inusitadas. – Ele não liga se a gente vier aqui atrapalhar. Afinal, mesmo não parecendo, Yamapi ainda é um profissional, sabe? – virando de volta pra câmera, levantei a mão à cabeça e escondido da lente, mas visível para meu visitante insolente e também melhor amigo, mostrei o dedo médio, sendo respondido por uma alta risada.

Mais umas quatro fotos foram tiradas até que me foi dado um intervalo de quinze minutos para finalmente recepcioná-los. Caminhei calmamente ajeitando o cabelo depois de tanto tempo deitado, sentindo aquela vontade de bater em Toma de novo, pois o mesmo quando me viu aproximar, sorriu e passou um braço em volta de Kei. Arqueei a sobrancelha e começamos nossa conversa pelo olhar: eu desafiando-o a concluir o que pretendia e ele sorrindo mais ainda, mostrando a língua e agarrando Kei na minha f-r-e-n-t-e. Ah, mas ele vai pagar caro por isso, ah se vai. Antes que eu chegasse, ele fugiu alegando ter um compromisso, mas não sem antes dar um beijo na bochecha de Kei, o deixando levemente corado e sem-graça. Ah, Toma... É bom que já tenha preparado seu testamento... Vai precisar dele...

-Ah. Yamapi está... – Massu coloca a mão na boca de Tegoshi antes que ele pudesse concluir a frase.

-Conheceram muita coisa? – sentei ao lado de Kei enquanto TegoMass dividiam o outro sofá.

-Bom... Eu acho que sim... – Kei franze o cenho ao lembrar as coisas, me fazendo sorrir imaginando o que os dois aprontaram com ele. – Muito confuso, mas acho que conheci vários lugares e bastante pessoas... Apesar de que sempre tinha que ir me desculpar com elas por causa de duas pessoas... Até Ikut... Toma-san aparecer. Depois disso tive que me desculpar por três pessoas. –ouvindo a risada dos nossos filhos, sorri enquanto Kei se fingia de bravo, ignorando completamente a parte em que ele diz o nome de Toma.

-Huum. Foi um dia agitado então. – abracei Kei, puxando-o mais para perto para aproveitar e usá-lo de apoio, encostando minha cabeça em seu ombro – Depois disso tudo, acho que já estão com fome, não? Dêem-me quinze minutos. Quinze minutos deve ser o suficiente para acabar essa sessão. Aí eu levo vocês para almoçar.

-Eeeeeeeeeeh? – a supresa de Tego e os olhos arregalados de Massu são tão cômicas! Tive que me segurar para não rir. – Kei-chan não vai cozinhar?

-Dêem um desconto para ele. Hoje vamos comer fora. – antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, fui chamado novamente para terminar a sessão de fotos.

Recebi uma camisa branca, com a instrução de apenas colocá-la sem abotoá-la. Fazendo o que me foi dito, aproximei do fotógrafo que por um acaso estava com um balde de água e despejou tudo em mim de uma maneira não muito delicada, por assim dizer. Encarei-o com meu pior olhar mortal, que não fez efeito algum a não ser deixá-lo mais eufórico ainda, me empurrando para o outro cenário.

Em frente ao cenário de uma praia, aproveitei para passar a mão no cabelo, tirando o excesso de água gelada e percebendo que naquele canto reservado do estúdio, Kei começava a ficar incomodado com algo. Fazendo uma nota mental de conversar com ele depois e fazê-lo de algum modo entender que me observar enquanto trabalho não irá me prejudicar, movo meu corpo como me é mandado e o olhar de luxúria que é necessário agora presente.

Algumas fotos e poucas poses depois ouço um barulho e um ‘eeeeh??’ vindo dos dois bagunceiros e quando reparo melhor, noto que Tegoshi ajeitava as roupas de Kei em seu braço na tentativa de esconder depressa e Massu segurava um adorável gato em seu colo que estranhamente me parecia corado. O que é impossível, não é? Gatos não conseguem corar, conseguem? Mesmo que seja o Kei...

Ao notar que as outras pessoas iam se virar para entender a causa dos barulhos, os distraio rapidamente chamando-os, e com um charme (que evito usar porque é algo embaraçoso demais) prendo a atenção de todos em mim novamente, me comunicando com os dois pelos olhares: eles dizendo que iam ficar com Kei do lado de fora da sala e eu falando que entendi e que era para se apressarem.

[Koyama p.o.v.]

Aaaaah.... Cada situação que me meto! Maldita transformação! Bom... Se bem que talvez tenha sido melhor eu ter me transformado... Levanto a cabeça e vejo Massu me encarar sem saber o que fazer. Suspiro. Ainda bem que os dois já tinham me visto transformar antes em uma das vezes que quiseram fazer uma festa de pijama lá em casa ou eu não saberia o que fazer para me explicar.

-Kei-chan, tudo bem? Estou te apertando demais?

-Não, está tudo bem sim. Aliás, se quiser pode me deixar no chão... – sorrio, mas duvido que isso possa ser visto na minha forma de gato. Tegoshi me olha franzindo o cenho.

-Se quiser, eu carrego.

-Está tudo bem em me deixar no chão Teg...

-É perigoso! E se alguém pisar sem querer em você? Yamapi ia ficar furioso e poderia ser suspenso. – ri do exagero dos dois, que fizeram questão de me carregar apenas para brincarem comigo, usando a suposta fúria de Yamapi como pretexto.

-Mas né Kei... – Massu me pergunta curioso – Nyanta disse que sua transformação é por causa do seu nervosismo ou algo assim, não é? – confirmei com a cabeça, lembrando de ter contado sobre essa nova transformação minha de manhã, quando me separaram de Yamapi. – Então você sabe o motivo de ter se transformado agora?

Fiquei em silêncio por um tempo e sabendo que os dois não deixariam isso passar de lado tão fácil, apenas acenei que não e dei um miado. Os dois achando engraçado, se distraíram e voltaram a brincar me fazendo sentir um pouco aliviado. Menti quando disse que não sabia a razão. Mas eu não poderia dizer a eles que o motivo era porque eu achei que Yamapi estava extremamente sexy e convidativo, poderia...? Sentindo meu rosto corar de novo, balancei a cabeça, voltando a divertir os dois.


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Notas finais do capítulo

N/a: o que acharam? Kei-chan finalmente aceitando que gosta de Yamapi? E o Pi? Acham que ele está apaixonado? ou talvez não? E o que acharam desse Tegomass que não aprontou nada ainda...? Só agora que terminei o capítulo é que lembrei que não fiz eles aprontarem com nada ainda... huahauhauha. desculpa gente.



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