Per Convenienza escrita por Lady


Capítulo 1
Único.


Notas iniciais do capítulo

Yoo, tenho certeza de que eu, na verdade, deveria está escrevendo minhas fanfics, mas sei la, a ideia veio do nada e eu gostei.
Enfim, nessa one Sawada Tsunayoshi é uma GAROTA, ok?
Espero que gostem, boa leitura.



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Per Convenienza

Respirou fundo enquanto as mãos tremiam agarradas ao buque vermelho-alaranjado. A angústia lhe subia a garganta e o nervosismo a corroia por dentro. Ela sabia que podia desistir, mas não faria isso, não traria tamanha desonra a uma pessoa tão queria a si. O amava, mesmo que não fosse da forma como deveria para levá-la a aquela situação, mas ainda sim o amava e isso era o que importava, pois não seria um estranho a levá-la ao altar.

Viu a porta na limusine ser aberta e uma mão ser estendida a si enquanto um sorriso culpado ostentava os lábios de seu avô, Timoteo, afinal Iemitsu não teria carga sentimental suficiente para guiar a filha, não naquele momento. Retornou o sorriso ao velho buscando amenizar a tensão sobre si e sobre o idoso.

Primeiro fora o salto branco que saira do veiculo, logo a moça aceitou a ajuda de seu guia enlaçando sua pequena mão enluvada na do velho, enquanto co a outra segurava firmemente o buquê. Engoliu em seco logo quando viu-se completamente fora do carro longo brando, a multidão alvoroçava-se observando a beldade em seu belo vestido de noiva. O sol reluziu sob a coroa em sua cabeça, desta onde provinha o véu branco que estendia-se em uma calda longo acompanhando os babados do vestido. Enlaçou o braço no de seu avô e subiu os degraus da igreja parando apenas a entrada do local, enquanto as portais ainda a separavam daquele escolhido para ser seu prometido.

Por mais uma vez tomou uma respiração profunda e num simples aceno pode ver a lentidão dolorosa das portas enquanto se abriam, a marcha nupcial ecoou grave e melódica pelas paredes, por seus adornos e decorações. Seu coração saltou uma batida, mas nem isso a impediu de seguir com seus passos. Todos a fitavam, maravilhados, extasiados e – frente a todos, no altar, a sua espera – seu futuro marido a aguardava, talvez tão nervoso quanto a si.

Viu-o passar a mão pelos cabelos, puxando os fios dourados para trás – os mesmo que logo retornaram a posição anterior como se nada houvesse sido feito -, sorriu diante daquele ato, talvez ela não fosse a única ansiosa com tudo aquilo, as mãos tremulas dele o entregavam no fim de tudo, por mais que ele buscasse esconder o que sentia.

Quando, enfim, alcançara seu lugar ao altar, vira a troca de palavras simples e o aperto de mãos entre seu avô e o loiro; sorriu leve para a formalidade e beijou a face do idoso antes de entregar o buquê a uma de suas damas de honra que havia se aproximado, voltou-se ao loiro, belo e sexy, e envolveu seu braço com o do mesmo antes de ajoelharem-se perante a iniciação do casamento.

O silencio fez-se presente antes das palavras do padre virem a ecoar. Ouviu tudo atentamente, claro que sentindo a tensão espalhar-se por seu corpo a cada minuto e o italiano a seu lado não estava muito diferente, e Tsunayoshi quase sorriu para o futuro marido.

Quando ergueram-se mais uma vez fora para trocar os votos e as alianças.

- Eu, Dino Cavallone, me comprometo a amá-la seriamente, em todas as suas formas. Agora e para sempre. –recitou o loiro, as palavras que tanto treinara junto a sua companheira. A aliança em sua mão reluzia tão bela e o diamante brilhava, orgulhoso, sobre o ouro. – Prometo que nunca vou esquecer que esse é um amor para toda a vida. – e ele não mentia naquilo, seu amor por sua irmã ia muito além do que podia por em palavras, e talvez um dia se tornasse muito mais do que era no momento. – E sempre sabendo, na parte mais profunda da minha alma, que estará ao meu lado, e se um dia os desafios do destino venham a nos separar... – e nisso deslizou o anel pequeno pelo dedo anelar da mão esquerda da moça, esta cujos olhos brilhavam aturdidos e surpresos. – Atravessarei o mundo para chegar a ti.

Nunca um simples anel de outro cravejado com um pequeno diamante pesou tanto, mas era um peso que a moça estava disposta a suportar por sua família e por seu irmão mais velho, por um amor fraterno que o destino unia numa cerimônia de casamento por conveniência.

- Eu, Tsunayoshi Sawada, me comprometo a amá-lo por toda a eternidade não importando quanto tempo passemos separados. – a voz eclodiu suave e terna, camuflando o nervosismo que, surpreendentemente, esvaia-se sob as palavras que tanto treinara. O anel de ouro, com seu nome e data gravados no interior, dançou entre os dedos pequenos. – Agora e para sempre. – e tomou a mão do homem deslizando a pequena peça pelo dedo anelar da mão esquerda do mesmo. Fitou-o nos olhos. – Prometo que nunca vou esquecer esse amor. E sempre sabendo, na parte mais profunda da minha alma, que não importa os desafios que venham a me separar de você, eu sempre encontrarei um jeito, um caminho, para voltar para ti.

E naquele momento, enquanto tinha as mãos unidas com as do italiano, a castanha pode jurar que viu os olhos claros do homem brilharem e tremeluzirem como se este estivesse prestes a chorar e, talvez por conhecê-lo o suficiente, Tsuna podia saber que o mesmo estava a beira das lágrimas mesmo.

Ouviu o padre entoar as velhas palavras, tão conhecidas por si pelo filmes que assistira, e logo virou-se para o, agora, marido.

Pode beijar a noiva. Fora o que o padre dissera.

Fitaram-se, mudos, enquanto o loiro erguia o véu a fim de poder contemplar a face bela da querida irmã – esta que agora era sua esposa -, pelas mãos unidas pode sentir um aperto provindo da mulher, este que lhe passava conforto e confiança, e isso era tudo pelo que Dino necessitava naquele momento.

Curvou-se, tomando serenamente os lábios finos e delicados num suave beijo. Jamais cogitou beijá-la, jamais pensou em tê-la em seus braços como algo mais do que uma irmã, e lá estavam eles, casados, beijando-se.

As palmas eclodiram e quando separaram-se e seguiram para fora da igreja, para o castelo onde a cerimônia teria sua continuação, foram abençoados e elogiados, e ninguém jamais poderia dizer que aquilo era um casamento arranjado. Ao ver de todos eles eram amigos que viraram irmãos, irmão que aprenderam a se amar e que tal sentimento foi muito mais além de qualquer fraternidade, assim os levando a aquele ponto, a aquela união matrimonial. E mesmo aqueles que sabiam do arranjo, não poderiam negar o quão belos ficavam a japonesa e o italiano juntos; haviam aqueles, de ambas as famílias, que mudamente imploravam por perdão e que ansiavam para que de alguma forma Tsuna e Dino desenvolvessem sentimentos mais profundos um pelo outro, por que, afinal, aquilo tudo era para a união de ambas as famílias, para que um herdeiro forte fosse dado a Cavallone e Vongola.

O dia se seguiu cansativo para os recém-casados e estes mal viam a hora de embarcar em seu avião para sua lua de mel em Dubai. Por todo o dia ambos estiveram ansiosos, a hora passava e não era apenas por um tempo sozinhos que ansiavam. Havia uma questão comprometedora que até agora eles não conseguiram responder a nenhum dos sogros.

Herdeiros. Deus, como eles teriam herdeiros se não eram íntimos a tal ponto?

Quando a noite caiu. Quando já encontravam-se em sua suíte na mansa Cavallone, apenas esperando o amanhecer para que partissem, oficialmente, para sua adorável lua de mel, o casal apenas largou seus sapatos pelo chão antes de jogarem-se sobre a cama, exaustos.

A mulher foi a primeira a suspirar alto.

- Herdeiros... – fora tudo o que ela murmurou, com um rubor na face, e a única palavra fora o suficiente para fazer o italiano corar como um tomate maduro. Não demorou muito para que a, agora, Cavallone, levasse as mãos a face a fim de esconder a vermelhidão que cobria completamente seu rosto. – Oh, deus, eu não consigo imaginar isso... – gemeu-a.

- Não é só você... – chorou o loiro, aflito. – Estão praticamente nos obrigando a...

- É... – resmungou-a, após alguns minutos de silencio.

Quando o silencio já se fazia cruel, e quando Tsuna na cogitava a possibilidade do loiro ter adormecido com aquelas roupas quentes, a castanha sentou-se, claro que nisso pode comprovar que estava errada sobre o loiro estar adormecido.

- Já que somos oficialmente casados, você se importa de me ajudar a tirar esse vestido? – indagou-a. – Ele está começando a coçar aqui atrás... – resmungou, baixo, logo após erguer-se da cama.

E tudo o que recebeu diante daquele comentário foram gargalhadas.

Aparentemente o casamento arranjado não mudaria nada entre eles.

Fim.


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram?
Boa noite.
Ps: para ser revisado o capítulo.