Primeiros Erros escrita por stehgiulliana


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá!Espero que gostem! Se sim deixa um comentário, caso contrário, deixe um comentário também! :)



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Out of the fire and into the fire again

You make me want to forget

And

Start all over

Here I come straight out of my mind or worse

Another chance to get burned

And

Start all over

I'm gonna start all over

http://www.vagalume.com.br/miley-cyrus/start-all-over-traducao.html

De todos os pesadelos que Megan Lilly já havia tido, definitivamente, mudar-se para o Brasil era de longe o pior deles. A moça loira, e alta, não compreendia a ousadia de seu pai em destruir sua vida.

Primeiro, obrigou-a a se mudar para terra tupiniquim, e agora, só porque foi presa por dirigir alcoolizada, perdendo sua carteira, e ainda os paparrazis a pegaram se envolvendo em uma briga numa festa, e foi presa novamente. Seu pai havia cortado todos seus cartões de crédito, proibindo-o de sair para baladas, e mantendo o Murphy como seu vigia. Era quase uma prisão, antes ela tivesse sido condenada a três meses de prisão, como o Juiz sugeriu.

Aliás, onde ela estava com a cabeça quando aceitou fazer trabalho comunitário na tal de Gambiarra.

–- Megan, vamos! Já está na hora. Não quero saber de você chegando atrasada no seu primeiro dia de trabalho. – Megan pode ouvir sua mãe chamando.

–- Primeiro Mom, it’s not work, está mais para meu abate. – reclamou a jovem.

–- E o que você queria Megan Lilly? Ficar presa ? Você já assistiu the Orange is the new Black? Garanto para você, prisão é pior que isso. Não tem nada de glamuroso. Ainda mais no Brazil. Let’s go. Vou deixá-la no Gambá....

–- Por God mom! É Gambiarra.

–- Whatever. Vamos Megan, e comporte-se. Chega de dar dor de cabeça para seu Dad.

–- Foi ele que começou mom, ele poderia ter me deixado ficar em San Francisco, mas ele insiste em me fazer de prisioneira aqui. – a jovem disse choramingando. Megan não aguentava mais seu pai lhe impondo ordens, e sua mãe simplesmente aceitando.

–- Megan! Você sabe o quanto nós lhe amamos, mas acho que lhe protegemos demais, sempre aceitando seus deslizes, it’s time to start all over sweetie. Por que não no Brazil? Quem sabe essa tal de Garimpo não é uma boa para você? E assim, você não descobre uma new face sua? Hein? – Pamela tentou abraçar a filha que se desvencilhou dela, e respondeu:

–- GABIARRA MOM! E só se for na sua cabeça isso mom! You know que isso será like hell for me. E mais uma vez estou sendo injustiçada. BUT I DONT CARE. Vamos logo, não é você que queria que eu chegasse Just in time? – a loira saiu andando em direção a porta da casa dando as costas para a mãe, pois não queria demonstrar fraqueza em frente dela. Já que a verdade é que ela estava devastada por ser obrigada a trabalhar. Onde se viu isso?

All a big surprise

You've got the warning hazard station pushed aside

It's sooner than I want

Já havia amanhecido e Davi tinha dormido pouco mais de quatro horas à noite, pois ficou desenvolvendo seu software, afinal logo ele faria uma amostra na feira de ciências e assim, tentaria arrecadar dinheiro para a Gambiarra.

–- Levanta animal! Já são quase sete da manhã, e ainda por cima a sua delinquente juvenil deve chegar a qualquer momento. Aliás, onde você estava com a cabeça em aceitar uma aprendiz de criminosa aqui? – disse Matias adentrando no quarto do primo.

–- Cala a boca imbecil. Eu ainda estou tentando por meu cérebro para funcionar, a recém estou despertando. – respondeu Davi se espreguiçando na cama.

–- Mas é uma mulherzinha mesmo. Por isso, a Luene está reclamando de você.

–- Velho, eu dormi uma quatro horas essa noite. Dá uma folga. – Davi disse enquanto isso Matias pulou em cima de Davi.

–- Vamos seu molenga! Levanta. E sério, por que ser solidário e aceitar uma louca na gambiarra? Está tentando matar as crianças? – Matias perguntou sentando-se ao lado do primo.

–- Porque, assim, a gente consegue mais dinheiro para a Gambiarra. Se a gente aceitar jovens que estão em processo de reabilitação, além de ganharmos suporte do governo estadual, ainda não precisamos pagar por pintores, e pessoas que façam serviço doméstico. Matamos dois coelhos em uma cajadada só. – respondeu Davi, já se levantando.

–- Saquei, e as crianças podem ser mortas por isso? – Matias questionou, enquanto Davi rolou os olhos, e andou em direção a casa da tia para tomar uma ducha.

–- Velho, você é um mala mesmo. Não são criminosos altamente perigosos, não é como se estivéssemos acolhendo um projeto de Chuck Norris, e sim pessoas que cometeram pequenas infrações. Entendeu anta? Agora vaza, ou quer tomar banho comigo?

–- Ihh, que isso, mas é uma bichona mesmo. Sabia que a Luene estava reclamando de você com razão. – respondeu enquanto ria, e saía em direção a cozinha.

I lost control and there's no doubt

I'm gonna start all over

Rita caminhou até o banheiro, e bateu na porta, gritando em seguida:

–- Davi, meu filho, morreu embaixo do chuveiro? Ou resolveu fazer uma sauna aí dentro?

–- Estou saindo tia! Hoje está todo mundo nervoso nessa casa. – Davi respondeu abrindo a porta do banheiro, e caminhando em direção a cozinha.

–- E você está indo aonde? – perguntou Rita.

–- Comer.

–- Ah é? Que tal fazer isso depois de resolver o que fazer com o projeto de Barbie ali na frente.

–- O que? – Davi virou em direção à tia.

–- Não entendeu? Vai até a Gambiarra, e veja por si mesmo.

Davi levantou uma sobrancelha, ainda confuso sobre o que a Rita falava, e andou rapidamente em direção a Gambiarra, e quanto mais se aproximava, reparava que seu grupo de amigos estava parado em frente ao local com a boca aberta.

–- Vocês não tem o que fazer? Por que estão parados aí feito uns bonecos birutas de postos de gasolina? Só falta os braços balançando para cima e para baixo, porque cara de birutas já tem. – Comentou Davi. E não obteve resposta. – Gente, qual o problema? – foi quando Matias apenas levantou a mão e apontou para dentro da Gambiarra, o que fez Davi seguir o movimento com os olhos. – Vocês são muito... mas o que? Que? Quem? Como?

–- Exatamente velho, agora você entende a gente.

Davi pegou os seus óculos que estavam em pendurados em no colarinho de sua camiseta, e colocou-os. Os amigos estavam paralisados, pois havia uma moça loira, alta, e com roupas bem diferentes dentro da Gambiarra, sentada em uma cadeira lixando as unhas.

Davi recuperou a compostura rapidamente e entrou na Gambiarra, e parou em frente a menina, que continuou lixando as unhas como se não o tivesse visto.

–- Oi? Posso ajudar? Está perdida? – indagou Davi. A moça não levantou o olhar das unhas.

–- Hellow. Não, estou aqui para o community service. Como vocês chamam? – olhou novamente para as suas unhas, e percebeu que estavam devidamente lixadas. Então, guardou a lixa, e pegou um espelho dentro da bolsa para olhar seus cabelos, continuando a ignorar Davi.

–- Humm. – foi tudo o que Davi conseguiu emitir, pois quando recebeu a notificação que receberia alguém para serviço comunitário esperava alguém totalmente diferente. – Ok. Meu nome é Davi, tudo bem? – estendeu a mão para cumprimentá-la. Só que continuou sendo ignorado por Megan.

–- Cool. – foi tudo o que Davi obteve da loira, enquanto ela continuava se olhando no espelho o que irritou Davi.

–- Garota... – ele disse enquanto pegava o espelho das mãos dela. E fez com que ela o olhasse pela primeira vez. – Aqui não é brincadeira. Então, que tal começar tirando o pó das estantes e organizando os livros em ordem alfabética?

–- What? But eu acabei de arrumar minhas unhas. – ela se irritou, levantando-se.

–- E eu nem dormi direito, e muito menos comi. A vida não é justa. E você achou que viria aqui para quê? Fazer unhas e maquiagem nas crianças?

Megan sentiu vontade de responder: “Tipo, é.”.

Afinal, ela havia entregado até seu currículo para o Juiz dizendo suas habilidades que era ser personal stylist. Se ela achava que aquele menino iria mandar nela, e nada aconteceria. Ele estava muito enganado.

–- Of course. Vou fazer tudo do jeitinho que você mandou. – Megan respondeu, e saiu caminhando em direção a biblioteca que mantinham na Gambiarra.

Davi balançou a cabeça, e disse tão baixo, que a loira não ouviu:

–- Você não disse seu nome... – ele não tinha tido a intenção de ser grosso com a garota, mas a Gambiarra significava muito para o menino, e ele faria o necessário para mantê-la segura. E algo dizia à ele que essa menina lhe traria muita dor de cabeça.


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Notas finais do capítulo

Ai gente! Captulo de estreia! Espero que tenham se divertido, volto com mais quinta-feita! Beijos.