Happy Birthday escrita por Anny Taisho


Capítulo 1
Capítulo 1




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Happy birthday


Estava quente. Muito quente. A cidade do Leste era um lugar demasiadamente quente no verão, talvez a proximidade com o deserto tivesse algo a ver com isso, mas isso não era importante. Roy estava ali em sua mesa e seus subordinados queriam saber.


- Fala chefia, é seu aniversário!


Mas o moreno continuava com a mesma resposta.


- Acho que já passei da idade de ficar escolhendo presentes, apenas apareçam lá em casa. Vou dar uma festinha e estou chamando vocês.


Depois de muita insistência, desistiram.


Se o moreno queria alguma coisa, provavelmente, não seriam eles que dariam a ele. Apenas voltaram para a outra sala. Apesar de não gostar de ser transferido para o Leste, ter uma sala só para si não era uma coisa da qual reclamava.


- Eles ficaram decepcionados, poderia ter dito uma coisinha qualquer. – Riza organizava algumas pastas no armário –


- Oh Riza, o que eu realmente quero, não poderiam me dar. – ele sorriu e cruzou as pernas como sempre –


- Nossa! Deve ser algo extraordinário! – o tom dela era de deboche –


- Para mim, sim. E para qualquer outro, seria interessante.


Ele levou o corpo mais para frente e apoiando os cotovelos sobre a mesa entrelaçou os dedos e apoiou o queixo ali.


- Se não te conhecesse a tantos anos, taisa, diria que quer que eu pergunte.


- E por que não tenta a sorte? – ele abriu um sorriso de canto –


- Okay. – ela se virou para Roy e se sentou no sofá azul – O que quer ganhar de aniversário, taisa?


O moreno ficou em silencio durante alguns minutos e depois de olhar bem para os olhos dela e sorrir, finalmente disse:


- Você com um belo espartilho vermelho todinha para mim.


Okay. Se a convivência com o moreno não viesse de tantos anos, provavelmente, iria querer matá-lo ou mesmo ficaria azul e de algumas outras cores.


Mas não valia a pena. Roy não valia a pena quando ficava inconveniente.


- levantou a sobrancelha direita – Certo, taisa, mas que tal agora o senhor começar a preencher esses relatórios?


- É meu aniversário! – antes de continuar a reclamar, ele para e pensa – E sobre o meu presente?


- Apenas trabalhe e quanto ao seu presente... – ela estava na porta – Quem sabe no seu dia de sorte eu te dê uma chance.


Uma tiradinha inteligente e não ofensiva. Pelo menos ela não veio com uma arma apontada para o meio de sua testa.


- Um homem tem que tentar.


Ela deu um sorriso bobo e pegou a caneta, se quisesse mesmo comemorar o aniversário, teria de trabalhar.


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Já se passava das nove da noite quando o moreno saiu do chuveiro. Uma toalha passada na cintura e outra no pescoço usada para secar os fios negros. Parou diante do espelho e se olhou.


- Se eu fosse mulher, me agarraria.


O homem riu da própria brincadeira. Estava fazendo trinta e uma anos naquele dia. Dois anos já haviam se passado desde todo aquele reboliço que derrubou o marechal e levou Edward e agora tudo parecia tão distante.


Havia voltado para o exercito, que agora só mantinha cinqüenta por cento do poder, mas como coronel, se fosse para subir queria fazer da maneira certa.


Derrotar Bradley não era algo que podia ser contato como conquista para ascensão da carreira militar.


- Não é hora de pensar nisso!


Jogou a toalha em um canto e foi atrás de uma roupa. Logo seus convidados chegariam. Mexeu no guarda-roupa e logo achou uma calça preta, uma camisa vermelha com alguns riscos brancos e sapatos sociais. Deu uma chacoalhada no cabelo para tirar o que restava da água e passou seu perfume. Ou deveria dizer sua marca assinada? Não havia uma dama com a qual tivesse tido uma noite que não se lembrasse daquele cheiro.


Recolocou o tapa-olho negro sobre o olho direito que ostentava uma cicatriz. Não que a cicatriz fosse algo horrendo, mas também não era algo que deixava as pessoas a vontade, fora o fato da visão perdida naquele olho atrapalhar às vezes a visão do outro.


E assim, a campainha tocou pela primeira vez, de muitas que tocaria naquela noite. Seus convidados estavam chegando.


- E ai, man! – Maes veio com um abraço – Parabéns! Tá ficando velho, em!


- Obrigado... Eu acho. – ele viu Gracia ao lado dele – Boa noite, Gracia.


- Parabéns, Roy-san! – ela sorriu e também lhe deu um abraço –


- Obrigado e entrem, mais ninguém chegou ainda.


- Eu disse! Mas você estava num desespero, Maes! – a mulher deu um cutucão no marido –


- Antes cedo do que atrasados, mas e ai, man? Espero que seja uma festa direita, eu sou um homem casado e pretendo continuar assim!


Roy riu.


- Não se preocupe, chamei apenas algumas pessoas, nada muito grande.


Os morenos levaram a bebida que Hughes trouxera para a cozinha.


 - Então, será que vai ganhar o que quer de aniversário, mas não contou a ninguém?


- Quem sabe no meu dia de sorte. – Roy sorriu –


- Espero que esse dia chegue logo, seja o que for que você quer.


- Eu também espero.


Voltaram a sala que logo se encheu de gente. Os rapazes, Maria Ross, Scieska, Winry, o Chibi... E algumas outras amigas, afinal, não queria terminar a noite sozinho e não podia decepcionar os amigos solteiros que queriam paquerar.


O clima estava bom, a música agradável, a bebida gelada... Tudo perfeito, ou não, Riza não havia chegado quando já se passava das onze.


E será que realmente esperava que ela fosse? Oh... Ela devia achar que naquela festa só daria um clima no qual ela não se encaixava: As amiguinhas dele.


- E ai, Roy-kun, quantos anos está fazendo?


Uma moça de cabelos castanhos e belos olhos escuros e arteiros o abordou. Seria Julia? Ou será que era Marina? Para evitar qualquer ressentimento, preferiu um termo neutro.


- Trinta e um, Docinho.


- Oh não! Se me chamou de Docinho, não lembra meu nome! Que coisa feia! – ela ria segurando um copo – Cindy.


- Você me pegou... Cindy!


- Eu ainda não fiz isso, mas posso fazer muito bem.


Ela puxa pelo colarinho e lhe dá um beijo. Ficaram ali durante alguns minutos, mas não queria escolher assim de primeira. Ainda tinha outras moças naquele recinto que mereciam uma chance.


- O que foi? – ela não entendeu quando ele parou os beijos –


- Sede. Vou buscar uma bebida para gente!


E sem mais delongas saiu. Sabia que se desse brecha ela grudaria nele a noite inteira.


A música que tocava era quase animada estava num meio termo e no meio da sala, Fuery e Scieska dançavam. Ela parecia muito a vontade, mas ele não. Talvez o fato de os amigos estarem o “analisando” tivesse algo a ver com isso.


Pegou um Whisky e quando ia chegar numa ruiva que achava se chamar Âmber a campainha tocou. Alguém ainda não tinha chegado?


Caminhou até a porta e quando abriu achou que o álcool tinha subido cedo demais. Riza estava lá. E não estava como era de costume vê-la. Um belo vestido preto de mangas longas assim como a gola e colado ao corpo até a altura de cerca de dois dedos abaixo do meio da coxa, não era qualquer uma que tinha corpo para usar um daqueles. O sapato era vermelho assim como a tiara que estava na cabeça e sobretudo, não muito mais comprido que o vestido, era xadrez.


- Não vai me cumprimentar?


- Oh... – ele volta para a terra – Boa noite! Entre...


Ele recua alguns passos e ela entra.


- Desculpe não ter vindo mais cedo, o vovô estava num jantar importante e eu acabei abduzida para lá.


- Que isso, agora que a festa está ficando boa. – ele sorriu –


É... Quem sabe aquele podia ser o dia de sorte dele?


To be continued...


 


 


 


 Gente uma coisinha que rwesolvi fazer!


Uma Two-shot!!


ESpero que gostem!!


KIss E comentem


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