O mal mora ao lado escrita por Catharina Lima


Capítulo 3
Up In The Air




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Eu tinha meus dias ruins. Quando eu estava triste ou então querendo pensar, ficar só, eu ia andar. Sem rumo, só andar. Pensando nas minhas atitudes, no meu modo de viver com a tripla personalidade, as vezes eu me imaginava dentro de um filme e a sensação era muito legal. O cenário, a "trilha sonora", a narração dentro da minha mente.

Como Renata não estudava comigo, a gente se via de vez em quando, raramente. Mas sempre que a gente saia, era bizarro. Uma vez ela tentou tirar meu sangue pra beber. Isso por causa da psicose.

Sim, ela era psicótica. Obcecada por qualquer coisa envolvendo vampiros. Ela pesquisava sobre isso dia e noite. Mas até ai tudo bem, eu não achava estranho, porém, cada louco com a sua loucura. Até que um dia ela chegou pra mim dizendo que ia fazer um ritual na lua cheia para se transformar em vampira. Achei bizarro a princípio e não acreditei, achei que era brincadeira, mas não era!

Quando a loucura era só dela eu não me importava, até que ela começou a tentar me convencer e eu achava isso inadmissível, mas sei lá, eu ia na onda dela, partes por ingenuidade mesmo, por não ter um certo tipo de conhecimento perante as bizarrices dela.

Com o passar do tempo, sem perceber direito, eu já estava completamente fora de mim, eu acreditava em tudo o que ela falava e trazia isso para a minha realidade.

Ela dizia que eu poderia sugar a energia vital da pessoa caso a encarasse por um bom tempo e respirasse de um modo diferente. Várias e várias vezes eu me peguei fazendo isso. Não sei se era realmente verdade ou se era o efeito placebo entrando em ação, mas eu sentia algo diferente quando eu fazia isso. Como se eu estivesse mais viva, mas tinha um porém, como sempre. Junto com a energia, também era sugado o humor da pessoa. As vezes eu estava alegre e do nada eu ficava triste e eram coisas assim que me faziam acreditar que aquilo realmente existia.

Teve um certo tempo em que eu também estava me tornando uma psicótica, como ela. Ela falava muita merda pra mim e eu acreditava. Sabe quando você está prestes a arrancar os cabelos? Isso era comum no meu dia-a-dia, eu não sabia pra onde correr, pra onde fugir, eu olhava para todos os cantos e não via uma luz no fim do túnel. Eu estava desesperada.


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Notas finais do capítulo

Bom, há 2 capítulos eu prometi que escreveria capítulos mais longos e tal, mas né, eu tenho fama de quebrar promessas e eu peço mil desculpas :/
Falta de tempo, preguiça e falta de inspiração me definem, mas eu quero muuuuuito escrever essa história, faz um tempo que eu queria escrevê-la, comecei e vou terminar!



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