Não Me Deixe Sozinho escrita por Gabriel Yared


Capítulo 17
C. f.


Notas iniciais do capítulo

Bem eu demorei uma três semanas pra atualizar a fic, mas é por que além de eu estar em semana de provas, como eu já tinha dito antes, saí de um relacionamento do qual ainda queria estar e estou ainda um pouco abalado, e era desse relacionamento que eu tirava a maior parte da minha inspiração para escrever.

Pois bem, pedi ajuda ao meu fiel amigo, I. T. Walker, para que ele escrevesse um projeto de capítulo, do qual eu gostei muito. Depois eu revisei e complementei.

Então estou postando este capítulo escrito por mim e por I. T. Espero que vocês gostem! ^_^

Ah, também gostaria de avisar que o próximo capítulo será o último, portanto, logo estarei concluindo esta fanfic e me despedindo de vocês.

Beijos, abraços e carícias!



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[...]

Depois que vovó, eu e Gabriel terminamos de nos abraçar o resto do dia na casa da vovó continuou muito legal: fizemos bolo, assistimos a um filme e conversamos.

Quando estávamos voltando para casa, fomos de mãos dadas. Eu já não me importo mais com o que vão pensar de nós. Eu só quero estar ao lado dele.

Entrei em casa e fui para o meu quarto. Verifico se há alguma mensagem no celular. Tem duas. Abro a primeira. É da Gi:

Leo, eu acho que amanhã já vou pra escola. A gente se vê lá

Beijos.

Eu respondo “ok”.

A outra mensagem é daquele mesmo número desconhecido:

É questão de tempo para que você me conheça. Esteja preparado. Saiba que eu te amo, Leo. Beijos.

C.F.

Eu não respondo nada, por que não sei o que responder. Minha curiosidade quer que eu responda. Minha raiva me pede para que eu ignore. Meu raciocínio vence, argumentando que eu devo esperar.

Ligo para Gi.

— Alô — ela diz ao atender.

— Oi, Gi. Como você tá? — eu pergunto.

— Bem. Um pouco cansada, enjoada, dolorida. Mas bem. E você Leo?

— Nervoso, Gi. Sabe aquele tal de C.F.? Ele disse que se revelaria para mim e eu tô com medo.

— Medo de que Leo? — Gi solta uma risadinha ao perguntar.

— Do que possa acontecer, Gi — respondo

— E o que pode acontecer? Nada, né, Leo... — eu esboço um sorriso — Relaxa, isso deve ser só os meninos te zoando.

— Acho que não Gi. A pessoa que me manda isso invadia meu quarto — Gi parece surpresa do outro lado da linha. — Gi?

— Ah Leo, desculpa, me distraí um momento — silêncio.

— Gi? — chamo por ela novamente.

Silêncio.

Percebo que a Gi desligou o telefone. Seria o Gi o C.F.? Lembro que o Gabriel cogitou essa hipótese, mas eu logo a descartei.

Será?

Gabriel

Estou voltando pra casa, me sinto tão feliz, tão preenchido, tão satisfeito. Eu amo o Leo e amo estar com ele e é claro que esse dia não poderia ser diferente. Após deixar o Leo em casa, vou caminhando pela rua vazia com um sorriso estampado no rosto, até que vejo um cara vindo em minha direção, cambaleando. Parecia estar bêbado, e sozinho, parei de imediato e homem continuou a se aproximar até eu ver que era, ninguém menos que o Fabio.

— Trouxa — gritou ao chegar perto. Seu mau hálito de álcool era tão forte que chegou a me causar ânsias de vômitos —, o Leo não te quer. Ele quer a mim! Ele te disse que nos beijamos na festa? Se disse ou não, tô nem ai, o que importa é que eu arrastei o Leo pra minha cama depois daquela festa, o foi o melhor sexo da minha vida, seu idiota, corninho de merda.

Fábio vira as costas e sai cambaleando pela calçada. Eu me encho de fúria. Vou atrás dele. O agarro pela camisa. O jogo no chão, dou um soco na cara dele. Depois outro. O nariz dele sangra. Ele me chuta, me fazendo sair de cima dele.

Ele me deu um soco. Eu o soco na boca do estômago. Ele cai, encolhido de dor. Me sobreponho sobre ele, incapacitando-o de se proteger.

— Nunca — dou um soco nele — mais minta — outro soco, fazendo a boca dele sangrar — sobre o Leo na minha frente! — dou um último soco, e ele desmaia.

Percebo então que várias pessoas se reuniram ao nosso redor, olhando para mim horrorizadas. Olho para meus punhos, que estão vermelhos e doloridos. Saio de cima de Fábio e corro para casa.

Giovana

Fico deitada, pensando no que poderia acontecer com o Leo quando ele descobrisse quem era o tal C.F., mas não posso me dar o luxo de me preocupar com os problemas do Leo, não agora. Embora eu o considere também meu, eu tenho outros problemas a resolver. Tento dissipar os pensamentos sobre Leo da minha cabeça e foco no meu problema: uma adolescente grávida, com problemas com sua mãe, e com um pai que diz que não é o pai.

Ouço discretas batidas na porta.

— Entre — grito; minha mãe entra no quarto.

— Posso sentar filha? — me sento na cama e me cubro com o edredom, ela senta na minha frente — Filha, eu preciso falar com o seu namorado. Vocês são jovens, e precisam se apoiar nessa nova fase da vida de vocês. Ele precisa saber. Já falou com ele?

— Ele disse que o filho não era dele, e que ele não iria assumir — digo de uma vez, não podendo mais adiar o momento. — Eu conversei com ele e ele se esquivou.

Um silencio excruciante formou-se no quarto.

Minha mãe partiu para cima de mim, no começo achei que ela iria me bater, até ela me envolver em um gostoso abraço, me confortando em seus braços.

— Eu te amo filha — disse ela, chorando.

— Eu te amo mãe — eu respondo, chorando também.

Leo

— Gi, tudo parece tão estranho hoje — desabafo. A aula já acabou e todos os alunos já haviam saído da classe, restava apenas eu e Gi. Eu arrumava minhas coisas para podermos ir.

— Estranho como, Leo? — ela pergunta, curiosa.

— Sei lá, as coisas, o clima e principalmente o Gabriel. Ele não falou mais comigo ontem nem veio pra escola hoje.

— O que você fez Leo?

— Eu não sei — ouço o telefone da Gi tocar.

Alguns segundos de silencio

— Leo, preciso ir. Mamãe vai me levar num médico hoje. Desculpa te deixar aqui sozinho, te amo. — ela me beija no rosto e ouço seus passos saindo apressados da sala. — Conversamos depois! — ela grita e o silêncio volta a reinar.

Levanto da cadeira, pego a bengala e caminho até a porta da sala, sinto minha bengala bater em alguém.

— Quem é? — grito, assustado.

Ouço passos caminhando a minha volta, até que sinto uma respiração atrás de mim.

— Querido — é uma voz de garota.

— Quem é? — repito.

— Eu disse que faltava pouco para você me conhecer. Eu sou C.F....

Gabriel

Eu não consigo acreditar no que fiz, que me descontrolei. O rosto de Fábio, todo inchado, inconsciente, sangrando. Culpa minha...

Desde que vim correndo para casa, no final da tarde de ontem, eu me tranquei no meu quarto, e não saí para nada. Não consigo pensar em fome, em sede. Só consigo pensar em Fábio.

Como pude ter feito isso? Não era preciso. Ele estava bêbado.

Mas o que se diz bêbado é pensado sóbrio... pensa uma parte maligna de mim.

Ouço batidas na porta. Não respondo.

— Gabriel? — é o meu pai. Não respondo. — Filho, tudo bem?

Ele então desiste. Fecho os olhos, deitado na cama. Mas não consigo dormir. Me sinto culpado e irritado. Preciso me desculpar com o Fábio.

Fábio

Acordo já em casa, na minha cama.

Enquanto estive desmaiado, mamãe deve ter me dado banho. Meu rosto dói. Meu olho esquerdo não se abre completamente. Minha cabeça dói. Não deveria ter bebido tanto. Não deveria ter dito aquelas coisas para o Gabriel.

Clarice me rejeitou. Isso me deixou para baixo. Leo não gosta de mim – e nem tem motivos para gostar. O único que parece se importar comigo é Guilherme, e ele é só meu amigo. Nunca vou encontrar ninguém pra mim.

A porta do meu quarto abre e meu pai entra.

— Que porra foi essa, Fábio? — brade ele, colérico. — Bêbado. Levou porrada. Só me dá trabalho.

— Pai... eu...

— Pai o cacete! — ele me interrompe. — Não criei filho meu pra levar porrada na rua! — ele levanta a mão contra mim, e eu me encolho. Ao ver isso, ele diz: — E a bichinha ainda se encolhe de medo! Você vai se arrepender de me aprontar confusões.

Ele tira o cinto das calças e eu me sento na cama e me protejo, em posição fetal. Ele me acerta nas pernas, nos braços, nas costas... e eu choro, desesperadamente, como nunca chorei antes por nada.


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Notas finais do capítulo

Se gostaram, comentem, favoritem, divulguem!
Se não gostaram, digam o que pode ser melhorado!