Não Me Deixe Sozinho escrita por Gabriel Yared


Capítulo 15
Minha Casa, Minhas Regras


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Tudo bem?
Eu confesso que passei essa semana inteira sem escrever uma única palavra deste capítulo, por que eu estou entusiasmado a escrever uma nova fic, mas de minha autoria. E com isso, a "Não Me Deixe Sozinho" ficou um pouco abandonada. Me desculpem.

Bem, mas hoje eu o escrevi, e aqui está.
Espero que gostem. Beijos!



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Leo

Já eram sete da noite quando meu pai chegou para me levar pra casa. Mas não fomos de imediato, pois meu pai e o pai do Gabriel resolveram conversar um pouco na sala.

Eu e Gabriel subimos então para o quarto dele.

— Leo, vai demorar pra gente se ver de novo? — pergunta-me ele.

— Não sei, Biel. Acho que ainda vai ter alguma briga lá em casa. Minha mãe não deve estar nada feliz — comento triste.

— Leo... não quero que você brigue com sua mãe. Tenta resolver as coisas com ela sem brigar...

— Eu tô disposto a falar com ela sem briga, mas aí depende dela também, né? — digo com um pouco de irritação.

— Leo, eu te amo. — ele me abraça com força e eu correspondo, me agarrando a ele como se não fôssemos nos ver por anos e anos.

— Também te amo, Gabriel... eu tenho medo de nunca mais poder te ver... — sussurro como uma criança ao seu ouvido.

— Leo... se alguém tentar nos separar... eu juro, eu juro que farei tudo ao meu alcance para te ver de novo.

Já bem enlaçado em seus braços, o aperto mais ainda. Inspiro o seu perfume. Lágrimas escorrem pela minha face.

— Gabriel... — mas não termino de falar nada. Ele me beija. Nossos lábios selados um ao outro se encaixam perfeitamente. Aquele momento eu desejava que se estendesse por séculos, mas me parecia que o tempo corria três vezes mais rápido que o natural.

— Leo, me manda mensagem assim que terminar de conversar com sua mãe, ok?

— Ok...

Então meu pai me chama. É chegada a hora de ir.

Um último abraço, um último beijo. E nós nos despedimos. Gabriel me acompanha até o portão e eu e meu pai vamos andando em direção à nossa casa.

Giovana

Acordo um pouco assustada, sonhando com a mesma coisa de antes: minha mãe me batendo, ao descobrir que William não assume o nosso filho.

Será que mamãe pode mesmo vir a fazer isso comigo? Não. Ela não é assim.

Mas por que sinto tanto medo em contar a ela o que William me disse? Por que William me disse isso? Depois de ter dito que me ama. Talvez ele seja mesmo um idiota que só quis se aproveitar. O que sinto por ele agora é raiva e nojo, não mais amor. Nunca mais amor.

Meus olhos, antes tão vivos, agora estão sempre vermelhos e inchados. Minha cabeça sempre dói. E Leo parece ter me esquecido, de novo. Me lembro então de quando Gabriel chegou. De como Leo se afastou. Mas eu entendi. Não me importei. Eles são fofos juntos. Mas ele me prometeu que nunca mais deixaria de me dar atenção.

Não posso esconder a posição do William para sempre. Logo minha mãe vai querer falar com ele.

Leo

Quando cheguei em casa não deu outra: mamãe estava me esperando na sala.

— Oi, Leo. Como foi na casa do Gabriel? — seu tom era bastante irritado.

— Foi bom — respondo.

— Vamos conversar, Leo.

— Eu ia sugerir a mesma coisa — respondo, sentando-me no sofá.

Há um momento de silêncio em que eu ouço os passos do meu pai indo para o quarto.

— Mãe, eu...

— Não, Leo. Eu começo — ela interrompe.

Fico calado.

— Então, você e o Gabriel estão namorando — ela disse “namorando” como se estivesse dizendo “fumando maconha”. — Não posso fazer nada quanto a isso, mas exijo respeito enquanto você estiver morando sob o meu teto, Leo.

— Tá... isso quer dizer que...?

— Quer dizer que você vai continuar a namorar o Gabriel se você cumprir minhas regras.

— E quais seriam?

— Só vão poder se encontrar, além de na escola, aqui em casa.

— Mas mãe... — eu começo, e sou interrompido com força:

— Deixe-me terminar. E vocês não podem ficar no seu quarto.

— É só isso? — eu pergunto, fervendo de raiva.

— Sim, por enquanto. Temos um acordo?

— Temos — respondo entredentes.

— Então, pode ir para o seu quarto guardar sua mochila. Vamos jantar daqui a pouco.

Eu me levanto e faço o que ela mandou. Largo a mochila em um local qualquer, no chão, e me jogo na cama. Pego meu celular e começo a escrever uma mensagem para Gabriel.

Eu e mamãe já conversamos. Só podemos namorar na minha casa. Não podemos nos ver em nenhum outro lugar que não seja minha casa ou a escola. Eu te amo, responda assim que puder.

Após enviar a mensagem, fico um tempo esperando uma resposta. No que não a recebo, ponho-me a escrever outra:

Gi, eu quero falar com você. Me responde assim que puder.

Envio e não demora pra que ela mande uma resposta.

Giovana: Oi Leo. Tudo bem? Eu também quero falar com você

Eu: Eu to mais ou menos. O que aconteceu?

Giovana: Eu conversei com a minha mãe. Ela até que levou na boa, mas ficou um pouco decepcionada comigo. Depois eu conversei com o William. Ele disse que o filho não é dele

Eu: Como assim? Ele sugeriu que você pode ter dormido com outro cara?

Giovana: Acho que é, né...

Eu: Idiota

Giovana: É... mas e você? O que aconteceu?

Eu: Mamãe disse que eu só posso namorar com o Gabriel aqui em casa. E não posso mais sair com ele

Giovana: Sua mãe fez isso? Mas pera aí... ela descobriu???

Eu: Ah é. Esqueci de te contar. Foi quando o Gabriel tava aqui em casa, naquele dia, depois de eu voltar da sua casa. Chamei ele pra cá por que tinha outra carta na minha escrivaninha. Daí a gente se beijou bem na hora que a mamãe abriu a porta do meu quarto e ela brigou comigo

Giovana: Ah sim...

Eu: Gi... o que você vai fazer agora?

Giovana: Não sei, Leo. Quero matar o William

Eu: Ok... Gi, vou jantar. Depois a gente coversa, ta?

Giovana: Ok

Fui jantar. Na mesa, fiquei calado. Comi rapidamente. Depois voltei para o meu quarto. Havia uma mensagem no celular. Achei que fosse do Gabriel, mas era de um número desconhecido:

Olá, Leo. Espero que você esteja bem. Quero que saiba que eu irei mostrar pra você quem eu sou, quando as aulas voltarem. Até, só quero que você saiba que você é lindo dormindo.

Com amor, C. F.


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Notas finais do capítulo

Se gostaram, comentem, favoritem, recomendem, deem um jeito de compartilhar.
Se não gostaram, digam o que pode ser melhorado.
Beijos do Taito!