O reverso do Diamante escrita por Newday, starimagination


Capítulo 17
O centro comercial




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/508178/chapter/17

Daniele leva a carteira na mão, porque o Roxy estava desejando de chegar ao centro comercial e ele nem tivera tempo de a por no bolso de trás das calças. Ao andar sente alguém a observa-lo, ele já tinha essa mania desde criança, por ter atenção a saber se alguém lhe bateria e por onde. Eram seus colegas, seu pai e seu avô, por isso já era muito bem “treinado” era muito intuitivo. Sente alguém a puxar-lhe a carteira da mão, mas não a larga. Segura no braço do ladrão, depois roda seu corpo e manda-o para trás dele. Segura-lhe no braço e olha-o como leão para a presa e seriamente diz:

– Eu disse-te que não havia autocarros para essa zona e nem penses em faze-lo novamente.

O menino fica baralhado, aquele rapaz não era mesmo normal, após Daniele larga-lhe o braço este corre a quarenta pés dali, a gritar ao mundo, que estava tudo louco.

Começaram a andar, sorriram uns para os outros e… começaram a correr. Deram uns encontrões uns contra os outros. O cabelo dos gémeos esvoaçava pelo ar, saltaram por cima de bancos, varandas e muros. Deitaram a baixo umas revistas que haviam caído dum expositor, deixaram o homem a resmungar e Sam olha para trás, com dois dedos juntos põe-nos como na tropa (na cabeça) e depois lamenta:

– Desculpe. – sorri e continua a correr.

Chegam ao centro, olham para as montras com vidros bem limpos, deixavam ver as coisasque mais queriam. O Daniele imitava os manequins, as pessoas olhavam-no e diziam que era louco. Era o seu mundo. Os amigos riam e pegavam nele pelo braço. Encostavam a cara aos vidros, apontavam para o que achavam mais giro e engraçado. Roupas, jogos electrónicos, brinquedos, perfumes, relógios, joalharia, sapatos, livros e comida em tudo ponham seus olhos. Sorriam, ponham chapéus e faziam caretas tirando fotos às escondidas. Entravam numa loja de animais, Daniele fazendo de maestro batia com a sua batuta invisível e depois assobiava como os pássaros. Eles cantavam, andavam de um lado para o outro na gaiola. Papagaios rodavam a sua cabeça olhando para o seu mestre, procurando sair donde estavam aprisionados. Todos maravilhados olhavam para aquele concerto belo e imaginavam todos soltos como na natureza. A empregada da loja suspirava. Daniele soltava um dos pássaros e cantava com ele. O pássaro no seu dedo olhava-o perguntando quando é que ambos sairiam para ver o mundo. Daniele cantava e voltava a pô-lo no sítio. Roxy e Sam brincavam com os ratos de laboratório e com os hamsters. O dono chega e tudo acaba são expulsos, conquanto que a rapariga continua a deixa-los entrar quando voltassem lá. Parecia que davam alegria aos animais.

Na FNAC (loja de coisas electrónicas e de livros) começaram a ouvir música dos CDs, dançavam e abanavam o corpo até conseguirem, inventar uma dança esquisita. Roxy sempre ganhava, era mesmo elástico e conseguia fazer coisas incríveis. Passavam os livros, porque quase nenhum deles apreciava muito isso, a não ser o Sam. Ele adorava alguns dos livros. Daniele lera alguns mas muito poucos. Os outros só mesmo B.D. e mangás, eles liam. Daniele vê um C.D. que o interessa. Era dos seus primos, ensinara-os a cantar e a tocar alguns instrumentos. Eles agora eram muito famosos, mas nunca se esqueciam dele, telefonando constantemente de várias partes do mundo. Estavam bem, agradeciam-lhe por tudo, diziam-lhe o quanto o adoravam como se fosse seu irmão. Antes da fama, eles eram muito pouco conhecidos, apenas em festas e pequenos bares tocavam. Eram tão diferentes do mundo quanto Daniele, por isso muito sofriam na escola com os colegas que lhes batiam e chamavam nomes, com reclamações de como eram e com olhares penosos. Contudo não desistiram do seu sonho e conseguiram ser uma das melhores bandas, juntamente com mais dois amigos. Tudo o que ele lhes ensinara dera certo. Sam chega ao pé dele e diz-lhe:

– Não acredito, outra vez! Essa banda é de raparigas histéricas. – Sam tira-lhe o C.D. dasmãos. – Não percebo, o que vem neles…

– Não, digas mal dos meus primos. Se dizes mal deles, quanto fará de mim. – Daniele tira-lhe o C.D. das mãos dele e bate com a mão na cara, para demonstrar a estupidez do outro. – Além disso muitos rapazes também gostam. E eu tenho orgulho deles, fui eu que lhe ensinei a cantar e a tocar. A música deles é muito boa e fixe. Resolução, vou compra-lo.

– Como é que eu sabia que isto ia acontecer? Eu até gosto de algumas músicas e de algumas coisas, todavia prefiro a nossa música, claro com a modéstia à parte.

Daniele ia pagar:

– Quanto custa?

– 15,99 €. – diz a mulher gentilmente.

– Isso tudo, só para não dizer que é 16€. Fique lá com mais 1 cêntimo.

– Obrigada.

– De nada, eles merecem.

– Não percebo, porque pediste para não passarem a nossa música nas rádios nem na TV de Portugal ou até mesmo venderem os nossos CDs. A sério, eu gostava de ser famoso também aqui! – Sam relata um pouco alto.

Perdendo a paciência o Daniele responde simplesmente:

– Preciso de um sitio para descansar, sem ter de ouvir gritos.

– Ah, ok. Percebi e perdemos dinheiro e fama à custa disso. – Sam está um pouco revoltado.

– Não, tens que chegue? – Daniele olha para ele julgando-o.

– Podia ter mais, mas… O….K….! – diz Sam percebendo o que Daniele queria dizer.

Vinham caminhando no centro comercial vistoso, com algumas plantas falsas em jarros gigantes, o chão era azul e branco, os desenhos a azul e com letras da mesma tonalidade e resto branco. As paredes tinham umas pedrinhas pequeninas e o tecto era um vidro que deixava a luz do sol passar. Rafael querendo fazer mal ao Roxy disse:

– Olha uma loja de roupa interior! – ele sorri sarcasticamente.

– Vais sempre comprar aquilo para ti? - pergunta Roxy inocentemente, lambendo um enorme chupa vermelho e branco enorme que tinha comprado numa das lojas que entram.

– Sim, mas não é para mim é para… ti. – disse Sam maliciosamente.

Os três arrastaram Roxy, ele esperneava, não queria mesmo uma coisa daquelas. Era tão pequeno, não conseguia impedi-los.

– Vou vos morder. Larguem-me! Socorro! Estes loucos querem fazer algo de muito errado comigo! – gritava ele o mais que podia.

As pessoas olhavam para eles enquanto eles seguiam o seu caminho. Em direcção à roupa interior mais ridícula para o Roxy. Ele tentou morde-los mesmo não chegando às suas grandes mãos.

– Não estou a gostar!

– E quem disse que era para gostares? – disse Daniele a rir.

– Daniele… - Roxy amua.

– Calma, não te vamos obrigar a vesti-las. – diz Sam tentando acalma-lo.

– Mas devíamos. – diz Rafael para pô-lo de novo chateado.

Ele fica com biquinho de amuado. Os rapazes falam com as senhoritas para ajudarem a encontrar a bendita relíquia. Estes ficam meias atrapalhadas era raro aquilo de homens à procura daquele tipo de roupa interior para eles. Amostram várias peças ao Roxy, que se nega até à última, detestava-as. Então Sam compra–lhe umas às escondidas e depois eles dizem-lhe:

– Já está Roxyzinho vamos. – dizem em coro.

Ele salta alegremente da cadeira em que estava sentado, aliviado por aquele tormento ter acabado. Começa a correr para longe da loja, quando Sam lhe diz:

– Roxy, anda cá. – ordena ele abanando a mão para ele se chegar.

– Porque?

Sam tira o que comprar que era rosa com uns ursinhos a dizer “I love you”. Roxy cai no chão e faz tipo birra.

– Não que horror, nunca usarei isso! Odeio-vos, metem-me envergonhado! – ele já estava rosado.

– Desculpa, é só uma brincadeira. E não me digas que não gostas do que te dou! – diz Sam olhando-o de atravessado.

Todos riem-se, no meio do centro comercial. Havia pessoas que até pensavam em chamar os seguranças. Eles ficaram novamente sem rir.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O reverso do Diamante" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.