O reverso do Diamante escrita por Newday, starimagination


Capítulo 14
As mulheres




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Tomba-o em cima do que estava mais escachado que uma ave de pernas altas. Este afasta-se dando um pulo, observa o pequeno menino, levanta-lhe um braço que desce tipo borracha, saltando. Daniele assusta-se e salta. Seguidamente olha arregalado para Sam:

– O que se passa com ele? Morreu na fábrica da Chico? (Chico: loja de brinquedos)

– Não, não engoliu borracha durante a noite. – Sam olha de lado para o Daniele.

– Então? Roxy bicho diz-nos o que te aconteceu?

– É só mais uma birrinha dele. Ele nem percebe que sofremos todos com isso também. Burro.

Sam olha para o irmão atravessado, será que ele não percebia os sentimentos dos outros?

– Rafa, vai buscar casacos.

Secamente foi lhe dada a ordem e secamente a fez. Roxy continuava parado, Daniele dá-lhe chapadas leves e nada…

– Roxy, sabes eu depois de vermos aquelas coisas rosas queria ir a uma loja de roupa interior. – diz Sam com muito custo e todo vergonhoso. – Podias-me ajudar nisso?

Daniele congela simplesmente, cai para o lado. Como seria possível ele dizer aquilo em público!? Ele estava mesmo desesperado para o acordar daquilo. Ele sabia que o amigo era bissexual, mas não gostava muito de o ver dizer coisas dessas e de ver cenas intimas com rapazes, o que, graças aos céus era raro. Roxy mexe-se um pouco.

– Tipo estava a pensar numa de fio dental… – diz ele olhando para o tecto para ninguém o olhar nos olhos.

Roxy dá um pulo, põe-se com as mãos em cima dos joelhos e abre bem a sua boca vendo-se os seus dentes:

– A sério!? – diz ele muito incrédulo.

– Pois…- ele coça a cabeça.

O Daniele não queria acreditar, nem de que ele tenha acordado o Roxy daquela forma, nem que ele tenha dito aquilo. Ele percebe que o amigo faria tudo, para acordar o Roxy e ele não queria ficar-lhe atrás então:

– Eu já usei uma dessas. – diz também olhando para o tecto, avermelhado que nem tomato.

– A sério!? De que cor? – diz Roxy a rir.

– Rosa, às bolas brancas. – diz com vergonha sempre olhando para o mesmo local.

– A minha cor. – diz Roxy com os olhos a brilhar.

– Eu também usei mas foi azul escura, é meio desconfortável. – Sam di-lo como se nada fosse.

– Então imagina rosa. – todos começam-se a rir sem parar.

– Pois… Mas eu cá gosto do rosa.

– Nós sabemos Roxy. – dizem os outros dois entreolhando-se e acenando com a cabeça que sim, sorrindo.

– Eu adoro-vos! – diz ele tentando abraça-los ao mesmo tempo, mas devido ao tamanho deles não conseguia.

Eles retribuem abraçando-o também. Depois Sam levanta a sua sobrancelha negra e pergunta:

– E tu… Roxy… já usaste uma? – diz ele maliciosamente.

Roxy faz uma pausa e pensa, pensa, pensa e pensa.

– Não!

– Não!!!! – Todos dizem em coro surpreendidos pensando como seria possível, ele como era nunca ter feito essa loucura. Até Rafael se surpreendeu.

– Não. – diz ele amostrando a língua.

– Fogo, até eu já tive que usar. Ranhoso este piqueno! - diz Rafael tentando não se fazer notar.

– O quê?

Todos começam a rir ele da última pessoa que esperavam usar uma coisa tão ridícula como aquelas, o sério Rafael, tinha-o usado. O mundo estava mesmo a enlouquecer! Roxy salta de alegria de um lado para o outro tipo coelhinho da Páscoa.

– Sou o único que não usou isso ainda! Lá, lá, lá…- depois abana o rabo, roda as mãos ao mesmo tempo e salta.

Os outros continuam a interrogar-se porque Rafa, o rapaz preconceituosa, o faria e ele como adivinhando suas mentes responde:

– Foi uma mulher que me obrigou… – diz ele tapando a cara para esconder a vergonha que transparecia na sua cara. – Elas são…

– Impiedosas…. – diz Roxy convicto.

– Tresloucadas… - diz Sam.

– Irritantes e incompreensíveis…- diz Daniele.

– Não, eu diria mais boas e claro o resto que vocês acrescentaram também é válido. – Rafael descruza os braços e vira as palmas das mãos ao céu como dizendo “ O que podemos nos fazer…”

– Elas são impiedosas de certeza e barulhentas. – declara Roxy encolhendo-se nos seus joelhos pequenos.

– Pois, então a que eu tenho de aturar na dança, fala tão alto que se ouve na Antártida e irritante mais que ela só mesmo praga. – diz Daniele chateado com o seu destino.

– Não digas isso da Lu! – protesta Roxy dando um leve soco na cabeça do Daniele. – Ela é boa menina!

– Sim, desta vez essa cabeça de flamingo tem razão. – Rafael faz uma pausa. – Ela é uma betinha, toda certinha e uma miúda porreira ao mesmo tempo. Até acho piada…

– A que? – diz Daniele não compreendo o que eles viam naquela desmiolada.

– Bem, à sua forma de ser esquesita, ora anjo, ora diabo, principalmente contigo digamos de passagem. Acho engraçado, mas aquele visual é… Horrível sem dúvida, quando a vi pensei que horror quem chamou o monstro de assustar todo o tipo de crianças.

– Nisso acho que estamos todos de acordo. – comunica Sam. – Mas, depois de a conhecer mais ou menos vemos que não é nada má. E cá para mim, Dani ainda vais ter muitas noites de tentação com ela!

– O quê?! ‘Tás parvo! Vou dar cabo de ti! – Daniele joga o amigo para o chão, ficando ele em cima do tronco dele. – Aquela sirene barulhenta só gritaria e de certeza que seria uma sádica.

Dá um soco no Sam, melhor dizendo no cabelo negro ao lado da cara de Sam.

– E tu não deves ser mais pacifista que ela. Olha só a tua figura. – diz Sam segurando os pulsos do amigo.

– Concordo, ela só gemeria, até porque é quietinha. – Roxy fala enquanto roí as unhas.

– Ela é bem melhor que montes de cabras que andam por aí soltas. – Rafael fecha os olhos escuros.

– Mulheres idiotas normais, queres dizer tu? – diz o mano sorrindo ainda segurando nos pulsos de quem lhe queria bater.

– Não sei, não a conheço bem e nem quero saber! Já basta ouvi-la gritar. – diz Daniele saindo de cima do seu amigo e massajando os pulsos. – Ela não é normal.

– Já tens o telemóvel dela? – diz Sam pondo-se de pé.

– Para quê? – Daniele cada vez admirava-se mais com aquelas perguntas.

– Para a conheceres melhor, todos os pares têm o número do seu par. Além disso o Prof. Sempre diz que nos devemos dar bem.

– Então não compreendo o que lhe deu na veneta, em me juntar com aquela louca! – diz Daniele erguendo a voz.

– Ninguém compreende. – Roxy põe a sua franja de lado.

– Odeio-a. – dialoga o Dani para si próprio.

– Será que ela já gritou muito a fazer aquilo. – sussurra Roxy.

– Roxy! Acho que ela ainda não chegou a tanto.

– Também quem seria o tipo que o faria? – comenta Daniele – Vamos lá pessoal, que conversas são estas? Cuecas fio dental? Sexo de uma louca? Parecemos um bando de putos pervertidos. Recomponham-se e vamos ao que interessa! "Bora" ao Mcdonals!

Daniele puxa o seu casaco de ganga azul-claro do sofá de que Roxy logo se levantou e começou a correr e a saltitar para fora dali.


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