O reverso do Diamante escrita por Newday, starimagination


Capítulo 11
O teatro




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/508178/chapter/11

>> Na outra manhã, tinha acordado pronta para um novo dia, não tinha dança nesse dia. Vestiu a primeira t-shirt que encontrou e as primeiras calças de ganga. Teve as aulas como normalmente, os professores falavam sobre matérias que muito tempo depois seriam esquecidas, no tempo da liberdade do Verão. Luísa queria se aplicar teria exames nesse ano e não podia de maneira nenhuma ter negativa, embora as suas notas fossem Bons e Muito Bons, ela gostava de dar o seu máximo e dizer para si própria com orgulho: "Vistes fui eu que consegui isto, dei o meu melhor, esforcei-me e agora tenho o que mereço." Os seus pais ficavam orgulhosos e diziam que ela daria uma excelente médica.

>

>> Luísa porém amava os animais pela sua inocência, achava-os tão menos mesquinhos que os humanos. Gostava de tomar conta deles desde pequena, o seu sonho era se tornar veterinária, ter uma quinta com muitos cavalos o animal que ela mais gostava. Para ela cada cavalo simbolizava algo. O branco a paz, o negro a força, o castanho tranquilidade e por assim adiante. A liberdade que via nos cavalos selvagens era tão bela, quando corriam com as suas crinas ao vento. Ela gostava muito de tornar-se algo em que lhe desse prazer em ser. Também adorava… representar podia ser e fazer o que quisesse no teatro. O teatro como diria a sua professora era a arte mais completa, pois como já havia dito, pode-se fazer o que quiser. Os seus colegas do teatro eram como família, estavam sempre muito à vontade uns com os outros, fosse onde fosse… em cima do palco…na rua…num café… eram sempre como uma família. Conheciam-se muito bem e adoravam tudo o que faziam. Ora representações cómicas, maléficas ora representações tristes ou felizes.> Gostava muito de desenhar e esforçava-se dia a dia para melhorar os seus desenhos e torna-los quase reais. Escrever também amava, transmitia o que sentia ao escrever sonhos que sonhava todo o tempo. Mas estava “destinada” a ser, talvez uma médica. Conseguia ver pontos bons em ser médica, como ajudar, ela adorava ajudar e não se importava nada de fazer algo pelos outro, por vezes era doloroso mas aguentava e no final sorria por dentro por ter pelo menos tentado.

>

>

>> Estava no teatro tinha que fazer de Floribela para o Natal, isso era porque na televisão dava a Floribela e era> o programa favorito da filha da família. O pai gostava de futebol, o filho de wrestling e a mãe de telenovelas mexicanas. Enfim ela era uma das Floribelas, o Jorge o pai, a Sofia era outra Floribela. Ela começou a tentar dançar aquela dança esquisita e no final era um anjo a cantar e toda a família que antes discutia por querer ver coisas diferentes, ficava unida vendo os anjinhos na televisão. Quando o teatro acabou a professora ficou falando com eles:

>>- Luísa, gosto tens muita criatividade, Jorge, tu fazes muito bem de pai, és alto e pareces mesmo um pai, Sofia se te “abrires mais” talvez seja um bocado melhor.

>>- Obrigada professora, o que está a pensar fazer para o Natal? – diz Luísa para ver se ficava com o papel.

>>- Bem, nós veremos. Eu acho que quero que os mais pequenos façam esta peça e quero que vocês façam uma ainda melhor que eu sei.

>>- Então, nós não vamos fazer esta peça? – pergunta Sofia que queria participar.

>>- Talvez não… Não dou a certeza, mas acho que não. Além disso dá muita confusão personagens a mais na Tv. O Jorge como tem altura boa e representa mesmo como um pai, ele vai participar. – diz a professora. – Mas não se preocupem vão participar numa peça mesmo boa maispara a frente.

>

>> Luísa sorria, sabia que sim, enquanto eles podiam improvisar e se divertir sem stress. Vinham a sair da escola os três amigos, quando ela vira-se e vê um rapaz que fazia seu coração bater. Não sabia o seu nome, mas era tão lindo. Não falava muito, andava com olhar dirigido para o chão. Era mesmo misterioso, o seu cabelo tapava-lhe o olhar, por isso não sabia bem de que cor era seus olhos. O cabelo era comprido, mas não passava os ombros e nem os alcançava. Quando passou perto dele, ficou envergonhada. Ele parecia ter aulas de tarde. Queria muito saber de que turma, ele era. Os seus amigos não notaram, porque tinham ido a correr para fora da escola e ela deugraças a Deus a isso. Não podia apaixonar-se, pois sabia que ia sofrer. Tantas amigas dela choravam por amara alguém e ela é que sempre as aconselhava e afagava as suas lágrimas. Se ela se apaixonasse lágrimas de dor cairiam pelos seus olhos por não ser perfeita para ele. Correu para sair dali.

>

>

>> Chegaram à paragem e de autocarros e despidiram-se do Jorge:

>>- Adeus! Jorge vê, sonha com a Amada Lee. – dizia Luísa rindo dele, porque era a cantora que ele mais amava.

>>- Amy Lee! O nome dela é Amy Lee! Para de gozar da minha cantora favorita, ela é tão linda! – diz ele com os olhos a brilhar tipo estrelas.

>>- Pois, eu acho que parece uma vampira gótica. – diz Sofia a rir só para irrita-lo.

>>- Sim, está bem… Vocês são más. Ela é tão fixe.

>>>- Sabes que estamos a brincar, afinal eu gosto das músicas dela e isso…- diz Luísa antes que leva-se um soco do karaté.>

>>Ele conforma-se, leva dois beijos da Sofia e da Luísa apenas um adeus. Ela era raro dar-lhe beijos nem que fosse na cara. Porque as pessoas já pensavam outras coisas, dizendo que eles namoravam, ela odiava isso. Eles eram apenas amigos e nada mais! Conheciam-se há 5 anos por isso davam-se tão bem. Nunca brigavam, ela sabia muito bem como ele se sentia e ele a compreendia. Eles davam-se muito bem e era mesmo bom, isso. Não queria mais nada além da sua amizade e isso chegava-lhe.

>

>>

>

>> Sofia foi com Luísa pelo caminho e disse:

>>- Sabes o Joca nunca mais me falou… - diz ela olhando para as folhas do chão. – Eu telefono e ele não atende. Está sempre ocupado com o ténis.

>>- Vais ver que qualquer dia voltam a falar. – diz Luísa sorrindo. – Gostas mesmo dele.

>>- Sim, conheci-o no autocarro e disse-me que eu sorria muito. A partir daí riamo-nos muito com brincadeiras que ele fazia. Ele deu me um chupa e tudo. Depois deu-me o número de telefone. Ele ainda não sabe que gosto dele. – Sofia para e pergunta – Já te tinha contado isto não?

>>- Sim… Mas não faz mal, gosto de ouvir-te contar a tua história de amor. – diz Luísa quase rindo.

>>- Parva! Eu gosto dele. – diz Sofia olhando para baixo envergonhada. – E tu qual é o teu príncipe?

>>Luísa quase cai.

>>- Eu não tenho príncipe. – diz Luísa a rir. – Só um louco e cego ia-me querer.

>>- Luísa!!! Vou-te bater! Tu és muito bonita!!!! Se voltas a dizer isso dou-te mil socos. – diz Sofia zangada – Ainda por cima já não usas óculos nem aparelho. Estás cada vez mais bonita amiga. E mesmo com isso eras bonita!

>>- Sim, sim, sim… – diz Luísa com ironia.

>>- És sim, lindinha. Um dia vais ver, um rapaz vai amar-te e viverás feliz para sempre.

>>- Sim, tipo história de fadas mágicas, felizes para sempre. – ri-se Luísa.

>>- Adeus linda!

>>- Adeus amiga! – diz Luísa dando dois beijinhos na face da amiga.

>>

>>>

>>> Foi para casa onde escreveu as suas histórias e depois o seu diário. Pantera seu gato ronronava à sua volta, ele ia sempre atrás dela. Esperava por ela até ela chegar a casa, ia po-la ao andar de cima da sua casa para ela dormir. Quando estava muito triste, durante a noite, olhavam os dois a lua e Tera (como ela lhe chamava para diminuir o nome do seu gato de pelo negro) ronronava tentando parar aquelas lágrimas de criança. O pelo do Pantera era muito negro daí o seu nome, o seu olhar mudava conforme as marés ou a lua, era muito querido, babava-se e tudo enquanto tentava dar umas festinhas na sua dona à sua maneira é claro. Tinha uma mancha branca perto da sua garganta era pequenina e dava-lhe um ar de graça. Ele era filho de Mimosa uma gata que já tinha desaparecido, a irmã dele Menina não era tão afável e querida, não gostava de festas e era uma óptima caçadora. Ratos, lagartixas, baratas, pássaros e até coelhos temiam-na. Pantera tinha tido muito amor por parte de Luísa, por isso apegara-se tanto a ela. Luísa por vezes simplesmente desejava que ele transforma-se no seu príncipe encantado, mas por enquanto era apenas seu amigo, companheiro. >


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O reverso do Diamante" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.