Chained Wings escrita por João Marcelo Santos


Capítulo 1
Capítulo 1: Um nascimento em meio á guerra. -Reboot


Notas iniciais do capítulo

Gente, se vocês estiverem gostando da história, comentem suas opiniões, isso me anima bastante pra continuar! (Não sou o tipo de escritor se só escrever se comentarem, mas isso ajuda XD).

Bom, vai mais um capítulo. No começo, a história vai ser bem chatinha e cansativa, mas não liguem. Como dizem, a pressa não é a combinação ideal para a perfeição.



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|15 de Abril de 2183. Inglaterra, Londres.|

Eram cerca de nove horas da noite. Londres estava, como de costume, extremamente agitada. A Elite estava fazendo seu trabalho de sempre: defendendo a cidade. Isto já era algo comum, mas o barulho das explosões não eram muito agradáveis. Em uma casa afastada da guerra, com aspecto velho para época, vermelha e escura, havia uma mulher dando à luz.

As janelas estavam fechadas. Porém, o grande barulho da locomoção de guerra do lado de fora era bem vivo ali dentro, ao som dos gritos desesperados e pedidos de socorro.

A mulher estava deitada em uma cama de casal grande, escorada em um travesseiro com um cobertor marrom. A mulher tinha longos cabelos extremamente ruivos, levemente encaracolados que deslizavam sobre seus ombros. Era uma moça bela, branca, de vivos olhos azuis.

Seu nome era Lizbeth Hope. Ela fazia uma constante expressão de dor, sob aquela locomoção do lado de fora, que envolviam correrias e explosões. Afinal, ela estava tendo um filha, e aquele barulho não ajudava.

Ao lado dela, havia um homem ajoelhado, segurando sua mão. Ele tinha um porte militar, com um cabelo no estilo soldado de exército, expressão dura, barba mal feita, porte musculoso, e branco, extremamente branco, assim como sua mulher, e tinha olhos intensamente pretos. Seu nome era Franxie Hope.

Lizbeth berrava de dor. Lágrimas de agonia escorriam pelo seu rosto. Mas, mesmo assim, o som de seus gritos agoniados não superavam o barulho do lado de fora.

O pai nada fazia além de segurar firme a mão de sua esposa, encorajando-a com frases do tipo: "Força! Vamos, você consegue! Respire! Aguente firme! Força!" "Vamos, Lizy, você consegue com certeza!”, além de limpar o suor que escorria na testa dela com um pano branco de cozinha.

Então, o choro do bebê finalmente foi ouvido. Era um choro alto, e, mesmo com o grande barulho do lado de fora, dava para ouvir.

–Força! Vamos, está quase lá! – dizia-lhe alto, segurando firmemente a mão da esposa. A expressão dele se confundia entre alegria e tristeza, como se aquela cena, que ocorria em quarto pequeno e fechado, houvesse acontecido anteriormente. Era como se ele temesse algo – Você não pode desistir, Lizy! Por favor, aguente firme!

...

Passado longos minutos demorados de dor e agonias vívidas no rosto dela, que agora respirava pesada e aliviadamente. A bebê havia sido enrolada em um lençol aconchegante e pequeno por seu pelo pai. A grande barulheira do lado de fora continuava, com mais fervor do que nunca, o que fazia a bebê chorar agoniada. O pai a pegava no colo e tentava acalmá-la do jeito que fosse, enquanto ele sorria, mostrando seus dentes amarelados e barba mal cuidada. Era difícil manter os dentes regularmente escovados quando se era um homem ocupado em encontrar pistas de certa pessoa.

A mulher lutava para respirar, enquanto sorria para a filha e o marido.

–Calma, agora já está tudo bem - dizia Franxie para Lizbeth- Calma. Respire. Está tudo bem.

Um sorriso sincero se formou no rosto de Lizbeth. Embora estivesse com muita dor, não podia deixar de sentir alegria naquilo. Finalmente sua filha havia nascido.

–Ela... nasceu saudável? - Perguntou a muulher, enquanto respirava mais e mais pesadamente.

O pai assentiu com a cabeça.

–Sim. Veja, ela herdou seus cabelos. – Respondeu Franxie, sorrindo, aproximando a garotinha de sua mãe. Ele observava sua filha com um olhar que demonstrava certa nostalgia, como se ele já tivesse pego uma filha nos braços anteriormente, e estivesse matando essa saudade. Era possível perceber isso em seus olhos negros.

A mulher observou sua filha. Ela tinha cabelos pequenos e ruivos, e olhos intensamente negros, assim como os de seu pai.

–Ela... é linda... - disse Liz, sorridente. - Que bom que ela nasceu... saudável... eu estava com tanto medo, Franxie...

–Vai ficar tudo bem, não se preocupe. - disse ele, segurando sua mão novamente – Agora está tudo bem, não se preocupe. Você não vai morrer, não vai, não se preocupe, Lizy – Franxie mantinha um certo medo em seu rosto, como se alguma coisa em sua cabeça se negasse ao que ele pronunciava à sua esposa. O medo que ele tinha de perdê-la, quando a conhecia desde sua infância, depois de tudo que haviam passado juntos, ele não podia simplesmente dizer ‘’adeus’’.

–Franxie... me perdoe – Lizbeth disse, com uma lágrima aparecendo no canto de seu olho esquerdo – Eu não consegui... q-quer dizer... n-não achei nenhuma pista dela... e-eu sinto m-muito... e-eu não sei... s-se vai me perdoar...

–Não fale uma coisa dessas, Lizy! – Franxie falou, segurando mais firmemente sua mão. A expressão de sua mulher se confundia entre culpa e tristeza – Você não poderia fazer nada! Na realidade, você fez mais do que podia! Eu... eu sou eternamente grato à você, Liz. Pare de se culpar feito uma tola, por favor...

Um sorriso apareceu no rosto de Lizbeth.

–...Que nome você quer dar para ela? – Franxie perguntou.

Ela sentiu sua visão escurecer. Ia perdendo os sentidos, um a um. Então, já não conseguia ver o rosto de Franxie direito. Suas barbas agora se tornaram manchas escuras aos olhos de Lizbeth. Sua respiração se tornava mais ofegante. Ela sabia. Sabia que sua hora havia chegado, sabia que nunca mais abriria os olhos novamente. Sabia que nunca poderia criar sua filha como pretendia, nem ver mais Othon, Franxie, Alex e os outros novamente.

Lágrima de desespero começaram a cair de seus olhos. Então, falou com o resto de sua consciência se esvaindo:

–...O nome...Angel... - seus olhos já perdiam o único brilho, fazendo com que Franxie começasse a se desesperar - ...Angel Hope...

Então, a mãe deu seu último suspiro.

–LIZY! – Franxie gritou, tentando reanimar sua esposa – Lizy! Fale comigo, por favor! Não, não, não vá embora! LIZY! – Angel começou a chorar mais alto. Era como se, de algum modo, ela soubesse que sua mãe havia morrido, enquanto seu pai tentava, chorando, reanimar sua esposa.

"Angel Hope".

As últimas palavras e os últimos sentimentos de Lizbeth Hope

...


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Notas finais do capítulo

Bom, pequenas crianças, este foi o primeiro capítulo (Mas gente, não é o segundo?) Bom, eu pus o prólogo como primeiro, mas dane-se, tanto faz XD

Em breve o segundou - Ou terceiro - capítulo chegará, então aguardem. E não se esqueçam de comentar se gostaram ou não.