A Missão escrita por LivHolt


Capítulo 4
Eu Acho que me Apaixonei


Notas iniciais do capítulo

Heey :3 Quanto tempo né? Uheuhe' Tô totalmente sem idéias, daí surgiu esse capítulo aí! Haha. Fãs de Kick irão surtar!! Bora ler?



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Os demais dias foram um tédio completo. O doutor me disse que eu teria de ficar no hospital por 4 semanas, só para não terem mais dúvidas de que eu estava bem. Eu não fazia quase nada. Apenas via tv, comia, e ás vezes dava uma ''voltinha'' pelo hospital de cadeira de rodas. Mas eu passava quase parte do tempo no jardim do hospital. Cheirando as flores, sentindo o sol penetrar em minha pele, ouvindo o coro dos pássaros ... Era maravilhoso. Meus amigos só me visitavam 3 vezes por semana. Pois eles tinham aula, as tarefas, as aulas no dojo ... Ah, o dojo. Quantas saudades sinto daquele lugar! Das confusões, das lutas, e de quantas vezes Milton ficou roxo ao lutar comigo. O Falafel do Phil! Mesmo a comida de lá não ser de boa qualidade eu adorava lanchar lá. E o Phil era um cara bacana. Bastante engraçado e sem noção!

Depois daquelas drásticas semanas em um leito de hospital, finalmente tive alta! Quem vieram me buscar foram meus pais. Minha mãe se chama Eliza, e meu pai, Richard. Ambos são corretores, então vivem viajando á trabalho. Meus amigos não vinheram me buscar, pois tinham aula. Era mais ou menos 10:30 da manhã quando eu cheguei em casa. Já podia andar, mas com o auxílio de muletas. Me dirigi ao meu quarto, fechando a porta e rapidamente me deitando na cama. Tudo estava organizado e cheirava á rosas. Peguei um urso de pelúcia e me agarrei á ele. Comecei á lembrar de tudo o que havia passado. Uma lágrima solitária escorre lentamente pelo meu rosto, até eu ouvir alguém batendo na porta. Limpo meu rosto e a porta é aberta. É minha mãe. Ela fecha novamente a porta e se senta ao meu lado, dizendo:

– Filha, eu sei que você deve estar traumatizada com tudo o que aconteceu mas ... Só quero que saiba que pode contar comigo pra tudo que precisar.

– Obrigado mãe. O Peter que te contou?

– Sim. Ele me mostrou as imagens da câmera de segurança. Olha ... Eu não vou brigar com você ou te dar lição de moral. Afinal você já é maior de idade e sabe o que faz. Mas ... Kimmy, o que te fez pensar que você e Jack conseguiriam vencer aqueles caras? E se aquele tiro tivesse sido em sua cabeça? Ou em seu peito?

– Mãe, você acabou de dizer que não me ia dar lição de moral - digo forçando um sorriso fechado.

– Sim, eu disse isso. Mas ainda sou sua mãe, e sempre vou te aconselhar. Ah ... Você aceitou aquele emprego de espiã?

– Sim. Jason me pagará por tudo o que me fez passar!

Ela sorri e chega perto de mim e me abraça. Retribuo o abraço e me sinto como uma garotinha de 7 anos. Ela afaga meus cabelos e faz um cafuné. Não sei o porque, mas naquela hora senti que estava segura em seus braços. Até eu ouvir passos no corredor e uma batida na porta.

– Kim! - Reconheço a voz, é de Jack.

Me separo de minha pequena ''proteção'' com minha mãe abro a porta. E ali está ele.

– Jack?

– Oi!

– Você não deveria estar na escola?

– Sim, mas eu faltei.

– Porque?

– Pra te ver.

Sinto um arrepio passando pelo meu corpo e abro um sorriso. Minha mãe cumprimenta Jack e sai de meu quarto, alegando que iria preparar o almoço. Dou passagem para Jack entrar e fecho a porta. Me sento ao seu lado e digo:

– Jack, não precisa se preocupar, eu estou bem!

– Certeza?

– Sim.

– O Peter me disse que você aceitou entrar para SIE. Fiz o mesmo. Aliás, você assistiu aquela mensagem do celular?

– Não. Não queria correr o risco de alguém lá do hospital ouvir. Afinal a SIE é super secreta.

– Hum ... Eu estou com ele aqui agora. Peter me disse que é a mesma mensagem em ambos os celulares. Então; vamos ver?

– Ok.

Jack retira do bolso o ''falso IPhone'' e liga. Nada acontece de imediato, mas uma luz surge. Percebo que a imagem é transmitida na parede, como uma TV gigante. Desligo a luz do quarto para poder visualizar melhor. Me sento ao lado de Jack novamente. Talvez perto de mais já que nossas pernas estavam bem juntas. Mas ele nem pareceu notar. A imagem de uma mulher aparece. Ela tinha olhos azuis e era branca, com algumas rugas no rosto. Aparentemente tinha 40 anos. Seus cabelos loiros e encaracolados estavam presos em um coque. Ela vestia um uniforme preto e vermelho com as siglas SIE bordadas. E então começa o discurso. Ela fala a origem da SIE, e de seus antigos presidentes. Comenta sobre política e segurança. O que mais me chamou a atenção foram os equipamentos de espiões. Ela explicava detalhadamente como cada peça funcionava. E finalmente, as quadrilhas. Engoli em seco ao ver o que iríamos enfrentar daqui pra frente. Será que eu estava pronta pra tudo aquilo? Essa era a pergunta que não parava de surgir em minha cabeça. Aquele assalto ao banco foi uma pequena demostração de tudo o que virá pela frente. Eu era uma inútil, nunca que ia conseguir ter sucesso nas demais missões. Uma tristeza me invade novamente, e o vídeo chega ao fim. Fico encarando a parede em que o vídeo havia cessado.

Dirijo minhas mãos até as de Jack, que me olha confuso. O olhei com uma expressão triste e ele me puxou para um abraço. Várias lágrimas escapam de meus olhos. Afundo meu rosto em seu ombro, chorando e soluçando. Ele faz um pequeno cafuné em meus cabelos. Me separo dele, cessando o choro, com as mãos ainda envolvendo seu pescoço. Observo atentamente seus olhos. Brilhavam e eram de um intenso castanho; de fazer qualquer garota derreter. Ele aproxima seu rosto do meu, até nossas testas chocarem. Seu hálito de menta invade minhas narinas. Fecho os olhos por um momento, e sinto suas mãos em minha cintura. Abro-os novamente e o vejo encarando meus lábios. Faço o mesmo e fecho os olhos, já podendo sentir sua respiração bater em meu rosto. Ele faz uma pequena carícia em minha bochecha, limpando as lágrimas que ainda insistiam em escorrer. Até sentir um par de lábios roçando os meus. O beijo, lento e doce, foi ganhando mais velocidade. Sua língua pede passagem, e eu cedo. Pude sentir ele ficando cada vez mais arrepiado, fazendo com que me aperte delicadamente, puxando meu corpo até ficarmos agarrados. Nossas línguas se movem em perfeita sincronia, até sentir a mesma passar em meus lábios. Seguro um gemido e sinto suas mãos levantarem lentamente minha camiseta. Até ouvirmos a porta ser aberta. Nos separamos bruscamente á tempo de ver minha irmã.

Ela já havia voltado do curso de Frances. Vestia uma camisa com listras rosa, calça jeans escura e All Star preto. Seus cabelos loiros estavam presos em um rabo de cavalo, deixando á mostra seu doce rosto angelical. Ela tem 10 anos. Seu nome é Scarler. Nos olha confusa, mas abre um sorriso, correndo até a mim, pulando e me abraçando.

– Kimmy! Kimmy! Você está bem! Não acredito! - Ela se separa de mim. Eu sorrio e digo:

– Ah ... Sim Scarler! Graças á Deus! E você, como vai?

– Vou bem! Acredita que tirei 9,0 na prova hoje?

– Do curso? Oh, que menininha mais esperta! - Digo fazendo cócegas em sua barriga, fazendo-a gargalhar.

– Oi Jack! Quanto tempo! - Ela diz sorrindo para Jack.

– Pois é! Veja como você tá grande! E muito linda, puxou a irmã - Ele diz sorrindo, e fazendo-me corar na hora.

– Né? Kim, eu vou na casa da minha amiga. Espero que você fiquei bem! Tchau mana, tchau Jack!

– Tchau! - Eu e Jack dissemos.

Depois que Scarler saiu me lembrei do ocorrido. Do beijo que agora pouco aconteceu. Olhei para Jack que me olhava sério, encarando meus lábios. Ele veio se aproximando, talvez para terminar o que havia começado. Segurou em minha cintura e nossos rostos estavam bem próximos, mas eu me afastei e levantei. Ele me olhou confuso e eu disse rapidamente:

– O almoço já deve estar pronto! Quer comer aqui? Se quiser tudo bem! Hum, que cheiro gostoso!

Não dei tempo para que ele respondesse, pois eu já havia corrido para a sala de jantar. Ou tentado, já que as muletas dificultaram. Minha mãe estava arrumando a mesa, colocando os pratos, copos e talheres em seus devidos lugares. Me aproximei e perguntei se poderia ajudar a arrumar a mesa. Ela assentiu e eu ajudei á arrumar os copos. Vi Jack encostado em uma parede da cozinha. Meu coração se acelerou ao vê-lo e eu dei um pulo de susto.

– Oi Sra. Craforwd!

– Oi Jack! Porque não almoça com a gente?

– Claro!

Ajudei minha mãe á servir a comida e almoçamos. Ela havia feito seu famoso macarrão com queijo e almôndegas! Eu evitava olhar para Jack. Afinal tinha recusado outro beijo dele depois do que aconteceu. Eu estava muito constrangida. Terminamos de almoçar e ele perguntou se podia ir ao banheiro, minha mãe assentiu e ele foi. Enquanto nós duas limpávamos á mesa, decidi contar a minha mãe sobre o beijo. Afinal, só ela sabia que eu tinha uma queda por Jack.

– Mas, se você gosta dele, e vocês se beijaram, porque recusou outro beijo? - Pergunta minha mãe.

– Eu não sei ... Eu simplesmente levantei, convidei ele pra almoçar com a gente e saí.

– Bom, vai ver porque você ficou com vergonha.

– Só pode ser mesmo.

– E ... Você sentiu alguma coisinha durante o beijo?

– Para mãe! - Eu digo rindo e jogando um pano em minha mãe.

Seco os pratos enquanto minha mãe lava a louça, até eu ouvir a campainha. Seco minhas mãos e abro a porta. Me deparo com Peter. Ele sorri e me abraça.

– Peter! Quanto tempo! Entra! - Digo dando passagem para ele.

– Olá Sra. Craforwd! - Ele diz cumprimentando minha mãe.

– Peter? O que faz aqui? - Diz Jack chegando e cumprimentando Peter.

– Quero conversar com você e Kim. Mas tem que ser particular.

– Oh claro! Acho que vou no mercado comprar umas frutas! - Diz minha mãe pegando sua bolsa e saindo.

– Bem, agora, sentem-se por favor.

– O que é tão importante? - Digo me sentando.

– Bem ... Depois de muitas reuniões, eu e os outros administradores da SIE chegamos á um acordo. Queremos que você e Jack entrem em uma das missões mais perigosas que tivemos.

– Mas já? E, nós nem somos tão experientes assim! E como assim uma das mais perigosas? - Pergunta Jack.

– Vocês foram os únicos que conseguiram alguma pista de Jason e Carlos.

– Esperai, nós vamos em uma missão para prender Jason e Carlos? - Pergunto.

– Exatamente. Vocês são corajosos, e pelo o que vi são bons em lutar, se esconder ... Precisam apenas treinar com os nossos equipamentos. Sem grandes esforços podemos torná-los grandes espiões!

– Mas, eu ainda estou machucada ...

– Querida, a missão só começará daqui á um mês. Terão tempo para treinar, e creio que sua perna estará melhor até lá.

– E, nossos amigos? Podemos contar á eles que somos espiões? - Pergunto.

– Não.

– Mas, não podemos mentir! Eles são nossos melhores amigos! - Diz Jack.

– O código 07 do capítulo 3 da SIE não permite que nossos espiões contem quem são, á não ser para seus pais; para não colocar em risco a existência da SIE.

– Se aceitarmos entrar nessa missão, por quanto tempo estaremos nela?

– Não passará de 1 ano.

– O QUE?! - Eu e Jack dissemos em uníssono.

– Mas, se for tanto tempo assim, o que iremos dizer á eles? - Pergunta Jack.

– Seus pais disseram que fazem karatê, e são faixa preta. Podem dizer á eles que iram fazer um curso de artes marciais fora do país por 1 ano.

– Ok. Nós aceitamos - Diz Jack.

– Ótimo!

– Pode nos dizer os detalhes pelo menos? - Pergunto.

– Claro. Depois que a Kim melhorar, os dois irão fazer alguns treinamentos semanais em nossa academia. Lá vocês podem aperfeiçoar as lutas, e aprender a usar armas e outros. Depois de 1 mês, irão para Manhattan, lá, irão morar em uma casa da nossa organização. Seus nomes serão os mesmos mas se passarão por namorados.

– O que? - Eu digo.

– Sim, namorados. Mas é só para manterem suas verdadeiras identidades. Prosseguindo ... Os dois morarão naquela casa, e sempre manterão contato conosco. Ao longo do tempo daremos instruções do que terão de fazer ou investigar. Agora tenho que ir. Bom dia espiões! - Peter diz piscando para nós e indo embora.

Foco no chão, pensando no que iria vir pela frente. Jack se levanta e sai, sem dizer um ''tchau'' para mim. Vou até meu quarto. Deito e do nada outras lembranças surgem em minha mente. Do meu beijo com Jack. Ah, foi tão bom. Ele era tão delicado comigo ... Seus lábios tinham gosto de chocolate, e eram quentes, assim como sua língua. Suas mãos que apertavam delicadamente meu corpo ao seu ... Eu, acho que me apaixonei. Será? Não Kim, não! Mas, eu não consigo esquece-lo! Argh! Mas agora tenho que focar na missão. Vou me recuperar, treinar e prender aquele crápula do Jason e seu amiguinho Carlos! Só isso.


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Notas finais do capítulo

Capítulo bem grande né? Haha' Gostaram?



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