Dojo Bobby Wasabi - Seaford...

POVs NARRADORA:

– Vai com calma Kim! - Diz Jack suando e no chão.

– Oh, coitado do Jack! - Diz Kim em tom de deboche.

– Só acho que é pra pegar mais leve!

– Tá, tá! - Diz Kim revirando os olhos e oferecendo a mão para Jack.

– Então ... Kim ...Você tem algum compromisso daqui a pouco?

– Não. Porque?

– A gente podia ir no Circos Burguer ... Sabe, como amigos.

– Ok, como amigos ... Eu vou me trocar, espera um pouco.

– Ok.

Ambos quando estavam fora da vista um do outro abriram o sorriso bobo. Motivo? Pelo ponto de vista de Jack, ele acha que tem ''uma quedinha'' por Kim, mas é muito mais que isso. Só que até agora ele não descobriu. O mesmo acontece com Kim. No dojo havia dois banheiros. Jack foi se trocar em um, e Kim, no outro. A mesma tomou um banho relaxante, mas não tão demorado. Saiu do banheiro, se enxugou e se enrolou na toalha branca. Ela bateu a mão na cabeça ao perceber que tinha deixado a roupa em cima de um banco no dojo. De fininho ela abriu a porta do banheiro, e foi andando devagar, pois não queria que ninguém á notasse, afinal ela estava só de toalha. Rapidamente avistou seu vestido no banco. Ela sentiu uma presença estranha, e quando se virou avistou Jack, com a toalha cobrindo sua parte inferior. Estava com os cabelos molhados, assim como o resto do corpo. Kim não pode deixar de olhar seu belo abdômen, perfeito e sarado. Seus cabelos negros pingavam e caiam sobre seu rosto, fazendo com que ele o colocasse para trás, deixando-o com uma expressão bastante sexy. Kim babava e o olhava de cima para baixo diversas vezes, até que ele notou sua presença e deu um pulo de susto.

– Kim?

– Jack?

– Porque tá aqui no dojo só de toalha?

– Também pergunto o mesmo de você - Ela diz atrevida.

– Esqueci minha roupa aqui.

– Eu também esqueci - Ela diz corando, já que Jack a olhava de cima para baixo, com um sorriso de canto - Eu já vou - Ela diz timidamente, pegando brutalmente sua roupa, e se dirigindo ao banheiro.

De longe pôde sentir os olhos de Jack em suas costas, e parecia que eles, atrevidos, desciam sobre seu corpo até parar em uma área, digamos ... Proibida. Kim entra no banheiro e fecha a porta. Ela tenta esquecer o que acabou de ocorrer e tenta se arrumar. Mas o problema é que ela não consegue tirar da cabeça aquele maravilhoso corpo de Jack, seus olhares para ele, e ele para ela. Seus olhos atrevidos que seguiam por todo seu corpo ... Argh! Porque? Ela pensava. Quando finalmente terminou de se arrumar, sorriu ao ver sua visão no espelho. E realmente ela estava magnífica! Vestia um simples vestido que ia até o joelho, sandálias baixas e uma pulseira ( http://www.polyvore.com/cgi/set?id=123665291&.locale=pt-br ). Seus cabelos dourados caiam sobre suas costas, e estavam enrolados como sempre. Ela passou uma maquiagem básica para combinar com o look. Apenas um gloss cor-de-salmão, base, e uma sombra branca. Ela saiu do banheiro e rapidamente avistou Jack e Jerry conversando na entrada do dojo. Ela se aproximou e tocou no ombro de Jack, que se virou e quase caiu ao ver como Kim estava radiante. Um arrepio tomou conta de seu corpo e um choque passou em seu ombro. Ele sorriu e disse:

– Você está incrível!

– Igualmente - Kim disse e os dois riram.

– Aonde vocês vão? - Pergunta Jerry.

– Nós vamos ao Circos Burguer - Responde Kim.

– Legal, vamos todos juntos!

– Na verdade ... Eu e a Kim queríamos ir sozinhos.

– Porque?

– Porque ... Porque ... Olha, uma banana falante! - Kim grita.

– O que? - Disse Jerry apavorado com as mãos na cabeça.

– Está vindo em nosso direção!

Jerry saiu ás presas do local, deixando Kim e Jack á sós. Ela não sabia ao certo porque disso aquilo, e porque o Jerry ficou tão apavorado, mas vindo dele já era de se esperar. Jack á olhava confuso, até que ela finalmente disse:

– Sei lá, acho que tive uma ''mente-reia''

– Ei, essa frase é minha! - Ambos riram.

– Então, vamos?

– Vamos!

E a tarde foi extremamente agradável. Os dois lancharam, conversaram, e ás vezes Jack jogava uma cantada barata para Kim fazendo-a gargalhar. Ah, a risada da Kim ... Tão fofinha e gostosa de se ouvir! Ele pensava. Os dois repararam que havia um mini-parque de diversões nos fundos do restaurante, e se deixaram levar pelo lado criança. Eles pulavam no pula-pula, andavam na mini montanha russa e conversavam com as criancinhas. Jack não pôde deixar de notar o lado sensível e doce de Kim ao falar com as crianças. É como se de uma hora pra outra ela tivesse se transformado em uma garotinha de 5 anos e entendesse o pensamento de seus ''coleguinhas''. Os dois tiveram que ir embora, afinal, já se passava de 20:00 horas da noite e o Circos Burguer iria ter que fechar.

Os dois passeavam pelo shopping até que notaram uma movimentação estranha. Se aproximaram e viram o que estava acontecendo. O banco de Seaford estava sendo assaltado! Os vidros que no caso eram as paredes do banco estavam estilhaçados pelo chão. Pessoas choravam e imploravam por misericórdia. O gerente se apressava em abrir o cofre principal do banco. O senhor tinha cabelos grisalhos, era um pouco fora de forma, e aparentava ter uns 50 anos. Ele suava e tinha lágrimas nos olhos. Ao seu lado, dois homens, bem vestidos, com terno e gravata, e óculos escuro apontavam uma arma, aparentemente uma pistola para a cabeça do homem. No total haviam uns 10 homens no banco. Uns se divertiam agredindo alguns reféns, outros ficavam de guarda na entrada do banco e outros forçavam os clientes á transferirem todos os seus bens para eles.

POVs JACK:

Eu fiquei totalmente parado. Gélido. Sem reação. Olhos arregalados. Coração quase saltando pela boca. Estático. Senti alguém me balançando, e me virei á tempo de ver a Kim com os olhos arregalados. Sua face cheia de temor. Ela me puxou para atrás de um planta, e cochichou:

– Jack, o que ... O que tá acontecendo?

– Não sei ... Acho que uma espécie de assalto.

– Hãn jura? Nem percebi! - Ela disse em tom de deboche.

– Não é hora pra isso Kim! A gente ... A gente não pode ficar parado aqui vendo tudo isso acontecer! Temos que fazer algo!

– Você tem razão ... Mas o que exatamente?

– Vamos chamar a polícia!

– Não Jack!

– Porque não?

– Se a polícia chegar, aqueles caras podem fazer aquelas pobres pessoas de reféns! Creio que seja uma gangue bem organizada. Já viu o modo que eles se vestem? Como agem? Agem ... Como profissionais!

– Você tá querendo dizer que eles planejaram tudo isso?

– É claro que sim Jack!! - Ela disse um pouco alterada - Por isso mesmo que não podemos chamar a polícia! Eles já devem ter previsto que alguém faria isso. Devem ter um plano. Um plano de fuga, sei lá. Devem ter armas de fogo, explosivos ... Não podemos arriscar todas essas vidas!

– Se não podemos chamar a polícia ... O que vamos fazer?

– Uma loucura - Ela disse calma.

Fiz uma cara confusa, até capitar o que ela estava querendo dizer. Não tive tempo de protestar, pois ela já havia levantado e saindo correndo em direção ao banco. Meu Deus, ela não pode fazer isso! Saí em disparada á seu encontro, quando percebi que ela deu meia volta antes de alcançar a entrada principal. Me agachei atrás de outro vaso de planta á tempo de vê-la chutando a entrada de ar. É claro! Ela podia se locomover por todo o local sem ser vista! Ela era esperta. Depois de um tempo chutando, ela finalmente conseguiu abrir uma pequena fresta, e conseguiu entrar. Nem pensei direito mas fui correndo em direção á fresta. Dei um chute lateral violento e a pequena fresta se abriu por completo, me dando passagem. Agachei e segui me arrastando pelos corredores. Era frio e apertado lá dentro. Consegui avistar uma cabeleira loira, e fiquei contente ao vê-la. Ela observava o que acorria por uma das entradas de ar. Me aproximei e fiquei ao seu lado. Ela notou minha presença e sorriu ao me ver.

– Jack? O que tá fazendo aqui?

– Você não acha que eu ia deixar você entrar nessa furada sozinha não é?

– Provavelmente sim.

Revirei os olhos e observei o que estava acontecendo. O gerente do banco tinha as pernas trêmulas, suava tanto que parecia que havia corrido uma maratona. Seu coração pulsava tanto que nós podíamos sentir. De repente, silêncio. Mas não um silêncio qualquer. Um silêncio mortal. O homem havia conseguido abrir o cofre. Me impressionei ao ver tamanha quantidade de dólares lá dentro. Pilhas, e mais pilhas de dinheiro vivo. O cofre era grande e tão limpo que brilhava. Todos os criminosos sorriram vitoriosos. Ouvimos palmas, e um homem apareceu. Ele vestia uma capa de couro, usava botas baixas e luvas de esqui. Além de chapéu e óculos escuros. Ele sorriu e se aproximou do gerente do banco, que estava quase surtando.

– Muito bom! Muito bom! - O sujeito disse ainda batendo palmas e sorrindo satisfeito.

– Agora você vai nos libertar? - O gerente disse com um grande pavor.

O homem circulou o pobre gerente que tremia feito um louco. Se aproximou e sussurrou em seu ouvido:

– E, porque eu faria isso? - Ele ficou de frente para o senhor e chutou brutalmente seu rosto, o fazendo cair. Seu nariz estava sangrando, e ele começou a chorar dizendo:

– Por favor, tenha misericórdia!! Tenho filhos e netos para cuidar!! Por favor! Você já conseguiu o que queria!!

O homem se aproximou do gerente e tirou os óculos. Dava para ver claramente seu rosto. Ele tinha olhos azuis e algumas rugas. Aparentava ter uns 40 anos. Seus olhos transmitiam medo. Ele tirou uma pistola de seu casaco e apontou para cabeça do senhor. Que arregalou os olhos ainda pedindo por misericórdia.

– Você viu de mais seu velho! - Ele disse cruelmente, e cuspiu no chão.

O pobre homem, agora vendo que ia morrer de qualquer jeito, não mediu as palavras e gritou:

– Seu nojento! Criminoso! Só pensa em você mesmo e executa pessoas inocentes para ganhar uma grana fácil! Vá trabalhar seu imbecil! - E ele continuou gritando com o criminoso que o olhava, incrédulo.

Eu e Kim apenas observávamos tudo aquilo. Parados, sem qualquer reação. Aquele homem estava querendo morrer? Mas afinal, ele morrer de qualquer jeito não é? Até que Kim tirou de seus cabelos um grampo, que prendia sua franja. Ela começou a abrir a portinha do ar com os grampos, que tiravam lentamente cada parafuso. Ela olhou para mim e disse:

– Temos que ir lá! Eu não ... Não vou aguentar ver esse senhor morrer! - Ela disse com lágrimas nos olhos.

– Mas Kim ...

– Jack, por favor. Faça isso comigo - Ela disse com uma voz tão doce que acabei assentindo com a cabeça.

– É agora ou nunca - Eu disse.

– No três! - Ela disse.

Pudemos ouvir o gerente do banco ainda enfrentando o assassino, que logo disse:

– Ah é? E quem vai me impedir de te matar seu velho!

– NÓS!! - Eu e Kim gritamos pulando do tubo de ar e ficando frente á frente com o homem.