A Rebelde Divergente escrita por Tris Prior


Capítulo 1
O Teste de Apitidão


Notas iniciais do capítulo

OI! EIKE FEIZ! Tá é o seguinte: Como esse é o primeiro capítulo, eu falo, comentem! comentem se gostaram! comentem se não gostaram!E me falem se eu devo continuar!BOA LEITURA!!!Ah! E o nome da personagem "Meilany" se pronuncia "meiléni" Agora sim... Boa Leitura.



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Só faltam uns retoques para terminar de pintar a parede do meu quarto, corvos, tenho o mesmo sonho todas as noites. Virei à noite pintando isso, não estava com sono. São 6:33, tenho que me arrumar para o teste de aptidão, moro no lado da escola mas continuo sendo lerda, uma das qualidades das pessoas com dislexia, sou um fardo para a Erudição, quero sair daqui, não gosto desse lugar, e mesmo se gostasse não ia conseguir passar na iniciação.

Calça jeans azul escura, blusa azul e bota azul. Passo os dedos pelo meu cabelo loiro longo e repicado, prefiro deixa-los soltos.

– Meilany?- Pai, Greg Kloss, mais conhecido como líder da Erudição– Vamos, você irá se atrasar, estou esperando-a.

Já vou pai!- Grito para que ele possa me ouvir.

Tomo banho, e me arrumo.

Caminho até o espelho e me encaro, altura média, magra, grandes olhos cor mel e... uma mancha de tinta preta na bochecha que de fato é enorme. Olho para o relógio de relance 8:00. Passou muito rápido!

Arranco meu casaco do armário e corro para a escada, escorregando no corrimão, para variar levei bronca:

– Meilany, você sabe...- Começou meu pai- Líderes não devem ser escolhidos baseado no carisma, popularidade, ou facilidade de comunicação, um padrão objetivo deve ser usado a fim de determinar quem melhor se qualifica a função. Esse padrão consistirá em um teste de inteligência, administrado a todos os adultos quando o líder atual atingir 55 anos ou começar a apresentar uma demonstrável queda em sua liderança. Aqueles que, após rigorosos estudos, não atingirem um mínimo de inteligência requerida serão exilados da facção, para que possam se tornar úteis em outro lugar. E você sabe, sempre será afirmado que: Inteligência...

– ... É um dom, não um direito. Ela não deverá ser utilizada como arma, mas como ferramenta de melhorias para os outros. – Continuei, já tinha decorado tudo aquilo, como eu estava com aquela cara de tédio, dei um sorriso, que por sua vez pareceu convincente.

O refeitório estava cheio de facções. Audácia gritando, Amizade rindo, Franqueza discutindo, Abnegação encarando a comida, Erudição – menos eu – lendo.

– Olha o que temos aqui – Disse um garoto da Audácia acompanhado de mais dois rapazes, todos de 16 anos, obviamente, se tem uma coisa que eu sei fazer é provocar.

– O que temos aqui?- Digo, ele me olhou de um jeito, como se falasse “Você tá querendo morrer!?”. Mas logo me olhou com um sorriso malicioso.

– Você até que é gostosinha né?- Meu rosto corou, não sei se foi de raiva, vergonha, ou até mesmo de felicidade não reconheci meus sentimentos. Não, eu sei meus sentimentos, raiva.

– É, sou mesmo, algum problema?- Provoquei novamente, ele explodiu.

– Olha aqui garota, quem você pensa que é para falar comigo desse jeito!?

– Filha do líder da Erudição. E você?

– Um nascido na Audácia, mais forte e mais corajoso que você!

– Forte até pode ser, mais corajoso, no entanto.

– Escuta aqui sua...- Ele apontava aquele dedo sujo no meu rosto e eu me inclinava pra trás, mas ele não completou a frase.

Johanna, a líder da Amizade chamou os primeiros.

– Franqueza: Victória Dashr e Gustavo Dashr, Erudição: Meilany Kloss e Lucca Colin.

Levanto-me e ando, forçando para não correr, me encaminham para a sala 6. Uma mulher da Amizade me aguarda com um sorriso, falço.

–É só relaxar e fazer o que seu coração mandar- Ela solta uma risada, e continua- Sou obrigada a dizer isso.

A mulher colocou o fio em minha cabeça e depois na dela. Ela posiciona - se atrás de mim e me entrega um frasco com algum líquido azul.

– É para beber?– Eu digo.

– Parece que você não é da Erudição.

– E você não parece da Amizade- Dou de ombros.

– As outras ficam com peninha e desligam a simulação, eu sou controlada- Ela abre um sorriso- Aliás meu nome é Olivia.

– Uma simulação, é isso que vai acontecer?

– Não posso falar. Apenas beba.

O liquido tem gosto de remédio.

Eu estou na lanchonete mais uma vez, mas todas as mesas estão vazias e eu vejo através das paredes, está tudo escuro. Na mesa em minha frente estão duas cestas. Em uma delas um pedaço generoso de queijo, na outra, uma faca do tamanho do meu antebraço.

– Escolha. – diz uma voz atrás de mim. Sou eu.

– Por que?

– Escolha! – Ela grita.

–Não!

As cestas desaparecem. Eu desapareço. Ouço uma porta abrindo e me viro para ver quem é. Um cachorro com nariz pontudo está parado a alguns metros de mim. Ele abaixa - se, seus lábios repuxados para traz expondo seus dentes brancos, um rosnado cresce do fundo de sua garganta. Meu peito vibra, posso sentir o som do seu latido em meus ossos.

Quando era menor, fui atacada por um cão, tenho uma cicatriz no ombro, meu pai dizia que os cães farejam o medo, por uma glândula, ou sei lá. Vou ficar calma. O cachorro avança em minha direção, suas unhas arranhando o chão.

Respiro fundo. Fico de joelhos. Acaricio sua orelha. Brinco com ele por uns segundos.

Ele some.

Estou na sala de teste, um garoto me encara, ele tem uma faca na mão, e corre na minha direção. Pulo para o lado, e pego a sua faca, eu me cortei claro, reprimo o grito.

– Isso não é real!- Pego a faca de sua mão. Eu o matei.

Estou em um ônibus e todos os lugares estão ocupados.

Paro entre os bancos e me seguro a um dos encostos. Sentando próximo a mim está um homem com um jornal. Não consigo ver seu rosto, mas posso ver suas mãos. Elas estão cheias de cicatrizes, como se ele tivesse as queimado, elas seguram o papel como se desejassem destroça-lo.

– Você a conhece? – ele pergunta mostrando a foto na primeira página do jornal. A manchete diz “Assassino brutal finalmente preso!”. Na foto abaixo da manchete está um homem. É meu pai. Ele não é um assassino!

– E então? – ouço raiva em sua voz. – Você a conhece?

– Não – Talvez –Sim.

Ele levanta e finalmente posso ver seu rosto. Ele usa óculos escuros e sua boca se dobra em um sorriso ameaçador. Sua bochecha está marcada por cicatrizes, assim como suas mãos. Ele se inclina próximo ao meu rosto. Seu hálito cheira a cigarros.

– Sim ou não!Fala logo garota!– ele grita.

– Sim! Quer dizer... Não! – Quero ajuda-lo mas não posso entregar meu pai.

– Sei que você o conhece. – ele diz em voz baixa. – Você poderia me salvar. Você poderia me salvar!

– Não! Eu posso te ajudar! Eu te salvo!

Ele gritou, ia consola-lo, mas ele sumiu.

Acabou.Olivia está arrancando os fios do computador.

– Pare! O que está fazendo!? Meu teste! O resutado!- Gritei.

– Shhhhiu!- Disse tapando minha boca com a mão. E derramando água no computador- Os seus resultados foram inconclusivos... O que você pensou com o cão, a levou para Erudição. Sua facilidade na intimidade que você teve com o cão, a levou para Amizade. O que você fez com o garoto, a levou para Audácia. Com o homem no ônibus, a levou para Franqueza e Abnegação.

Soltei uma risada nervosa.

–Tá... Muito hilário qual foi meu resultado?

– Seu resultado foi- Ela respirou fundo- Erudição, Amizade, Audácia, Franqueza e Abnegação.

– O que? Isso é impossível!

– Não! É extremamente raro... eu também sou assim, Eu sou... Divergente. Mas você tem... 5 facções... todas.

– O que eu faço amanhã?

Antes da resposta o supervisor entrou na sala.

– O que está acontecendo?- Ele disse.

– Nada, estava apenas falando o resultado da Srta. Meilany, certo?- Disse Olivia olhando para mim. Concordei com a cabeça.

– E qual é a facção?- Ele perguntou.

Olivia olhou para mim, espera vou ter que fazer minha decisão agora? É isso? Respirei e falei:

– Erudição.


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Notas finais do capítulo

Perdoem-me por erros!
bjs!



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