Friends and Lovers escrita por Rayssa


Capítulo 5
Christmas kiss


Notas iniciais do capítulo

Eu deveria postar antes, eu sei e.e Mas, eu tive um bloqueio, e quando ia desistir para começar o chap de outra fic, o bloqueio se foi... Espero que gostem ;*



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– Se você não prestar atenção em mim, vou começar a te chamar de anã. – Scorpius anunciou, tentando chamar a atenção de Rose que estava totalmente aérea.

– Ei, não faz isso. – minha melhor amiga cruzou os braços, fingindo estar ofendida. – Se não, começo a te chamar de idiota. – completou.

– Se te chamar de anã vai te fazer me responder, eu chamo. - Eu queria muito saber, por que aqueles dois não admitiam seus sentimentos um para o outro, o modo como aqueles dois se olhavam... Estava escrito exatamente ali, era amor.

– Beijem-se, agora! – ordenei em tom de brincadeira, contudo, eu realmente queria que aqueles dois se beijassem. Por causa disso, levei um feijãozinho na testa. – Sério, vocês parecem um casal. – fiz careta para a Rose, e me deitei em meu banco.

– Somos só amigos, relaxa ai. – apesar de saber que Rose falava a verdade, tinha certeza que sua voz demonstrava insatisfação.

A mesma insatisfação que eu sentia a bastante tempo. Albus passava todos os minutos do seu dia com a língua enfiada na goela de Frozen, não havia tentando falar uma vez comigo desde que eu comecei a ignorá-lo, o que provavelmente significa que ele ainda não sabe que estou ignorando-o. Mas esse não era o único motivo do meu desgosto. Lorcan era a outra parte, desde do nosso beijo, nós nos distanciamos, quer dizer, na semana passada, eu o vi com cinco garotas diferentes, e todas as vezes, ele estava em uma situação bastante delicada. Sim, eu estava com ciúmes... O CARA ME BEIJOU E DEPOIS FICA SAINDO COM TODAS AS MENINAS, isso definitivamente não é legal.

Mas ele já fazia isso antes, eu é que não notava, não era?

Dane-se!

– Quer saber? – sentei-me rapidamente, minha voz soou mais irritada do que eu esperava. – Eu vou andar por ai, quem sabe eu não encontro a vadia da Frozen e acabo com a raça dela. – grunhi.

– Hey, não fala assim da Ems, ela não é vadia. – e lá estava Scorpius defendendo a amiguinha dele, isso era tão... Ele. Revirei os olhos.

– Que seja, não gosto dela. – foi tudo o que eu disse, antes de sair batendo a porta. Eu nem sabia porque decidi dividi a cabine com Scorpius e Rose. Ah, é. Albus está com Frozen. Lorcan com alguma vadiazinha qualquer. Ninna me odeia. Bem, sobrou minha melhor amiga e o meu amigo-futuro-namorado-da-minha-melhor-amigo.

Sabe aquele momento que você diz uma coisa e dez segundos depois, você se arrepende completamente? Bem, foi exatamente isso que eu senti quando olhei para frente e notei que Emily Frozen me encara e estava vindo em minha direção.

– Lanna. – por que eu nunca havia visto aquela menina sorrir? Credo. – Eu queria falar com você sobre o Albus. – seu ar era pomposo como sempre, e seu olhar era como se dizer aquelas palavras doessem em sua alma.

– Tô esperando. – cruzei os braços.

– Sei que você não gosta de mim, todo mundo sabe. – levantei uma sobrancelha, esperando que ela continuasse. – Contudo, eu sei que o Albus gosta muito de voz, e por mais que eu não queira dizer isso, vocês deveria conversar. Ele está bastante magoado por você tê-lo empurrado no lago negro, e triste por você o estar ignorando. Ele sente sua falta. – Certo, eu deveria ter me sentido feliz com essa notícia. Todavia, tudo foi dito com tanta frieza que eu não conseguia expressar emoção alguma.

– LANNA! Ai está você. – a voz de Lorcan me fez pular. Tinha como ficar pior? – Vem cá. – ele ignorou Ems, gostei disso. Agarrou meu braço e começou a me puxar para longe dali, não gostei disso.

– O que pensa que está fazendo? – perguntei enquanto soltava meu braço.

– Evitando a quarta guerra bruxa. – revirei os olhos.

–Terceira guerra bruxa... - ele deu de ombros. - Nós estávamos conversando sobre o Albus.

– Maravilha! – exclamou animado. – Acabo de evitar um duplo homicídio. Albus precisa me agradecer depois. – minha reação foi bater de leve em seu braço.

– Você é muito idiota, sabia? – um sorriso malicioso surgiu em seus lábios.

– Pode crer que sim. – piscou para mim, fazendo com que eu revirasse os olhos. – Você precisa se livrar dos seus zonzóbulos. – franzi o cenho, curiosa.

– O que são zonzóbulos? = ele piscou algumas vezes, mudando seu semblante de completo-idiota-cafajeste para maluco-sonhador.

– Ah, são bichinhos que deixam nossas cabeças confusas. Mamãe sempre consegue os ver, assim como o Lysander. – o loiro cruzou os braços como uma criancinha mimada. – Eu, por outro lado, não consigo nem ver a sombra de um. É frustrante. – esse lado mais "sensível" dele, fez com um daqueles sorrisos invadissem meus lábios. – Por que esse sorriso? – perguntou o menino com um olhar confuso.

– Por nada Lorc, por nada.

(...)

– Irmã! – Aquela voz... Parecia que o mundo tinha parado por alguns segundos. Fazia semanas que eu estava vivendo meu inferno particular, e vê-lo ali, tão próximo.

Eu soltei as minhas bagagens e corri para o garoto vários centímetros mais alto que eu e que sorria abertamente, como sempre fazia. Assim que estava perto o bastante, joguei-me em seus braços e deixei que esses me envolvessem. Era bom tê-lo de volta.

– Ninna! – exclamou assim que me soltou. A garota de estatura baixa comparada com as meninas de sua idade e com um sorriso gigantesco correu em sua direção ao Frank, pulando em seus braços, quase igual à como eu fizera. – Senti tanto a falta de vocês duas! – ele parecia realmente feliz, e não era para menos, estávamos juntos outra vez.

– Acho que a mocinha deixou isso para trás. – eu não precisava me virar para reconhecer aquela voz, entretanto, eu precisava me virar para me certificar e comprovar que era ele, e era exatamente quem eu temia.

– Poderia ter deixado por lá. – afirmei, retirando minha mala de suas mãos em um puxão só.

– Autch. – pronunciou meu irmão, surpreso.

– Lamonna querida, peça desculpas ao filho do Harry. Isso não é jeito de trata o seu quase primo. – mamãe obrigou, com direito a bater o pé no chão e tudo mais.

– Mãe! – pulei em seus braços, numa tentativa – inútil de que ela se emocionasse e esquecesse.

– Senti saudades querida... – beijou o topo de minha cabeça. – Agora peça. – ordenou novamente, assim que me soltei do abraço.

– Desculpe-me Potter por ter descontado a minha raiva de você em você. – minha voz saia irônica e recebi um belo olhar reprovador de minha mãe.

– Relaxa tia Hans, eu já esperava por isso. – um sorriso torto surgiu em seus lábios e meu coração começou a bater loucamente.

– Desculpe-me querido, não sei o que deu nessa garota. – minha mãe desculpou-se com o Albus, e depois virou-se em minha direção. – Enlouqueceu? – neguei com a cabeça.

– Estamos brigados, nada de mais. – a minha mãe cruzou os braços.

– Nada de mais? O garoto está tentando se redimir. – suspirei pesadamente, e notei que Albus saia de lá, em direção a sua namoradinha.

– Ele ainda não fez por merecer. – encarei meus pés, e acho que mamãe entendeu o que eu queria dizer, pois parou de tocar no assunto.

(...)

– Uau, que festa maneira! – a voz de Lorcan me despertou.

Eu havia cochilado na mesa da cozinha dA'Toca. Entre ter que ficar assistindo o show de beijos entre Frozen e Albus, ou tirar um cochilo. Eu escolhi tirar um cochilo, até porque eu passara uma noite bem mal dormida.

– Oh, sim, grande festa! – resmuguei. – Uhuu. – balancei a mão, e voltei a deitar a cabeça na mesa.

– Ainda sofrendo pelo Potter? Achei que meu beijo tivesse te feito esquecer. - bufei e levantei a cabeça, para encará-lo.

– Eu diria que o meu problema é baixo auto-estima. Você já viu as garotas com quem eu tenho que concorrer? - coloquei meus cotovelos sobre a mesa e apoiei meu rosto em minhas mãos.

– Do que você está falando? - perguntou o loiro.

– As garotas ao meu redor são todas incríveis. As Weasleys são perfeitas, e eu nunca chegarei aos pés de nenhuma delas. - suspirei, abaixando minha cabeça novamente.

– Ah, fala sério Lanna! As Weasleys são incríveis, mas a única delas que é mais incrível que você é a Roxy, porque essa dai é outro nível. - confessou.

– E a Lucy? - franzi o cenho. Ele sorriu triste.

– Não fomos feitos para ficar juntos, e ela tem aquela coisa rebelde de achar tudo medíocre. - pude ouvi-lo suspirar, e levantei o rosto.

– Sinto muito. - sussurrei.

– Pelo o que? - seu rosto parecia abatido, o que significava que algo ruim acontecera.

– Por as coisas entre vocês não darem certo. - ele assentiu.

– Obrigado. - Lorcan virou o seu olhar para o chão e isso quebrou ainda mais o meu coração.

Em um movimento súbito, levantei-me e passei meus braços ao redor de seu pescoço, abraçando-o. Ele demorou um pouco para responder, porém, quando o fez, foi mais aperto do que jamais fizera comigo. Não era um tipo de abraço qualquer, havia algo diferente na forma como ele puxava meu corpo para perto.

Quando afastamos nossos corpos, nossos olhos se mantiveram grudados. Era obvio o que eu queria, e que ele queria o mesmo. Em um movimento rápido, Lorcan tomou meus lábios nos seus novamente, e dessa vez, o beijo foi muito mais quente.

Em poucos segundos, eu estava agarrada ao pescoço de Lorcan, e minha pernas ao redor de seu tronco. Suas mãos passeavam livremente pelo meu corpo, enquanto as minhas se enfiavam cada vez mais fundo em seus cabelos. Eu estava totalmente inebriada em suas mãos. Cada beijo me deixava arrepiada. Toda a nossa eletricidade estava sendo canalizada naquele momento.

Fui colocada sobre a pia, e os beijos de Lorcan passaram para o meu pescoço. Foi um pouco dificil me manter calada, por isso, não demorou para a boca dela voltar a ficar sobre a minha.

– Shiii... - sussurrou em uma risadinha sobre os meus lábios. Em resposta a isso, revirei os olhos e voltei a colar nossos lábios. Foi quando...

– Lanna, você enlouqueceu?

*


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Notas finais do capítulo

Cês lembram dessa cena? Lembram? KKKKKKKKKKK