Ao Som de Notas Graves e Contra o Vento escrita por Luke Lupin
No derradeiro da semana,
sob arcos encapados,
encurvado caminho
a passos descalculados.
Notas graves compõem a sinfonia noturna.
Ritmados, meus ouvidos dançam,
aproveitando o baile do vento.
Enquanto tremo, e ando.
Clarões naturais iluminam
Aquilo que eles mesmos escureceram.
Paro,
espero,
subo.
A sinfonia mudou.
Agora tenho poder sobre ela:
em vão tento fugir do que o inconsciente quer.
Derrotado, me encolho sem o motivo de antes,
mas não me deixo perder a guerra,
não me permito ser a fonte de água.
Entretanto, me entrego à necessidade
(que neguei, que negarei, que nego).
As notas ritmadas soam como sempre.
Meu coração, lutando, foge desse ritmo,
corre, acelera, aperta.
E consegue,
e ganha a guerra.
Desço.
Enquanto sinto a derrota,
Não diferencio o natural do meu,
Só sei que os dois estão ali.
Caindo,
molhando,
pautando soluços
que a antiga sinfonia reinante
não deixa ninguém ouvir.
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