Meu sonho escrita por May Cristina


Capítulo 28
Ops


Notas iniciais do capítulo

Bom, eu queria pedir miiiil desculpas por ter ficado meses sem postar. Mas, voltarei normalmente, porém com um capítulo a cada semana.
Boa leitura!



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Quando voltamos do recreio, veio uma boa notícia: os professores dos próximos horários não vieram. Cara, isso é uma surpresa combo. Eu nomearia hoje como o melhor dia da minha vida!! É, não exatamente o melhor, mas um dos melhores.

– Galera, vamos ir para biblioteca até a diretora resolver nos liberar – sugeriu Rosa.

Assentimos e fomos para lá. O bom é que não é muito longe da nossa sala, é ao lado (literalmente).

Não pense que Rosa já foi pegando seu livro, porque ela não pegou. Acho que o Rafinha está mexendo com a cabeça dela ou ela quer curtir um pouco conosco.

Sentamos em uma mesa e ficamos conversando sobre ontem até que o assunto Rafael chegou.

– O Rafael é o cara dos sonhos – falei me lembrando da pizza. Thomas me olhou feio, fiz uma careta para ele.

– Mas ele não é para seu bico – respondeu a Rosa. Era aí mesmo que eu queria chegar.

– Então admite que está afim dele? – Sorri malicioso para ela.

Rosa deu um suspiro e Thalia começou a rir.

– Eu mal conheço o menino!! Quem me garante que ele não é um estuprador? – Reclamou ela.

– O Marcelo garante – Thalia apontou o dedo para Marcelo, o mesmo deu um beijo em seu rosto.

– Rosa, fique tranquila... –Thomas disse.

– Meu filho, como eu posso ficar tranquila enquanto estou confusa? – Respondeu ela. – Além disso, tudo que vem fácil, vai rápido e vice-versa!

– Tudo bem, mas dá uma chance para ele... sei lá, tenta conhecer ele.

– Como eu vou conhecer ele se não tenho o contato dele e... – O celular de Marcelo havia apitado e assim, cortando a fala de Rosa.

Marcelo fez uma cara estranha, que eu nem sei descrever.

– O que houve? – Perguntou Thalia.

– Rafael me mandou uma mensagem...

– O QUE? POR QUE VOCÊ DEU SEU NÚMERO PARA ELE? – Rosa gritou.

A bibliotecária fez uma cara feia. Depois disso, abaixamos o tom de voz.

– Rosa, eu tenho esse número faz muito tempo e acho que ele não excluiu – Marcelo falou.

– O que ele queria? – Perguntei.

– Eu irei saber.

Marcelo foi para sacada e ligou para Rafael.

Ainda estou com uma pulga atrás da orelha...

– Ele está nos convidando para ir em uma churrascaria amanhã – disse Marcelo com o celular ainda perto do ouvido.

– Ele que irá pagar a despesa? – falou Rosa.

– ROSA!!! – Eu e Thalia gritamos em uníssono.

A bibliotecária chamou nossa atenção. Rosa começou a rir da nossa cara.

– Eu não sei... Esse convite está muito em cima da hora e nós já saímos ontem... – Thalia falou.

– Nem me diga. Não sei se mamãe vai me dar mais dinheiro – fiz uma cara de decepcionada. – Por que ele não te liga mais tarde? Assim, nós todos daremos uma resposta.

Marcelo pareceu concordar e passou as coordenadas para Rafael.

Estou torcendo muito para que mamãe deixe... É uma churrascaria, cara!!

Depois que Marcelo voltou, voltamos a nos entreter com o fato de Rafael estar gamado por Rosa.

– Rosa, sua linda – comecei. – Você vai, não é?!

Ela semicerrou os olhos e cruzou os braços.

– Eu – ela fez uma pausa – Não – fez outra pausa – Sei – a última pausa. Ufa! Não aguento esses dramas adolescentes.

– Você vai! Nem que para isso eu pegue o celular do Rafael, ligue para ele e obrigue ele a te buscar!!!!! – Falei cruzando os braços também. Rosa é uma pessoa difícil.

– Bom mesmo – Thalia falou.

– Vou beber água – eu disse enquanto saia da mesa.

– Quer que eu te acompanhe? – Perguntou Thomas. Não meu querido, eu sei o caminho e não preciso de um guia.

– Não, valeu – respondi apenas isso.

Desci as escadas cantarolando qualquer música que veio na mente.

Quando eu desci o último degrau, alguém havia puxado meu braço. Olhei para a cara do indivíduo, já querendo armar um soco. Me soltei depressa e segui caminho. Mas, todo vagabundo é insistente.

– Olívia, pelo amor! Deixe eu conversar com você – dizia o maldito. Sim, era o babaca do Iago.

– Iago, vai procurar algo de útil!!

– Eu quero te fazer feliz, não sabe como meus dias estão chatos.

– Faz o seguinte – me virei. – Compre um cachorro e seja feliz!! Ele te dará amor, carinho, irá te proteger e mesmo quando você pisar na bola com ele, ele continuará te amando. Captou a mensagem? Legal, agora me deixe em paz.

– Olívia, por favor...

– Meu Deus do céu, Iago!! DÁ UM TEMPO – aumentei o tom de voz. - Até malandro dá um tempo e você não!!! – ele me encarava. – Se me der licença... – assim que me virei, Iago pegou em minha mão e me puxou para perto dele. Quando ele aproximou sua boca da minha, tampei a minha boca, logo em seguida, dei outro tapa na cara dele.

– Eu não merecia isso... – ele passou a mão na bochecha que eu havia batido.

– Merecia, seu IDIOTA!

Subi as escadas correndo, nem quis beber água. Esse menino é um chato, aonde eu estava com a cabeça quando me apaixonei por ele? Deve ser por isso que a Fernanda vazou. Eu que não fico mais perto dele.

Havíamos nos retirado da biblioteca, afinal, a diretora nos liberou. Ótimo, preciso de paz!

Chegando em casa, atirei meus tênis longe e deu para ouvir meus pés cantarem de emoção.

– Não sou obrigado e sentir esse chulé, Olívia! – Resmungou Thomas.

Olhei para ele e dei um sorriso, peguei minha meia e sai correndo atrás dele pela casa.

Lucas ainda não havia chegado.

– Não, não!!! – Gritou ele quando o encurralei entre a parede e o sofá.

– Tire a mão do nariz!! – ele me segurava e ao mesmo tempo prendia a sua respiração. – Diga suas últimas palavras, Thomas.

– UMA ARANHA!

– Que??? – Olhei para cima.

Ele tirou a meia da minha mão e me segurou e assim, fazendo que nós caíssemos junto no sofá. Droga!

– Você me enganou – falei. Eu estava em cima de Thomas, uma cena completamente estranha.

Ele beijou a ponta no meu nariz e me abraçou. Pude sentir seu coração pulsar forte, eu estava completamente corada.

– Thomas... – eu tentava falar em meio aquele alvoroço. Poxa, Thomas, poxa...

Eu tentava me afastar mas ele me puxava para perto. Colocou uma de suas mãos em meu rosto e o acariciava.

– São como veludo - ele dizia enquanto me fitava com um sorriso bobo.

Eu me sentia perdida naqueles olhos claros. Thomas colocou suas mãos em minha cintura e beijava meu pescoço. Eu sentia suas mãos descerem perto das minhas coxas, um pouco para cima até acharem o local que procuravam.

Thomas... - Era a única coisa que eu conseguia dizer.

Nossos lábios se encontraram e eu pude sentir novamente como era amar e ser amada. Thomas me beijava calmamente, o que me deixava mais apaixonada por ele.

Eu pensei em tentar pela segunda vez sair de cima dele, com medo que Lucas chegasse e nos visse naquele modo. Entretando, foi só um pensamento mesmo.

Nosso beijo estava mais intenso, então eu me afastei para ganhar ar. Deitei ao lado dele naquele sofá pequeno e estreito. Coloquei minha cabeça em cima do peito de Thomas e me entregava ao jeito que ele mexia no meu cabelo. Não tínhamos pressa de sair daquela posiçao, senti-lo perto de mim era uma sensação maravilhosa. Poderíamos ficar assim a tarde toda ou o dia todo e...

– OLÍVIA!!!!

Essa voz, essas sacolas caindo no chão... Oh, não! Mamãe...

Viramos de pressa e eu saí em cima do Thomas, assim como um bandido corre ao ver a polícia.

– Mãe, gata, linda, diva... Chegou cedo hoje, não?! – Tentei amenizar a situação, mas quando vi ela tirando a sandália do pé... – MÃE, POR FAVOR NÃO MATA!!!! – Berrei. – DESCULPE!!

Ela me deu um tapa no braço.

– Deixa de ser pamonha, menina!! – ela estava brava. – Eu não posso deixar vocês sozinhos que essa pouca vergonha acontece!!!

– Marjorie, eu posso explicar...

– E Thomas, logo você??

– Mamãe, me escuta – eu estava quase chorando. – Eu...

– Eu estou apaixonado pela sua filha! – Thomas me interrompeu. – Eu sinto muito a senhora ter descoberto dessa maneira. Tudo o que aconteceu aqui foi um acidente – ele abaixou o olhar. – Marjorie, eu a amo e quero o melhor para ela. Sei que não sou o cara dos seus sonhos e que acabei de fazer uma besteira, mas por favor, não brigue com ela ou nos afaste, eu só quero que a senhora aceite. Prometo que serei a melhor pessoa para ela, não farei ela chorar e nem deixarei ela em mãos erradas, irei cuidar dela na enfermidade e trarei felicidade – Ele pausou. Eu estou sem palavras. – Apenas...

– Thomas... – eu ainda continuava sem ter o que falar. Pedia a Deus para as palavras de Thomas tocarem o coração da mamãe.

– Olha – começou minha mãe. – Desde que você pisou nessa casa, eu vi o quanto era um bom menino. Olívia é muito irritada, se estressa fácil e tem uma personalidade forte, mas eu sabia que no fundo, no fundo ela era doce, então sabia quem iria encontrar esse doce... Sim, você foi o premiado, Thomas – ela sorriu. – Eu tenho que confessar que deixei vocês dormindo no mesmo quarto para que as coisas dessem certo, e deram – Mamãe parecia contente e eu mais ainda. – Então, eu aceito.

– Mamãe, quem deve aceitar sou eu!! – Pronunciei. Estou certa ou não?

– Fica quieta, pastel! – Minha mãe e seus lindos apelidos carinhosos. – Aceito esse namorico de vocês desde que não durmam mais no mesmo quarto e contem logo para o pai da Olívia.

Vi Thomas levantando as sobrancelhas. Coitado, irá enfrentar o leão. Boa sorte, amorzinho, te vejo no céu daqui um tempo.

– Mamãe, pegando esse embalo...

– La vem essa menina, diga – ela cruzou os braços.

– É que...

– Hoje, um amigo meu me chamou para a festa dele e eu gostaria de ir com a Olívia, é em uma churrascaria e – meu celular apitou cortando a fala de Thomas.

– Não é mais. Rosa acabou de me enviar uma mensagem dizendo que será na casa dele – falei.

– Ok, eu deixo – mamãe falou. Mas que rápida! O que deu nela? – Irei fazer o almoço e os senhores tratem de arrumar a casa. Sem agarração desta vez!!

– Sim, senhora! – Exclamei.

– Positivo e operante! – falou Thomas.

Eu e as garotas decidimos sair às 18 horas. Mal sabiam elas que nesse horário eu estava procurando uma roupa. E mal eu sabia qual roupa vestir... Bem-vindos a minha realidade, galera!

Enquanto eu me arrumava, ou melhor, enquanto eu bagunçava meu guarda-roupas, Thomas me olhava impaciente.

– Filha, ainda não acabou com isso? – Falava ele enquanto eu jogava uma meia na cama.

– Me dá um tempo!

– Você é muito desorganizada, olha só essas roupas espalhadas.

– O problema é de quem? Ah, é meu.

Ele deu aquele sorriso maravilhoso e meu deu um breve beijo na testa. Logo em seguida, tirou uma mecha dos meus olhos e colocou atrás da minha orelha. Deu uma última olhada em meus olhos e me beijou com ternura.

– Posso saber o que está acontecendo aqui??

Sim, era minha mãe. Obrigada, mãe, por estragar esse momento tão precioso na minha vida!

Fim do capítulo 28.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo >.



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