—Acorde minha filha, já é hora de tomar café! -gritou minha mãe as 7:30 da manhã.

—Só mais 5 minutinhos mãe. -falei com a voz mais ridícula do mundo.

Sou Olivia, tenho 15 anos(quase 15) e moro em Belo Horizonte, a capital de Minas Gerais. Não tenho irmãos e até no momento não quero ter, mas se vier será bem-vindo. A maioria das adolescentes tem um namorado, pois é, eu não tenho.

Estamos em março, eu acabei de chegar da casa da vovó, ela mora em Portugal e eu amo aquele país, me tira um pouco da rotina, sem contar que minha família por parte de mãe mora lá, como por exemplo a tia Leila, tio Marcos e os filhos dele. Aqui em BH, da família da mamãe só tem a tia Agnes. Mas voltando a falar das férias em Portugal, sempre me encanto quando vou lá, foi ótimo passar o verão com meus primos, todos nós rimos bastante.

Voltando a realidade, eu estou bastante estranha, acho que sinto falta da Weila, a minha antiga vizinha, ela era como minha mãe(não deixe minha mãe saber disso ou ela dá a louca), e ontem os meus novos vizinhos mudaram para a casa dela. Até gosto deles, mas um deles eu odeio, ele se chama Thomas, eu o odeio porque simplesmente ele foi um grosso comigo, eu dei as boas vindas para a família dele e nem olhou no meu rosto, não falou nada e saiu. Regra número um sobre mim: Odeio que me ignorem quando estou sendo educada. As outras regras você vai saber com o passar do tempo. Mas sobre minha primeira impressão da família do Thomas, é que eles são super gentis, de menos o Thomas. Ele tem um irmão de 8 anos, o nome dele é Lucas, esse povo, vai gostar de nome terminado em S... A mãe dele se chama Keila e o pai se chama Renner, todos eles foram muito legais, gentis e atenciosos comigo. Já ia me esquecendo da cadelinha deles, a Kika, o cachorrinha mais fofa desse mundo, ela pode até ser a namoradinha do meu cachorro, o Dandi.

Depois que mamãe me gritou, eu fui obrigada a levantar, era sábado, mas a mamãe era muito severa em relação ao café da manhã, pra ela era um momento feliz, pois todos nós estaríamos na mesa, mal sabia ela que pra mim era ruim, eu estava perdendo horas de sono. Cheguei na cozinha e minha mãe disse:

—Até que em fim acordou dorminhoca!!

—Mãe, nem são oito horas ainda. -eu disse caindo de sono.

—Pois bem, lave o rosto, escove seus dentes que o Thomas e o Lucas vai passar uns dias conosco, os pais deles tiveram um imprevisto e vão voltar daqui mais ou menos um mês.

Eu tinha cuspido o café todo no chão, e ai veio minha reação.

— UM MÊS?? Mamãe, por que você aceitou???? -falei confusa.

— Quanto drama, meu Deus. Eles não tem familiares nessa região, e era bem importante, eu me ofereci para cuidar dos garotos enquanto eles estavam fora.

—E quantas horas eles chegam?

—Quando for 13:30 eles estarão aqui, portanto, pode indo arrumar a casa!

Ótimo, já bastava eu acordar cedo, ter que conviver 30 dias com o Thomas e ainda arrumar a casa... Sinceramente, não mereço!

Fim do capítulo 1.