Together escrita por Bianca


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Mil desculpas pela demora. Estou de férias no colégio e por isso tive que viajar durante uma semana. Alguns problemas familiares mas tudo já foi resolvido. Espero que gostem do capítulo!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/507724/chapter/4

Mateus e eu fomos caminhando até em casa. Não trocamos nenhuma palavra, até porque ele estava mais interessado em mexer no celular. Chegamos e eu fui direito para o meu quarto. Tomei uma ducha rápida, coloquei um shorts e uma camiseta. Desci até a cozinha e o Mateus estava fuçando nos armários.
— Procurando alguma coisa? - ele olhou pra trás assustado e logo sorriu
— Massa de tomate. Você sabe aonde fica?
Fui até ele e abri o armário que estava acima da sua cabeça, e tchan, ali estava o pacote de massa de tomate. Na cara dele. Ele grunhiu algum palavrão e eu me sentei próximo ao balcão.
— Estou com fome. - reclamei
— Só mais dez minutos.
— Ah, ok. - peguei uma revista e comecei a folheá-la
— O que você achou da Natália?
— O que? - gritei
— É Liv, o que você achou dela?
Eu poderia dizer todas as coisas que estavam na minha cabeça, poderia até comentar sobre nosso encontro no banheiro e a forma como ela apertou meu braço. Mas adiantaria o que? Mateus estava encantado por ela e deixou isso bem claro. Arrumei meu cabelo em um coque e me ajeitei na cadeira.
— Ah, legalzinha.
— Mentira Liv. - ele riu — Você coçou a nuca e você só faz isso quando se sente nervosa, ou quando está mentindo.
Eu olhei pra ele de boca aberta. Não é que ele tinha razão? Eu provávelmente nunca mais poderia mentir pra ele. Intimidade é mesmo uma merda.
— Não fui muito com cara dela.
Me segurei para não dizer que achei ela arrogante, entrometida, fútil e todos os adjetivos que consegui pensar em um dia. Ele me deu um olhar triste e continuou mexendo no fogão.
Arrumei a mesa e depois de alguns minutos ele colocou uma travessa de macarrão com molho de tomate, um recipiente com almondegas e salada de pepino. E por sinal, essa é a minha comida favorita de todo o mundo. Peguei o suco de laranja que estava na geladeira e nos sentamos.
— Está uma delícia.
Eu disse enchendo a minha boca com almondegas, ele sorriu e pegou um guardanapo que estava na mesa. Se aproximou de mim e tocou levemente o papel no canto da minha boca. Eu estremeci. Senti meu estomago revirar e corri para o banheiro. Só deu tempo de abrir a tampa da privada, eu vomitei todo o almoço maravilhoso que ele havia preparado. Me sentei no chão ainda sentindo meu coração acelerado e aquele desconforto no estomago, o que diabos havia acontecido?
— Liv, abre a porta. Está tudo bem?
— Sim. - respondi ainda mantendo a porta fechada
Dei descarga e escovei os dentes rapidamente. Me olhei no espelho e eu estava pálida, belisquei as minhas bochechas (uma tática que eu li em alguns livros) e abri a porta.
— O que aconteceu Liv? - Mateus tocou levemente meu ombro e eu senti todo aquele enjoou voltar. Respirei fundo e me afastei dele.
— Eu não sei, acho que a comida não me caiu bem.
— Desculpe. - ele se aproximou de mim mas dessa vez não me tocou
— Não precisa se desculpar, estava uma delícia. - dei um sorriso
— Tão delicioso que você vomitou tudo, legal. - Ele soltou um olhar desapontado (aquele que os cachorrinhos geralmente dão quando querem colo) e começou a tirar a mesa.
— Mat, espera. - toquei a sua mão levemente e não senti nada dessa vez — Você sabe que não foi a minha culpa. Eu te peço desculpas pelo que aconteceu, realmente não sei o que houve. Estava tudo maravilhoso e pode ter certeza que eu vou comer no jantar.
Ele me olhou nos olhos e soltou um sorriso fraco. Nós arrumamos a mesa e eu separei um pouco para comer mais tarde. Passamos o resto da tarde assistindo filmes e falando coisas sem sentindo. Era estranho mas eu sentia uma barreira entre nós, tudo que antes eu falava com tanta facilidade agora saiam com dificuldade. As palavras pareciam erradas. Tudo estava meio fora de tom mas o Mateus parecia não notar. Será que eu estava ficando louca? Por volta das 17hrs a mãe dele ligou avisando que já estava em casa, e ele foi embora.
Subi para o meu quarto e me deitei. Era estranho mas as únicas palavras que vinham na minha cabeça eram "É difícil encontrar uma amizade verdadeira com o sexo aposto. Geralmente alguém confunde e sempre acaba em merda." Eram as palavras da Natália. Não. Não. Não. Eu não estava apaixonada pelo Mateus. Nós eramos amigos desde sempre, quase irmãos, lembra Lívia? Sacudi a minha cabeça tentando afastar todos esses pensamentos absurdos. Se a Natália havia tentado plantar uma pulga atrás da minha orelha, ótimo, ela conseguiu.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu sei que esse foi meio curtinho mas se tudo der certo, posto o 5° hoje mesmo!!! Beijão.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Together" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.