*Anos haviam se passado desde que Brittany e Quinn foram exulpas de casa. No começo havia sido bastante difícil, duas garotas lésbicas de 17 anos tentando ter um lugar no mundo, mas mesmo sendo difícil, elas não se deixaram abater, batalharam por uma boa vida.

Três anos depois, elas estavam em paz. Quinn estava cursando faculdade de letras, como era o seu senho e tinha um emprego que ela adorava em uma ótima livraria de Ohio e Brittany trabalhava em um estúdio como Disigner Gráfica e juntava dinheiro para ter seu próprio estúdio algum dia. Elas tinham o próprio apartamento onde viviam felizes e tranquilas depois de uma cerimônia singela onde se tornaram oficialmente senhoras Pierce. A vida não poderia ser melhor.

Era uma tarde ensolarada em Ohio e as jovens guerreiras estavam caminhando pela rua rindo e conversando quando, de repente, três homens aparentando ter seus 24/25 anos abordaram as loiras ameaçando-as com facas e as mandaram acompanha-los até um beco que havia por ali.

O homem ruivo segurava Brittany pelo braço enquanto mantinha a faca no estômago da loira, o homem moreno segurava Quinn pelo braço enquanto mantinha a faca no pescoço da loira de olhos avelã, o homem loiro ficou frente as garotas com uma postura dominante.

-É o seguinte, agora as suas vidas nos pertencem e vocês vão ter que pagar por elas se não quiserem que nós as arranquemos de seus corpos. –disse o loiro.

Brittany entregou a bolsa que estava pendurada em seu ombro esquerdo e Quinn, com dificuldade devido aos mãos trêmulas, entregou o celular que estava no bolso de sua calça jeans.

-100 dólares e dois celulares vagabundos? –disse o loiro depois de verificar o que tinha na bolsa de Brittany. –Não é o bastente. Se não tiverem mais nada, estão mortas.

-Elas tem anéis. –disse o ruivo depois de analizar as duas para verificar se não tinham jóias.

-Tire delas. –ordenou o loivo sendo prontamente atendito pelo ruivo que arrancou os anéis das mãos tremulas das garotas. Os anéis eram realmente caros, talvez fosse a coisa mais cara que as loiras tinham na vida. –Ora, ora, ora. São alianças. –disse o loiro analizando os anéis e lendo as palavras cravadas em seus interiores. –Parece que temos duas sapatas em mãos, rapazes. –completou.

-Uh, que desperdício. –disse o ruivo olhando Brittany de cima a baixo.

-Acho que temos o dever de curar essa anomalia. –disse o moreno olhando para Quinn da mesma forma que o ruiva fazia com Brittany.

-Ah é. –disse o loiro se aproximando de Brittany que ainda era segurada pelo ruivo.
Quinn observava a cena com o desespero nítido em seus belos olhos avelã.

-Não. Por favor, não. –dizia Brittany se encolhendo o máximo que podia. Ela não aguataria ser humilhada e violada dessa maneira.

-Cala a boca, vagabunda. –vociferou o loiro. –Agora eu vou ti mostrar o que um homem de verdade pode fazer. –completou descendo as mãos para o sinto com um sorriso maldoso no rosto rústico.

-Não! Deixe-a em paz! Eu faço tudo o que vocês quiserem, mas por favor, deixa ela ir embora. –gritou Quinn para o loiro enquanto se remexia tentando se soltar do moreno que agora segurava-a pelos dois braços.

-Eu nunca ti deixaria, Q. –disse Brittany olhando para a esposa com intensidade.

O loiro apagou o sorriso miligno do rosto e deu um tapa tão forte no rosto de Brittany que os cinco dedos ficaram perfeitamente marcados no local.

-Parabéns, suas vadias inúteis. –disse o loiro após o feito. –Conseguiram me deixar com nojo de vocês. Agora vai ser bem pior. Cabeça-de-Cenoura, segure essa aí bem firme e não deixe que ela pare de olhar. –ordeneou enquanto puxava a faca da cintura e andava até Quinn. –Agora você vai ver essa vagabunda morrer.

A respiração de Brittany acelerou e Quinn fechou os olhos. O loiro ergueu a faca e enterrou fundo no estômago de Quinn que grunhiu de dor. Brittany chovara, gritava, se remexia tentando se soltar de algum jeito e ajudar a esposa, mas o ruivo era muito forte.

O loiro retirou a faca e enterrou novamente em Quinn duas vezes, depois limpou o sangue da faca na calça da loira.

-Pode largar. Vamos dar o fora. – disse o loiro colocando a faca de volta na cintura e sendo o primeiro a correr.

O moreno soltou a loira que caiu no chão levando as mãos a barriga onde estavam os cortes. O ruivo soltou Brittany que correou para a esposa, a tomando com um dos braços e levando a mão restante aos ferimentos.

-Quinn, amor, olha pra mim. OLHA PRA MIM! –pediu Brittany percebendo o olhar distante da loira em seus braços.

-Eu estou indo, Britt-Britt. Posso ver a escuridão chegando. –proferiu Quinn com muita dificuldade.

-Não. Você não pode ir, meu amor. Fica comigo. Fica comigo. –pediu Brittany molhando o rosto da esposa com suas lágrimas.

-Eu não... Não me arrependo de nada. De nenhum segundo que estivemos juntas. –disse Quinn com sentindo os olhos pesados, mas elas precisava dizer aquilo antes de partir.

-Quinn, não feche os olhos. Não se atreva a fechar seus lindos olhos. –disse Brittany desesperada.

-Eu te amo. Nunca se esqueça disso. –disse Quinn deixando as palpebras pesadas se fecharem, suspirando pela ultima vez.

-Eu também te amo, Quinn. –disse Brittany se agarrando a esposa inconsciente.*

Brittany acordou em sua cama. Estava suada, ofegante e em lágrimas. Faziam quatro anos que sua linda Quinn havia sido tirada dela. Quatro anos que a mesma imagem atormentava sua mente todas as noites em sonho. Quatro anos que o amor infinito que sentia por Quinn fora substitído por amargura.

Depois daquela noite, a raiva no coração de Brittany não permitiu que ela ficasse quieta. A loira se tornou uma policial, estava decidida a acabar com a maior quantidade possível de bandidos como aqueles e, se desse sorte, acabaria topando com aquele loiro maldido e vingaria sua esposa.

Com o passar do tempo, com aquele dia em sua mente todas as noites, Brittany não tinha mais vontade de dormir, então ia para bares e enchia a cara. Acabou indo para a cama com diversas mulheres diferentes, tentando sentir algo que não fosse dor, nem que fosse por poucas horas.
Muitas vezes era acordada por uma mulher estranha que alegava que a loira estavas gritando e se debatendo falando sobre uma tal de Quinn, outras, como a que estava ao seu lado naquela manhã, estavam dormindo como pedras devido a grande ingestão de alcool na noite anterior.

Brittany suspirou e analizou a morena deitada em sua cama com o lençol cobrindo apenas a metade inferior do corpo.

“Bom, essa até que é bem bonita.” –pensou Brittany dando de ombros e indo para o banheiro tomar um bom banho para tirar o cheiro de alcool, suor e sexo de seu corpo.

Quando já estava devidamente uniformizada, tomou um susto com um grito que veio de sua cama. A morena da noite anterior havia acordado.

“Ai caramba. Lá vamos nós de novo.” –pensou Brittany suspirando e se voltando para a garota.