High School Magical escrita por Luiz Wanderley


Capítulo 10
Indo




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Passaram-se dias, e eu não vi Prine desde aquela vez. Mas me disseram que ele acorda ás 4 da manhã para roubar café na cantina. Eu decido acordar cedo para achar ele pelos corredores.

Acordo muito, mas muito cedo. Umas 3:30 já estou de pé. Saio sem fazer barulho. Abro a porta do quarto, que faz um grunhido, mas não acorda James. Saio com meus pés segurados na ponta. O único som que há é os meus ossos estralando, e uns pequenos gemidos de frio que há em mim. Mesmo que toda a escola possua climatizadores, o ar frio entra, e congela-me.

Passo pelos corredores, até chegar na cantina. Lá, as cozinheiras já estão acordadas, e o cheiro do café e do leite enche-me. Até que avisto o gordo Prine. Está de pijama preto. Ele sempre anda com preto. Preto é a sua marca. Sigo ele até o lugar que ele vai. Como o segurar para ele me ouvir? Tenho uma ideia. Mas não quero machucá-lo.

Chego até perto dele, que está de costas. Pego no seu braço e o bato contra a parede.

– Preciso conversar com você - falo - Agora.

– Você interrompeu minha rotina, garoto - ele fala e eu dou uma risada.

Pego seu braço e o arrasto até uma mesa da cantina e lá conto-lhe tudo oque eu vi. Ele fica horrorizado, e não concorda. Ele acha que eu surtei ou coisa do tipo.

– Mas eu estou falando a verdade... - falo - Eu a vi e a ouvi.

– John, vá dormir, acho que você teve uma mau noite de sono.

– Não, eu não tive. Me ouça - eu falo bem alto.

– Olha, John. Lunny foi nomeada diretora por: Nível de bondade, Força, e Especialidade de seu poder.

– Mas isso não impede que ela seja filha de Nikko - retruco.

– Ela não é... Não é... NÃO É! - ele grita, e por dentro de mim sinto-me envergonhado. Não gosto que gritem comigo.

– Já que você não acredita em mim... - continuo - Você é muito próximo da diretora, estou certo? - ele balança a cabeça - Pois bem, você poderia flagra-la. Eu acho que alguém vem fazer algumas visitinhas pala ela.

– Não posso flagrar a diretora, John.

– Pode sim. Você tem que acreditar em mim, Prine - imploro.

– Está bem... - ele continua - Vou tentar ouvir alguma coisa.

Ele sai para tomar seu café, e eu volto para o dormitório onde James ainda ronca alto como um hipopótamo, subo no beliche e durmo enquanto tenho tempo.

Três Meses passam, e Prine nunca mais tocou naquele assunto. Mas eu devo pergunta-lhe. E pergunto. Ele me responde que não ouviu nada, em nenhum dia desde a nossa conversa a três meses atrás, o inverno está passando, agora chega a Primavera. O tempo é muito confuso aqui, diferente do lugar onde meus pais moram.

Charlotte e eu estamos almoçando juntos na cantina pública. Que serve um almoço ruim. Mas ela gosta, e fica olhando-me comendo. Eu fico constrangido e vermelho quando ela faz isso, mas sempre faço isso com ela também.

Ás vezes ela que me convida para ir na cantina paga, mas eu discordo. Só aceito se eu pagar, mas ela me dá tapas no ombro para e diz "Para de ser besta", porque ela diz que agora é vez dela de pagar.

Nunca beijei nenhuma menina na vida. Charlotte só teve um namorado na vida dela. Ela nunca fala no assunto, esqueceu ele.

Acordo num dia quente. É cedo, 5:51, sigo para o 3° pátio da escola, e lá me deparo com o menino que lê mentes, Lukke Clockyn, que está apanhando maçãs. Não posso chegar perto dele, ele poder ler a minha mente, então passo direto sem olhar, e espero que ele não me perceba.

– John? - grita ele, e eu me apavoro e saio correndo.

Ele começa a me perseguir, mas não posso fazer nenhum tiquinho de barulho para não acordar as pessoas. Corro até chegar no 1° pátio, onde não há saída. Ele continua gritando meu nome, então eu decido que ele deve descobrir.

– Mas oque houve? - Lukke pergunta.

– Você leu, não foi? - pergunto.

– Li oque, John?

– Minha mente. Por favor não conte para nin... - Sou interrompido.

– Não consiguo ler sua mente, John.

– Han?

– Sabe oque eu disse? Sobre que eu só consigo ler mentes frágeis?

– Sim. - respondo, embora já saiba a resposta.

– Sua mente... Eu não consigo de nenhum jeito lê-la. É muito difícil ler a sua. Eu consigo de alguns professores, e muito pouco de alunos do 5° ano. Mas a sua... É diferente e estranho. Um aluno do 1° ano, sem treinamento...

– Você quer dizer que minha mente é forte?

– Exato.

Saio sem dar nenhuma explicação e corro até meu quarto, James está acordado fazendo cálculos. E enquanto ao jogo... Ele o zerou.

Vou para o banheiro e tomo um banho, quero ser o primeiro a chegar na sala de aula hoje. Desde o episódio anterior com o professor de Controle, estou com a fobia de atraso, que eu não sei o nome.

Penso o dia inteiro sobre oque Lukke disse, que minha mente era forte, ás vezes eu desejo que Prine nunca viesse aquele dia. Se ele não viesse, eu não saberia nada sobre oque Lunny anda tramando. Desejo que nunca eu descobrisse minha anormalidade.

Hoje, eu levei Charlotte de novo para a cantina paga, ela não questionou. Eu fiquei muito calado o dia inteiro, as pessoas olhando para mim e eu olhando para elas.

Passei o dia todo deitado lendo um livro sobre Ficção Científica. Li ele todinho somente hoje. Só saí do beliche quando era a hora do jantar. Serviram-nos frango à bolonhesa. Comi muito, mas muito pouco, não estava com fome.

No outro dia, acordo com um pronunciamento de Lunny:

Alunos, alunos! Hoje as aulas foram canceladas. - Depois que ela falou isso dava para ouvir gritos de comemoração por toda a escola – Hoje, os professores farão uma viajem. E por isso, todas a aulas estão canceladas. A piscina da escola estará aberta hoje, após o almoço. Obrigada.

Lunny tinha a voz de uma pessoa boa, mas dava para sentir que sua voz era uma ironia.

Decido ir para a piscina depois do almoço. Não para tomar banho, só para brincar com as pessoas com meu poder.

Observo o amostrado, que descobri o nome que é de Blive, está na piscina paquerando Charlotte. Então, dou-lhe uma lição.

Fico escondido atrás de uma construção e estendo minha mão para a parte em que Blive está. Faço um gesto com toda a mão aberta, e faço um pequeno tentáculo de água, e dou um hit com a água em seu rosto.

Todos caem na gargalhada, quando ouço outro pronunciamento da diretora:

Sr. John Hunn, favor comparecer á diretoria.

As pessoas me procuram por entre elas, mas não me acham, eu já estou andando para a diretoria.

Chegando lá, ela está sentada com uma pena na mão escrevendo em um papel.

– Ora.. - ela começa - Hunn.

– Sra. Lunny...

– Sr. Hunn, que tal termos uma conversinha?

– Acho ótimo.

Ela me convida a sentar e eu sento, estou tenso.

– Fiquei sabendo... Que descobriste uma coisa... - sua voz sai doce como mel.

E eu fico totalmente perdido, minha cabeça está confundida.

É agora que ela irá me matar?


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Notas finais do capítulo

Então, é isso. rsrs



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