A saga de venom escrita por Venomous


Capítulo 3
# Insanidade




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Por anos eu fui humilhado por pessoas mais desprezíveis que eu! meu pai, minha noiva... E O MALDITO HOMEM-ARANHA!!! Mas as coisas vão mudar graças a esses dons que eu recebi. Os dois últimos que me humilharam assim morreram, agora só falta o homem-aranha!!!

Em uma noite qualquer comecei a atormentar a vida do homem-aranha. Eu aparecia do nada, quando ele menos esperava e depois sumia, deixando ele paranoico e totalmente desconfiado de tudo e todos a sua volta. A ligação do simbionte alienígena comigo trouxe à tona fatos sobre a vida do herói que somente ele poderia saber, dentre eles a informação que me foi mais útil foi a identidade dele. Isso me permitiu atormentá-lo, persegui-lo, ameaçar sua tia, deixá-lo atordoado antes de chegar até ele e me revelar. Mas essa era a parte teórica, ainda me faltavam ideias de como fazer esse plano funcionar sem deixar nenhuma ''ponta solta''.

Eu comecei a pensar em deixar a pobre tia dele em paz, já que o Parker já estava quase doido. Então ficaria mais fácil para matá-lo e comer o cérebro dele com um bom vinho. O homem-aranha estava no meio de uma briga com o escorpião e eu como de costume estava apenas seguindo os passos do herói. Mac Gargan era o vilão conhecido como escorpião, ele obteve os poderes quando procurava o homem-aranha, à mando de J. Jonah Jameson, meu antigo chefe.

–GARGAN!!! Não precisa ser assim!!!-Disse o homem-aranha-

–Eu também não queria que fosse, mas eu preciso desse dinheiro inseto!!!

–Sua mulher não concorda com as suas atitudes Gargan!!! Pense nela!!!

O escorpião arrancou as bases de um outdoor e jogou em cima do Parker sem o mínimo de pena, vendo por esse lado, o tal de Gargan poderia ser útil depois, mas neste momento, ele fazia parte do meu plano, para a infelicidade dele. Eu apareci atrás dele e o prendi em uma teia, enquanto ele apenas gritava desesperadamente. Quando o homem-aranha conseguiu sair debaixo do outdoor eu dei a ordem ao simbionte para ele aparentar ser uma simples roupa, tornando-me Eddie Brock de novo.

–Eddie Brock?! O que faz aqui?-Perguntou ele-

–Olá, amigo! Não faz ideia de quanta falta ''nós'' sentimos de você!

–Nós?! Do que você está falando Brock?! Você está trabalhando com o escorpião?!

–Eu mudei amigo, graças a você eu mudei! Eu não estou mais sozinho... agora eu tenho ele... aquilo que você rejeitou, eu aceitei! Não existe mais ''EU'', somente ''NÓS'' agora!!!

–Olha cara, eu sempre soube que você era louco, mas isso tá parecendo sério!

O simbionte mostrou a nossa forma e fez o herói entender do que eu estava falando.

–O simbionte?!!! Brock, o que foi que você fez?!!!-Disse o aranha-

–HAHAHAHA! ''Nós'' evoluímos homem-aranha! ''Temos'' mais do que você agora! Somos melhores juntos e a nossa vingança está bem perto de chegar!

Eu só precisei de um soco para desmaiá-lo e enquanto ele estava inconsciente eu o prendi em uma teia e esperei até ele acordar.

–Acorda aranhazinha! Acorda... acorda...

–Argh! Brock!!!

–HAHAHAHAHA!!! Olá Parker!

–O que? Você enlouqueceu...

–Não precisa esconder mais nada de ''nós'' Parker! A minha ligação com o simbionte me fez ver coisas que estavam bem na minha frente!!

–Esse maldito simbionte! Mas porquê o meu sentido aranha não...

–Você passou muito tempo com o ''nosso'' amigo alienígena e ele achou um jeito de entrar na sua mente e bloquear o seu sentido aranha, em resumo... você não poderá mais usar isso contra ''nós''! HAHAHAHA! Não pode mais contar com isso, nem com nada!!! ''Nós'' vamos acabar com a sua vida herói, você vai saber o que é perder tudo!!!

–BROCK!!! BROCK VOLTA AQUI!!!

Eu fui embora e o deixei preso naquela teia, que era mais resistente que a dele. Antes de matá-lo eu tinha que fazer o mesmo que ele fez comigo... humilhar, perturbar, tinha que deixá-lo louco!!! Mas no fundo eu também me sentia insano, eu não sabia mais quem eu era.

Eu parei de trabalhar e com isso acabei perdendo meu apartamento, mas eu nem ligava muito pra isso. Fui morar no subterrâneo, perto das linhas do metrô, muitos preferem chamar de esgoto, mas eu chamo de humilde lar. Tudo que eu precisava estava lá, os meus aparelhos para fazer musculação... e pra que comida? Morar em um esgoto significa ter uma quantidade infinita de comida... RATOS!!! Todos acham isso bizarro, mas pra mim é normal, ou pelo menos era. Ser venom tinha mudado muitas coisas em mim, e uma delas foi o meu apetite!

Após uma noite bem dormida, eu acordei, fiz meus exercícios e saí para atormentar aquele que me atormentava. Eu fui até a casa dele e me surpreendi ao ver que ele não estava lá, mas mesmo assim eu toquei a campainha e a tia dele me atendeu.

–Olá!-Disse ela-

–Olá senhora, eu sou um amigo do Peter, Eddie Brock. Ele está?

–Não meu querido, infelizmente ele não está, se me lembro bem ele foi até o clarim diário.

–Aah, claro! Muito obrigado senhora.

Ela era parente daquele verme, mas ainda assim era inocente e ''nós'' preservávamos a inocência. Eu fui até o clarim diário e o Parker estava lá, recebendo ordens do Jameson, então eu entrei pela janela e surpreendi os dois. Peter me olhou com uma cara de assustado, enquanto o Jameson se escondia debaixo da mesa.

–HAHA! Olá chefe, vai se arrepender do que fez ''conosco''!

–Eddie não!!!-O parker gritou-

Eu levei o meu antigo chefe para um parque de diversões abandonado e o deixei como refém.

–Olha, eu posso pagar o resgate!!! Posso pagar tudo o que você quiser!!!-Dizia o Jameson desesperado-

–Ninguém pode pagar o que você fez com ''a gente''!!!

–Eu te conheço por acaso?!

–Não se lembra de ''nós'' querido chefe?! Não lembra quando você nos humilhou?!

–Bruck??! Break??! Brock!!!

–Você vai pagar sim... com a sua vida!!! O doce gosto dos seus órgãos ''nos'' trará um pouco de paz até ''nós'' matarmos o homem-aranha!!! Sentir o seu sangue escorrer pela ''nossa'' boca nos fará felizes!!!

Nesse exato momento o homem-aranha apareceu.

–Homem-aranha!!! Como você...

–Você até que não é tão inútil Jameson! Eu segui os pedaços de papel que você deixou pelo chão até aqui!

–Argh!!! JAMESOOONNN!!!-Eu gritei-

–Eu estava passando perto do clarim, quando um fotógrafo me chamou e disse que um monstro negro tinha levado o chefe dele, então eu vi os papeis espalhados e pensei nessa possibilidade!-Disse o maldito aracnídeo-

–Porque não diz a verdade a ele Park...

Ele tampou a minha boca com aquela teia ridícula dele!

–Brock, não me machuque, eu te devolvo o seu emprego!-Falou o Jameson tentando me convencer-

–HA! Olha só o Jameson não é tão destemido assim!-Zombou o Parker-

Já chega!!-Eu gritei enquanto arrebentava a teia dele-

Eu parti pra cima do aranha sem pena e deixei ele no chão. Mas persistente como sempre ele se levantou, pegou o Jameson e foi embora. Tentei segui-lo, mas ele conseguiu sair da minha vista. E a minha ira só aumentava.

Mais tarde, quando eu cheguei no meu ''lar'' notei que nas paredes estavam colados folhas de jornais que falavam dos fracassos de Eddie Brock e ao olhar para trás vi o homem-aranha pendurado na parede.

–E aí Brock, gostou da decoração?!

Eu furioso fui atrás dele até chegarmos em um prédio onde eu pude sair de perto dele e aparecer pelas costas. Só precisei de um golpe para fazê-lo cair e quando ele jogou sua teia na tentativa de se segurar eu pulei e o peguei, ainda no ar. Nós caímos no arsenal de um grupo de operações especias. Ele lançou aquela maldita teia para pegar uma arma sônica que usou para deixar o meu ''outro'' fraco e eu caído, porém, ele não parou. Chegou uma hora que ''nós'' não estávamos aguentado mais, então eu desmaiei com o sofrimento do simbionte. Antes de cair eu só pensava em manter o processo de simbiose, mas não aguentei tamanha dor.

O homem-aranha me carregou para uma prisão especial no instituto Ravencroft, onde eles usavam raios sônicos e me davam drogas injetáveis que impediam a minha ligação com o simbionte, fazendo o meu ''outro'' ficar imóvel. Eu observei que todas as outras celas tinham criminosos maníacos, loucos, verdadeiros psicopatas que tinham o dobro da ''nossa'' insanidade. Só pelo olhar dava para ver que eram máquinas de matar descontroladas. E o mais louco de todos ficava na cela do lado da minha, esse era Cletus Kasady, um assassino que tinha uma ficha criminal nunca vista antes, era quase como um Bin Laden 2.0, ele foi acusado de matar uma criança de 6 anos, uma de 8 e uma adolescente de 18 e muitos outros homicídios, tráfico de armas e mais uma série de coisas que eu nem sabia que existiam. Contudo, sua pena foi perpétua e finalmente tiraram aquele monstro do mundo. Durante aquele tempo na prisão eu não conseguia me dar bem com ele, nós vivíamos discutindo e brigando, mesmo estando separados pelas paredes de nossas celas.

Enquanto eu fiquei lá, comecei a pensar em pessoas inocentes e fui desenvolvendo cada vez mais um senso de moralidade que me impedia de fazer mal para aqueles que não mereciam. Mas isso foi o começo de tudo, a parte boa vem à seguir.

CONTINUA...


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Notas finais do capítulo

Notaram a mudança quando Eddie Brock, que nem se importava com os outros passou a preservar a inocência? Mais um efeito da influência do simbionte, apesar dessa ideia de ''proteger'' indefesos ter partido do Brock.



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