Edward Charles Brock Jr. é um jornalista muito ambicioso, viciado em malhação- tão viciado que seus músculos são comparados com os de um fisiculturista-. Ele é loiro, têm olhos azuis, estatura alta(1,90 m).

Nascido e criado na Califórnia, porém, se mudou para Nova Iorque para tentar achar um bom emprego. Sem esposa ou filhos, Brock teve sua vida mudada para sempre após a chegada de Peter Parker, o homem-aranha. Mas começando do início, é mais ou menos assim...

Desde sempre, Eddie Brock sonhou em se tornar um jornalista muito famoso e ganhar prêmios por apresentar matérias em situação de grandes riscos, porém, o musculoso nunca recusou colocar vidas inocentes em perigo. E isso o tornava um maníaco não muito diferente de qualquer presidiário do instituto ravencroft.

Um de seus primeiros empregos foi em um jornal pouco conhecido. Nessa época, Eddie se preocupava em como pagar suas contas e sua ambição de ser famoso só o atrapalhava. Mas como estava em início de carreira, quase não era levado a sério. ''Começar com algo pequeno para chegar ao ápice'', ele fez disso seu lema e foi aperfeiçoando seu trabalho.

Brock começou a ganhar experiência, e com isso, vieram os sonhos de sua ex-noiva. Sonhos?! Pesadelos! Ela dizia que Eddie jamais teria um futuro e depois que adoeceu, começou a mostrar desprezo pelo rapaz.

E com uma sequência de pesadelos, Eddie foi obrigado a consultar um psicólogo. Apesar de não ter muito dinheiro, ele achou que essa era uma prioridade.

Sua psicóloga era a doutora Ashley Kafka, que fazia parte da equipe de psicólogos do instituto ravencroft ( uma prisão para criminosos insanos). Brock começou a tomar simpatia pela doutora e eles foram ficando cada vez mais íntimos, até que um dia ele a convidou para sair. Em meio ao tumulto de primeiros empregos e tudo mais, Eddie achou um tempo para desfrutar de seus casos amorosos, que no momento era a doutora Kafka.

–Ashley, essa noite está sendo muito especial pra mim!

–Pra mim também, Eddie! Só que nós precisamos conversar...

–Pode falar!-Disse ele enquanto se aproximava dela.

–Não, Eddie! É isso que eu queria te falar... eu amo a nossa amizade, só que eu infelizmente não quero nada além disso!

–Nós vamos continuar com a mesma amizade! E vamos ter mais liberdade, também!

–Desculpa, você é uma ótima pessoa, mas eu não posso continuar com isso!-Disse ela fazendo carinho na mão dele.

Brock insistiu em levá-la até a porta do restaurante, mas realmente estava frustrado e muito chateado.

–Eu adorei o jantar, Eddie! Me desculpa não poder ir além!

–Tá tudo bem, ''Ash''!

–Você é um cara maravilhoso!-Ela disse depois de dar um beijo em seu rosto-Tchau!

Depois daquela noite, Brock perdeu um pouco de sua confiança e deixou de lado seus sentimentos por Ashley. Ele também parou de ir às sessões de psicoterapia, para evitar o constrangimento.

Dois dias depois, Eddie se encontrou com Ashley em um bar. Ela estava em um grupo de cinco pessoas, dentre elas, sua melhor amiga Annie Weying. Brock olhou para Annie, e ela deu um leve sorriso. Naquele momento, Eddie sentiu seu coração bater mais forte e recuperou toda a confiança que havia abandonado.

–Oi, Eddie, tudo bem?

–Tudo, ''Ash''. E você?! Como anda o seu pai?

–Muito bem! Ah, desculpa pela falta de educação... Eddie Brock, esta é Annie Weying -Disse a doutora tentando criar um clima.

–Oi, prazer!-Disse Annie.

–Oi, tudo bem? O prazer é meu!

Ela deu um sorriso envergonhado.

–Desculpa interromper a conversa de vocês Eddie, mas nós estamos realmente muito atrasadas! Só viemos aqui para comemorar a readmissão da Annie!-Falou a doutora Kafka.

–Tá tudo bem. Ah, mas quando eu te vejo de novo, Annie?-Eddie perguntou com um olhar sério.

–A gente pode se encontrar aqui amanhã, se você quiser!

–Claro! Que horas?

–Pode ser às 18:00h?

–Te espero aqui então.

Ashley olhou para Annie e riu, como se dissesse: Olha o gato que você arrumou!( é assim que as mulheres falam, né?) Então Annie sorriu para Kafka e logo depois virou seu rosto para Eddie, ainda com o sorriso na boca, fazendo que sim com a cabeça, de um jeito tímido.

No dia seguinte, Eddie estava saindo do trabalho, logo, suas últimas tarefas do dia seriam: ir para casa, malhar um pouco, tomar banho, se arrumar e fazer Annie feliz! Simples, não?!

E lá estava ele, na porta do bar- que mais parecia um restaurante cinco estrelas- ,arrumado e perfumado, apenas esperando a chegada de Annie. Quando ela chegou, os olhos de Brock brilharam ao vê-la. Ela usava um vestido longo vermelho, um pequeno colar de pérolas e sua maquiagem estava impecável.

–Oi, Annie! Vo... você tá uma gata!-Disse ele, quase perdendo a fala.

–Ah, obrigada Eddie.-Disse de um jeito tímido, como sempre.

–Vamos entrar?

–Claro, vamos sim!

Eddie deu seu braço para ela segurar, mostrando ser um grande cavalheiro. Eles entraram e enquanto esperavam a comida, aproveitaram para se conhecerem melhor. Foram muitos risos e Annie finalmente estava se sentindo confortável.

–HAHA! Acho que eu já falei muita coisa sobre mim! HAHA! Fala um pouco de você! Você trabalha?-Perguntou Annie.

–Trabalho. Eu sou jornalista.

–Sério?! Quando vou poder ver suas matérias?!

Eu trabalho em um jornal pouco conhecido chamado ''Hora da vida’’, então, se você compra esse jornal, vai ver minhas matérias! HAHA!

–Hora da vida? Eu nunca ouvi falar, aliás, que nome estranho para um jornal. HAHA!

–É, eu sei. Na verdade eu tô em início de carreira. Como o meu emprego anterior era bem pior que esse, eu decidi aceitar! Algum dia eu chego ao topo!

–Sei como é! Eu também tô começando minha carreira como psicóloga agora!

–O que aconteceu pra você ser demitida desse emprego?!

–Eu fui despedida por causa de uma coisa injusta, mas os meus superiores viram isso e me readmitiram. Enfim, eu quero te perguntar uma coisa desde que a gente começou a falar de trabalho, mas não sei se devo!

–Pode perguntar.

–Porque até agora você falou tanto em ''chegar até o topo''? Claro, todos nós queremos chegar, mas por algum motivo quando você fala, parece ser algo mais!

–Acho que isso é culpa do meu pai. Ele nunca teve interesse em mim quando eu era criança. Então, quando eu cresci, decidi mostrar pra ele o meu valor! O meu primeiro emprego foi como a maior vergonha pra ele, e eu considerava como a minha maior vitória naquela época. Aí eu comecei a pensar que se eu fosse um homem financeiramente importante, ele não poderia me ignorar. Então minha meta se tornou o topo!

–Nossa!-Disse ela envergonhada-Eu não gosto de me envolver em assuntos de família.

–É. Minha ex-noiva também sempre disse que eu não ia chegar a lugar nenhum. Naquela época nós éramos jovens , tínhamos 18, e pensávamos em nos casar. Quer dizer, mesmo ela me desprezando daquela maneira, ela parecia mostrar amor também! Raramente, mas mostrava. Aí ela morreu e uma parte de mim morreu também!

–Desculpa! Eu não sabia que o papo de ''chegar ao topo'' estava tão conectado com a sua vida pessoal, Eddie!

–Não, tá tudo bem! Eu acho até legal você saber sobre a minha vida no nosso primeiro encontro, sabe. Logo de início você já sabe quem eu sou! Eu acho isso legal! He!

Quanto mais eles conversavam, mais viam que um era o que o outro precisava.

–A dois dias atrás eu tentei beijar a Ashley!

–Hã?!-Annie se surpreendeu.

–Eu me encantei com ela, só que ela disse que era muito cedo... ai, que mancada! Ficar falando de outras mulheres no primeiro encontro não é legal, né?! Desculpa!

–Não, não, isso é ótimo!

–Que?!

–Você está sendo honesto comigo, Eddie!

Eles ficaram conversando no bar até serem os últimos clientes. Depois de horas se conhecendo, tiveram que ir embora, pois no dia seguinte os dois teriam que trabalhar. Eddie a levou em casa para ter certeza de que ela chegaria em segurança.

–Eu te agradeço muito pela noite de hoje, Eddie! Acho que foi a melhor que eu já tive em anos!

–Haha! Que bom! Mas quando a gente vai se ver de novo?!

Annie se aproximou de Brock, o olhou nos olhos e encostou seus lábios nos dele, esperando uma reação. Ele a segurou em seus braços e deu continuidade ao longo beijo apaixonado. Ao final, se encararam por mais alguns segundos e riram. Annie se aproximou da porta de sua casa e disse:

–Boa noite!

–Boa noite, Sr. Weying!

CONTINUA...