Ordem de Lis escrita por synchro


Capítulo 8
Uma noite de amor


Notas iniciais do capítulo

ATENÇÃÃÃÃÃÃO, (todo mundo bate o pezinho que nem soldado) eu refiz o primeiro capitulo, então a ordem de vocês é ir la agora e dar uma olhada! run, ta bem melhor explicado a história desse mundo, e voces vao gostar, então vai la.


Esse capítulo acabou ficando apenas Cornelius e Maia, mas espero que gostem.

E também sorry pela demora, de vdd, eu não esperava demorar tanto, mas espero que esse cap compense, vou postar outro em três dias.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/507546/chapter/8

O frio que acompanhava o revoltante vento de beira–mar e entrava na floresta era mortal, e foi numa pequena calmaria que Cornelius agradeceu por ter pego uma manta, além das roupas, mas também amaldiçoou por não ter roubado uma panela pra se alimentarem direito, pois tinham tido de sobreviver apenas de vegetais, raízes e frutos.

Já era o segundo dia que andavam para o sul, mas ele sabia que não durariam muito com a dieta que estavam tendo, então decidiu que seguiriam mais rápido andando nas estradas que ligavam as vilas e se alimentando do que conseguissem pegar.

A decisão se mostrou correta quando, em três horas, chegaram a uma pequena fazenda familiar que não teriam visto se continuassem na floresta.

– Vamos entrar ali. – Ele apontou para a casa no meio da plantação.

– Nós vamos roubar uma família de fazendeiros? E se eles estiverem aí dentro? – Maia o questionou.

– Eles vão sobreviver se os roubarmos pois têm a plantação, nós não sobreviveremos mais dois dias com nosso modo atual de vida, e eu estive pensando, se chegarmos aos Van Moolen, nas montanhas, nem mesmo precisaremos ir até White Rock. – Ele rapidamente fez um plano para o roubo. – Você se esconde nas moitas daquele lado da estrada e me espera vigiando a estrada, qualquer coisa me dê um grito, eu voltarei logo. – Ela tentou dar uma resposta a ele, mas Cornelius já corria na direção da casa.

O elfo entrou sorrateiramente, e depois de dar uma olhada nos cômodos, percebeu a sorte que tivera, pois os moradores não estavam ali naquele momento. Ele pegou um saco grande, como uma mala, e colocou dentro vários tipos de grãos, cereais e dois pedaços de carne já salgada, que sobreviveria a longa viagem se comessem bem pouco por dia, algumas panelas que encontrou para conseguir cozinhar a carne, dois cantis de água e uma garrafa de aguardente, para se aquecerem na noite fria.

No momento em que saía da casa com a bagagem nas costas, ele viu um galpão na parte de trás com algumas baias para cavalos. Ele andou até lá e viu que das dez baias, sete estavam vazias, mas as três restantes abrigavam dois machos e uma fêmea em não tão boas condições, e talvez fosse por isso que só tivessem sobrado os três ali. Em alguns minutos ele selou os dois machos fortemente para carregarem a si e a Maia e selou a fêmea para colocar a bagagem.

Os olhos da garota brilhavam em um tom verde claro, mostrando que usava um encantamento para aumentar as habilidades corporais. Esse especificamente era fraco, apenas para que seus sentidos se aguçassem um pouco, assim vigiando melhor a estrada para Cornelius. Foi assim que ela ouviu o barulho de três cavalos vindo em sua direção de dentro da casa, e, imaginando que o pior tivesse acontecido para o garoto, rapidamente começou uma segunda fórmula, fazendo com que o brilho em seus olhos se tornassem de um tom azul escuro, encantamentos de defesa, e seu corpo tomasse uma aparência como a de folhas e galhos, se misturando a paisagem.

Ela ficou ali esperando que os cavalos chegassem na estrada e tomassem o caminho para alguma vila, mas não foi isso que aconteceu. O cavaleiro seguiu diretamente até perto dela, desceu do cavalo e caminhou para mais perto ainda de onde a garota estava, e então ficou ali procurando algo.

– Maia? – Ela então ouviu a voz de seu noivo e a adrenalina lentamente começou a se dissipar. Então a garota se levantou e se mostrou para ele. Cornelius mostrou à ela o cavalo que ela usaria.

O cavalo tinha um brilhante pelo negro e de sua cela surgiam duas cordas que seguravam outro cavalo e uma égua, completamente brancos. Ela notou que a pelagem era uma das únicas coisas ainda bonitas nos cavalos, já que eles deveriam estar velho, pois suas cabeças estavam para baixo e a respiração era pesada, quase que difícil.

– Eu encontrei estes cavalos no fundo da casa, num galpão, e achei que nos serviriam bem. Nós faremos um revezamento de três dias para trocar o que carrega as malas e os que nos carregam, para não se sobrecarregarem. – Ele falou seu plano pra ela.

– Obrigada. Me ajude a curar um pouco eles, para que aguentem a viagem.– Maia iniciou um feitiço complexo, que a deixaria sem magias rapidamente se completasse-o sozinha, mas seu amante rapidamente a acompanhou, e os dois curaram e rejuvenesceram um pouco o cavalo com olhos puramente violetas. Ela refletiu um pouco depois dos cavalos estarem em melhores condições.. – Em quanto tempo chegaremos, agora que temos eles?

Enquanto ele respondia alguma coisa já subindo no cavalo negro, e ela se preparava para subir no branco, um dos aldeões que haviam ficado na casa, uma criança ainda, arrumava uma flecha no arco, o único objeto que conseguiu pegar enquanto fugia para a plantação alta em volta da casa para não ser visto.

Talvez, apenas talvez, se Maia não houvesse encerrado sua magia, teria conseguido ouvir a flecha cortando o ar, ou ainda os pequenos reflexos de luz do sol que a ponta metálica refletia. Mas ela havia encerrado, dessa forma a flecha passou despercebida até atingir o alazão branco que a garota subia logo abaixo do ombro, atravessando o coração e deixando a ponta à mostra na outra perna.

O cavalo caiu pelo lado que ela estava, e nessa hora os reflexos altos de Cornelius se mostraram. O elfo agarrou–a pelo ombro e a puxou para o próprio cavalo, imediatamente disparando pela estrada e sentindo o vento de uma segunda flecha passar onde, exatamente dois segundos atrás, sua cabeça estava.

Sem querer esperar por uma terceira, ele obrigou os dois cavalos a correr ainda mais, e correu até ter certeza que mesmo que o atirador o perseguisse por um dia todo não o alcançariam.

Eles estavam agora sobre uma colina, e de lá conseguiam ver uma vila que alcançariam se continuassem seguindo a estrada, em no máximo metade de um dia, mas já era noite, e então decidiram acampar em uma pequena clareira alguns metros adentro da floresta, mas ainda escondidos de quem passasse por ela.

Amarraram os cavalos em árvores e soltaram as cargas da fêmea, ainda mantendo o macho selado, caso precisassem sair as pressas dali.

Com a pequena luz da lua, o garoto pegou os cantis e foi procurar por água. Sua sorte foi mostrada quando ao terminar de subir uma pequena colina perto do acampamento, viu um riacho na base, e desceu para cumprir sua tarefa.

Enquanto enchia os cantis, viu um coelho olhando-o e entrando assustado em sua toca. Sem querer perder a oportunidade, ele terminou de encher o último cantil e correr para abertura da toca. Suas palavras formavam um cântico simples, e um brilho avermelhado surgia em seus olhos, mostrando que usava um feitiço agressivo, em pouco tempo um coelho tímido surgiu na entrada da toca, sendo seguido por mais três atrás dele. Cornelius então torceu seus pescoços e os levou até o acampamento, junto com a água.

Maia já havia preparado uma fogueira com alguns galhos e um feitiço qualquer para o fogo, mas ela teve de ser aumentada com galhos grandes para que pudessem cozinhar os pedaços de carne que roubaram da fazenda, já que os coelhos, explicou Cornelius, eram para ser vendidos na vila que viram algumas horas antes, e dessa forma conseguir dinheiro e comprar algumas coisas que iriam precisar para continuar viagem.

Ele andou até onde os sacos estavam, deixou os coelhos lá e retirou uma panela e alguns grãos, então voltou para a fogueira e se sentou ao lado da elfa, que era pequena até para sua raça.

Colocou a panela numa armação sobre o fogo e colocou água dentro, e quando já estava quente o suficiente, começou a colocar uma porção de grãos e algumas tiras de carne que ele retirou de uma das grandes partes que tinham roubado. Depois de quase meia hora no fogo, a comida estava pronta e eles não deixaram sobrar quase nada.

Sem a mínima vontade de dormir, apesar de todo o sono que tinham, os dois resolveram conversar sob a luz da lua que lhes banhava aquela noite.

Depois de algum tempo, Cornelius se afastou da fogueira e então retornou com a aguardente na mão.

Enquanto a bebida entrava, ocupava o espaço da sobriedade e levava embora toda a falsa inocência e afastamento com que os dois estavam se tratando desde a fuga. Maia se aproximou do garoto e o beijou, um beijo de paixão, de saudade e de reconciliação, um beijo que marcava sua disposição à nova vida. Se mexiam num conjunto perfeito, como se fossem feitos um para o outro.

E no ritmo dessa sincronia perfeita corpo contra corpo num amar desesperado pelo reconhecimento eles estiveram, e por horas a natureza foi testemunha do ato de amor belo em suas entranhas, a imperturbabilidade daquele momento era definida, e só acabou quando, por fim, a lua cedeu lugar ao seu amante, dando um novo dia para o mundo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Se gostaram, por favor, façam um review, não demora nada e você me ajuda a continuar essa história.