Rebeldes Sem Causa escrita por autorasantiis


Capítulo 15
Clichês românticos




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Autora 

 

O capítulo hoje é meu por um motivo, essas meninas não têm a mínima capacidade de enxergar amor no coração (Jade: como é?) continuando, antes de eu ser brutalmente interrompida por essa mal-educada. Depois da paz ser finalmente restaurada no Elite Way, essas pestes ambulantes passaram a ter muitas coisas para fazer, pois era semana de seminário, sim, elas também estudam, vagabundar não é uma opção (Roberta Messi: você tem noção de que isso aqui só reflete a você própria né? / Autora: é por isso que eu estou sendo sensata e colocando vocês para estudar, se eu me acabei cinco anos de graduação, vocês podem tranquilamente terminar o ensino médio), já chega de interrupções. Depois do festival, do aniversário do Gio e da confusão instalada pelo caos e pela minha mente perturbada, a Messi achou que era uma boa hora para pedir a ajuda da Mar e fazer aquele belo jantar romântico para o Diego, o dela, não da outra.

— O que você pensou para hoje? – Mar pergunta interessada nos enfeites que a loira tinha espalhado sobre a cama.

— Um piquenique romântico no jardim, no entardecer – ela fala meio incerta, não tinha certeza dos gestos que poderia agradar o namorado.

As duas continuaram conversando sobre o preparativo da pequena surpresa de Diego. Enquanto elas conversavam alegremente, ali do outro lado do campus, uma cena muito incomum estava acontecendo, Jade andava tranquilamente enquanto segurava um copo de café na mão e o celular na outra, parecia distraída, mas nervosa o suficiente para não prestar atenção no caminho, e como consequência ela acabou de esbarrando com alguém e derrubando praticamente todo seu ice americano no garoto que apenas sorriu para ela com um brilho nos olhos.

— Aí Beck – ela ri enquanto tentava limpar a camisa dele com o lenço que antes estava amarrado no pescoço dela – desculpe, eu estava distraída, sinto muito.

— Ei – ele segura os braços dela enquanto tem a atenção da morena para olhá-la nos olhos, criando aquela conexão romântica – está tudo bem, pelo menos não era café quente.

Ambos riem da declaração, e enquanto seus sorrisos se mantém, seus olhos continuam encantados um pelo outro, até alguém aparecer e quebrar a troca de olhares intensa.

— Desculpe interromper – André fala chegando com a Tori ao seu lado – Beck, precisamos terminar aquele trabalho.

— É precisamos – ele suspira frustrado e assente – o que acha de nos vermos mais tarde? Depois que terminamos nossos afazeres, podemos assistir um filme.

— Eu adoraria – Jade fala com um sorriso bonito e logo Beck deixa um beijo em sua bochecha, saindo dali com André, enquanto a morena volta seu foco ao celular e logo a Tori.

— O que houve aqui? – Tori pergunta sorridente.

— Não sei – Jade sorri e olha para Tori – vamos ao meu quarto, vou tirar essa roupa molhada.

Tori assente e juntas elas partem em direção aos dormitórios. Jade havia gostado de ter aquele breve momento com Beck, mesmo que tenha sido por causa de um desastre, valia a pena tê-lo pois havia sido lindo e ficaria gravado em sua memória, por isso ela nem estava ligando para o fato de quase não ter tomado seu café.

As duas seguiram para o quarto e puderam ver a Mar e a Roberta Messi ali entretidas com algo, por isso elas nem se incomodaram em atrapalhar. Jade entrou no banheiro, tomou um banho rápido para tirar o cheiro de café do corpo e logo saiu, pronta para sair com a Tori, elas também tinham que terminar o trabalho, por isso nem estavam se importando com as duas animadinhas no quarto.

— Vamos – Jade anuncia e Tori se levanta para sair juntas.

Enquanto isso, a outra Roberta, dessa vez a ruiva, estava na biblioteca catando alguns livros, para terminar também seu maldito trabalho, sua dupla estava sendo a Lupita, que estava na prateleira de trás, também estava recolhendo alguns. As duas estavam tão entretidas em suas procuras que nem notaram a aproximação de duas pessoas. Santos abraçou Lupita por trás deixando o beijo em seu ombro. Roberta sorriu vendo a cena e se virou, esbarrando em um certo moreno, que se abaixou junto a ela para recolher os livros que haviam caído no processo.

— Eles são lindos – Diego comenta fazendo ela sorrir e assentir – nós também somos, não acha?

— Parece que sim – ela olha nos olhos dele e coloca o cabelo atrás da orelha, sorrindo tímida.

Eles recolhem os livros e se levantam.

— Muito trabalho? – ele pergunta entregando o último livro a ela.

— Um pouco – ela o segura e coloca junto aos outros – eu e a Lupi estamos adiantadas, falta pouco para terminar.

— O seminário geral é na semana que vem?

— Sim, isso está deixando todo mundo ocupado.

Ele assente concordando, sabia do que ela estava falando, afinal, ele e a dupla dele que por acaso não estava ali, também estavam ocupados com seu seminário e com a apresentação.

— Nos vemos mais tarde? – ele pergunta.

— Sim.

— Me avise quando estiver livre – ele deixa um beijo na bochecha dela e sai junto a Santos, que já esperava por ele.

Parece que todo mundo decidiu ficar calmo hoje, ou pelo menos parece que Eros deu uma visitada aqui na Terra. Enfim, o que importa é que as rebeldes estão realmente muito ocupadas e com isso, as brincadeiras ficaram de lado, afinal, rebeldes elas são, mas repetentes não dá né. Vamos seguir em frente, longe dali perto dos jardins, estava Marianella chutando uma bola de futebol, não gente, ela não está aprontando, está no treino de futebol feminino, Josy também estava no mesmo time que ela, a morena estava suada e agitada, enquanto corria para o gol.

Assim que passou pela adversária, ela chutou no gol e marcou. Logo correndo para comemorar seu time.

Na lateral do campo havia alguns meninos torcendo. Mar correu até ali, mas tropeçou antes de chegar, sendo amparada pelo castanho que sorria gentil para ela.

— Quem diria que você é tão boa no futebol, mas tão desastrada quando tenta ser romântica – ele ri fazendo ela rir também e se concertar.

— Eu acho que tenho uma atração pelo chão – ela alisa os ombros dele e fica na ponta dos pés para lhe deixar um selinho nos lábios – eu te amo.

— Eu também te amo – ele devolve e a solta para que ela volte ao campo – essa é minha garota – grita agitando os braços, enquanto a castanha ria com gosto.

O resto do dia passou tranquilamente, com as rebeldes ocupadas em seus seminários e aulas extracurriculares.

À tarde, quando o sol já estava se pondo, Messi convidou Maldonado para seu piquenique romântico, e tudo estava indo bem, até Agustina surgir e estragar o clima, com aquela cara cínica de quem está pronta para aprontar uma, e foi justamente isso que ela fez.

— Dieguinho, você esqueceu a sua jaqueta no meu quarto ontem – ela fala estendendo a jaqueta para ele que franze o cenho confuso.

— Como assim, você esqueceu no quarto dela, o que estava fazendo lá Diego? – Roberta pergunta já furiosa.

— Roberta, calma, eu...

— Ah bobinha, ele foi lá para conversarmos em particular – Agustina o interrompe com pressa, fazendo Roberta levantar na mesma hora, vermelha de raiva.

Ela não diz nada, apenas sai dali às pressas, já tendo lágrimas rolando pelo rosto. Uma garoa fina começou a cair, molhando-a, enquanto marchava firme pelo jardim, em direção aos dormitórios. Mas seu braço foi puxado, sendo impedida de continuar.

— Eu não fui ao quarto dela – ele grita para sua voz se sobressair a água que caia do céu, transformando-se em uma chuva grossa – aquela jaqueta nem é minha, não vê que ela quer te provocar?

Roberta não tinha palavras para dizer no momento, estava nervosa demais para raciocinar ou responder.

— Eu não perderia tempo conversando com outra porque você tem tudo que eu preciso Roberta – ele torna a falar – eu te amo.

Era a primeira vez que ele dizia aquilo, e ela parecia ter sentido o impacto das palavras porque finalmente cedeu.

— Eu também te amo – ela sussurra, e mesmo que a chuva estivesse forte, ele conseguiu entender, logo a puxou pra um beijo, este que ela fez questão de deixar claro o quanto o amava.

E naquele momento, mais uma cena romântica se instalava ali, mais um clichê romântico, pronto para ser gravado nas memórias de cada um. Até mais meus rebeldezinhos.


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